Batismo de Fogo



CAPÍTULO 18


 


BATISMO DE FOGO


 


 


 


 


 


_Que barulho foi esse? _ perguntou Voldemort.


_Foi o som do início de sua derrota, cara-de-serpente. _ disse Draco Malfoy, sorridente _ Alguns tabletes de C-4, um explosivo plástico trouxa, fazendo o Sensor de Atividades Mágicas saltar pelos ares. E eu tive o prazer de instalar as cargas. Daqui a pouco os Aurores estarão chegando e vocês estarão ferrados.


_Vocês não estarão em condições de ver a chegada deles, jovem renegado. Estarão mortos ou dementados. Dementadores, avançar! _ exclamou Voldemort.


Os Ninjas se reagruparam e esperaram o avanço das nojentas criaturas. Harry estava meio apreensivo, pois o Patrono de Draco nas sessões da AD ainda não se havia mostrado suficientemente forte. Quando os dementadores se aproximaram, sugando a felicidade à sua volta, Harry comandou:


_Patronos, agora!


Os oito jovens estenderam o braço, apontaram as varinhas e bradaram:


_EXPECTO PATRONUM!!! _ Imediatamente materializaram-se, prateados e resplandecentes, o cervo de Harry, o unicórnio de Gina, o leão de Rony, a lontra de Hermione, a zibelina de Luna, a águia de Neville, o cavalo crioulo de Janine e... o dragão alado de Draco. Os Patronos investiram contra o grupo de dementadores, colocando-os em fuga.


_Conseguiram afugentar meus dementadores, suas pestes, mas não há chance de vitória para vocês. _ disse Voldemort _ Há somente quatro acessos a este salão e todos estão guardados por meus homens, conforme Lucius os posicionou. Qualquer Auror que tente chegar aqui será emboscado.


_Eu também pensei nisso, Voldemort. _ Draco verificou seu relógio e olhou firme para o Lorde _ Então tratei de providenciar uma quinta entrada. 5... 4... 3... 2... 1... ZERO!! _ e o som de uma nova explosão, desta vez mais próxima, se fez ouvir. Uma das paredes do refeitório, que dava para o exterior, ruiu, deixando um enorme buraco, pelo qual entrava a luz do sol, espantando o restante dos dementadores para os cantos mais escuros da fortaleza. _ Coloquei algumas cargas de C-4 na parede externa, apenas o suficiente para providenciar uma passagem para os nossos reforços.


_Pirralhos malditos! Death Eaters, acabem com eles!


Os Death Eaters avançaram e começaram a lançar seus feitiços, mas os Bruxos-Ninjas já não estavam mais no mesmo lugar. Utilizando o Ki saltaram, atingindo alturas entre três e quatro metros, disparando tanto feitiços quanto armas Ninja durante o salto. O Death Eater que era atingido por uma Shuriken ou por um Lunar caía imediatamente no chão, desacordado. Os Ninjas pousavam próximos o bastante dos adversários para atingi-los com duros golpes, enfeitiçando-os em seguida. De repente, sem que os outros percebessem, Mulciber apontou sua varinha para Janine, pronto para disparar uma maldição letal. Mas não conseguiu, pois sua varinha quebrou-se, diante dos seus olhos. Espantado com o que acontecera sentiu, em seguida, uma dor excruciante no pulso que o fez largar o pedaço restante da varinha que ainda segurava. Viu o pulso e a mão incharem rapidamente e compreendeu que estavam fraturados. Olhou ao redor e viu apenas uma esfera de aço vindo em sua direção, perdendo a consciência, imediatamente.


Aquela arma Ninja era empunhada por Draco e havia sido construída por ele mesmo, inspirada nas boleadeiras gaúchas. Consistia em uma corrente de três metros de comprimento tendo, em cada extremidade, uma esfera de aço pesando cerca de quatrocentos gramas. Ele a empunhava deixando um metro de cada lado e a girava, ao mesmo tempo em que movia-se constantemente a fim de não oferecer um alvo fácil, atingindo os Death Eaters com precisão matemática. Uma arma simples, porém de efeito devastador.


A Corrente de Draco 

"Mulciber, seu sujo! Nem pense em ameaçar Janine!" 


