Procura-se uma Rose



 




Capitulo 30 Procura–se uma Rose!


Não posso achar todas as respostas para suas perguntas, não posso te dizer o que fazer a vida toda e não posso fingir sentir algo que não sinto. A vida é como uma gangorra, uma hora estamos em cima e felizes, outras horas estamos lá embaixo,e às vezes nós caímos, e com lágrimas nos olhos nos pusemos de pé novamente para “brincar” de ser feliz.


 


 


–Oi amor, está pronta ? –Joshe perguntou e eu assenti, mesmo sabendo que ele não estava me vendo.


–Oh. Estou sim –Disse depois que notei que ele nem ao menos estava me vendo para saber se eu estava pronta ou não.


–Estou indo ai querida. –Ele disse em uma animação fora do mundo.


Eu estava nervosa, confesso. Estávamos a dois meses de maio, meu casamento aconteceria em breve. Joshe estava mais animado que antes, eu estava passando mais tempo no Profeta do que outra coisa, via meus alunos sempre aos fins de semana e fazia um tempinho que não via as garotas, apesar de visto uma ligação de Kalshe um dias desses.


Estava me afundando no trabalho pra ver se esquecia as preocupações do casamento. Mamãe e a mãe de Joshe estavam juntas para arrumarem o casamento, afinal eu não estava me preocupando tanto com isso. Dominic havia entrado com um processo de divorcio e o pedido da guarda do pequeno Charles.


Nina e James estavam em uma fase tão ou mais delicada quanto a minha e de Joshe. Alvo disse que reconquistaria Kalshe e Roxi e Haniel não se abalaram em nada, isso me deixou feliz. Porque parecia que todos, ou quase todos, estavam com problemas. A banda de Dec estava tocando em vários lugares do mundo, haviam acabado a turnê e queriam se concentrar em um novo projeto, que segundo ele, era secreto.


Mabi estava na cidade. Segundo ela, para um grande casamento deveriam haver grandes ajudantes...Ela estava se prontificando de me ajudar com o casamento. Emma estava ainda sendo investigada e estava lá em casa. Mamãe era quem estava sofrendo por causa de Ronzinho. Ela queria o neto por perto, mas com esse tempo –Mais de 4 meses diga – se de passagem – em que Emma estava fora da escola, ela queria curtir o filho dela.


As coisas estavam acontecendo tão depressa que eu tinha medo de no dia seguinte acordar e estar prestes a subir no altar. Joe estava animada por ter feito seis anos e pela festa com direito a seus amigos trouxas e bruxos. E eu... Continuava na mesma. Esperando o momento em que as respostas se resolveriam em minha mente. Sai do transe em que me encontrava quando ouvi Emma gritando lá embaixo.


–Joshe chegou! –Ela disse mais uma vez, não muito animada.


–Estou indo. –Me olhei no espelho mais uma vez e desci as escadas. Ele estava lá, me esperando. Com cara de bobo e um sorriso radiante.


–Ual...Você está linda Rose.


–Obrigada... Você também está ótimo! –Eu disse. Estava vestindo um dos vestidos feito por Caio, era um vestido de cor clara, com decote v um pouco plisado,  um caimento perfeito e saia soltinha, e o cinto marcando a cintura. Estava usando um scarpin de cor parecida.


–Juízo... –Ela disse se despedindo e eu revirei os olhos. Com Emma lá em casa e minha recusa de ir para a casa dele, sempre inventando alguma desculpa, não estávamos transando. E eu não sabia quando poderia fazer isso de novo, com ele...


–Pode deixar Emma! –Ele disse animado abrindo a porta do carro para mim.


–Obrigada.


Fomos durante o caminho conversando. Sobre trabalho. Noivos, a dois meses do casamento...E o assunto mais interessantes que tínhamos a tratar era sobre nossos trabalhos. Ele estava tentando vender uma casa no lago e eu estava entrevistando alguns bruxos famosos. Nosso trabalho parecia ser mais empolgante que conversar com Joshe e, pelo andar da carruagem, ele estava achando o mesmo.


Chegamos ao restaurante novo, que ele havia recomendado. Havia algumas pessoas em muitas mesas no enorme salão. O restaurante era sofisticado, Joshe gostava de lugares assim. Já eu, preferia lugares simples, onde não precisasse me preocupar com as palavras que diria, a roupa que vestiria ou até mesmo as risadas que daria. Risadas, que eu tinha quase certeza, que não daria aquela noite.


O sommelier nos levou até nossa mesa. Era perto de uma enorme janela, no canto esquerdo do restaurante. Haviam escadas do outro lado do salão, cortinas de cores neutras, janelas tão enormes quanto a que estávamos perto. As pessoas andavam de um lado para o outro, algumas conversavam e muitas delas, provavelmente, estavam encantadas com o belo restaurante. Havia uma banda tocando. O clima estava perfeito para um casal de apaixonados.


Mas não estávamos apaixonados...E as vezes nem parecíamos um casal. Por isso, assim que sentei–me na mesa, reclamei sobre minhas pernas estarem doendo. Sabia que Joshe não me chamaria para dançar se soubesse desse desconforto. Ele sorriu para mim e fez uma pergunta boba sobre o casamento... Se eu já havia escolhido o vestido de casamento. Disse que estava ajustando um vestido que havia gostado.


–Vão pedir ? –O sommelier voltou e Joshe assentiu.


–Eu quero... –Ele começou seu pedido super elaborado – Sopa de legumes, de entrada. Lagosta ao molho branco, tortelloni recheado de ricota e espinafre e como vinho...Me recomenda algum ?


