Dreams and desires
Capítulo 2 - Dreams and Desires - Sonhos e Desejos
O salão principal estava apinhado de gente, um ruído de vozes indistintas somando-se a tilintares de pratos e garfos.
Lá na mesa da Sonserina estava a menina, do seu lado esquerdo Pansy, do outro lado uma aluna que Harry nunca vira. Deu um passo na direção da mesa, mas brecou, não poderia simplesmente chegar e chamá-la. Por sorte Colin Creevey ia passando, agarrou-o pela toca da capa, fazendo os talheres do outro irem ao chão.
O menino o olhou com um olhar mortal.
_Colin, faz um favor... Entrega um bilhete a Yulia Nystron, da Sonserina...- falou Harry.
_E o que eu ganho?- perguntou o menino se recompondo.
_Um beijo dela...
_E ela vai dar?- insistiu duvidando da palavra do outro.
_Vai...- disse com impaciência.
_Legal!!! Dá o bilhete...- estendeu a mão.
_O bilhete... Peraí!- voltou correndo pro dormitório, os quadros exclamando surpresos. Chegou nesse cansado, sem ar... Morto.
Pegou um pedaço de pergaminho, uma caneta.
“Te espero em frente ao vestiário, no campo de Quadribol. Gostaria que fosse”.
Ass: Eu ““.
Voltou novamente para o salão esse quase vazio agora. Entregou o bilhete a Colin.
_Se ler, juro que o amaldiçoou...- falou Harry sem voz.
_Mas o que é? E a Gina? Ela sabe disso? O que quer com a Nystron? Por quê?- desatou a falar.
_É o seguinte: não pedi pra me encher de perguntas, vai entregar ou não?!
_E o beijo?
_Depois... Primeiro entrega, aí você beija...
_Ela não vai me bater não?
_Não porquê você vai sair correndo, entendeu?
_Primeiro entrega, beija e sai correndo?
_É! - Harry riu.
_O.k. - foi entregar o bilhete.
Harry ficou observando de longe.
_Toma...- um menino loirinho colocou um papel sobre a mesa. Tascou um beijo na bochecha da menina e saiu correndo. Yulia tinha a boca aberta, sorriu.
_O que foi isso?- perguntou rindo.
_Mais fãs...- Malfoy se esticou e pegou o papel.- Vejamos... “Te espero na frente do vestiário. Gostaria que fosse... Ass: eu”. Mas que falta de criatividade! Você vai?
_Hm...- ela parecia pensar.
_Ah, qual é? Da ultima vez o menino te agarrou e não queria mais soltar...- relembrou o garoto. Pansy pegou o bilhete.
_Não sei...- falou Yulia.
_Ah, essa eu vou querer ver... Harry Potter marcando encontro com uma Sonserina -disse Pansy com ironia.
_E ele não pode? Como sabe que é ele?
_Essa letra é dele... Ele não pode porquê namora a pobretona da Weasley, com toda razão recorreu a você...
_Me dá isso!!!- Malfoy pegou o papel de volta.- Potter...- riu.- Você vai!
_Por quê?
_Porque vamos querer ver...
_Ver?- ela fez uma careta.- Se eu fosse ninguém iria ver nada. Eu não vou... Não pra vocês verem.
_Ah, mas não fique com isso na cabeça! Nós não vamos ir ver! Malfoy estava de brincadeira... Bobagem dele... Ignora... Divirta-se!- Pansy riu de falsete, um riso cheio de dentes.
Yulia pegou o bilhete, levantou-se, guardou-o no bolso da calça.
_Boa noite meninas! Boa noite priminho...- mandou beijos, rumou para fora do salão.
Os que ficaram se entreolharam, sorrisos maldosos.
Harry levantou-se e saiu. A noite estava fria, um fino sereno, foi para o lugar marcado.
Esperou por alguns minutos, viu alguém vindo, a capa farfalhando. O capuz na cabeça.
Ela parou na sua frente. Ele encostado na parede.
_Vem comigo!- o puxou pela mão, corria, fazendo-o correr também. Parou atrás de uma árvore na orla da floresta, próxima ao campo.
_O que...?
_Shiuuu...- fez ela.
Do castelo saia um grupo de pessoas, rumo ao local em que ele marcara.
“Sabia... Ah Kinho, você me paga”. Virou-se para o menino, sorriu. “Olá!”.
_Hm... Oi...
_Bem, estou aqui!
_Eu estou vendo -ele sorriu.
_Que legal...- ela riu divertida.- Então tchau -recolocou o capuz.
_Espera!- segurou-a pelas vestes, a garota vacilou pra trás, quase caindo. Amparou-a.
_Opa!- falou ela.- Brigadu.
_Foi mau...
_O que? Você ter me segurado?
_Não, por quase ter te derrubado...
_Ah... Foi desculpado por me segurar, fingimos que nada aconteceu, certo?- ela piscou de um olho, riu.- E então, vai ficar a noite inteira me segurando nessa posição?
Bem, queria te segurar em “outras”, pensou o menino mordendo o lábio inferior.
_E aí?- ela tocou sua face.
Endireitou-a.
_Obrigado, e o que queria?
_Te conhecer...
_Ah... E já não conhece, Senhor Potter?
_Não do jeito que eu quero...
_E qual seria esse jeito?
Coçou a nuca.
_Isso só depende de você...
_Só depende de mim...- ela mordeu o lábio.- Hm...
Harry arqueou uma sobrancelha, olhava-a esperando sua resposta.
“Certo, Senhor Potter...”.
Era bom escutá-la chamando-o de Potter, Senhor Potter.
_Pode dizer o que é certo, senhorita Nystron?
_Podemos nos conhecer melhor... Senhor Potter.
