Poções e runas das trevas
O dia amanheceu frio e chuvoso em Londres e Ronald estava tendo mais uma noite difícil.
– NÃO! - o ruivo acordou assustado.
– O que foi? O que aconteceu? - perguntou Hermione, que acordara com o grito do marido.
– Eu tive um pesadelo.
Hermione sentou na cabeceira da cama puxando Rony pro seu colo. Ela esperou que ele tomasse iniciativa de contar o que tinha sonhado brincando com os cabelos ruivos do esposo.
– Hermione nessas ultimas semanas eu tenho tido um sonho terrível - o marido quebrou o silêncio - que vive se repetindo... sempre a mesma coisa e depois eu não consigo mais dormir.
– É o mesmo daquele dia que eu não deixei você contar?
– Sim Mione é sempre tão escuro e frio e você... você está morta! - gaguejou o marido - isso não pode ser normal! Eu sei que você não acredita nessas coisas, mas eu acho que isso pode ser algum sinal... aviso... eu não sei, mas é alguma coisa.
– Rony olha só, você teve um pesadelo que foi terrível e com certeza você ficou com isso na cabeça - tentou esclarecer– e por você ficar pensando nisso acabou sonhando outras vezes.
– Ah Hermione não vem com esse papo de achar uma explicação lógica! Isso não esta certo. - disse levantando da cama andando de um lado pro outro impaciente. Hermione levantou e segurou o marido. – Hermione me promete você vai tomar cuidado.
Hermione abriu a boca pra reclamar, mas foi interrompida:
– Só me promete Mione! - implorou Rony - por favor faz isso por mim!
– Eu já te disse, são apenas sonhos!– exclamou Mione - mas eu prometo. Vou tomar cuidado seja lá com o que, mas eu prometo. Agora tire isso da cabeça e comece a pensar onde vamos passar as nossas ferias.
Hermione já havia escolhido os seus 15 dias, agora falta Rony decidir os outros 15.
– Você não vai mesmo me dizer que lugar você escolheu? - disse ele curioso.
– Não! - afirmou ela - é surpresa! O que posso dizer é que você vai gostar muito do lugar.
– Qualquer lugar que estiver com você ao meu lado eu gosto. - falou abraçando a esposa.
Eles ficaram um tempo conversando e planejando as ferias; tomaram café e; foram trabalhar.
Hermione estava cheia de trabalho como sempre e, logo, sua secretaria trouxe um chá, ela tomou e continuou o trabalho. Tinha centenas de relatórios pra ler e sua cabeça doía; não conseguia se concentrar no trabalho; por mais que se esforçasse as letras se embaralhavam na sua frente. Ela começava ver tudo em dobro, parecia que tinha bebido uma caixa de whisky de fogo. Então chamou sua secretaria:
– Emily eu vou embora, não estou me sentindo bem. - disse a chefe - você poderia avisar ao Ronald que fui pra casa, por favor? Eu ia escrever um memorando, mas estouvendo tudo embaçado.
– Claro Sra. Weasley.
– Obrigada Emily.
