Torturas, e reencontros
Alvo acordara num lugar que nunca vira antes, ele era sujo e empoeirado, moveis velhos, paredes repletas por teias de aranhas com fios tão densos como fibras de lã, Rose morreria ali dentro, pensou, ela odiava aranhas, tinha um medo doentio por elas. Poeira começara a cair do teto do lugar, e ruídos eram escutados vindos de cima, foi então que Alvo notara que estava em um porão, ou também poderia ser um calabouço muito mal arrumado. A porta se abrira com um ruído quase como um gemido de dor,
Alvo tentara se levantar para esconder quando tombara no chão ao fazer isso, seus pés estavam acorrentados, os passos ecoaram enquanto uma figura ia tomando forma iluminada pela luz de uma varinha.
Alvo pensou que se sapos fossem maiores, mais feios, e pudessem andar sobre as duas pernas e falar seriam muito semelhantes aquela mulher a sua frente, ela possuia os cabelos desgrenhados e mal cuidados, pele envelhecida como se tivesse secado ao sol, roupas sujas e encardidas pelo tempo, mas ainda podia se notar que eram rosa bebê com um casaco felpudo de pelúcia, e um laço rosa mal feito no cabeça.
_ ora se não é o jovem senhor Potter - disse a mulher e Alvo se assustara, pois pensou que ela coaxaria - não posso dizer que é um prazer conhecê-lo, pois seria uma grande mentira - a mulher usava um tom de voz infantil que começara a fazer Alvo ter vontade de vomitar - mas em todo o caso, já deve ter ouvido falar de mim... Ou se não, Dolores Jane Umbridge, Secretaria Sênior do Ministro e Alta inquisidora de Hogwarts.
_ isso faz muito tempo né? - disse Alvo - meu pai ainda estudava lá não é mesmo? Foi você a responsável pela cicatriz que ele tem na mão... Você é a louca sapa velha a quem ele tanto menciona, assim que te vi me lembrei... Então tem pegado muitas moscas?
_ como ousa falar de mim assim, seu mestiço imundo - disse Umbridge - eu vou te mostrar a respeitar os mais velhos...
_ no seu caso os anciãos - disse Alvo - então chegou ao centenário já? Parece um sapo que se desidratou em contato com o álcool, sabe existe entre os trouxas algo muito útil para melhorar a aparência se chama cirurgia plástica sabe? Sei que é meio radical, mas nem poções milagrosas de embelezamento dão um jeito em você.
_ Como ousa - a mulher com um aceno de varinha fizera as correntes que lhe prendiam se enrolarem as suas pernas e o derrubarem no chão, sentira um grande aperto pelos membros inferiores como se seus ossos fossem se arrebentar - logo verá que posso causar mais ferimentos em você do que um dia fiz no seu pai - disse Umbridge - e os seus não vão cicatrizar... Vamos nos divertir muito Alvo Severo - disse ela como uma criança travessa e ao mesmo tempo demoníaca - que tal começarmos com uma seção de cruciatus? Ou talvez... Espere tive uma idéia... Império.
Alvo pode notar sua vista se desfocar como se entrasse num transe, tudo que ouviu era uma voz em sua cabeça, a mesma voz infantil da mulher a sua frente, ela lhe ordenava em um tom superior como o de uma criança mimada.
_ pegue a pena e escreva - Alvo sentira uma pena a ser depositada em sua mão - escreva... “Devo ser um bom garoto” - ele sentira em sua outra mão se depositada um pergaminho - faça isso até a mensagem penetrar.
Alvo levara a pena ao pergaminho e começara a riscar, sentira um formigamento inicial como se alguém lhe cutucasse com uma agulha, mas sem tirar sangue, aquilo não incomodou muito, ele continuara, fora quando sentira uma dor sobre as costas de sua mão esquerda, como se alguem lhe cutucasse com facas de dentro para fora, mas nada surgira apenas uma vermelhidão, fora quando sentira um corte fino e profundo em sua pele, e se contornar ao longo das costas da mão, logo os dizeres “ Devo ser um bom garoto” podia ser lido com nitidez, o sangue escorrera pelas bordas das letras escritas em carne viva e o sangue respingava no papel por entre os dedos.
_ está bom - disse Umbridge - um bom começo não acha? Talvez com isso se torne um bom garoto... - riso sem graça e irritante - ah... E considere isso seu presente de natal, de uma nova amiga, passaremos muitos momentos divertidos juntos.