_E o seu melhor seria...?
_Você me chamou, você decide.
Ele abriu levemente a boca, apoiou um braço numa árvore.
“Que foi? Vou acabar indo embora...”.- ela cruzou os braços na altura do peito.
_Vamos começar devagar então...- ele desencostou-se da árvore.
_Não sei onde você quer chegar, mas... Aceito a sua proposta...- descruzou os braços.- Que tal conversarmos?! Não tem jeito melhor pra se conhecer uma pessoa...- ela pegou a varinha.
_Olha que tem...- murmurou ele sorrindo.
_O que você disse, Senhor Potter?- olhou-o, séria.
_O que vai fazer com essa varinha?- desconversou ele.
Yulia apontou a varinha pro chão, disse algo em voz baixa, uma faísca de fogo e as folhas secas queimavam em brasa. Ela juntou mais folhas com os pés, sentou-se no chão.
_Sente-se - pediu gentilmente. Harry se sentou.- Então, o que quer saber?
_Tudo - disse com ganância.
_Tudo o quê?- assustou-se ela.
_Tudo sobre você.
_Por quê?
_Não sei. É que você me parece tão misteriosa.
Ela riu. Harry sentiu o coração bater mais forte.
_O.k. senhor Potter. Bem, vim de Durmstrang. Sou prima de Draco Malfoy...- falou hesitante, não sabia porquê, mas teve medo dele retirar-se, sabia que Harry e Draco não se davam.
_Você é sobrinha de Lúcio Malfoy?- ele pareceu surpreso.
_É...- ela coçou a nuca sem jeito.
_Por isso se dá tão bem com o Malfoy...- pensou alto.
_Foi o objetivo do meu pai me mandar para Hogwarts, acho que ficou sabendo que era para o Kinho ir para Durmstrang, né?
_Kinho é o Draco?- perguntou o menino. Ela concordou com a cabeça, rindo, Harry balançou a sua negativamente.- E o que tem a ver Malfoy ir para Durmstrang?- perguntou mostrando interesse.
_Meu pai e o tio Malfoy querem que fiquemos juntos, têm medo de que cabemos nos casando com trouxas ou sangues-ruins -Harry não pode deixar de notar um grau de desdém em sua fala. Mas não se importou, até achou certa graça.
_Eles querem que se casem?- indignou-se.- Então são namorados?- fitou-a desesperançado, temia sua resposta.
_Não - ela riu-, namorados não.
_Ah...- Pareceu bastante aliviado.
Yulia pegou um graveto, queimava a pontinha deste.
_Você namora a ruiva, né?- não soube o porquê da pergunta, mas sentiu-se tentada a fazê-la.
_Hm... Namorava, terminamos -tentou parecer infeliz.
_Não fique tristinho -a menina colocou a mão no rosto dele.- Tenho certeza de que vão voltar...
Aquelas mãos pequenas, quentes em seu rosto frio. Olhou para ela, em seus olhos. Esses saindo do castanho de antes pareciam bem mais claros agora. Desceu a vista, fixou seus lábios, meio carnudos, rosados. Sentiu uma enorme vontade de beijá-los, experimentar seu gosto, seu beijo, aprender com ela a fazer o tempo parar, saber o porquê de cada toque, a eternidade.
Segurou a mão que tocava seu queixo, puxou-a. Yulia ficou de gatinhas, foi assim até o menino. Os olhos dele a chamando, tentando-a a se refrescar naquele lago de águas esmeraldas, a saciar-se da fonte.
Harry viu aqueles olhos se aproximarem. Viu neles vontades, desejos, ansiedade. Olhou novamente para os lábios molhados e entreabertos dela. A vista se tentando a descer um pouco mais. O decote, os seios. Um solavanco no baixo ventre sentiu o protesto de seu órgão pedindo espaço, liberdade. Agora queria mais do que tudo possuí-la, se unir a ela tornando-os um só.
Yulia puxou-o pelo colarinho da camiseta. Parou antes que seus lábios se tocassem, tornando o anseio e a vontade ainda maior. Inclinou a cabeça pra um lado, pro outro - como se procurasse a melhor forma de encaixar seus lábios nos dele -, aproximou seu rosto. Os lábios quase se tocando.
_Por que cê tá fazendo isso comigo?- perguntou ele engolindo em seco.
_Isso o que?- ela beijou-lhe o canto da boca, um rápido e leve toque que o fez estremecer.
_Tá me deixando louco...- a voz vacilava, mordeu o lábio inferior.
Aproximou a boca do ouvido dele.- Não percebeu que essa é a intenção?- sussurrou com a voz provocante, o que só ajudou a aumentar o tesão do menino. Ela olhou pra baixo, pra ele, sorriu cinicamente.- Segura a criança aí -virou-se, se levantando.
Ele puxou-a pela capa, a menina caiu sentada em seu colo.
_Opa...- ela riu.
_Não quer educar a criança não?- perguntou ele em seu ouvido. Yulia sentiu um frio no pé da barriga, a calcinha parecia molhada. Virou-se para ele.
O menino tocou seu queixo, puxou-o. Seus lábios se tocaram com árduo e incomensurável prazer. As línguas massageavam-se, dando erupções de excitação em ambos.
O fogo crepitava, um uivo do vento e as chamas sumiram. Escuridão. Cheiro de terra molhada, frio. Ele puxou-a pela cintura, ela sentou-se. Os corpos colados, tendo como única barreira o tecido, as roupas. Com a mão trêmula, Harry tentava abrir a camisa dela. Desistindo dos botões ele puxou dos dois lados. Estourando as pequenas bolinhas, abriu a camisa. Olhou pros seios, grandinhos, os mamilos rosados enrijecidos pelo frio. Yulia sentiu o rosto corar. Ele tocou-a. O estômago da menina desceu, tomando vida. Ela soltou um gemido baixo, audível apenas por conseqüência do silêncio da noite.