Luna Lovegood duelava contra dois Death Eaters, disparando seus feitiços e confundindo-os com bombas de fumaça e de clarão. Aparentemente encurralada em um corredor sem saída, correu para o fundo, tendo Crabbe e Rabastan no seu encalço. Os dois sorriram cruelmente, achando que a jovem não teria para onde fugir. Chegando ao fundo, deu um impulso e, utilizando o Ki, começou a subir correndo pela parede, diante dos olhares espantados de seus perseguidores, mas não era tudo. A loira começou a correr, na direção da saída... só que pela parede lateral do corredor, como se estivesse em uma seqüência de ação de Matrix. Bestificados, sem compreender como a garota conseguira fazer aquilo, os dois bruxos das Trevas começaram a persegui-la, sem perceber que ela havia lançado no chão uma mão cheia de pequenos pregos de quatro pontas, conhecidos como Tetsubishi, os quais, não importava como caíssem, sempre ficavam com uma ponta para cima. Assim que sentiram a dor nos pés, Crabbe e Rabastan olharam para baixo e viram os preguinhos, caindo inconscientes, sob o efeito do sedativo.


Harry avançou na direção de Voldemort, pronto para lançar seus feitiços contra o Lorde, mas Bellatrix se interpôs no seu caminho, pedindo:


_Mestre, permita-me acabar com Harry Potter para o senhor. Ele não é digno de que o Lorde das Trevas suje as mãos no ato de combatê-lo.


_Concedido, Bella. Você sabe que eu não sou capaz de te negar coisa alguma (inexplicavelmente Rudolph Lestrange sentiu um formigamento incômodo na testa). Pode se divertir com ele, mas o golpe final deverá ser meu.


Naquele momento, Harry sorriu, mas não era o seu sorriso normal e sim um sorriso selvagem, predador, como um guerreiro na trilha de combate, seu sangue pulsando devido à adrenalina, na excitação do duelo. Era o mesmo sorriso que ele havia visto no rosto de Sirius, quando o padrinho havia entrado em batalha, no ano anterior, sendo capaz de jurar que os amigos exibiam expressões semelhantes nos seus rostos. Eram as caras de guerra. Disse então a Voldemort:


_Obrigado, Voldie! Você não imagina o quanto eu esperei para ter essa assassina novamente sob a mira da minha varinha. Me prestou um grande favor! _ devido à sua ânsia pelo combate havia falado com Voldemort em Ofidiano, sem perceber, recebendo a resposta no mesmo idioma:


_Deixe para me agradecer se sobreviver a ela, Harry Potter! _ disse o Lorde das Trevas em resposta.


 


Bellatrix disparou um raio poderosíssimo com sua varinha na direção de Harry, mas ele já não se encontrava no mesmo lugar. Saltou e pousou ao lado de Bellatrix, atingindo-a com um violento Noi Cun, lançando a bruxa a uns cinco metros de distância, sem ao menos tocá-la. O que atingiu a Death Eater foi apenas a força do Ki mas, para ela, foi como se um saco de cimento tivesse sido lançado em sua direção e a atingido. Ela viu Harry fazer o movimento que precedia o lançamento da Maldição Cruciatus e disse:


_Eu já não lhe expliquei, Harry, que a raiva justificada não produz uma Cruciatus com força total? Que é preciso querer causar a dor e ter prazer em provocá-la? Você não vai conseguir nada que preste, garoto patético.


_Crucio! _ bradou Harry, apontando a varinha para Bellatrix. Atingida pela maldição, a bruxa das Trevas foi novamente lançada longe e caiu ao chão mas, desta vez, contorcendo-se em dores indescritíveis, semelhantes às que gostava de provocar em suas vítimas. A muito custo, conseguiu balbuciar, entre dolorosos arquejos:


_C-como... vo-você conseguiu... l-lançar uma... uma Cruciatus c-com tama-tamanha potência? _ e Harry explicou:


_Não me sinto nem um pouco orgulhoso em dizer, Bellatrix que no seu caso eu queria lhe causar dor e vê-la contorcendo-se à minha frente me deu prazer. Não vai trazer Sirius de volta, mas é um aviso do que eu serei capaz de fazer, caso você cruze o meu caminho novamente, vagabunda das Trevas. Estupefaça! _ e deixou Bellatrix Lestrange caída ao solo, estuporada. Procurou por Voldemort no campo de batalha, mas não o viu em parte alguma. Foi então ajudar os amigos.