Alvo voltara a si, encarando a mão ensangüentada, e o pergaminho a sua frente cuja a mesma frase fora escrita varias vezes, frase que lhe marcara para sempre. Ele se dobrava ao meio no chão de tanta dor, e lagrimas de raiva escorria por seu rosto, ele olhava o rosto papudo da mulher a sua frente, ela ostentava um sorriso idiotamente na face, um sorriso de satisfação e em suas mãos rechonchudas trazia uma pena negra, a pena de sangue. A mão dele começara a inchar ao redor das palavras, destacando ainda mais os cortes que eram profundos e podia se notar a carne viva em alguns pontos dentro das letras.
_ Amo essa pena sabe? - disse Umbridge - foi o meu ultimo presente do Orion Black antes dele se casar com a prima dele...
_ quer dizer que namorava o Black? - disse Alvo rindo segurando sua mão que ainda sangrava compulsivamente - ele foi esperto por ter escolhido a Senhora Black, está bem que não devia ser a pessoa mais amorosa, devia ter o humor do cão, em compensação comparada com você, ela era mais bonita... - ela erguera a varinha para atingi-lo com um feitiço que com certeza lhe causaria mais danos que uma mão que parecia ter sofrido uma briga com um gato de rua letrado, fora quando Umbridge fora impedida por alguém.
_ calminha ai Umbrigde - disse um homem vestido com vestes que não lhe caiam muito bem, vestes que pertenciam a Horacio Slughorn - o garoto não disse nada alem da verdade não é? E... Dá para deixar o garoto em paz?
_ bancando o bonzinho agora Rasbatan? - disse Umbridge - Quando o garoto chegou aqui estava quase morto, tudo por você está usando ele como cobaia de suas poções.
_ precisava me divertir - disse Rasbatan - sabe? É um tédio ser o Slughorn...e tambem eu não o machuquei fisicamente, está certo quebrei o nariz do garoto e seus óculos mas fora isso, não fiz nada de mais.
_ você tentou me matar envenenado? Sabe eu não chamaria isso de nada de mais - disse Alvo para Rasbatan que lhe sorrira cinicamente e lhe passara as mãos pelos cabelos como se faz com um cachorro ou um garotinho de oito anos.
_ sabe garoto, até que você é legal - disse Rasbatan - lembra um pouco Regulo Black, o cara também era engraçado, pena que teve que morrer, não que você vá ficar vivo por muito tempo, só enquanto for útil.
_ e eu também estava me divertindo - disse Umbridge que nem parecera a ouvir o que ambos haviam conversado entre si - e você vem pedir para que deixe de brincar com meu brinquedo novo, volta daqui três horas talvez eu tenha acabado.
_ suba Umbridge, o mestre nos quer reunidos, pois vai querer ter uma conversa com a gente - disse Rasbatan - e você garoto não tente nada... Essas correntes foram feitas por duendes, são mais resistentes que tudo que você conhece...
Alvo ficara em silencio enquanto os dois subiam as escadas até desaparecer no alto dela e após um estrondo da porta se fechando o lugar mergulhou na mais profunda escuridão.
Enquanto isso, Tiago despertava e a primeira coisa que vira foi um par de olhos azuis cinzentos a lhe encarar assim como dois lábios de um rosa pálido e de contornos delicados, nunca vira Narcisa Malfoy tão perto assim dele, em circunstancias normais a agarraria, há tempos queria sentir o beijo dela, mas não queria forçar a garota a algo que ela não queria, e também não queria apanhar dela, ou ser morto pelo Draco.
_ então como está? - disse Narcisa - você deu o maior trabalho.
_ sabe, acho que devo ter morrido e fui mandado para o céu - disse Tiago com uma voz num tom falsamente fraco - pois você é um anjo.
_ cantada fraca, uma das provas que você está melhor - disse Narcisa revirando os olhos - parece que às doze horas da madame Pomfrey cuidando de você não foi um tempo perdido.
_ doze horas? - disse Tiago levantando de supetão e sentindo uma grande dor abdominal - ai... Ai... - ele olhara e tocara um curativo pouco acima da sua cintura, fora quando se lembrara que poderia ter sido aquele ferimento que Rodolfo aumentara com a varinha em brasa - Lestrange...
_ é, vimos que duelaram através do Mapa do Maroto - disse Narcisa - e você foi derrotado - ele tentara argumentar - não importa como perdeu, em que circunstancias... derrota, é derrota.