Harry lhe deu um leve beijo no pescoço, o primeiro de uma seqüência cada vez mais demorada, um gemido ao pé do ouvido. O garoto passava os dedões nos bicos dos seios, estimulando cada vez mais a menina. Ela apertava com força a camiseta dele, sentia-se cada vez mais molhada, mais extasiada.
Ele começou a descer com a boca, deu-lhe uma chupada no busto, beijou seus seios, lambia-os.
Yulia segurou seus cabelos, apertava a cabeça do menino contra seu mamilo, este, Harry chupava.
_Acho melhor você parar - aconselhou ela entre um gemido e outro.- Tá me fazendo pirar...
_Agora que tá ficando bom?! Não!- ele riu maldosamente. Voltou a chupar os mamilos.
A menina deixou a cabeça pender pra trás. Queria levantar-se, fazer ele parar, mas seu corpo não obedecia a sua mente. Nenhum membro atendia ao seu pedido, a consciência ia se esvaindo aos poucos.
Gemeu alto, gozara. Harry se arrepiou ao ouvir sua voz cortando o silêncio da noite, deu-lhe um beijo no pescoço, na boca. Ela empurrou-o pra trás, necessitada de uns beijos desesperados, urgentes.
_O.k senhor Potter -disse em seu ouvido, enquanto beijava seu pescoço, - acho melhor pararmos por aqui ou vou acabar cometendo uma loucura... O que não seria bom num lugar como esse -ele riu.- Mas se você quiser podemos conversar melhor em um lugar apropriado -descia as mãos por sua calça.- O que acha da idéia?
_Maravilhosa...
_OK, te encontro sábado, as onze e cinqüenta, na porta do banheiro da Murta... “Gostaria que fosse” - riu, beijou-o na boca, levantou-se, se ajeitou.- Espero te reencontrar em breve - disse sem encará-lo. Saiu.
O menino deixou o corpo cair, os braços abertos, a respiração acelerada, não mais que seu coração, que quase rasgava a pele e saia. Um sorriso se formou em sua face. Sentiu o pênis voltar ao normal, lentamente. Um vento mais forte trouxe pingos de chuva. Harry permaneceu ali um bom tempo. Os olhos fechados revendo cada momento.
Quando voltou a abri-los o sol já estava nascendo. Chegou à conclusão que acabara dormindo ali, sentou-se se espreguiçando, as cinzas das folhas que foram queimadas na noite anterior ainda estavam ali. Sorriu pro nada. Dirigiu-se ao dormitório.
O resto da semana custou a passar como quando ela o tocava, mas havia uma diferença: com ela era prazeroso, bom.
Rony não parara de falar com ele, Gina contava a todos que quem terminara havia sido ela. Então todos acabavam tendo era dó dele.
Certa vez Harry, depois de estar pagando detenção por culpa de uma briga com Draco, chegou a contar a professora, Penélope Cokkes, antiga amiga de sua mãe, seus sentimentos e vontades, recebendo um grande apoio da parte dela, para; ”Seguir seu coração”.O que o deixou animado.
Draco não desgrudava da prima um só momento. Se ela ia ao banheiro ele esperava na porta. Yulia parecia não se importar com aquilo e sempre que via Harry acenava com um sorriso encantador. Nas aulas que tinham juntos, Harry se esforçava para mostrar que era o melhor.
Muitas vezes esse esforço acabava resultando em muitos risos e tirações de onda dos Sonserinos. Mas ela não ria, só esboçava um sorrisinho para Pansy e Mila quando essas perguntavam o que tinha.
Sábado finalmente chegou, Harry quase que não dormira na Sexta, só ficava de olhos fechados, pensando. Rony até se divertia com isso.
Como de costume foram tomar café da manhã, logo após esse, Mione os convidou para irem visitar Hagrid. Rony levantou-se empolgado. Harry disse que não ia, que no outro dia conversaria com o meio gigante. Os outros não insistiram e saíram. Harry ficou sentado, esperando que Yulia entrasse no salão, e ele pudesse apreciar sua encantadora beleza. A menina logo apareceu, usava uma sainha de prega verde-escuro, uma blusinha branca com folhinhas verdes desenhadas. Vinha acompanhada dos “inseparáveis” amigos. Malfoy conduzia-a segurando sua mão. Harry sentiu uma enorme vontade de pular no pescoço do menino. Mas se segurou. Observou-os sentarem-se na mesa de sua casa, conversavam animados, Pansy jogou uma colher em Draco, ele revidou com uma torrada. Yulia ria, se divertindo com a desgraça alheia.
Um menino se aproximou, era da Sonserina, Malfoy e Nystron se levantaram saíram do salão.
Harry ficou entrigado, seguiu-os com o olhar até desaparecerem de vista. Decidiu ir pros jardins. Ainda no saguão viu Lúcio Malfoy e um outro homem que ele não conhecia. Pensou um pouco. Só podia ser o pai de Yulia.
Uma vontade indescritível de saber o que acontecera nascia dentro dele, decidiu continuar seu caminho.
Malfoy falou algo, o outro homem olhou para o garoto. O olhar frio gelou a espinha de Harry. Yulia desceu a escada do saguão correndo. Abraçou o homem, olhou para onde ele olhava, mordeu o lábio inferior numa expressão de dúvida. Sabia que não devia falar com ele. Voltou-se para o pai.
Harry sentiu uma pontada de desapontamento, mas soube o motivo dela o ignorar. Seguiu seu rumo.
A noite logo chegou. Desceu pra jantar as dez horas, mas tal era a sua ansiedade que não conseguiu comer direito.