Gina Weasley viu-se frente a Travers, um dos mais desequilibrados seguidores do Lorde. Ele lançou um Feitiço Estuporante, que foi prontamente repelido pelo Feitiço Escudo de Gina. Ela estava tão concentrada que não percebeu Nott, vindo por trás. Harry viu aquilo e, telepaticamente, avisou a namorada:


_ “Gina, Nott está atrás de você.


_ “Obrigada, Harry. Agora posso pegar os dois.


Quando Nott e Travers prepararam-se para disparar seus feitiços, a ruiva simplesmente abaixou-se, caindo em Spaccatto, enquanto os dois Death Eaters lançaram os feitiços, estuporando um ao outro.


_Otários! _ disse Gina _ Incarcerous! _ cordas voaram de sua varinha, amarrando firmemente os bruxos das Trevas.


Em outro ponto do salão, Draco já havia guardado sua arma Ninja e agora usava sua varinha. Já havia incapacitado novamente Mulciber que, mesmo com o pulso quebrado e vendo tudo em dobro, insistia em permanecer na luta, com uma varinha que encontrara caída. De repente, viu seu tio, Rudolph Lestrange, preparando-se para atacá-lo.


_Acho que você vai ficar melhor assim, Tio Rudy. Vera verto Bovis mansus! _ e seu tio foi transfigurado em um boi, que ficou ruminando no meio do refeitório, alheio à batalha. Lucius viu aquilo e disse:


_Pare de brincar, Draco. Enfrente-nos como homem, sem essas infantilidades! Vera verto Vera forma! _ e Rudolph Lestrange voltou à forma humana.


Mais ou menos.


Ainda restava um par de vistosos chifres coroando-lhe a testa. Draco não resistiu e explodiu em risadas, no que foi acompanhado por Harry, que duelava contra Bagman que, apesar da barriga, sabia movimentar-se com agilidade. Draco gracejou:


_É nisso que dá dizer “Vera forma”. Agora tenho certeza do que eu já desconfiava, Tio Rudy.


_Me respeite, moleque! Estamos em lados opostos, mas eu ainda sou seu tio.


_Vai fazer o que comigo, meu tio? Me dar uma chifrada? _ e quase se arrependeu do que disse, pois Rudolph investiu em sua direção como um touro furioso. Harry, que havia acabado de petrificar Bagman, correu para ajudar o amigo, mas Draco fez sinal de “tudo bem” e lançou no tio um feitiço que Harry jamais havia visto.


_Colon exonera! _ e, quase que instantaneamente, Rudolph Lestrange interrompeu sua investida e saiu correndo por um dos corredores de acesso, parecendo estar movido a jato. Draco sorriu, satisfeito. Seu feitiço experimental havia funcionado esplendidamente.


_O que houve com ele, Draco? Por que foi que ele saiu correndo daquele jeito?


_Digamos que ele teve de tratar de um assunto urgente. _ disse o loiro, aos risos.


_Mas o que é que esse feitiço faz, cara?


_Ainda não descobriu? Sente só o cheiro.


_Eeecaaa!!! Mas o que foi isso?


_Diarréia instantânea. Criei esse feitiço quando estava no terceiro ano, esperando por uma oportunidade de usá-lo em você, quando ainda éramos inimigos. Depois que nos tornamos amigos, perdeu a finalidade... até agora. Aquele chifrudo vai se esvair e não vai nos incomodar, por enquanto.


_Credo, cara. Quero morrer sendo seu amigo.


_Isso com certeza fará bem para a sua saúde. _ os dois riram e foram continuar a batalha.


Hermione duelava com Sibila Trelawney. A bruxa alta e magra não era assim tão incompetente em feitiços intermediários, obrigando a jovem a lançar mão de sua agilidade e treinamento Ninja por várias vezes, a fim de se esquivar. Mas aquilo já estava começando a irritar Hermione, que resolveu tirar aquele “varapau ossudo”, como dizia Mason, do combate. Disparou um Feitiço Estuporante mas, inacreditavelmente, Sibila o desviou com um Feitiço Escudo e contra-atacou com uma Azaração de Impedimento que, apesar de não muito potente, fez com que Hermione perdesse o equilíbrio. Foi o bastante para que Sibila Trelawney fizesse um gesto que preocupou Hermione, porque ela não tinha espaço para sair do raio de ação da maldição que estava para ser lançada. Sibila bradou:


_AVADA KEDAVRA!