Tiago olhara ao redor e vira que a maior parte dos que ali estavam era por causa dele, Fred se encontrava cochilando em uma poltrona próximo a janela com Roxanne dormindo com a cabeça encostada em seu ombro, Lily adormecera num dos sofás, e um dos gêmeos a encarava com tristeza, ele não soube definir qual. O outro, lia uma revista de cabeça para baixo, “O Pasquim” que Tiago também lia de vez em quando, para ver as bizarrices que podiam ser publicadas. Scorpio jogava um partida de xadrez com Rose, e o garoto parecia entediado enquanto a garota mais uma vez vencia. Teddy estava deixado em uma cama frente à dele, com Victorie a lhe tentar fazer comer, mesmo o rapaz dizendo que estava sem fome. Ele sentia falta de alguém ali, fora quando seus olhos se estalaram frente à ausência de uma pessoa muito importante.
_ e o Alvo? - disse Tiago ao notar que o irmão não estava ali em nenhuma das camas - onde está o meu irmão? O que aconteceu com ele?
_ tente se acalmar - disse Narcisa - o Alvo está desaparecido, temos procurado por ele por toda a escola, Aurores tem feito isso na verdade.
_ fomos presos aqui - disse Alice que aparecera por de trás da cortina do leito vizinho ao de Tiago, ela parecia extremamente irritada e ao mesmo tempo em tédio - parece que “crianças” só atrapalhariam, não querem nos envolver nisso, mas estamos envolvidos, foi um de nos que desapareceu, será que eles não entendem que queremos ajudar? Que estamos tão desesperados quanto eles? Que enlouqueceremos sem noticias?
Tiago se lembrava da conversa que tivera com Rodolfo e de suas palavras, mas fora o final que mais lhe prendera.
Flashback on:
_ me traga a pedra e você terá seu pai de volta - disse Rodolfo - não está com ele - disse apontando com a cabeça para Teddy - mas ele sabe onde está.
_ como posso confiar em você? - disse Tiago com a voz fraca - não é uma pessoa confiável - soltara um riso fraco e cínico.
_ bem terá que confiar em mim - disse Rodolfo - do contrario seu pai morre - ele se levantara e dissera - até lá, maus sonhos Potter - e Tiago sentira sua vista se apagar.
Flashback off
Estava fora de seus costumes negociar com comensais, mas sempre havia uma primeira vez para tudo, ainda mais quando a vida de seu pai e seu irmão estão em risco.
Ele olhara para Teddy o professor recebia uma colherada de mingau goela abaixo dada pela namorada, os olhos de ambos se cruzaram e sabiam qual seria o assunto da conversa, assim como sabiam que nenhum daqueles ali presentes poderia ouvir.
_ preciso falar com o Teddy - disse Tiago encarando a todos - a sós.
Todos assentiram, Fred e Roxanne foram acordados, e Fred iria ao encontro do amigo se Narcisa não lhe tivesse impedido, não era a hora para aquilo, em meio a resmungos da Weasley por ter sido despertada, eles se retiraram, Fred carregava Lily nos braços, ela se assemelhava a um anjo enquanto dormia, e Rose seguia ao lado dos gêmeos e do Scorpio para fora. Narcisa fora a ultima a sair dando um olhar que Tiago não soube definir o significado, ao lado de Victorie que beijara Teddy com carinho e se despedira com um até logo. Os dois se encaram, e por um tempo o silencio reinara na ala hospitalar.
_ sabe por que pedi para que todos saíssem não é mesmo? - disse Tiago em tom sombrio - agora mais do que tudo, preciso saber onde a pedra está.
_ vai entregar a pedra a eles? - disse Teddy se sentando na sua maca - Tiago, essa pedra é uma das coisas mais poderosas de todas, pode trazer os mortos de volta... Ou uma vaga lembrança deles, são como fantasmas, mas eles não podem ficar muito no nosso mundo, e uma conversa que tive com a diretora ela me contou mais coisas sobre a pedra, coisas que nem no conto se é citado.
_ pouco me importa o que essa droga de pedaço de rocha faz - disse Tiago com uma voz dura - eu quero meu pai e meu irmão de volta, os dois vivos. E se for preciso entregar uma das coisas mais poderosas do mundo na mão de pessoas erradas... Que assim seja.
_ cometera um grave erro, um erro que não vai se perdoar se o fizer - disse Teddy - seu pai já cometeu um erro antes Tiago, ele omitiu de todos que sabia onde a pedra estava, cometera um erro maior do que ele se entregar-la aqueles idiotas.
_ eles não podem ressuscitar Voldemort, ou seja, lá quem queiram - disse Tiago - você mesmo disse que a pedra só trás fantasmas ou algo semelhante a lembranças, o que um fantasma pode fazer? Tacar giz e apagadores que nem o pirraça?