Mais tarde viu Yulia deixar a mesa da Sonserina e sair do salão.
_Vou indo...- Harry se levantou.
_Boa noite.- falaram Rony e Mione juntos.
_Maravilhosa!- saiu.
_O que acha que ele está aprontando?- perguntou Hermione colocando um pedaço de chocolate na boca.
_Seja o que for não vamos contrariar... Ele tava muito tristinho...- falou Rony.
_E agora está feliz demais, não acha?
_Seja o que for parece que a Gina não está fazendo muita falta...
_Como se sente na sua posição de irmão?
_Não sei... Ela também parece não sentir mais falta.
Harry caminhava olhando pros lados, sentia-se observado. Já na porta do banheiro, esperou até a meia noite.
_Hm...- fez alguém.- Faz muito tempo que cê tá aí?
Ele virou-se devagar, arqueou uma sobrancelha.
_Está atrasada dez minutos...
_Prometo que vou compensá-los...- tirou as mãos dos bolsos da jaqueta de moletom que colocara.
_Vai, é?
Concordou com a cabeça. Deu-lhe um selinho.
_Mas não vai dar pra compensá-lo aqui, né?...- ela abriu a porta do banheiro.
_E a Murta?- perguntou ele.
_A Murta foi visitar a mãe dela tadinha...- puxou-o pra dentro. Encostou o menino na porta.- Você sentiu minha falta?- leves selinhos.
_Muito...- colocou as mãos em sua cintura, subia a blusinha e a jaqueta junto. Beijou-lhe no pescoço.
_Muito quanto?- ela desceu as mãos pra calça do menino. Subia a mão, a camiseta junto com a blusa de frio.
_Muito a ponto de quase enlouquecer, querer te seguir e te agarrar na frente de quem estiver. É o bastante?
_É...- falou rindo. Afastou-o da parede, adentraram mais o banheiro. Ela subiu numa das pias, sentou-se, puxou o menino pela camiseta. Beijou-o.
_Agora me fala você - Harry colocou uma mão em sua coxa, Yulia olhou pra cima, alucinada.
_Senti tanto a sua falta que apelidei meu ursinho de “Senhor Potter” - ela riu.- Senti tanta a sua falta que quase subornei os monitores da Grifinória e qualquer outro aluno, para me darem a senha...
_É sério essa do ursinho?- olhou-a rindo. A menina concordou com a cabeça.- Não creio...
_Sério... Durmo agarrada nele todo dia. Malfoy queria jogá-lo fora e me dar outro, eu aceitei o outro, mas jogar o “Senhor Potter” fora? Nunca, jamais!- ela arqueou a sobrancelha, ria.- Posso continuar a chamá-lo assim né? O ursinho...
_Chame do que você quiser...
_Não fala isso que eu me arrepio toda...- ela tocou seu rosto.
_OK, eu preciso fazer uma coisa, e mesmo que eu não possa, que você não possa eu queria...- a voz de Harry morreu ali, empacou.
_Queria...?- incentivou a menina curiosa.
_Quernamorarcomigo?
Os olhos dela se arregalaram, Yulia recuou pra trás, silêncio. O menino a olhava ansioso, o coração na mão.
_Quer namorar comigo mesmo sabendo que será algo difícil e incompreendido?
Ele concordou com a cabeça.
A menina sorriu. ”É CLARO QUE EU QUERO!” - fez-se eco. Ela esboçou um sorriso. - “Ops! Eu me empolguei demais...”.
Ele beijou-a, a mão passando por seu pescoço, puxando-a pra perto.
Novamente o frio no pé da barriga, as mãos de Harry subindo agora pelas coxas, a cada toque uma nova sensação.
_Vamos pra outro lugar?- ele sugeriu em seu ouvido.
_Faço o que você quiser...
Ele sorriu de um jeito cínico, a menina desceu da pia.
“Pra onde vamos?”, perguntou pegando na mão dele.
_Vem comigo.
Harry levou-a até o fim de um corredor no quinto andar, descobrira aquela sala há pouco tempo com a ajuda de Rony quando fugiam de Filch (não é a Sala Precisa). Era um cômodo pouco amplo, tinha a aparência de um quarto: uma lareira, cama, uma estante com livros, um sofá na frente da lareira...
_Nossa...- ela olhava maravilhada.- Que legal...
_É enfeitiçado, acho que é usado em aulas de feitiço com o sétimo ano. Útil, não?- olhou pra ela, seu desejo de tê-la naquela cama era tão forte que ficava estampado em sua face.
_An-ham...- concordou a menina, olhou para ele. Aquela expressão... Ela mordeu o lábio inferior. Tirou a jaqueta, jogou-a na direção do sofá. Descalçou a sandália. Abriu a saia, deixou-a escorregar até ir ao chão. Aproximou-se um passo.- “Que seja feita a sua vontade...”.- beijou-o.
Harry tocou-a como jamais tocara alguém, sobretudo, além de tocar com vontade e desejo, tocava-a com amor.
Mal percebeu e estavam na cama, lhe beijava o corpo, descobria novas sensações, provocava muitos arrepios, cada vez mais estimulantes, tirou a própria roupa, deitou-se sobre ela, passou a mão em seus cabelos. Um beijo apaixonado. Não conseguiam explicar o quanto se desejavam, se amavam, tudo de uma hora para a outra.
A menina virou-se de repente. Harry se assustou, talvez tivesse ido longe demais.
“Que foi?”, ela olhou-o.
_Acho que eu forcei...
_Harry, eu não sou do tipo que faz algo que não quer... E eu sei o que eu quero...
_Então o que foi?- ele parecia confuso.
Ela empurrou-o fazendo o menino se deitar, sentou-se sobre sua barriga.