Mas o que saiu da varinha da Death Eater foi um tênue fio de luz verde que, ao atingir Hermione, só lhe provocou um leve sangramento nasal. Furiosa, a garota levantou-se e aproximou-se da sua ex-professora, dizendo:


_Tentou me matar, baranga das Trevas? Fez meu nariz sangrar, libélula ridícula? Quis me causar dor, mocréia incompetente? Pois então prepare-se para sentir dor de verdade. _ Hermione saltou no ar, atingindo cerca de cinco metros de altura, diante do olhar aparvalhado da bruxa das Trevas, pareceu flutuar no alto e então desceu, rodopiando como um furacão, atingindo Sibila Trelawney com um Mawashi-tobi geri que a lançou uns dez metros longe, fazendo-a bater em uma parede e cair, inconsciente. Janine, que estava perto, comentou com a amiga, após estuporar seu oponente:


_Pegou pesado, Mione. Essa daí só se levanta daqui a uma semana.


_Isto estava entalado desde o terceiro ano, Jan. Eu nunca fui com a cara dessa vigarista e nem ela com a minha. Agora, com licença pois preciso fazer uma coisa. _ e foi na direção de Sibila, sacando a Tanto do cinto.


_O que você vai fazer, Mione? _ perguntou Janine, preocupada.


_Calma, Jan. Não é o que você está pensando, por mais que essa tonta mereça. _ e, rasgando a manga das vestes da Death Eater com sua adaga, fez um pequeno corte no antebraço dela, recolhendo um pouco de sangue em um frasquinho. Em seguida, limpou a lâmina nas vestes da própria Sibila e embainhou a Tanto _ E agora, para não dizerem que sou má... Hemostatikós! _ o corte fechou-se imediatamente. _ Já temos como tirar Cho Chang do domínio dessa estúpida. Falando nisso... Estupefaça! _ e disparou um Feitiço Estuporante em Sibila, que dava mostras de querer se levantar.


_Caracas, Mione! Essa aí tem a cabeça mais dura do que eu pensava... CUIDADO!! Morpheus! _ e colocou Narcisa Malfoy para dormir, antes que ela amaldiçoasse Hermione. Graças à sua inexperiência em combate, a loira alta foi um alvo facílimo.


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"Já peguei Sibila e agora pego você, maldito Death Eater!" 


Hermione foi ajudar Rony, que estava em luta contra Wormtail e um outro enquanto Janine, por alguma razão, resolveu arrastar Narcisa, retirando-a do meio da batalha. Estava nessa ação quando foi surpreendida pela voz de Lucius Malfoy:


_O que pensa que está fazendo, Srta. Sandoval?


Sem se abalar com a proximidade daquele bruxo das Trevas, a jovem brasileira disse:


_Estou evitando que sua esposa morra ou que, no mínimo, se machuque seriamente, Sr. Malfoy. Amo seu filho e sei que ele não gostaria que acontecesse algo assim com ela. Não sei se o senhor notou, mas ela não tem nenhuma experiência em duelos. Ou me ajuda ou me ataca. Ficar aí parado é que não vai adiantar nada.


_De acordo, garota. Duelaremos depois. Agora vamos colocá-la em uma sala segura.


Colocaram Narcisa em uma sala e voltaram para o salão do refeitório onde a batalha prosseguia, seguindo em direções opostas eticamente, sem se atacarem.


Rony estava em luta contra dois Death Eaters, sendo Wormtail um deles. Antes que Hermione se aproximasse, ele petrificou e amarrou o outro, ficando cara a cara com o bruxo que, por doze anos, fingira ser o seu animal de estimação.


_Então, Ronald Weasley, finalmente estamos frente a frente.


_Você vai desejar ter nascido e permanecido um rato, seu desgraçado. Estupefaça!


_Protego! _ o gordo defletiu o Estuporamento com um Feitiço Escudo, usando... sua mão metálica.


_Então era verdade. Essa mão que Voldemort lhe deu funciona como uma varinha.