– Pomerol, 15 anos...


–Ótimo, Rose...?


–Pode pedir por mim.


–Sopa de camarão de entrada, Cordeiro ao molho grego... Filé assado com molho de vinho Barolo, salada de rúcula com lascas de queijo parmesão.


–Boa escolha senhor! –O rapaz disse se retirando enquanto anotava os pedidos.


–Achei o restaurante maravilhoso –Falei quando ficamos sozinhos.


–Ele é novo. Vim em uma reunião com alguns clientes e a primeira coisa que pensei foi em trazê–la aqui.


–Estou encantada.


–Esse era o intuito, querida –Ele sorriu. –Você viu a igreja que nossas mães escolheram ? Nem sei onde vai ser...


–Nem eu. Elas estão fazendo o que mamãe não pode fazer no meu casamento com Scorpius... Dando ordens! – Joshe continuou sorrindo e tocou minha mão por cima da mesa.


–Isso faz com que elas fiquem felizes... Tenho certeza que ele gostaria que você seguisse adiante... –Joshe falou e eu o olhei seriamente – Sei que não disse, mas provavelmente está pensando nele, eu não conheci Scorpius Malfoy, mas sei que ele foi um bom homem. E por isso te trouxe aqui... –Eu fiquei em silêncio. Queria ver aonde Joshe queria chegar. –Queria falar sobre Scorpius...


–Porque quer falar sobre Scorpius ?


–Porque esse é o passo para avançarmos no relacionamento. Quase nunca falamos sobre ele...


–É verdade. –Olhei para minhas mãos. –O que quer saber ?


–Sei que se ele passasse por aquela porta, nesse exato momento, eu não teria chance –Ele disse seriamente e eu assenti. – Todos que eu conheço gostam de Scorpius, até seu pai, isso me deixa inseguro. Não quero me comparar a ele, nem ser comparado a ele, mas sei que todos farão isso...


–Não se preocupe Joshe. Não irão te comparar, você e Scorpius são totalmente opostos, cada um com seu jeito, mas especiais. Não se preocupe com isso ok ? –Eu falei e ele sorriu.


–Obrigada.


Voltamos a conversar e mudamos o rumo do assunto, quando notei estávamos rindo e do outro lado do restaurante eu os vi. Até aquele momento  estava tudo bem, a música, a banda, a conversa, a comida, Joshe...Mas ver Sebastian, depois de todos aqueles meses, sentado na mesa ao lado, com Amorella Albuquerque. Senti um calor repentino e um arrepio profundo quando vi seu olhar sobre mim.


Amorella não havia notado, estava preocupada demais em admirar o restaurante e as pessoas ao redor. Estavam de frente para o pequeno palco, e aquilo parecia chamar a atenção da víbora. Eu até poderia ouvir seus pensamentos, mesmo sem a varinha, seus olhares divagavam de Sebastian para o palco.  Ela queria cantar com ele ali, num lugar público e trouxa... Agora que seu rosto estava conhecido no mundo ela poderia muito bem se passar por namorada dele...Vadia!


–O que está achando ? –Eu ouvi vagamente o que Joshe havia falado sobre a comida, e sorri fingindo não estar com a mente em outro lugar.


–Tudo está maravilhoso...


–Fico feliz que esteja gostando.


–Irei ao toalete querido...  – Eu disse me levantando. O lugar onde Amorella estava me dava a possibilidade de empurrar seu rosto na mesa e lambuzá–la com qualquer que fosse a comida que ela e Sebastian estivessem comendo e de quebra fazer com que ela tivesse uma dor de cabeça terrível no dia seguinte.


Mas, como já se era de esperar, eu não fiz isso. Sebastian estreitou os olhos quando passei atrás mesa dele e de Amorella, nem ao menos o olhei direito. Quando entrei no banheiro respirei fundo e comecei a andar de um lado pro outro. Meus pensamentos, totalmente assassinos, para Amorella, eram os piores possíveis. Ela estava se aproveitando da situação...Provavelmente tinha usado aquela desculpa “Faz tempo que não vemos...” e o idiota caiu como um patinho.


–Ai que raiva! –Eu gritei irritada e coloquei minha bolsa em cima da bancada e pensei seriamente em usar minha varinha com aquela loira chata. Estava prestes a tirá–la da bolsa quando a porta abriu abruptamente e eu levei a mão ao coração com o susto. Me virei para encontrar com qualquer pessoa menos com Sebastian...Como Scorpius.


Eu conhecia aquele sorrisinho prepotente no rosto dele. Tão típico de uma Malfoy que se eu não soubesse que ele era um trouxa teria dito que ele havia saído da Sonserina, tamanha era a arrogância no seu olhar...Ou talvez, eu estivesse paranoica a ponto de continuar confundindo. Ele só poderia estar me testando. Eu queria saber, queria mesmo, quem havia feito esse feitiço em Sebastian, provavelmente sabia que eu o encontraria por causa da escola. Poderia ter sido Molly...Amanda...Ou talvez as duas víboras estivessem agindo juntas.


Tentei tirar aquilo da minha cabeça, estava olhando para os detalhes. Scorpius, ou Sebastian, estava com um corte de cabelo novo. Apenas os lados da cabeça estavam raspados, e também havia tirado sua barba por fazer, algo que talvez não ficasse bem em Sebastian, mas no Scorpius em minha frente, sim. Seus passos até mim foram lentos e, para mim, até um pouco sufocantes.


–O que está fazendo aqui ? É o banheiro feminino! –Eu disse fingindo indignação. E ele riu.