_Não vai Ter graça se for tão rápido, Senhor Potter...- passou a mão pelo peito dele.- Dá pra entender? Eu quero brincar um pouco com você...- falou no seu ouvido de um jeito engraçadinho. Beijava seu pescoço.
Harry começou a endoidar, quanto mais ela descia mais ele sentia. Os lábios quentes da garota tocaram de leve seu sexo. Ele gemeu baixo, a língua passou de leve na cabeça, o garoto se contorceu, o teto começava a sair do seu campo de visão. Fechou os olhos, era como se estivessem fora do chão. Mais gemido com o tempo de espaço cada vez menor, ele apertou os lábios um contra o outro quando ela deu uma sugada realmente “gulosa” de sua parte.
Yulia envolveu seu pênis com as mãos, movimentava-as, masturbando-o, o garoto teve quase certeza de que a escola inteira o ouviria naquela noite, mas isso não aconteceria. Ela tornou a lambê-lo, deixando-o mais doido, estava a ponto de gozar com aquela boca o envolvendo a todo tempo, sugando e forçando-o se segurar, era tentador demais. Não demorou muito e a sua profecia se fez. A respiração lhe faltava, sentia-se vazio, sem sentido. Ela voltou, beijava-lhe cada milímetro de corpo. Beijou-lhe o pescoço.
_Tá gostando da minha brincadeira?- passou o indicador nos lábios dele.
_Tanto que quero brincar também...
_É?...- ela sorria.- Depois...- beijou-o. Sentou-se, na beirada da cama. Levantou-se, foi até a jaqueta, mexeu no bolso. Harry sentou-se.
_E a minha recompensa?- perguntou.
A menina voltou prendendo os cabelos. Ficou em pé em cima da cama.
Ele puxou-a pelas mãos, a menina tombou de joelhos.
“Tá achando que vai fugir de mim?”, deu-lhe um beijo no pescoço, tocou seu seio com as pontas dos dedos, apertou-o, desceu a boca, chupou-o. Um gemido repreendido, ele descia beijando-a, as mãos na cintura da menina, puxou-a para cima, osculava sua barriga, descendo cada vez mais. Gemidos incontidos, ela apertava e puxava o lençol. O garoto sentia-se estimulado com os sons que ela emitia, desceu a mão tocando seu sexo, Yulia abafou um grito rouco, Harry começou a brincar com ela, lhe arrancando gemidos e sussurros indefiníveis. A garota tombou a cabeça pra frente, extasiada, mas Harry ainda não estava satisfeito. Deitou-a, lambeu seu umbigo, quanto mais descia, mais ela gemia, delirava.
_Isso... Harry...- murmurava.
Tocou com a língua o órgão sexual dela, sentiu-a estremecer, contorcendo-se por dentro. Leves lambidas. Yulia levou as mãos à cabeça, exaltava-se com sussurros cada vez mais livres, deliciava-se com todos os toques. Surpreendia-se com certos carinhos, não raciocinava, não havia como, nem motivo para pensar em nada. A cada sugada, sentia a consciência se esvaindo. Os gemidos agora roucos, com tempo cada vez mais curto. Algo dentro de si queria sair, era como na noite outrora que estivera com ele, sentia-se molhar cada vez mais. Uns gritos roucos incontidos, inesperados. Seu corpo perdeu a sensibilidade, entorpecido, inerte, ardendo em um desejo incontrolável. Uma necessidade de Ter outro corpo. Harry voltava sorrateiro, beijou-lhe o pescoço, podia ouvir a respiração dela, sentir seu coração querendo sair.
Seu membro tocou-a. A menina se retraiu, se contorceu, ele penetrou-a vagarosamente. Yulia sentiu uma dor incômoda, apertou os lábios segurando um grito. Ele começou com movimentos ritmados, primeiro devagar, depois aumentando. A invadia.
Yulia puxou-o para um beijo necessitado e Harry entrou com tudo, sem aviso, enlouquecendo-a, fazendo-a agarrar suas costas, arranhá-lo, motivá-lo a ir com tudo.
A sensação de estar dentro dela o alucinava, fazia sentir-se estranho, vulnerável, pensou em parar, achou que estava machucando-a. Mas a menina simplesmente puxou uma perna para facilitar a penetração. Olharam-se nos olhos, estavam como que unidos, fundidos, eram um só. Conforme ele ia entrando ela ia relaxando, facilitando. Agora Harry ia tão rápido, tão alucinado que mal sentia o que fazia, só sabia que era bom, que dava prazer aos dois, deixava-os íntimos, fazia amarem-se.
Ambos gemiam com igual prazer, vontade. O suor escorrendo dos cabelos do menino pingava, misturavam com o dela, lavavam a cama. Aumentavam o tesão. Os lábios se encostavam conforme ele vinha, se afastavam quando ele ia.
Yulia cravou as unhas em conseqüência de uma investida brusca de Harry, o menino sentiu algo frio escorrer por suas costas... Era só mais uma gota de suor. Ele foi desacelerando, não queria que acabasse logo. Tirou o pênis de dentro dela, sentou-se, puxando-a, fazendo a garota se sentar sobre seu órgão. Ela entrelaçou-o pelo pescoço.
_Não pensava que você fosse tão safado...- falou ela, a mão acariciando o cabelo dele, próximo a nuca.
_Nem eu...- ele riu. Beijou-a, a mão na cintura da menina, subindo e descendo, fazendo o corpo dela fazer o mesmo movimento.
Tirou as mãos, era quase que automático, ela não precisava mais da sua ajuda.
Uma explosão de prazer subia pro seu estômago, deitou-a novamente, ia cada vez mais rápido, com mais vontade, impossível controlar o desejo que sentia. Yulia apertou os olhos, a boca aberta num grito que não saía.