_E ela ainda faz mais, meu “ex-dono”. Você vai ver. _ e conseguiu agarrar o pulso esquerdo de Rony, apertando-o como uma morsa de marcenaria. Realmente, a força física de Wormtail havia aumentado, e muito. Mas, lembrando-se das lições do Prof. Mason, Rony rapidamente expandiu seu Ki, em uma explosão de energia que fez com que Pettigrew o soltasse e recuasse alguns metros.


_Como você fez isso, Weasley?


_Não lhe interessa. Agora durma. _ e lançou um pequeno dardo de mão, que cravou-se no rosto de Wormtail, deixando-o inconsciente na hora _ E espero que tenha bons pesadelos. Incarcerous! _ Wormtail ficou parecendo uma múmia gorda.


Rony com Saï 


"Pettigrew, você é meu!!" 


Em outro ponto do salão, Neville já havia estuporado dois oponentes e corria para ajudar Luna, mas um Death Eater chegou por trás dela e a petrificou. Com um Kiai de fazer gelar o sangue, ele saltou, cobrindo uma distância de uns cinco metros, atingindo Avery com um chute no tórax em pleno vôo, fraturando-lhe umas duas costelas. O Death Eater caiu ao solo e foi imediatamente estuporado.


_Não mexa com a minha garota, seu babaca! Da próxima eu lhe dobro a dose!


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"Imundos! Aquele garoto medroso não mais existe!" 


Harry comentou com Draco:


_Cadê os Aurores? Daqui a pouco vai ficar difícil de segurar esses caras.


_Veja, Harry! _ disse Draco _ Nossos reforços estão chegando!


Com efeito, uma esquadrilha de Aurores e membros da Ordem da Fênix, capitaneada por Derek Mason, irrompia pela abertura resultante da explosão do C-4 que Draco instalara, todos montados em velozes vassouras Firebolt. Ainda em vôo, fizeram chover feitiços sobre os bruxos das Trevas. Tinham vindo ajudar os jovens Ninjas, que combatiam naquele salão como anjos furiosos. Admirado, Mason via seus discípulos de Ninjutsu saltarem, correrem por paredes verticais, equilibrarem-se em lugares impossíveis e movimentarem-se como se quase não tivessem peso, parecendo que dançavam no ar (“Isso eu não ensinei a eles. O Bukujutsu cada um aprendeu sozinho, com a força do seu próprio Ki” _ pensou Mason).


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"Anjos furiosos em combate. Cuidem-se, Death Eaters"  


Rob Dougan - Furious Angels











_O problema, Draco, é que os deles também. Veja.


Pelos corredores ouvia-se o tropel de dezenas de bruxos que vinham juntar-se aos Death Eaters do salão. Draco falou:


_Calma, Harry. Já pensei nisso. Aponte sua varinha para a entrada do corredor e coloque fogo naquele monte de pedras. Jan, Mione, Façam o mesmo nos outros corredores.


Os quatro apontaram as varinhas para o ponto indicado e gritaram juntos:


_Flama!! _ da ponta de cada uma das quatro varinhas, irrompeu um jato de chamas que foi atingir, certeiro, o ponto indicado. Imediatamente a coisa que parecia um monte de pedras pegou fogo, levantando uma densa nuvem de fumaça.


_Agora, conjurem uma brisa para impulsionar aquela fumaça através do corredor.


_Zephyr! _ os quatro bradaram. Uma brisa se formou e levou a fumaça por toda a extensão dos corredores, envolvendo os Death Eaters que dirigiam-se ao refeitório. Em um primeiro momento, tudo o que se ouviu foi o som das tossidas dos bruxos. Quando eles chegaram ao salão do refeitório, pareciam estranhamente desorientados, rindo e disparando a esmo seus feitiços, alguns deles atingindo os próprios companheiros, todos com os olhos bastante vermelhos.


_O que houve com esses caras? _ perguntou Harry.


_Eles estão muito estranhos. _ comentou Janine.


_Parece até que estão bêbados ou... _ disse Hermione.


_Totalmente chapados. _ explicou Draco, aos risos _ Aquela fumaça era de C-4 queimado.


_???


_O Prof. Mason explicou que o C-4, quando queimado, produz uma fumaça tóxica, que provoca forte sensação de embriaguez. Os caras respiraram aquilo por todo o corredor e chegaram aqui...