Hermione se despediu da secretaria e foi pra casa por pó de flu, mas a viagem só fez agravar o seu estado. Ela pensou em tomar um banho, fazer uma poção e depois tentar dormir pra melhorar. Mas sentia se cada vez mais fraca, então lembrou que não tinha tomado a poção que o medibruxo receitou. Mione começou a subir as escadas lentamente apoiando a mão no corrimão, a escada nunca pareceu tão grande - quanto mais ela subia mais degraus pareciam ter pra subir -, ela ofegava como tivesse corrido uma maratona, a cabeça latejava, sentia tontura atrás de tontura. Faltavam apenas 3 degraus. Nunca demorara tanto pra subir aquela escada. Finalmente ela chegou ao topo, o que pareceu ser uma eternidade apesar de serem apenas 21 níveis, quando pisou o ultimo degrau tudo o que ela sentia se intensificou. Uma dor aguda a atingiu no lado esquerdo do peito, e esta lhe tirou as suas ultimas forças e sugou o ar dos seus pulmões. Em um último gesto, Mione levou a mão direita no coração e caiu, rolando escada a baixo; o barulho foi alto, cada degrau que batia podia se ouvir um som de algo se quebrando. Em poucos instantes tinha rolado todos os degraus e chegado aos pés da escada e sangue escorria por um corte profundo na cabeça, sentia dores por todo o corpo e respirava com dificuldade. O coração estava fraco.Hermione não sabia se estava consciente ou não, mas viu um filme passar em sua frente... tão rápido... tão intenso... Viu toda sua vida passar na sua frente desde a infância: o dia que recebeu a carta de Hogwarts e descobriu que era uma bruxa; quando conheceu o seu melhor amigo Harry Potter e seu grande amor Ronald Weasley (tudo por causa de um sapo que procurava de um menino que tinha acabado de conhecer e que se chamava Neville); o chapéu seletor quando a selecionou pra Grifinoria; Rony a chamando de pesadelo e depois a salvando do trasgo com o feitiço que ela tinha lhe ensinado; quando ele arriscou sua vida no jogo de xadrez; quando foi petrificada; quando salvaram Sirius e Bicuço da morte; o ciúmes de Rony com o Victor e o baile que ela queria ter ido com Rony; as milhares de brigas e reconciliações que tiveram ao decorrer dos anos; quando Rony namorou Lila Brown; quando ele foi envenenado e inconsciente chamava o seu nome; quando ele foi embora e voltou durante a caça as horcruxes; quando Rony a salvou de Bellatrix e; a cena mais importante da sua juventude, o beijo que deu em Rony em meio a guerra e o medo de não terem uma outra chance - ela o amava desde sempre e não pensava em nada além de sentir aqueles lábios - ; o fim da guerra e como a família Weasley sofreu e tentou seguir em frente depois da morte de Fred; o retorno de seus pais; a fama que tiveram por ter derrotado Voldemort; o seu último ano em Hogwarts, que foi muito diferente dos outros 6 anos anteriores sem seus 2 melhores amigos; seu primeiro trabalho no ministério no departamento de Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas e como acabara com a escravidão dos elfos doméstico e se tornara chefe do departamento em menos de 1 ano; o casamento com o seu grande amor Ronald Weasley; quando tornou a mais nova chefe de departamento de execução das leis da magia da historia... Era uma mulher feliz, chegou onde queria em pouquíssimo tempo e tinha um marido que a amava muito, assim como ela o amava. Hermione viu todas essas cenas passando muito rápido em sua cabeça. Tantas dificuldades, mas tantas felicidades também. Tantos momentos memoráveis, mas só conseguia pensar em uma coisa nessa hora: Ronald Weasley.
No ministério, Ron havia acabado de chegar de uma batida com Harry. Eles estavam entretidos falando em como tinham pego os dois comensais fugitivos.
– Dois a menos pra atormentar o mundo. - disse o menino que sobreviveu.
– É Harry, tomara que apodreçam em Azkaban. - exclamou Rony pegando um copo de água.
– Eu vou pegar o depoimento deles, você vem comigo? - perguntou Harry, mas o amigo não respondeu. Estava pálido e com os olhos estáticos e, de repente, deixou o copo cair e se espatifar no chão. - Rony? Rony? o que aconteceu?
– Eu tenho que achar a Mione tem alguma coisa errada! - disse ele apavorado.
– O que tem a Mione? - indagou sem entender o que estava acontecendo.
– Não sei explicar Harry! Tenho que ver ela. - disse ansioso - Eu vou na sala dela e já volto.
Rony nem esperou Harry falar e saiu em direção a sala da esposa que era no mesmo andar do quartel general dos aurores.
– Oi Emily a Mione esta aqui? - falou Rony preocupado.
– Não Sr. Weasley. - respondeu a secretária - ela está numa reunião só a noite ela volta.