Ela tirou as mãos de suas costas, procurava por um apoio, um lugar que pudesse apertar sem machucar. Harry segurava-a firme pela cintura, puxando essa pra cima, facilitando a penetração, não conseguia, não dava mais pra segurar aquilo queria por tudo sair. Ela gemia de forma incontrolada, não tinha noção do volume, nem fazia questão. Puxou-a com força. Um gemido em seu ouvido e não deu mais, sentiu que seu sêmen jorrava dentro dela, foi ficando cada vez mais fraco. Yulia se entorpeceu com um orgasmo quando sentiu que Harry gozava dentro de sí.
Os movimentos foram diminuindo até que, por fim, cessaram de vez. Ele deixou a cabeça pender pra frente, segurava o peso do corpo nos braços trêmulos. Vagarosamente deixou seu corpo deitar sobre o dela. A cabeça deitada no ombro da menina. Sentiu que assim como ele, ela também tinha uma certa dificuldade pra respirar. Yulia passou as mãos no cabelo encharcados dele.
_Como vou conseguir olhar nos teus olhos depois de tudo isso?...- perguntou rouca, colocando força para a voz sair.
Harry levantou a cabeça.- Descobri uma coisa...- passou a mão na face da menina.
_O quê?- perguntou curiosa.
_Eu te amo...- encostou sua testa na dela.
_Eu também te amo...- beijou-o.
Passaram juntinho o resto da noite, acabaram dormindo com o cansaço.
Harry acordou com uma leve brisa acariciando seu rosto, sentou-se se espreguiçando. O sol frio aos poucos tomava conta do quarto. O rapaz deu uma boa olhada no lugar.
“Não foi um sonho...” – sorriu, olhou para o lado: deitada na cama de bruços estava Yulia. O corpo ainda nu, coberto só da cintura pra baixo, a pele rosada, macia, na verdade muito convidativa. Inclinou-se sobre ela, tirou a franja que lhe caia sobre a face, tocou seus lábios de leve nos dela, não queria acordá-la. Endireitou-se, olhou no relógio, não passava das seis da manhã. Jogou o lençol sobre as pernas, deitou-se novamente, olhava pro teto, virou-se pro lado oposto ao da menina. Tentava dormir, não conseguia. Sentiu duas mãos geladas tocarem seu peito. Uma passava por debaixo do teu corpo, a outra o envolvia por cima.
_Tá dormindo?- um rosto encostou-se ao seu, uma face gélida.
_To longe disso - murmurou, um sorriso que ela não viu.
_Hm...- saiu de forma gostosa. Ela puxou o lençol pra cima.
Harry virou-se.
_Bom dia -disse.- Nem vou perguntar se dormiu bem...
_Por quê?
_Está no seu rosto, a resposta - sorriu.
_Tá é? –ela escondeu a face com a mão.- Pois eu nem vou perguntar. Já sei a resposta...- ria.
_Gracinha...
_Ué! Dormiu mal por acaso?!- falou com tom de quem esta indignada, mas ria.
_Essa noite eu não dormi, apaguei...
_Ah... Tá explicado! E você sempre acorda cedo?- tocou a face do menino.
_Não...
_Ah... E que horas são?
_Seis da manhã...
_Puxa...- bocejou, deu-lhe as costas.- Acho que vou dormir mais um pouco...- fechou os olhos.
_Vai mesmo fazer isso comigo?- Harry tocou sua cintura, puxando-a pra perto, encostou a boca em seu pescoço, fazendo-a se arrepiar.
Ela sorriu abrindo os olhos.
“Te fiz uma pergunta, senhorita Nystron...”.
_Bem... Se me mostrar que é bem melhor, eu não durmo... Senhor Potter.
_Vou tentar, senhorita Exigente-Nystron - beijou-a, a mão partindo de sua cintura e rumando pros seios.
_Olha como você é... Doidinho pra me catar né, Potter...? –deitou por cima.
Ele riu. – Seu pai sabe que você fala tantas besteiras?- perguntou.
_Meu pai não sabe a metade da minha vida... E nem vai saber... –beijou-o.
_Harry...- chamou Hermione.- Cadê aquela correntinha que era da tua mãe?
_Ahn... Roubaram!- mentiu. Tinha dado a corrente pra Yulia, mas não queria que os amigos soubessem, talvez não entenderiam.
_Que coisa chata...- falou Rony.- o que vão fazer hoje? Estudar? As provas do final de ano tão chegando...
_Vou passar a tarde na biblioteca...- disse Mione.
_Vou...- Harry pensou.- Revisar uns textos do Snape.- Sabia que não havia coisa mais chata, portanto não o acompanhariam nessa.
_Você está tentando nos despensar?- perguntou Rony- Você anda muito estranho ultimamente Harry... Algum problema?
_Problema?! Não, nada! Está tudo ótimo comigo...
_E com a gente?- Hermione fitava-o, séria.
_Também não...
_Então o que é?
_Nada...
_Quem não nada se afoga... Fala logo, que quê tá pegando? Pode contar... Não vamos brigar se for ruim...- era como se soubessem.
_Gente, não é nada! Já disse!
_Certo... Vamos Mione! Não queremos estragar a vida dele...
_HARRY!!!- Nystron parou derrapando.
Rony e Hermione olharam pro menino. Esse olhou quase neutralizado pra namorada.
“Escutei meu pai e o tio Malfoy conversando...”.
_Hm... Vamos falar disso lá fora?
A menina olhou pros outros dois. Sorriu até que de forma meiga.
_Olá...- acenou com a mão.
Rony e Hermione olharam-na meio perplexos, Harry puxou-a pelas vestes, e ela foi, parecia um chaveirinho grande demais.
