Novidade, Rony continua muito

–Ah, vamos Scorpius! Vai ser legal!

–Nem pensar Rosa! – respondeu o loiro.

–Mas porquê?! - a ruiva relutava em aceitar a resposta de Scorpius.

Eles estavam em seu sexto ano em Hogwarts, e a garota tentava convencer o namorado à passar o natal em sua casa.

–Eu vou precisar te responder?

–Ah vamos... – ela passou seus dedos pelo rosto do garoto. – por favor.

–Seu pai vai me matar! Ele já sabe de nós dois?

–N-não... a minha mãe sabe, mas meu pai ainda não.

–Ele vai me amaldiçoar – falou o loiro a segurando pela cintura.

–Ele não manda em quem eu namoro ou não. – falou ela baixando a voz e aproximando seu rosto do dele.

–Tudo bem! – Scorpius a beijou.

O casal estava em um corredor mais afastado da escola.

–Chiii!! – Lilian estava passando com alguns livros nas mãos – já vão começar, os dois? – Brincou a ruiva.

–Não enche! – brincou Rosa.

–Vamos Ross! – chamou Scorpius, puxando a namorada para irem à sala precisa, seu esconderijo secreto.

–Pelo menos ficamos a sós aqui não? – Rosa deitava-se em uma rede junto ao namorado.

–Eu te amo!

–Eu também.

Eles passaram o resto da tarde na sala, fazendo planos e rindo. Já era 22h quando as coisas começaram a ficar quentes.

O loiro começou a desabotoar os botões da blusa de Rosa, mas a garota o parou.

–Não... – era difícil dizer não, para quem ela amava. – eu ainda acredito... nos...

–O que?

–Nos valores que minha mãe me passou, sabe... – a garota corou.

–Como assim? – Scorpius estava confuso.

–Não antes de me casar...

Ele sorriu para ela.

–Vamos...

–Não antes de me casar Scorp.

–Então... Case comigo!

–O QUÊ? – Ela se impressionou com a proposta inesperada.

–Sim. Case comigo Ross!

–Isso é serio?

–Muito! – Scorpius colocou a mão em um bolso e tirou dele um belo anel.

–Scorp! E-eu não sei nem o que dizer – Ela estava imensamente feliz.

–Pode dizer sim!

Ela riu e o beijou. Agora o próximo passo seria contar a seu pai, como faria isso?

 

 

–Mãe! – Rosa chamou a mãe em segredo.

Ela já voltara de Hogwarts para as férias de natal.

–Sim querida?

–Ele vem – Cochichou Rosa.

–E-ele?! – Hermione ficara impressionada. – Como conseguiu?

–Dei o meu jeitinho – brincou a ruiva.

–Boa sorte com seu pai, então, dê o seu jeitinho! – riu Hermione.

–P-pai... – Ela chegou perto de Rony com cautela.

–Sim filha. – falou Rony energicamente, agitado com a festa que reuniria vários amigos.

–Eu... eu preciso te contar uma coisa.

–O quê filha?

–Eu... eu estou namorando! – falou a garota muito rápido.

–O-o quê?! – Rony se assustara.

–Sim...

–E com quem?!

Rosa olhou para a mãe,e esta lhe deu um olhar de incentivo.

–C-com... – ela hesitou – com Scorpius!

Rony parecia que iria ter um treco naquele momento. Ele não conseguiu dizer nada, mas o pires que ele enxugava caiu de sua mão, se espatifando no chão.

–Desculpe! Acho que não ouvi direito! – Rony pareceu se irritar.

–Pois ouviu bem! – falou Rosa decidida.

–MAS EU NÃO ACREDITO! –Rony se alterara agora – COMO É QUE VOCÊ TEM ACORAGEM DE CHEGAR PARA MIM, E DISER QUE ESTÁ NAMORANDO COM O FILHODAQUELA DONINHA ALBINA?!!

–Scorp não tem nada a ver com o pai dele, e muito menos com a rincha que vocês tem!!

–V-você... VÁ PARA SEU QUARTO! – falou Rony sem saber muito o que falar.

–EU NÃO SOU MAIS CRIANÇA PARA ME MANDAR PARA MEU QUARTO! – Agora Rosa também gritava.

–Pois enquanto estiver sob meu teto, você fará o que eu mandar! Porque ainda sou seu pai!

–Grande coisa! Você deveria me apoiar!

–Saia daqui agora! – falou Rony sem paciência.

Rosa saiu bufando e bateu a porta do quarto.

–Você deveria tentar a compreender, não acha Ron?

–Não! Você lembra o que aquele Draco fez não lembra?! Depois de tudo!

–Sim, mas o garoto não tem culpa do pai que tem, sabe Ronald!

–Deve ser idêntico ao pai – falou ele como uma criança que teimava.

–Não seja tolo!

–Eu não caio mas nessa! Você sabe que eu estava certo naquele dia em que... nos separamos.

