Sonhos e pesadelos
Cap 2: Sonhos e pesadelos
Voltou para a Sala Comunal frustrado, não havia mais ninguém lá, o fogo da lareira havia se apagado e não se ouvia nada. Subiu as escadas para o dormitório masculino, vestiu o pijama e deitou-se, sabia que não conseguiria dormir, mas ao menos tentaria.
A imagem da garota á luz do luar lhe voltava á memória a todo instante, não fazia idéia de onde ela poderia estar, mas seria maravilhoso tê-la perto de si, aconchegada em seus braços. Como era linda. Seu rosto era perfeito, se havia realmente algum defeito nela, era apenas seu tom arrogante, mesmo assim atraente. “Sonserina” disse para si mesmo, se ela o tivesse reconhecido, certamente contaria para todos que o “famoso Harry Potter” vagava sozinho pelos terrenos da escola durante a noite. Aquilo deixou-lhe uma aflição, se ela era da Sonserina, e descobri-se quem ele era, não teria a mínima chance de conhecê-la melhor. Deixou de lados suas fantasias virou-se para o lado, tentando pegar no sono.
As horas se arrastaram, consultou o relógio, eram cerca de 3:30 da madrugada, finalmente o sono se manifestou; arrumou o travesseiro e fechou os olhos esperando dormir um pouco.
Estava no meio de uma floresta, as árvores eram altas e ameaçadoras, caminhou por uma trilha estreita, e ao abaixar os olhos viu pegadas ensangüentadas por onde caminhava, não eram dele. Seguiu as pegadas até chegar em uma clareira iluminada pelo luar, aquilo lhe era semelhante. “Olá!” chamou em vão, pois nada ouviu. Andou pela pequena clareira, das sombras por trás das arvores, pareciam vir risos.
- Olá rei dos meus pesadelos! – Ouviu alguém gritar, girou os olhos procurando, mas não viu ninguém.
- Quem está ai? – gritou mais uma vez em vão.
- Escolha o caminho negro, pequeno tolo! – novamente a voz disse entre risos e zombarias.
- Quem é você? – gritava, a procura de onde a voz vinha, mas nada encontrou. De repente, um garoto aproximou-se dele como se viesse do nada, não deveria ser muito mais velho que Harry; tinha cabelos negros, olhos azuis muito profundos e ameaçadores, seu olhar lhe lembrava alguém, só não conseguia destingir quem.
- Quanto menos eu ouço, menos você fala. – o garoto disse sorrindo.
- Quem é você? – perguntava desesperado, precipitou-se para frente tentando segurá-lo pelos braços, mas suas mãos o atravessaram, e ele novamente sorriu.
- Durma com os anjos, chame o passado e peça ajuda, Harry Potter! – ele disse antes de desaparecer como vapor.
Acordou num salto, a cicatriz latejando e o suor a escorrer-lhe por todo o corpo. Estava outra vez em sua cama no dormitório masculino. Olhou para a janela, o luar iluminava a parede defronte, exatamente na direção da porta.
Passou o resto da noite tentando descobrir o significado das palavras daquele sonho. O sol já nascia quando ele se deu conta de que era impossível.
Durante o café da manhã, mal tocou na comida, e olhava a todo instante para a mesa da Sonserina á procura dos olhos e dos cabelos negros daquela garota. De repente a viu, estava sentada ao lado de Malfoy. Observou-a até ela deixar o grande salão sozinha, levantou-se e foi atrás dela. Alcançou-a no saguão de entrada. Uma curiosidade fulminante tomava conta de seu íntimo.
- Hei....você, espere um pouco – chamou-a, ela virou-se o encarando num olhar desconfiado – Lembra-se de mim? Nos encontramos sem querer ontem á noite.
- Então você é o tal Harry – ela disse arregalando os olhos na direção de sua cicatriz.
- Sou eu – disse corado – Bem desculpe a intromissão, mas gostaria de saber seu nome.
- Você é mesmo curioso – ela disse séria – Me chamo Sophia Neveu.
- Sophia.....belo nome, você parece ser....bem, como posso dizer....boa de mais para estar na Sonserina.
- Não sou boazinha, se é isso que você quer dizer Potter, apenas me colocaram onde pedi.- Disse em tom ríspido, seus lábios se entreabriam parecendo sentirem desprezo em falar.
- Desculpe, não tive a intenção de ofender, é que....mesmo sabendo quem eu sou, você ainda não....bem, disse besteiras sobre mim, ou a maioria das coisas que todos da Sonserina falam – disse corando mais ainda e abaixando a cabeça com vergonha de encará-la.
- Pode ter certeza de que dizem coisas muito ruins de você, eu apenas não ligo, não o conheço e não tiro conclusões sobre as pessoas antes de testá-las, é só isso, se você me trata bem, eu o trato bem. – disse friamente dando-lhe as costas indo na direção das masmorras.
Ela mal sabia o que acabara de causar em Harry.
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