Pararam nos jardins.
“Foi mal né? Mas olha só... O Lorde vai tentar te pegar de novo...”.
_Ah... Vai é?!- Harry quase se esmurrou, não tinha nada mais “humano” pra dizer.
_Seus amigos...- ela coçou a nuca apontando pro castelo.
_Hm... Eles, eles não sabem que estamos juntos, não sei como contar...
_Eles estão vindo na nossa direção...- falou entre os dentes, colocou as mãos nos bolsos.
_Eu entendi...Hm... Certo, Nystron. A Sonserina quer treinar, fiquem à vontade!- exclamou.
Ela riu divertida.- O.k. Potter... Vou avisá-los.- virou-se deu de cara com Hermione, assustou-se.
_O que queria com o Harry?- perguntou.
_Hm... Assunto nosso, dá licença?
_Tinha que ser Sonserina mesmo...
_Bem melhor que ser Grifinória...
Mione parou o olhar no pescoço da menina.
_Foi ela Harry, ela lhe roubou a correntinha... – disse com ar acusador.
Yulia olhou pro menino. Harry tinha a boca aberta numa frase que não saiu. Tentou parecer indignado.
_Sua... Sua...- não conseguiria xingá-la.- Tinha que ser Sonserina mesmo! Pode ficar com ela! Não vou querer isso de volta nem que dependa a minha vida.
A menina tampou a boca com a mão, ria. Hermione e Rony o olharam com certa indignação.
_MAS É A CORRENTE DA SUA MÃE!!!- exclamou Rony.
_Agora é minha...- falou Yulia contendo o riso.- Ele foi idiota de perder, “Achado não é roubado! Quem perdeu é relaxado...”.
Harry fitou-a com ar de riso.
“Ora, ora...”, fez a menina. “Tchauzinho...”, deu as costas, saiu.
_A qual é?- perguntou Harry.
_Deixa-me refrescar a sua memória... AQUELA CORRENTE TEU PAI HAVIA DADO PRA SUA MÃE... E você dá de mão aberta pra Nystron...- Falou Hermione aparentemente muito indignada.
_Certo... Tenho uma coisa a contar... Não sei se vão entender, mas... Ai vai! Eu e a Nystron estamos namorando.- Falou tomado de coragem.
Foi como ele esperava, o queixo de Rony caiu, a indignação de Mione teve um aumento notável.
_Namorando a Nystron?- perguntou Rony quase que pausadamente.
_Por isso tenho andado estranho, pôr isso ela tá com a correntinha da minha mãe...
_Sabe minha opinião sobre isso...- argumentou Hermione cruzando os braços.
_Sei sim... Por isso namorávamos escondidos...
_Acho que está tudo bem... Se você acha certo, não vou ser eu que vou contrariar...- Comentou Rony.
_Agradeço a compreensão de vocês, agora... Eu tenho que ir...- virou-se nos calcanhar. Saiu.
_Como?!- argumentou Hermione.- Uma Sonserina, parente dos Malfoy...
_Sirius também era parente dos Malfoy, e nem por isso você demonstrava tanto desdém...
_É diferente...
A semana que se seguiu foi realmente muito complicada, Mione lançava olhares fuzilantes a Yulia cada vez que a via. Mas Harry tinha que admitir que Ter contado foi a melhor coisa que fez, agora não tinha o trabalho de inventar uma mentira para se encontrar com a namorada.
O fim do ano ia chegando... Harry esquecera completamente de muitas coisas, como que por exemplo, que Voldemort retornara.
Só veio a lembrar quando o correio coruja chegou trazendo o profeta diário daquela semana, não o lia e nem foi preciso Hermione falar nada. Os alunos olhavam-no assustados.
_EI POTTER!!!- chamou Draco subindo na mesa.- VÊ SÓ!!! PROFETA DIÁRIO, PÁGINA CENTRAL...- todos que estavam com o jornal o abriram onde o menino indicava, inclusive Mione.
Havia ali uma foto de Harry entitulada:
UM FIM PRÓXIMO?
Draco pigarreou e se pôs a ler em voz alta.
“Para todos os fins práticos e lucrativos, recebemos uma carta que aqui redigimos em primeira mão. A carta assinada em nome de Tom Ridlle, ou como é conhecido por todos. ‘Aquele-que-não-deve-ser-nomeado.’ Poderíamos achar uma completa brincadeira de mau gosto, mas apontamos diversos motivos para se acreditar na autenticidade da carta”.
A caligrafia é inconfundivelmente idêntica a Tom Marvolo Ridlle.
O texto fora escrito com sangue.
Havia uma espécie de selo, que na realidade é a marca negra.
A carta chegou de uma forma muito estranha, através de um rato.
E outros motivos mais.
A carta redigida:”
Draco pigarreou mais uma vez, limpando a garganta. Retomou a leitura.
“A quem interessar... Pego nessa pena, não para fazer uma brincadeira ou ao menos blefar. A todos aqueles que acreditaram em minha volta, aqui estou. A todos aqueles que desacreditavam e me temem, aqui estou... Potter, eu voltei....’”
Malfoy deu uma risada diabólica, não era essa a carta.
Muitos alunos riram, outros não acharam a menor graça. Hermione corria os olhos com tal rapidez por seu jornal que Rony ficou tonto de olhar.
_Olha isso Harry- chamou ela.- “A quem interessar... O que muitos achavam impossível aconteceu, e todos aqueles que não acreditaram nas palavras de Harry Potter se arrependem. Agora que retorno mais forte do que nunca, não darei trégua e não terei pena. A todos aqueles que um dia ousaram entrar no meu caminho um até logo, nos veremos em breve. Dessa vez nada e nem ninguém, será capaz de deter o Lorde das Trevas.