_Completamente “Tchucos”. _ disse Janine rindo, acompanhada pelos outros.


Com a chegada dos reforços de ambos os lados, a luta redobrou de intensidade pois os Death Eaters, mesmo entorpecidos pelo estratagema de Draco, ainda eram bastante perigosos. Mason golpeava e enfeitiçava como um raio. Shacklebolt, Dawlish, Williamson, Tonks e outros duelavam com fúria. Entre os membros da Ordem da Fênix que não eram Aurores ativos, destacavam-se Olho-Tonto Moody, Remus Lupin e... Fred e Jorge Weasley.


_Vocês aqui? _ perguntou Rony, surpreso.


_Acha que nós deixaríamos a diversão toda só para você, mano e para você, maninha? _ perguntou Jorge.


_Além disso, precisamos colocar em prática aquilo que o Prof. Mason ensinou, não é mesmo? _ continuou Fred.


_Sem contar que mamãe nos mataria se deixássemos que algo acontecesse aos caçulas da família. _ finalizou Jorge.


_Vão se ... _ disseram juntos Gina e Rony, rindo.


Naquele momento Bellatrix, que havia sido reanimada, avançou para eles, pronta para lançar uma maldição letal, mas os gêmeos Weasley estavam preparados. Saltaram, cada um para um lado, escapando dos feitiços da bruxa e jogaram nela algo que se parecia com um emaranhado de fios de lã. Imediatamente aquilo começou a crescer e a se enrolar no corpo de Bellatrix, imobilizando-a.


_Vai ficar fora de ação por algum tempo. Ei, bruxa má, não tente se soltar. Quanto mais você se mexe, mais isso aperta. _ disse Fred.


_Mas não se preocupe. _ continuou Jorge _ Nosso Novelo Constritor afrouxa sozinho.


_É, depois de uns trinta minutos. _ concluiu Fred.


Deixaram Bellatrix às voltas com o Novelo Constritor e foram engajar-se em novos combates. Harry duelava furiosamente, de uma maneira que lembrava Sirius, seu rosto e corpo cheios de pequenos arranhões, resultantes dos estilhaços de pedras que os raios dos feitiços faziam saltar. De repente Lupin jogou-se de encontro a Harry, gritando:


_Cuidado, Harry!!


Um punhal, vindo das sombras de um corredor, passou exatamente por onde Harry estivera há um instante. Errando seu alvo, a lâmina foi cravar-se no ombro de Stivers que, já livre da Maldição Imperius, viera ajudar os outros Aurores, juntamente com os que Dawlish havia libertado das celas onde eram prisioneiros dos Death Eaters. Outro punhal veio logo em seguida mas Harry, já prevenido, lançou uma Shuriken que chocou-se com ele, desviando sua trajetória. Sua cicatriz começou a formigar, incomodamente.


_Saia das sombras, cobra medrosa! Será que tem medo de enfrentar um “aborrecente”, como você mesmo já disse?


_Moleque insolente. _ disse Voldemort, saindo de um dos corredores com uma espada nas mãos. Uma Dai Katana. Imediatamente Harry sacou sua Ninja-to e avançou.


_Duelo de arma branca, serpente dos infernos? Vai encarar uma parada duríssima.


_Você não tem como me vencer, Harry Potter. Preste atenção em qual espada eu estou usando.


A espada Samurai empunhada por Voldemort possuía algumas esmeraldas no cabo e no guarda-mão. Na base da lâmina via-se, escrito tanto em caracteres japoneses quanto em alfabeto ocidental, “Salazar Slytherin”. Era a espada do fundador da Casa Sonserina, nas mãos do seu descendente.


Sem dar importância para aquilo. Harry avançou mais um pouco, estudando o adversário e estabelecendo sua linha de ação. Lembrou-se das lições de Mason na AD e de tudo o que aprendera sobre Miyamoto Musashi, inclusive com o fantasma do próprio. Então Voldemort atacou, sendo prontamente bloqueado por Harry. O jovem contra-atacou e o Lorde das Trevas defendeu-se. Continuaram assim por um bom tempo, faíscas saindo das espadas a cada vez que se chocavam. De repente, Voldemort conseguiu atingir Harry de raspão no ombro esquerdo. Um filete de sangue escorreu.