– Obrigada Emily!
Rony saiu do departamento das leis da magia pensando:
“Reunião? a Mione não me falou de reunião nenhuma essa semana, e porque eu sinto um aperto aqui dentro? tem alguma coisa errada”.
De volta ao quartel dos Aurores ele disse:
– Harry eu vou aparatar em casa.
– A Mione esta bem?
– A secretaria falou que ela está numa reunião.
– Então o que você vai fazer em casa?
– Não sei. Só sei que preciso ir pra casa - afirmou muito preocupado - Eu não demoro!
– Você tá estranho Ron, vou com você!
– Não precisa Harry, eu já volto.
Rony foi pro saguão do ministério onde podia aparatar. Ele desaparatou direto no quarto, estava tudo silencioso. Não sabia porque estava em casa, mas sentia que devia estar ali. Saiu do quarto passou pelo corredor e quando ia descer a escada paralisou. Sentiu um aperto no coração. Agora ele sabia o porque tinha que ver Hermione e porque dele estar em casa. Quando o choque passou ele correu como nunca em sua vida, descia a escada de 3 em 3 degraus quando chegou onde a esposa estava jogada, ele chorou. Estava com medo estampado nos olhos. Só conseguia pensar mo maldito sonho, nunca tivera tanto medo - nem quando Bellatriz torturou Hermione - nada se comparava o que ele sentia (seria essa sua pior lembrança?) ao ver o estado da esposa: uma poça de sangue no chão e ela não parecia respirar. Nesse instante ele sentiu que a sua vida havia acabado. Ela estava fria e o desespero o tomou. Ficou sem reação. Sua esposa, seu amor desde a infância, estava morta.
Mas uma voz o trouxe de volta a realidade.
– R-Ro-ny - a voz dela era arrastada e fraca.
– Mione, meu amor! Você .... Você... Vou te levar pro St Mungus. - gaguejouassustado o marido - vai ficar tudo... tudo bem!
Ele chorava e soluçava.
– Ro-Ron eeeee-eu...
Hermione respirava com dificuldade e sentia os últimos momentos de lucidez se esvaindo.
– Estou aqui meu amor! - disse pegando-a no colo com todo cuidado possível. Finalmente Hermione conseguiu abrir os olhos, mas tinha muita dificuldade de mantê-losabertos.
– E-Espe–ra - ela tentou continuar.
– Não fala nada, não se canse, nos temos que ir eu vou... - disse ele.
– Escu-ta Ron! - ela interronpeu. Olhava-o nos olhos.
Como um último esforço levou a mão ao seu rosto secando as lagrimas que escorriam daqueles olhos azuis.
– Desculpa pelo tempo perdido, pelas nossas brigas, des..
– Não por favor para com isso! - interrompeu o marido - você não tem nada pra pedir desculpas! a culpa sempre foi minha que era um cabeça dura e...
– Eu sempre te amei e sempre vou te amar.
Ela sorriu. Ele chorou.
– Não fale como se fosse uma despedida - disse ele - você não pode me deixar!
– Não tenho muito tempo, sei o que aconteceu comigo eu fui...
Ela começou a tossir sangue. Já não conseguia mais respirar, em seu último suspiro conseguiu dizer:
– Te amo Rony.
Então sua mão caiu do rosto de Rony. Ela fechou os olhos e não os abriu mais.
– Mione não!
Ela já não respirava. Sem pensar duas vezes Rony aparatou no St Mungus e, como na última vez que estivera ali, dois medibruxos apareceram ao seu lado e levaram sua esposa pra emergência. Kate perguntou o que tinha acontecido, mas Rony estava em choque.
– Ela não tá respirando, ela não tá...
– Calma Sr Weasley, você tem que me dizer o que aconteceu. - disse Kate.
– Eu.. Eu acho que ela caiu da escada, quando cheguei ela estava atirada no chão - falou apavorado. Já não tendo forças nem de se segurar em pé, ele sentou-se numa cadeira da recepção.