Eu retornei, que os fracos curvem-se ao meus pés, que o derramamento de sangue comece...
Lorde Voldemort.”
_Finalmente!!!- exclamou Harry tão alto que todos ali olharam-no.- Já tava mais do que na hora dele fazer isso...
_Cala a boca...- mandou Mione com os dentes cerrados.
_Viram seus tolos!?!- disse aos alunos.- Não sou o maluco que pensavam que eu era...
_Harry...- Hermione o puxava pelas vestes.
_... Engulam suas palavras!!!- continuou ele.
_CALA A MALDITA BOCA!!!- gritou a menina.
Harry olhou-a, parado, se sentou.- Então... O que faremos hoje?
Rony riu divertido, Hermione fechou a cara.
Yulia se aproximou, sentou-se ao lado do namorado.- Será verdade?
Os três olharam-na.
“Qual é? Não é todo dia que o Lorde manda uma carta ao jornal mais conhecido da comunidade mágica...”
_É tão verdade quanto dizer que seu pai é um comensal...- falou Hermione não muito amigável.
_Tanto quanto dizer que você é uma sangue ruim?- Yulia arqueou uma sobrancelha, um sorriso cínico nos lábios.
Hermione abriu a boca para contestar.
_Vocês duas!- ralhou Harry.
_Foi ela quem começou- defendeu-se Yulia.
_Como se não fosse verdade- murmurou Mione irritada.
_Então- começou a outra fingindo não ouvir o comentário- eu sei o que você pode fazer pra contornar isso Harry...
_A Brilhante...
_Você pode usar a Flama...- falou baixo para ninguém mais além deles escutarem.
_A o quê?
_Flama Verde... Uma pedra...
_Aquela que Dumbledore mencionou ano passado...- falou Hermione.
_Assim que Percy morreu- completou Rony.
_É a única forma de derrotar Vol..demort...- murmurou Mione.
_Essa mesma!- Yu bateu na mesa.
_Mas essa pedra está sumida- falou Rony.- Ouvi papai comentando numa das reuniões da Ordem...
_Não- murmurou Harry pra si mesmo.- Eu..- olhou para os outros.
Estes olhavam-no curiosos.
_Você...- fizeram Yulia e Mione juntas, se olharam.
_Eu já vi essa pedra.. Num sonho.. Ela está...
_Está...- disseram juntas de novo.
_Dá pra parar com isso?- perguntou Rony irritado.
_Venham comigo- chamou ele se levantando.
Os outros fizeram o mesmo e o seguiram.
Harry seguiu para o andar da sala de Dumbledore, parou em frente à Gárgula de pedra, os outros o olhando interessados.
“Olhem isso”, o garoto apontou para a face do animal, num dos olhos que tinha um globo negro algo brilhava dentro se olhassem com atenção.
_Pérai! Pára tudo!- Hermione tomou a frente.- Tá dizendo que isso é a Flama Verde? Que ela sempre esteve bem debaixo do nosso nariz e que Dumbledore nunca usou-a?
_To dizendo que ela está aí dentro, Mione! E você sabe porquê ninguém usou-a...
_Claro!- exclamou Rony.- Ninguém pode usá-la... Somente..- olhou pra Harry.
_Aquele que o Lorde marcar como seu igual..
_Você...- disse fascinado.
_Só o Harry?- Yulia arqueou uma sobrancelha.- Tá, não entendi nada, mas nem precisa explicar.
_Só o Harry..
_Ou ele- disse uma voz as costas deles.
Se viraram e deram de cara com Dumbledore olhando-os com uma expressão interessada.
_Diretor..- Harry ficou meio embaraçado.
_Ela está aí.. E sempre esteve desde o dia em que eu a criei, esperando a hora certa para ser usada por você, Harry...- o Diretor parecia levemente decepcionado consigo.- E esta é uma das coisas que eu deveria Ter-lhe contado antes, cheguei até a mencioná-la como creio que se lembraram... Agora, sabe o que eu penso sobre ele nunca Ter sido realmente derrotado em todas as vezes que voltou?
_Eu não tinha a Flama...
_Exatamente...
_Mas agora é diferente- falou Rony.
_E como faz pra tirar?- perguntou Yulia impaciente, mexendo no olho.
Dumbledore olhou-a como se não tivesse notado sua presença até então.
_Harry...
_Sim Senhor?
_Toque na cabeça dele, desejando muito o que tem aí dentro... Como com o espelho de Odjesed...
Harry consentiu com a cabeça e tocou na Gárgula.
A estátua inclinou a cabeça numa profunda reverência, essa abriu-se ao meio como a estátua da Bruxa Corcunda que levava ao túnel de Hogsmead. Harry enfiou a mão dentro, era oco, tocou uma pequena bola gelada, puxou-a e o olho se descolou.
Olhou pra própria mão. O olho negro estava lá, era uma espécie de globo protetor. Abriu-o. Uma pedra caiu em sua mão, não muito maior que a Pedra Filosofal que usara em seu primeiro ano, verde, tinha umas partes pontiagudas, emitia um fraco brilho.
“Agora que ela foi descoberta não pode mais ficar aí, não é mesmo?”, comentou Dumbledore. “Você deverá guardá-la até a hora certa de usá-la, Harry.. Confio em sua capacidade”, o Diretor voltou-se para a Gárgula. “Depois coloque o olho em seu lugar, sim?” pediu com sua voz mansa de sempre.
_Aham- concordou Harry que ainda olhava para a pedra.
_Delícia Gasosa.
A Gárgula deu espaço para uma escada giratória que ia subindo vagarosamente, Dumbledore pegou carona nessa. Logo, sumiu.
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