_Produzi o primeiro sangue, Harry Potter. Tentarei produzir o último, fazendo sua cabeça rolar pelo chão.


_Vá sonhando, cara-de-cobra. Aqui vai algo para você se lembrar de mim. _ e golpeou, a ponta de sua espada provocando um corte no rosto de Voldemort, que também começou a sangrar _ Todas as vezes em que olhar sua cara feia no espelho, vai recordar-se deste dia.


_Garotinho tolo. Sequer comecei a lutar de verdade. Segure isso! _ e atacou de forma surpreendentemente rápida para alguém da sua idade, utilizando um estilo que chamou a atenção de Mason, que duelava ali perto.


_Harry, ele está usando...


_Já sei, Prof. Mason. É o “Corte de Nove Espadas”. Mas como você aprendeu isso, Voldemort?


_Da maneira comum, Harry Potter. Como um aluno do Ryu Ninja de Kuji-Kiri. Não alcancei o nível de vocês, jovens, nas artes marciais e nem me interessa. Mas essa técnica eu aprendi quando jovem e, confesso, jamais pensei que a usaria contra alguém. Principalmente contra você. Prepare-se para ir encontrar seus pais, moleque!


Voldemort atacou, utilizando toda a capacidade mortal daquela técnica proibida, ensinada nas escolas da mais negra e maligna distorção dos elevados princípios do Ninjutsu. Esperava simplesmente fatiar Harry inteiro, mas não contava que o jovem Bruxo-Ninja conseguisse simplesmente bloquear e contra-atacar todos os seus golpes. Embora Voldemort fosse, contra todas as expectativas, um magnífico espadachim, Harry Potter não ficava devendo nada em agilidade, força e sagacidade.


_Como conseguiu fazer isso, garotinho patético? Como foi capaz de sobreviver à mais mortal das técnicas proibidas do combate com espada? Um jovem de dezesseis anos não teria experiência suficiente para tal.


_A não ser que ele tivesse como professor alguém que soubesse como fazê-lo, Voldemort. Você sabe que o Ryu de Kuji-Kiri foi destruído nos anos 80, não sabe?


_Sim, sei. _ durante todo o tempo desse diálogo os dois não cessavam de trocar golpes de espada.


_Então você sabe que a escola responsável pela derrota dos Ninjas do mal, desenvolvendo os contragolpes para neutralizar as técnicas proibidas foi o Ryu de Togakure.


_Claro que sei, não sou um bruxo desinformado, seu pirralho abusado.


_Acontece que o nosso Shidoshi, Prof. Derek Mason, é o Sucessor de Togakure.


_Não pode ser! O último Sensei de Togakure não deixou descendentes naturais. A não ser que...


_Exatamente, cobra velha. Derek Mason é o filho de Hiram Mason e Renata Wigder-Mason. Ela era a filha legalmente adotada pelo Sensei de Togakure, com as prerrogativas e direitos de um descendente natural. Ele a treinou como Kunoichi e ela alcançou grau de Mestre Ninja, continuando a sucessão e transmitindo os direitos a seu filho que foi, após a morte dela e de Hiram Mason, criado no Japão por seu avô adotivo e treinado em TODAS as técnicas da Escola Togakure.


_Isso não vai salvá-lo de morrer nas minhas mãos, Harry. É bom saber que o seu destino está selado e que sua vida será tirada pela minha lâmina Muramasa. Sim, Harry Potter. A espada pessoal de Salazar Slytherin foi forjada pelo mestre artífice de espadas Muramasa, portanto é uma lâmina invencível.


Foi então que Harry começou a ficar meio preocupado. Sua Ninja-to não seria páreo para uma lâmina daquela qualidade. Inclusive ele sentia que ela não resistiria por muito mais tempo.


Dito e feito.


Após um golpe de Voldemort a lâmina da espada de Harry se quebrou e ele foi lançado ao solo pela força do golpe. Voldemort aproximou-se para dividi-lo ao meio com um só golpe. Levantou a espada e sorriu, distendendo aquela cara de serpente. Todos cessaram temporariamente os combates, prestando atenção na cena que se apresentava. Parecia que tudo estava perdido e que seria o fim de Harry Potter.


Mas...

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