_ a muito mais sobre a pedra que ainda não foi estudado... - disse ignorando o comentário de Tiago - Um objeto complexo, com poderes na maioria desconhecidos... E o pior é que eles devem saber mais do que nos sobre ela - disse Teddy se erguendo e andando até a cama do garoto - confie na Ordem, ela pode ajudar, mas não faça uma besteira dessas.
_ me diga Teddy, onde está? - disse Tiago - eu preciso dela, pensei que se importasse com os dois, mas pelo visto tudo que quer é proteger essa coisa.
_ está com a pessoa com quem achei que ficaria segura - disse Teddy e Tiago compreendera se erguendo da cama e com uma dor infernal na região do abdômen andara para fora da enfermaria - espero não ter cometido um erro, mas no final tudo dará certo, sempre dá.
Teddy ficara a encarar a ala hospitalar onde se encontrava sozinho, enquanto Tiago seguia pelos corredores tomando cuidado para que ninguém lhe visse, seria mais fácil com a capa de invisibilidade de seu pai, se esse lhe tivesse dado de presente. Sobre a luz da varinha ele caminhou por um corredor escuro até se dar de frente com a imagem de uma gárgula de bronze que lhe parecia sorrir malignamente para ele quando iluminada pela claridade, a estatua se moveu dando ao garoto passagem e revelando uma escada em espiral oculta que ia aos poucos tendo seus degraus revelados que levavam até uma sala a qual o mais velho dos Potters conhecia muito bem.
Alvo acordara após cair num sono pelos esforços de arrebentar as correntes, ele sentira algo lhe molhar a face, uma água vinda de algum lugar sobre ele, seus olhos se abriram e ele pode ver uma imagem embaçada do que parecia uma gaiola presa a um gancho no teto, ela rangia pois o animal ali preso se debatia e balançava sua pequena prisão, a poeira das madeiras velhas de sustentação começaram a se espalhar fazendo o garoto tossir e espirrar frente aquele pó que entrava em seus pulmões. Alvo acertara os óculos quebrados no rosto, e pode distinguir melhor a figura que ocupava a estrutura de ferro. Suas orelhas compridas e caídas cheias de cabelos grisalhos saindo por elas, o nariz enorme e encurvado, um rosto carrancudo e enrugado que sorria banguela e sem jeito para o garoto, mãos compridas e magras com unhas sujas e compridas que seguravam uma pequena cuia onde há segundos atrás se encontrava a água que ensopara o Sonserino, vestindo algo como um pano de chão esfarrapado como roupa e no pescoço pendia um talismã com um S serpentino incrustado nele, poderia se passar décadas, mas Alvo sempre reconheceria aquele elfo domestico que há tanto tempo servia sua família mesmo antes de seu nascimento. Alvo lhe retribuira o sorriso.
_ Monstro? Mas pensei que estivesse morto - disse Alvo que encarava a criatura presa na gaiola - todos pensamos, disseram que a Umbridge tinha te matado.
_ menino Potter, Monstro quase morrera, mas... Alguém dissera que ter monstro vivo podia se mostrar útil - disse o elfo com uma voz grave e rouca como de um velho resmungão - as feridas de monstro foram curadas, e monstro foi torturado, pela mulher horrível e pelos outros... Eles queriam tirar de Monstro a localização dos Potters, para onde eles poderiam ter ido... Monstro foi forte, nunca entregaria a família que serve a alguém que lhes queira fazer mal, fora então que aquele homem... Esse que acaba de sair com a sapa velha deu a Monstro a água maldita, ela fez com que ele não pudesse mais mentir... Ele não se controlou e contou aos servos do Lord das trevas onde os Potters poderiam ter se escondido... Eles foram atrás da família e trouxeram o mestre de Monstro para cá.
_ Seu mestre? Meu pai está aqui? - disse Alvo surpreso por não ter pensado naquilo, tinha sido levado pelas mesmas pessoas que levaram seu pai, logo estava bem próximo dele, quem saiba ele não estaria ali - onde? - ele olhara ao redor até comprovar que não tinha ninguem alem dos dois ali.
_ o senhor Potter tem ficado no andar de cima... Em um dos quartos - disse Monstro com uma voz triste e furiosa - monstro deveria ter morrido no lugar de trair seus mestres, quando Monstro percebeu o que havia feito, ele se puniu, teve de se punir... e tem se punido sempre desde então - Alvo pela primeira vez notara vários ferimentos no rosto do elfo arranhões e hematomas muito roxos, ele ficara cego de um olho pelo que o garoto pode notar - sinto muito menino Potter, tudo que tem acontecido é culpa de Monstro.