–Você me chamou aqui Rose Weasley! –Ele disse totalmente concentrado em não quebrar o contato visual comigo.


–Não, não chamei! –A risada não me deixou desconcertada, apenas furiosa. Ele era tão Scorpius que chegava a doer.


–Você sabe que sim! –Não respondi. Eu havia tentado chamar sua atenção, até ai sim, mas não havia o chamado para o banheiro comigo, mesmo que a vontade fosse grande.


O silêncio pairou pelo banheiro quando sua risada morreu. A única coisa ouvida por nós dois foi a banda do lado de fora e a movimentação das pessoas. Por sorte, ou azar, ninguém havia entrado no banheiro desde que ele entrou. Resolvi usar a melhor tática que sabia. Olhei para o espelho, mas o ignorei. Peguei o batom na bolsa e retoquei a maquiagem, ajeitei meu cabelos e guardei tudo na bolsa.


Sorri para o espelho, mas ele sabia que o sorriso era pra ele. Fui para a saída do banheiro e senti seu olhar me seguindo. Antes de alcançar a maçaneta senti sua mão segurando meu braço, de maneira forte, decidida. Nossos olhares se encontraram e eu não tentei me desvencilhar quando ele soltou meu braço e me puxou pela nuca. Uma de suas mãos tocou minha cintura e a outra ainda estava bem segura em minha nuca.


Não resistimos muito. Estava de olho em seus lábios, sentia saudade de beijá–lo. Os seus também estreitavam os meus sem a mínima descrição, mas por que infernos teríamos mesmo descrição ? Estávamos no banheiro de um restaurante, toda descrição havia acabado no momento em que ele entrou no mesmo banheiro que eu.




Me dê amor como ela


Porque ultimamente tenho acordado sozinho


Pinte lágrimas espalhadas na minha camiseta


Disse a você que os deixaria ir


E que vou lutar pelo meu canto


E que talvez te ligue hoje a noite


Depois dê meu sangue virar álcool


Não, só quero te abraçar


 


Minha respiração estava falha, meu coração estava batendo descompassadamente e eu não liguei em quem nos veria quando ele capturou meus lábios. A intensidade com que nos beijamos não poderia ser descrita. Senti minha bolsa deslizando pela minha mão e a deixei cair, eu estava hipnotizada. Eu estava totalmente entregue, sempre seria totalmente entregue a ele. Seus lábios, desceram lentamente até meu pescoço.


–Eu... –Balbuciei ofegante, estava tentando alertá–lo que alguém poderia nos pegar ali, mas não consegui formar mais que uma palavra. A banda do lado de fora começou a tocar uma música enquanto os lábios dele percorriam a o meu colo. Suas mãos estavam me fazendo com que meu corpo se aproximasse mais ainda do seu, uma folha de papel não poderia passar entre nós dois tamanha era nossa proximidade.


Um gemido rouco escapou dos meus lábios quando ele começou a sussurrar a música que estava cantando lá fora em meu ouvido. Suas mãos ainda me seguravam com força, talvez ele estivesse imaginando que eu não quisesse...Passei  minhas mãos pelo seu corpo e as pousei em seu pescoço, o segurando.


 


Me dê um pouco de tempo ou queime isso


Vamos brincar de esconde-esconde para virar isto


Tudo que quero é o sabor que seus lábios permitem


Minha, minha, minha, minha, oh me dê amor


Minha, minha, minha, minha, oh me dê amor


Minha, minha, minha, minha, oh me dê amor


Minha, minha, minha, minha, oh me dê amor


Minha, minha, minha, minha, oh me dê amor


 


Suas mãos deixaram lentamente meu pescoço e minha cintura e desceram até minhas pernas, com um impulso eu pulei em seu colo e fui suspensa por ele. Pela primeira vez desde que nos beijamos eu o olhei nos olhos, eu conseguia ver as faíscas em seus olhos. Minhas pernas estavam entrelaçadas em sua cintura, eu conseguia sentir sua ereção. Sua respiração ofegante se completando com a minha, me inclinei para que meus lábios tocassem os seus e os capturei com ardor.


Senti suas mãos acariciando minhas pernas e subindo até minhas nádegas. Ele as apertou e eu me insinuei para mais perto da sua ereção. Scorpius começou a caminhar comigo em seu colo. Não senti a frieza da bancada do banheiro, meu calor havia aumentado e meu coração parecia que sairia pela boca a qualquer momento.


Scorpius saiu de perto de mim por alguns momentos, eu estava ali, sentada na bancada, com os lábios borrados, o coração batendo descompassadamente, a respiração ofegante. Ele sorriu com os olhos e eu sabia que não poderia mais resistir, ele veio até mim e eu quebrei o contato visual, usei minhas mãos para tirar seu paletó e desabotoar sua camisa, rapidamente, de qualquer maneira,  quando consegui senti suas mãos suspenderem meu rosto para que eu o olhasse nos olhos.


Me dê amor como nunca antes


Porque ultimamente tenho desejado mais


E faz algum tempo mas ainda sinto o mesmo


Talvez eu deveria deixar você ir


Você sabe que vou lutar pelo meu canto


E que talvez te ligue hoje a noite


Depois que meu sangue estiver se afogando em álcool


Não, só quero te abraçar


Meus olhos não conseguiram desgrudar dos seus. Nem quando suas mãos soltaram meu rosto e ele se pôs a abrir o zíper do meu vestido. O ajudei a tirá–lo, vi meu vestido ser jogado em um canto qualquer e o vi se aproximando mais uma vez. Suas mãos voltaram a tocar meu rosto, minhas pernas se prenderam em seu corpo assim que ele chegou perto o suficiente, meu corpo pedia o seu, deslizei minha mão pelo seu peitoral nu.