– Vamos fazer o possível pela sua esposa, fique aqui que eu volto com noticias - afirmou a medibruxo - tem alguém que eu deva avisar?
– Po-Potter, Harry!
– Ok, entendi. Eu já volto.
Alguns minutos depois Kate voltou. Rony continuava sentado.
– Como... como está minha esposa? - ele gaguejou.
– Infelizmente Sr. Weasley o estado dela é grave estamos fazendo de tudo, mas ela não responde. - ela explicou - está respirando por aparelhos, o coração está fraco e ela tem diversas fraturas que não estão curando. Além da queda temos outro problema que é mais grave: suspeitamos que sua esposa tenha sido envenenada. Estamos fazendo diversos exames pra tentar confirmar isso.
– Isso não é possível! Como assim ela foi envenenada? - perguntou Rony arrasado.
– Ainda não sabemos, daqui a 2 horas vamos ter a resposta. Eu volto com noticias o mais rápido possível, já mandamos uma coruja pro Sr. Potter.
Rony não falou mais nada, não tinha forças pra falar. Sua mente viajava relembrava cada instante desde que chegou em casa, as palavras da esposa, as ultimas semanas que ela estava doente... Agora tudo fazia sentido! O mal que ele vinha sentido era isso. Alguém estava envenenando a sua esposa. Mas quem? E porque alguém iria fazer isso?
Sentiu algo vibrando no seu bolso e demorou para pegar o pequeno aparelho do bolso - o celular que Hermione dera de presente a ele e que insistia em faze-lo carregar sempre com ele, pois assim era mais rápido entrar em contato. Ele apertou o botão verde e levou ao ouvido.
– Rony?
Ele reconheceu a voz do amigo mas não tinha forças pra responder.
– Alô Rony! você esta me ouvindo?
– Harry a Mi-Mione - gaguejou o ruivo, que já não conseguiu mais conter o choro.
– Onde você está Rony? - disse Harry tentando manter a calma, pois sabia, pela voz do amigo e pelos soluços, que ele chorava.
– ST Mungus.
– Já chego aí, Ron!
Harry mal desligou o telefone e já tinha aparatado no St. Mungus. Encontrou o amigo sentado numa cadeira de cabeça baixa.
– Rony! - Harry se abaixou em frente ao amigo. Rony levantou a cabeça imediatamente. Harry o abraçou. – O que aconteceu?
Rony chorava compulsivamente depois de alguns minutos conseguiu falar:
– Ela caiu da escada Harry! Eu a encontrei jogada no chão tinha tanto sangue, ela parecia nem respirar. Estava tão fria! Eu pensei que ela tivesse morrido. Então ela falou Harry. Ela se despediu de mim! Harry o que eu vou fazer se ela partir? Eu não vou agüentar,eu não vou, Harry.
Agora Harry também chorava.
– Vai ficar tudo bem Rony - tentou acalmar - a Mione é forte ela vai sair dessa, você vai ver.
Harry tentava consolar o amigo, mas ele também estava devastado.
– Sr Weasley. - disse Kate.
Rony levantou os olhos pra encarar a medibruxa.
– Como ela está?
– Infelizmente o estado dela é muito grave. Ela entrou em estado de coma, não conseguimos descobrir qual o veneno que está atuando no organismo, parece ser uma poção antiga das trevas. Fizemos tudo o que era possível, todas as poções que damos não fazem efeito. Se não conseguirmos achar o antídoto em 48 horas ela infelizmente vai morrer. Além disso é possível pelos ferimentos que ela não resista todo esse tempo. Eu sinto muito Sr. Weasley.
Rony agora chorava copiosamente. Nunca havia sentido um buraco tão grande no peito. Sua vida perdia o sentido aos poucos, a cada palavra da medibruxa. Não conseguia perguntar nada. Apenas chorava. Harry não estava muito diferente apesar de não entender direito a situação.