–Mas agora é muito diferente Ron! Vai, dê uma chance a ele.

–Nem pensar!

–O problema é seu! Ele vem hoje!

Rony ficara com a mesma expressão que ficara ao saber do namorado da filha.

–Vai lá Ron! – Hermione mandava em tom de censura para o marido, que mais parecia uma criança. – Vá cumprimentar o namorado da sua filha!

–Não!

–Pare de ser infantil!

–Eu não vou cumprimentar aquele Malfoy numero dois!

–Ah, claro! – falou Hermione sarcasticamente – uma raiva da adolescência é mais importante que sua própria filha, não?

–Ah! Namorado! Namorado! – falava Rony mais para si mesmo – Aonde já se viu!

–Ah... – exclamou Mione como se ligasse as peças de um quebra-cabeças – Agora eu entendi! – ela riu de Rony – Você não está mais bravo por ser um Malfoy! E sim por sua filha estar namorando! – Hermione se divertia com a expressão do marido.

–C-claro que não! Mas que bobagem! – ele gaguejava – a menina já tem dezesseis anos!

–Aham! Sei Ronald Weasley! Agora pare de graça, e vá cumprimentar seu... genro!

Mas era tarde de mais para Rony dizer não, pois Scorpius estava vindo até ele com um grande sorrizo.

–Olá Sr. Weasley! – disse o garoto estendendo a mão para o ruivo. – Muito prazer!

–Ah, claro, c-claro! – falou Rony corando, ao mesmo tempo de raiva e de vergonha daquele momento. – Você é o... o ... namoradinho da Rosa, não?

–Ah... sou sim. E eu... eu... – agora quem parecia envergonhado era Scorpius – eu queria pedir a mão de sua filha, em casamento!

Rony que levava um sanduiche à boca, cuspiu-o ao ouvir isso, e começou um forte ataque de tosse. Hermione o acudiu imediatamente com um feitiço.

–C-como é que é?!!!!

–S-sim... eu queria me casar com Rosa.

–Mas você está louco?!

–Por quê...

–Você é um garoto! Rosa é uma menininha!

–Me desculpe senhor, mas ela...

–Não ouse falar uma só palavra a respeito de minha fila! – Rony estava realmente nervoso.

–Ronald! – Hermione interviu – cale a boca! Deixe o garoto! Eles não são mas crianças!

–Mione! – exclamou o ruivo indignado – namorar um... Malfoy já é pouquíssimo aceitável! Agora CASAR? CASAR?! A minha Rosa é só uma garotinha! – e agora ele se virou abruptamente para Scorpius – O QUE TEM FEITO COM ELA?! Seu... seu... Abusado!

–Ronald! – Hermione gritou, vários convidados já olhavam para eles, inclusive Harry e Gina que acabavam de chegar com Thiago, Alvo e Lilian.

–O que foi?

–vai sentar um pouquinho, e quando se acalmar você volta para conversar, ok? – Hermione falava como se fosse mãe de Rony.

–Ah... – ele tentou argumentar, mas decidiu ir cumprimentar Harry e a irmã.

–Olá Scorpius. – cumprimentou Hermione sorrindo – como vai?

–Muito bem, Sra. Weasley! – o garoto estava um tanto atordoado com tudo aquilo.

–Não ligue para o Rony, ele é meio... careta as vezes! Ele que falava do pai dele esa ficando igualzinho! – riu Hermione – enfim, espero que vocês sejam felizes.

–Obrigado senhora. – falou Scorpius voltando à namorada.

–Olá Harry! – saldou Hermione se pondo ao lado do marido – Olá Gina! Aonde estão Thiago, Alvo e Lilian?

–Já se juntaram ao grupinho – falou Gina – que saudade dos tempos de Hogwarts.

–Não se preocupe Gina – falou Rony – somos bruxos, vivemos mais, e não envelhecemos tão rápido – riu o ruivo.

Mais tarde os quatro se sentaram a uma mesa com Sr. e Sra. Weasley, e outros antigos amigos da Grifinória, como Dino, Simas Neville, e Luna – a única da Corvinal.

Rony não parava de olhar a mesa em que estavam seus filhos, ou melhor, onde estava Rosa, se agarrando com Scorpius, pensava ele, mas que indecência, dizia para si mesmo; quando eles estavam apenas abraçados.

Aquela noite de ano novo continuou muito normal, até depois da virada de ano. Já era quase duas da manhã quando todos os convidados já haviam ido embora, só sobrando Scorpius, que já estava de saída quando Rony o chamou em um canto e disse muito baixo e discretamente de forma que só eles ouvissem:

–Você vê se não faça nada de errado com a minha pequena Rosa, esta certo rapaz?

–C-claro, senhor! – concordou o loiro se adiantando para a lareira, e despedindo-se de Rosa com um beijo - que à Rony pareceu coisa bem pior – e sumiu nas chamas verde-esmeralda.

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