Suas mãos se voltaram, minuciosamente, ao trabalho de tirar minha calcinha, a única peça que permanecia em meu corpo. Com extrema delicadeza ele deslizou a calcinha pelo meu corpo. O puxei para mim e apertei mais uma vez minhas pernas em sua cintura, me inclinei para frente e o ajudei a tirar o cinto e abrir o zíper da calça. Sua calça deslizou por suas pernas e ele a tirou rapidamente.


Ele veio até mim mais uma vez, totalmente despido, olhei para a porta e ele sorriu varrendo da minha cabeça todas as minhas preocupações, seus lábios encontraram os meus minhas mãos tocaram suas costas a acariciando. Ele me puxou pelas pernas e fez com que nossos sexos se tocassem. Passei meus braços em volta do seu pescoço e o beijei ali.


Me dê um pouco de tempo ou queime isso


Vamos brincar de esconde-esconde para virar isto


Tudo que quero é o sabor que seus lábios permitem


Minha, minha, minha, minha, oh me dê amor


Me dê um pouco de tempo, ou queime isso


Vamos brincar de esconde-esconde para virar isto


Tudo que quero é o sabor que seus lábios permitem


Minha, minha, minha, minha, oh me dê amor


Minha, minha, minha, minha, oh me dê amor


Minha, minha, minha, minha, oh me dê amor


Minha, minha, minha, minha, oh me dê amor


Minha, minha, minha, minha, oh me dê amor


Scorpius segurou mais forte em minha cintura quando me penetrou. Minha respiração se tornou mais ofegante e para abafar mais alguns gemidos beijei seus lábios. Senti–lo dentro de mim depois de tanto tempo era maravilhoso, eu havia esquecido o que era ser amada. Seus braços me segurando com força, seu corpo contra o meu, nossos lábios em um beijo intenso. Havia sincronia em tudo que fazíamos, minha boca estava sedenta por ele e meu corpo pelo seu corpo.


Senti mais uma vez ele saindo de dentro de mim e entrando de maneira forte, ele me segurou mais uma vez e me tirou da bancada, com minhas pernas entrelaçadas ao seu corpo e sua ereção dentro de mim ele continuou caminhando. Meu corpo se movia contra o seu e meu desejo aumentava cada momento mais, nossos gemidos estavam sendo controlados por nossos beijos ávidos.


–Mais Scorpius, mais! –Falei desgrudando meus lábios dos seus quando entendi aonde ele queria chegar. Ele me encostou a parede mais próxima e continuou com suas estocadas lentas e sôfregas, fazendo com que eu gemesse mais alto ainda, já sem me preocupar com a minha demora,Joshe ou qualquer outro empecilho em nosso caminho.


M-minha minha, m-minha, m-minha minha, me dê amor, amante


M-minha minha, m-minha, m-minha minha, me dê amor, amante


M-minha minha, m-minha, m-minha minha, me dê amor, amante


M-minha minha, m-minha, m-minha minha, me dê amor, amante


M-minha minha, m-minha, m-minha minha, me dê amor, amante


M-minha minha, m-minha, m-minha minha, me dê amor, amante


M-minha minha, m-minha, m-minha minha, me dê amor, amante


M-minha minha, m-minha, m-minha minha, me dê amor, amante (me ame, me ame, me ame)


A música lá fora ficou mais alto no momento em que suas estocadas ficaram mais fortes e meus gemidos mais altos. A intensidade do amor que fazíamos aumentava a cada toque, gemido ou estocada. Estava sendo imprensada em uma parede fria de um dos banheiros de um restaurante qualquer. Estava excitada, estava desesperada e irrevogavelmente maluca.


Meu corpo estava pedindo aquilo, minha alma e com toda certeza o meu coração. Seus beijos lascivos em minha pele pareciam provocar ainda mais meu prazer. Seus lábios estavam doces, meu corpo estava totalmente entregue e eu sentia que a qualquer poderia derreter ali, em seus braços.


–Eu... –Ele começou com uma estocada forte que nos lembrava que estávamos a beira do clímax –... Te amo... –As derradeiras palavras vieram com uma estocada mais forte e com o ápice do nosso amor. Meus lábios encontrando os seus, minhas costas encostada na parede gelada e o encontro profundo dos nossos sexos.


M-minha minha, m-minha, m-minha minha, me dê amor, amante (me dê amor)


M-minha minha, m-minha, m-minha minha, me dê amor, amante (me dê amor)


M-minha minha, m-minha, m-minha minha, me dê amor, amante (me dê amor)


M-minha minha, m-minha, m-minha minha, me dê amor, amante (me dê amor)


 


Minha, minha, minha, minha, oh me dê amor


Minha, minha, minha, minha, oh me dê amor


Minha, minha, minha, minha, oh me dê amor


Minha, minha, minha, minha, oh me dê amor


Seus lábios tocaram os meus mais uma vez antes que eu me soltasse. Minhas pernas ainda estavam fracas, mas com a ajuda dele eu fiquei de pé. Olhei o estado em que aquele banheiro estava, ouvi as pessoas lá fora e senti uma enorme vergonha de apossando de mim. Peguei meu vestido e minha calcinha e entrei em um dos Box do banheiro,me vesti rapidamente me dando conta de que havia feito besteira mais uma vez.