– Como assim veneno? - Harry finalmente conseguiu perguntar.
– Os exames mostraram que a Sra. Weasley foi envenenada e esse deve ser o motivo do porque ela caiu da escada. Se ela tivesse chegado aqui 5 minutos depois com certeza já estaria morta. Estamos fazendo de tudo pra descobri qual é a poção de veneno que ela tomou pra podermos fazer o antídoto.
– Então temos que agir rápido!– afirmou Harry, levantando-se da cadeira - Rony eu vou fazer de tudo pra descobrir isso! Vou até a sua casa, ao escritório da Mione... Vou descobrir que veneno é esse e quem foi o responsável. Você fica aqui com ela. Ela precisa de você! Vou avisar a todos também.
Rony continuava sem fala.
– Você tem que ser forte cara, a Mione precisa de você! Vai dar tudo certo.
– Não vai não Harry! Você ouviu o que medibruxa falou - disse desolado - ela támorrendo Harry, eu vou perder ela.
– Você não pode perder as esperanças Rony! Nós ainda temos tempo e vamos saber aproveitá-lo– o amigo tentou animá-lo - eu vou descobrir que veneno é esse, você vai ver.Seja forte!
Harry conseguiu esboçar um pequeno sorriso, mas Rony só balançou a cabeça concordado. Harry desaparatou para avisar a família e começar a investigação.
– Eu posso ve-lá? - Perguntou para medibruxa.
– Pode sim, talvez seja até melhor a sua presença. Pode dar forças pra ela continuar lutando. Dizem que pacientes em estado de coma podem escutar o que as pessoas dizem. Isso não é comprovado, mas não custa nada ter essa esperança, me acompanhe por favor.
Na porta do quarto a medibruxa alertou:
– Eu tenho que lhe avisar, Sr. Weasley, que o que você vai ver não vai ser fácil. Ela tem diversos aparelhos, tanto bruxos quanto trouxas, ligados a ela. Eu te explicarei a função de cada um quando entrarmos.
Rony apenas afirmou com a cabeça. Kate abriu a porta e ele entrou. Com certeza essa era uma das piores cenas que ele já viveu, ver a sua esposa naquele estado. Estava pálida, vários fios e tubos ligados a ela. Kate foi explicando pra que serviam os aparelhos e depois saiu. Rony sentou na cadeira ao lado da cama, pegou a mão da esposa que estava gelada levou aos lábios e deu um beijo singelo.
– Vai ficar tudo bem amor - conseguiu dizer - eu estou aqui com você e não vou te deixar.
Ele tentava ser forte, mas era extremamente difícil.
– Eu te amo tanto Mione! Você tem que lutar, por favor faça isso por mim. não desista!
As lagrimas caiam. Ele não conseguia mais segurar.
Harry passou no trabalho da esposa, o profeta diário, mas ela já tinha saído. Aparatou em casa, mas ela estava vazia. Uma coruja branca batia na janela, ele abriu-a pegou a carta. A coruja se foi. Estava escrito St Mungus no envelope, ele já imaginava o que era, nem se deu ao trabalho de abrir, tinha que avisar todo mundo e encontrar o culpado, o tempo corria. Ele foi para a Toca logo que entrou encontrou a esposa na cozinha com a mãe.
– Oi amor, saiu mais cedo do trabalho?
Gina assim que viu o marido abriu um dos seus melhores sorrisos, mas a expressão do marido estava seria. Então ela perguntou.
– O que aconteceu Harry?
Molly largou as panelas e assistiu a cena apreensiva.
– A Mione está no St Mungus.
Harry tinha os olhos vermelhos.
– O que aconteceu com ela? - Gina já estava com os olhos cheios de água.
– Foi envenenada, eu só vim avisar vocês - disse ele apressado - eu tenho que descobrir quem fez isso e que tipo de poção usou, ela não tem muito tempo e o Rony precisa de vocês.