_ não é sua culpa Monstro - disse Alvo se erguendo do chão - não existe um culpado, mas sim vários, e os principais são aqueles malditos.
_ o menino Potter cresceu muito desde que Monstro o vira - disse Monstro - quando ouvi sua conversa com a mulher com cara de sapo pensei que fosse o Senhor Tiago, o jeito de falar, as palavras... o Senhor se parece mais com ele agora do que antes... Muito mesmo.
Antes se fizessem uma comparação dessas Alvo se enfureceria, nunca que ele aceitaria a ser confundido ou comparado ao irmão e quando o faziam sempre sentia raiva, mas no entanto agora um sorriso nos seus lábios brotara, é ele realmente mudara, e devia isso a varias pessoas, e em principal a aquela escola que lhe ensinara a ser mais maduro. A porta retornara a se abrir e dela surgira a mulher mais odiada pelos alunos de Hogwarts de todos os tempos, ela sorria como um sapo gordo que acabara de comer uma mosca bem suculenta, ela descera as escadas em pequenos saltinhos, dois degraus por vez, a cena seria hilária pois ela parecia como uma garotinha desajeitada a tentar dançar balé. Seus lábios aumentaram o sorriso quando ela notara que Alvo recobrara a consciência e que Monstro se encolhera no fundo da gaiola com medo do que ela poderia fazer.
_ com saudades Al - ela pronunciara o apelido do garoto tão docemente que chegava a dar vontade de vomitar de novo - sabe, acho que deveríamos continuar de onde paramos, pois o que parece a nossa ultima lição não surtiu muito efeito nessa sua cabecinha oca não é mesmo?
Ele ficara em silencio e desviara o olhar dela, fora quando sentira algo a lhe apertar as pernas novamente, mas dessa vez as correntes queimavam sentira o calor em contato com sua pele e o metal quente a lhe ferir. caira no chão tentando inutilmente se livrar das correntes que cintilavam luminosas pelo brilho das chamas que lhes cobriam ele tocara com as mãos tentando se soltar mas tudo que conseguira fora se machucar ainda mais quando as correntes se esfriaram e caíram soltas lhe libertando de seu pesadelo que durara alguns minutos apenas.
_ agora que tal algo bem tradicional para variar - disse Umbridge - aquela seção de cruciatus que tinha te falado, promessa é divida não é mesmo? E olha quem chegou para ver isso, se não é o próprio e o único... Harry Potter. - os olhos de pai e filho se encontraram, Harry estava acorrentado e se mostrava quase tão ferido como Alvo e ele se mostravam furioso ao ver o garoto ali com aquelas pessoas - resista à dor, não perca a cabeça e quem saiba seu papai fique orgulhoso de você pelo menos uma vez na vida, - ela se aproximara do ouvido dele - eu vi a mente dele Al, sempre fora a vergonha da vida dele, sempre, era estranho e fraco, o verdadeiro erro que ele cometeu não foi esconder a pedra, e sim, ter tido você, desde que nasceu só tem trazido desgraças, depois se pergunta por ele ter sempre preferido o Tiago, ele sim honra o nome dos Potters - os olhos do garoto vacilaram, aquilo era o que tortura psicológica? Sempre temera que aquelas coisas que a mulher dissesse fossem verdade, e no fundo sentia que eram, lhe doía pensar que aquilo podia ser verdade.
_ isso é mentira Alvo - disse Harry que berrara - sempre senti orgulho de você, nunca me decepcionou nem me envergonhou em nada que fez, é meu filho sempre me fará me orgulhar e sempre irei amá-lo assim como amo seus irmãos, não é sua culpa Al, não é sua culpa, não queria nenhum de vocês envolvidos nisso, não queria ser o responsável pelo sofrimento da minha família.
_ Papai... - disse Alvo com um tom triste, os olhos marejados quando sentira a dor alucinante que lhe corroia o corpo, como se todos os ferimentos que já tivera na vida se abrissem e como se cada célula do seu corpo sofresse explosões nucleares e seus órgãos fossem derretidos por acido.
Os berros de Harry que gritava para o filho que se debatia de dor sobre o chão, Monstro que tentava se livrar da gaiola para proteger seu jovem senhor, as risadas dos comensais tudo parecia como um emaranhado de sons em sua cabeça que não podia distinguir, aquele sem duvidas estavam sendo suas piores férias de natal.
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