Abri a porta do banheiro e o encontrei ali, minha bolsa já estava em cima da bancada, ele estava quase totalmente vestido e eu continuava desgrenhada. O olhei com vontade de chorar mais me controlei...Scorpius me olhou sem vontade alguma de sorrir, porque meu olhar dizia tudo. Ele não disse que eu havia o usado, nem que estava o iludindo, mas seu olhar...Seu olhar era a prova concreta de que eu havia me superado. Estava me tornando uma vagabunda sem perceber.


–Scor...Sebasitan...


–Se for me pedir para não contar nada ao seu noivo, nem faz um escândalo fique sabendo que não sou desse tipo de pessoa...


–Eu nunca pediria isso! –Tentei realmente me sentir ultrajada, mas nem sabia como poderia me sentir assim. –Eu só não quero que...


–Eu me machuque ? –Ele desviou quando tentei tocá–lo.


–Por favor. Me deixe explicar...Você não vai querer estar comigo, nunca...Eu não sou quem você pensa que sou e eu nem ao menos sei quem você é... Não quero mesmo que se machuque...Não quero te machucar...


–Não precisa se preocupar. Você já fez isso, muitas vezes. Vou voltar para minha acompanhante! –ele disse destrancando a porta do banheiro e saindo sem ao menos olhar para trás.


Eu fechei a porta e peguei minha varinha. Arrumei algumas coisas, arrumei minha roupa e fiquei ali mais um pouco. Olhando  no espelho e tentando me reconhecer. Eu tinha que acabar com o feitiço que Molly, ou Amanda havia feito...Se Sebastian continuasse desfilando por ai como Scorpius não só eu sofreria, como ele e... Uma senhora entrou no banheiro e eu peguei minha bolsa e sai.


Passei por onde Sebastian estava com cara de poucos amigos e me sentei com Joshe que parecia já estar preocupado com a minha demora.


–Eu recebi uma ligação de Kalshe. –Falei antes mesmo de pensar. Eu realmente havia recebido uma ligação de Kalshe, mas não naquele momento. Poderia ser considerado uma meia mentira.


–Ah sim. Acho que poderíamos adiantar...Você disse que amanhã tinha o dia corrido.


–Ah claro. –Eu tentei sorrir e me fingi de indiferente a qualquer outro assunto, mas a verdade era que eu queria. Não, eu precisava. Precisa chorar até que minha voz ficasse rouca eu não pudesse mais falar.


O caminho de volta foi totalmente irritando, Joshe estava falando sobre o trabalho e o casamento. Nossa química tinha evaporado há muito tempo, mas eu tinha uma enorme afeição por ele, ficava feliz pela presença paterna que ele fazia para Joe. Quando chegamos em casa ele entrou e resolveu ver como ela estava, aquilo me deixou mais envergonhada e culpada por ter feito o que fiz. Quando ele foi embora a única coisa que fiz foi subir, me enfiar na banheira por horas e chorar..


 


 


–Você está bem ai ? –Ouvi a voz de mamãe indagar fora do provador.


Minha vontade, só pra constar, era dizer não. Eu não estou bem mamãe, estou me sentindo enjoada, irritada, faltam apenas 10 dias para o meu casamento e eu não sei mais como recusar dormir com meu futuro marido. Pra ser mais sincera, nem ao menos me sentia a vontade para olhar para Joshe, não depois do que eu fiz semanas trás.


–Estou bem, mamãe.


–Então saia para que a Sra. Haty possa fazer os ajustes finais.


–Estou indo –Eu disse depois de alguns segundos. No lado de fora mamãe e Pia, minha sogra, falavam sobre os vestidos e sobre o casamento animadas. Ajeitei a saia do vestido e sai do provador que estava.


–Merlin... –Mamãe me olhou sorrindo encantada e Pia não estava diferente.


–Você está maravilhosa Rose.


–Obrigada... –Subi o pequeno degrau no meio da sala em que estávamos e esperei que a costureira viesse para ajeitar meu vestido. Eu não o havia fechado porque não conseguia. –Poderiam e ajudar com o vestido mamãe ?


–Claro querida... – Mamãe veio até mim e tentou fechar o vestido, senti que estava perdendo todo meu ar quando ela conseguiu subir mais um pouco o zíper. –Merlin... Esse zíper só pode estar com problema. Lembro–me na última vez que esteve aqui... Ele fechava com dificuldade, mas fechava.


–Eu devo ter exagerado no sorvete, no fim de semana.– Eu disse envergonhada e logo a costureira voltou. Quando ela notou que meu vestido estava mais apertado que antes quase soltou um palavrão, mas se refreou a tempo.


–O que anda comendo afinal senhorita Weasley ?


–Eu...Estou nervosa por causa do casamento!– Disse tentando fazer com que as três acreditasse. –E isso faz com que eu coma tudo que vejo pela frente...


–Ó querida, não se preocupe tanto... –Pia disse e eu tentei lhe sorrir em agradecimento, mas fiz uma careta, porque Ceci, a alfaiate, havia conseguido subir o zíper.


–Eu. Não...Consigo...Repirar. – Falei reunindo todo o ar que conseguia. Senti que a qualquer momento pararia de respirar tamanho era o aperto daquele vestido.


–Está melhor ? –Com o zíper aberto eu consegui responder a Ceci Haty.


–Eu não vou usar mais esse vestido...Será que não tem um tamanho maior ?


–Ah Rose, porque não fica de dieta por uma semana minha querida ? –Mamãe perguntou.


–Mamãe!


–Querida, isso é só até o casamento...