Gina e Moly ficaram sem ação, mas a matriarca da familia retomou a consciência rápido.
– Então vá Harry, eu aviso os pais da Mione e vamos pro hospital.
Harry antes de ir deu um abraço na esposa que já não continha mais as lagrimas.
– Vai dar tudo certo - disse - a Mione é muito forte.
Moly ficou de avisar o resto da família e os pais de Hermione. Gina foi direto pro hospital.
Harry chegou ao ministério e contou tudo ao ministro que logo designou uma equipe de Aurores pra investigarem o caso.
– Harry Você vai pra casa do Rony com o Brandon e procurem qualquer coisa que possa nos ajudar, de lá você vai pro departamento de execução das leis da magia. E vocês vão pra Azkaban - apontou para outros dois aurores - interrogar os últimos comensais presos eles devem saber de alguma coisa.
Harry e Brandon aparataram na casa de Rony e Hermione. Logo, avistaram a varinha e a bolsa da Mione no sofá perto da escada, o sangue no chão. E repararam em algo que Rony não havia notado: 7 símbolos no chão escritos em sangue.
– Esses símbolos são Runas Harry. - disse Brandon, o auror alto, moreno, de 32 anos com uma cicatriz no rosto que ia da testa até altura do queixo.
– Você sabe o que significam Brandon?
– Eu já vi, mas o significado eu não sei.
– Então vá para o Ministério e ache alguém que possa decifrar esses símbolos.
Brandon desaparatou no ministério e Harry continuou a procurar qualquer evidência que possa ajudar no caso. Mas não achou nada, estava tudo limpo. Brandon voltou com um especialista em Runas antigas.
– Esses símbolos formam um nome de um livro muito antigo de poções das Trevas que foi destruído a dois anos por medida de segurança, pensávamos que podiam ter comensais infiltrados no ministério e não seria seguro deixar um livro desses guardado era extremamente perigoso.
– Quem destruiu esse livro? - indagou Harry.
– Foi a chefe do departamento de execução das leis da magia Hermione GrangerWeasley e o ministro da magia.
– Então vamos falar com o ministro não temos mais nada o que fazer aqui.
Gina chegou ao St. Mungus, avistou Rony que estava sentado com a cabeça baixa.
– Ron - falou ela.
Rony levantou e abraçou a irmã. Ambos choravam. Gina tentava consolar o irmão e lhe dar alguma força. Eles ficaram um tempo abraçados até que Moly chegou, com os pais de Hermione - que estavam desesperados. Rony com muita dificuldade explicou tudo, nãoaguentava mais relembrar aquelas cenas. O Sr. e Sra. Granger estavam desolados, todos se sentaram na pequena sala de espera. Um silencio absoluto se instalou entre eles.
– Sr. Weasley nós acabamos de fazer os exames o senhor já pode entrar.
Rony olhou pra Sra. Granger num gesto mudo ela se levantou, acenou e entrou no quarto da filha.
Uma hora depois Kate voltou.
– Sr Weasley eu não tenho boas noticias, os últimos exames mostraram que o nosso tempo está acabando. A Sra. Weasley está presa num tipo de coma que está acabando com as suas forças.
– Que tipo de coma é esse? - perguntou o Sr. Granger.
– Ela está revivendo os seus piores pesadelos. Está presa num "mundo dos pesadelos". Essa é uma das consequências do veneno e cada vez ela fica mais fraca,continuamos sem saber que veneno é esse e ele está matando-a a cada segundo. Eu sinto muito.
Rony voltou a baixar a cabeça se permitindo chorar. Novamente o silêncio predominou a sala de espera.
O ruivo relembrava cada momento, cada palavra que Hermione lhe disse. Então uma luz se acendeu em sua cabeça.
– Ela sabia!
Comentários (2)
Muito boa a fic. Por favor continue, quero saber o que acontece depois!
2013-01-02Agora tu não pode parar! por favor
2013-01-02