–Mamãe eu duvido que meu noivo me queira no altar como mero enfeito. Joshe, se estivesse aqui, concordaria com a mudança do vestido. Além disso, eu tenho o direito de comer quando estou nervosa!


–Francamente Rose Weasley... Você está falando como seu pai...


–Papai é quem está certo! Bem, eu tenho um vestido em mente, eu o vi outro dia...Parece ser mais folgado que esse, tem mangas até os cotovelos, vai até os joelhos...


–Sei de que vestido fala Rose... Vou buscá–lo agora mesmo. – Esperei que ela me trouxesse o vestido. Mamãe e Pia não teceram comentário algum quando voltei vestida. Mas mamãe sorriu. E eu me senti confiante com seu vestido.


–Está maravilhosa minha querida... –Eu sorri.


–Obrigada mamãe!


–Está muito linda, Rose! –Pia me sorriu.


–Obrigada Pia...


–Temos mais alguns assuntos do casamento a tratar Rose, quer vir conosco, ou tem algo a fazer ? –Mamãe perguntou.


–Eu tenho uma matéria... Mas se quiserem posso ficar um pouco.


–Não precisa minha querida... –Pia continuou sorrindo. E mais uma vez me senti uma traidora.


Quando saímos da loja de Ceci Haty a chuva fina caía sobre a triste Londres. Levei mamãe e Pia até o restaurante predileto de Joshe e as deixei lá para que discutissem sobre os preparativos. Abri a porta do meu carro e tomei um susto quando, ao mesmo tempo que eu, alguém entrou no banco do passageiro e fechou a porta. Meu coração começou a bater aceleradamente quando notei que era Sebastian.


–Você queria me matar de susto ? Tarefa concluída com sucesso! –Resmunguei, mas ele não sorriu.


–Precisamos conversar!


–Eu sei disso...


–Porque vai se casar com ele ? –A pergunta me pegou de surpresa, mesmo assim eu dei a partida no carro. –Está pensando em não responder ?


–Não...Só estou pensando em uma resposta.


–Sinceramente, nunca irei lhe entender. – Ele disse alto e eu senti vontade de olhá–lo. – Me tem como seu amante... Ou sei lá como vocês, ingleses, chamam isso. Depois diz que eu preciso de alguém melhor e quando eu penso em sair com outra garota você...Você sente ciúmes dela.


–Não tente me entender... Nem eu mesma me entendo.


–Sei disso. Já tem sua resposta ? –Eu assenti.


–Quero o mais fácil para todo mundo. Você não entenderia Sebastian...


–Me explique. Não sou uma criança para que você tente me poupar de todos os tipos de consequências possíveis.


–Você nunca acreditaria no que tenho a dizer...


–Tente Rose! Ao menos uma vez na vida tente antes de ser precipitada e acabar com qualquer oportunidade que possa ter –Eu desviei meu olhar da pista para olhá–lo, aquilo havia sido tão...


A primeira coisa que pensei ao ouvir o barulho, o carro capotando e meu celular tocando, foi que estávamos morrendo. E por algum tempo foi isso que pareceu. Até tudo ficar calmo, como uma tempestade que passa e deixa os terríveis rastros. Senti boa parte do meu corpo dolorido e quando abri os olhos não pude acreditar que ainda estava viva.


–Sebastian! –Tentei acordá–lo, estávamos de cabeça para baixo. –Por favor Sebastian... –Tentei tirar meu cinto e quando finalmente consegui, me inclinei para tirar o seu também. Coloquei meu celular no bolso e sai do carro tentando não me cortar com todo o vidro espalhado no chão frio da pista.


Abri a porta do carro e tentei tirá–lo de lá de todas as maneiras. Quando vi que não conseguiria, voltei ao carro e peguei minha bolsa, tirei a varinha de dentro dela e, depois de olhar em volta, para ter certeza de que não havia ninguém por perto, eu o tirei do carro. O outro motorista, havia fugido, isso me deixou mais irritada que nunca. Liguei para uma ambulância e para Kalshe. Foi o primeiro numero que me veio a mente.


O celular dela estava desligado e isso me aterrorizou. Tentei ligar para Roxi, mas quando ela atendeu o sinal estava péssimo e eu não consegui ouvir muita coisa que ela disse. Quando a ambulância chegou meu coração começou a se acalmar. Meu carro estava destruído, eu estava um pouco machucada... Mas Sebastian. Ele estava... Quando o paramédico me chamou eu estava chorando.


–A senhora é parente dele ? –Ele perguntou e eu neguei.


–Ele é um amigo...


–O que houve senhora ? –Ele perguntou enquanto colocavam Sebastian na ambulância.


–Nós estávamos conversando e por um segundo eu fui olhá–lo e logo depois estava tudo de cabeça para baixo. Não estava em uma grande velocidade, não lembro de ter visto carro algum em nossa frente, mas houve uma acidente e quem quer que seja que tenha nos feito isso, fugiu. –Falei em um fôlego só deixando que minhas lágrimas rolassem pelo meu rosto.


–Se acalme...


–Por favor, não peça que eu me acalme...Eu não... –Me segurei no enfermeiro para não cair e ele me ajudou a entrar na ambulância.


–Pode me responder mais algumas perguntas ?


–Sim.


–Qual o nome do rapaz... ?


–Sebastian Espósito –O sobrenome da família de Nonna. Ela praticamente havia o batizado como seu neto.


–Quantos anos ele tem ?


–27...Creio que está perto de fazer 28 –Aquilo, talvez, não fosse um engano. Scorpius estava perto de fazer 28...


–Tem filhos ?


–Não...–Deixei mais algumas lágrimas escaparem.


–Alguma familiar para quem possamos avisar sobre sua internação ?


–Não. Ele veio para a Inglaterra para uma escola...De artes.


–E a senhora conhece algum dos responsáveis por essa escola ?


–Eu sou uma das responsáveis pela escola de artes...–Eu disse o rapaz assentiu anotando tudo.


–E a senhora ? Quantos anos tem ?


–28.


–Seu nome ?


–Rose Weasley Malfoy –Falei o nome que havia em meus documentos.


–Tem filhos, senhora ?


–Uma filha.


–Quantos anos ?


–6 anos.


–Familiares a quem eu possa informar que a senhora está sendo levada ao hospital ?


–Não acho que precise...


–São as normas senhoritas.


–Poderia ligar para meu irmão ... ? –Dei  o numero de Hugo e o rapaz assentiu.


Chegamos ao hospital e me levaram para ser examinada por uma medica. Sebastian passou por uma cirurgia, ele havia se ferido. A medica disse que eu estava ótima e isso me deprimiu. Esperei algum tempo deitada naquela cama quando Hugo chegou.


–Ei Rose...


–Hugo! –Me levantei para vê–lo melhor e acabei ficando tonta. A batida havia me deixado assim.


–Como está se sentindo maninha ?


–Tonta...Preciso saber como Sebastian está e...


–Ele estava no carro com você ?


–Sim Hugo, estava.


–Olhe, eu tenho que resolver alguns problemas na administração... Sobre a sua internação, enquanto resolvo tudo, a senhorita fica aqui quietinha, ok ? –Ele me fez sentar na cama e eu assenti com a cabeça.


–Obrigada maninho. –Não sorri quanto o vi saindo do quarto, só senti medo e senti minha cabeça doer. Eu deveria ter pedido a ele para perguntar quando eu poderia ver Sebastian.


Fechei os olhos por alguns segundos e quando os abri havia um mar de pessoas a minha volta. Mamãe, papai, Emma, Joe – Que estava sentada na cama –, Alvo, Kalshe, tia Gina, tio Harry, Nina, Roxi, Dominic, Naya, Joshe e seus pais. Mamãe abriu um sorriso enorme quando eu abri os olhos.


–Por Merlin! Quem deixou todos vocês entrarem ? –Ouvi a risada de Hugo e notei que ele estava sentado em uma poltrona do lado esquerdo da cama.


–Eu disse que era gente demais. E olha que e ainda tem umas 15 pessoas lá fora tentando te ver, sem contar os alunos que estão aglomerados lá fora, perto do quarto de Sebastian.


–Afinal porque todos estão aqui ?


–Você quase morreu Rose! –Alvo falou alto e eu senti minha cabeça latejar.


–Eu estou viva gente...Não precisam se preocupar. Além de uma dor de cabeça imagino que não tenho nada de grave... –O choro de alguém me impediu de continuar a falar. Olhei para mamãe, mas ela não estava chorando. Estava apenas alisando meus cabelos com carinho, Emma estava segurando minha mão, as garotas estavam quietas e tia Gina também não estava chorando. Olhei para papai e reprimi uma risada.


–Papai poderia parar de choramingar ? –Emma perguntou e papai limpou as lágrimas.


–Eu não estou choramingando Eminha. –Hugo riu alto e nós o acompanhamos, papai conseguia constranger qualquer um de nós como seus apelidos. – Mas se eu estivesse... –Papai deu uma longa pausa em sua falar e todos nós olhamos para ele. –Ó Rosinha...Você está bem mesmo filha ?


–Papai. –Me inclinei para frente, puxei Joe para perto e a abracei forte. –Estou ótima. Não se preocupe. –Estendi a mão para ele e papai segurou fortemente. Logo depois deu um beijo nela e se inclinou para me abraçar.


–Eu me preocupo filha. A família é o maior tesouro que um homem pode ter, não importa se vocês tem cinco, dez ou vinte anos... Sempre me preocuparei com todos da mesma forma que me preocupava quando vocês não podiam se defender. –Papai disse e mamãe sorriu bobamente para ele.


– “Ele sorri quando ela não está olhando, ela sonha acordada quando ele não está, não demorará muito até eles descobrirem...Rony e Hermione se amam!” –Emma começou a cantar, Hugo, Joe e eu a acompanhamos. Mamãe e papai se beijaram e nós rimos.


–Rose querida, só viemos saber se você estava bem... –Tia Gina falou e eu lhe sorri.


–Obrigada tia, tio... –Eles dois saíram depois de uma conversa breve. E os pais de Joshe foram logo depois com ele. Eu dei graças a Merlin por isso. Mamãe e papai resolveram dar uma volta, pelo que eles ouviram eu seria liberada em uma hora, então queriam estar por perto. Emma disse que pegaria Ron na escola e levaria Joe com ela. Hugo saiu do quarto com Naya, depois de conversarem brevemente comigo. E ficamos apenas eu , Alvo, Dominic e as meninas.


–Você está bem mesmo... ? –Kalshe perguntou. –Desculpe. Só vi sua ligação quando Roxi passou lá em casa e... –O resto eu não consegui entender. Kalshe começou se embolar com as palavras e quanto notei ela já estava em cima de mim. Chorando, com seus cabelos loiros quase me asfixiando. –E eu vi você dormindo, eu fiquei com medo... –Mais uma onda de choro. –Me desculpe, Ross...


–Calma Kal... –Tentei retribuir o abraço e ela se levantou. –Não chore ok ? Eu vi suas ligações... Está tudo tão louco, por isso não a atendi. Queria que as coisas se acalmassem... Você me perdoa por ...


–Não o que perdoar. –Ela disse limpando as lágrimas. –A culpa é do Alvo.


–Ei, eu nem to nessa conversa...


–O que houve com “o Potter...?” –Nina perguntou e eu notei que ela estava ali também.


–Vocês poderiam se resolver com a Rose e não me colocarem como foco ? Obrigado, eu agradeço garotas!


–Sejamos justas. A culpa realmente é do Alvo. –Kalshe disse. – Mas... É minha também. Eu não deveria ter ficado chateada com você ...


–Ah você deveria sim. Eu também tive culpa. Não podemos negar que erramos, mas podemos concertar os erros...E eu fiquei feliz com o que fez. Obrigada, por ser minha amiga– Eu a abracei e olhei para Nina que estava com a cabeça baixa.


–Acho que é minha vez de falar...–Ela disse e respirou fundo. –Só te devo desculpas Ross.


–Isso está parecendo aquela parte do filme em que as garotas pedem perdão e voltam a ser amigas... –Alvo disse olhando par Dominic que assentiu.


–E daqui a pouco todas elas estão chorando...


–Calem a boca! –Nina mandou e os dois ficaram quietos. –Eu quis pedir desculpas assim que me falei aquilo tudo... Eu fui tão...Vaca. Estava chateada por ter me dito a verdade, tudo que eu precisava ouvir...Ó Rose, eu te amo tanto...–Ela me abraçou e soluçou alto.


–Também te amo Nina. Amo todas vocês. E quero o bem de todas...Nina...


–Me perdoe. –A apertei forte. E quando nos afastamos eu acariciei seu rosto.


–Espero que tenha entendido o que eu disse...


–Agora eu entendo. Eu acho...


–Que tal um abraço em grupo ? –Dominic sugeriu e eu ri. Finalmente, as coisas pareciam estar de volta aos eixos.


 


 


Todos tinham ido embora depois que meus pais voltaram. Eles também haviam ido, depois de muita persuasão. Eu estava em observação até o dia seguinte. E aquilo estava me deixando louca. Toda enfermeira que entrava no quarto tentava não me dizer o que estava acontecendo com Sebastian e mesmo depois de muitas insistência. Eu esperei tudo estar calmo no corredor em que estava meu quarto, para sair.


Dominic havia me dito antes de ir embora em qual quarto Sebastian estava e eu por isso eu fui até lá. O quarto era uma andar acima do meu, andei pelos corredores temendo ser descoberta, eu estava com aquela camisola horrorosa do hospital e quando finalmente cheguei ao quarto dele abri a porta rapidamente e entrei, com medo de que alguém pudesse me ver.


Olhei para ele ali, tão indefeso. Senti meu estomago revirar, uma vontade louca de chorar se apoderou de mim e quando me sentei ao seu lado as lágrimas já escorriam livremente pelo meu rosto. Não sei quando comecei a cantar, nem ao menos o porquê, só senti vontade de cantar para ele.





Por você, não haverá mais choro,


Para você, o sol estará brilhando,


E eu sinto que quando estou com você,


Está tudo bem, eu sei que está tudo bem.


Lembrei-me da primeira vez que o vi e quando vi nele, meu Scorpius. Minha voz estava rouca enquanto eu cantava aquela música. Eu estava sentada na poltrona ao lado da cama dele, toquei em sua mão. Minha cabeça começou a doer, eu me sentia assim quando começava a chorar desesperadamente. Minha voz não estava nem alta, nem baixa e eu queria que ele pudesse me ouvir naquele momento, ouvir minha voz, apertar minhas mãos de volta e dissesse que estava bem.


Mas eu sabia que ele não podia ouvir minha voz, nem acariciar minhas mãos, muito menos dizer que estava bem. Porque ele não estava bem. E eu nem saberia quando estaria. Não estava só me sentindo culpada, mas arrasada, eu precisei sentir que a vida estava me tirando o segundo homem da minha vida para que eu pudesse finalmente notar que não importava nada casar–me com Joshe por nenhum motivo, eu estava com o coração em pedaços. Porque o amor da minha vida estava morrendo eu não podia fazer nada, mais uma vez.


 


Para você, eu vou dar ao mundo


Por você, eu nunca vou ser frio


Porque eu sinto que quando estou com você


Está tudo bem, eu sei que está tudo bem


 


Estúpida. Eu estava sendo tão estúpida nos últimos tempos, querendo me casar com Joshe, não escutando todos que estavam a minha volta e que diziam que aquilo era loucura. Eu estava ficando cega, burra. Coloquei minha mão esquerda na cabeça, como se aquilo fosse acabar a dor de cabeça horrível que eu estava sentindo. Fechei os olhos e levei minha outra mão a sua mão. Meu coração estava batendo descontroladamente e as lembranças bombardeando minha mente.


O primeiro beijo, nossa noite em Florença, nossas conversas e a maneira com que ele e Joe se deram tão bem. Eu continuei cantando com minhas lágrimas caindo pelos meus olhos, cantar e chorar não parecia ser tão ruim naquele caso, eu estava desabafando de duas maneiras que eu sabia.


E os pássaros estão cantando


Como eles sabem o resultado


Eu te amo, eu te amo, eu te amo


Como nunca antes


Me levantei e tentei me deitar ao seu lado ali. Precisava sentir seu coração bater. Me aconcheguei em seus braços e coloquei meu braço por cima de sua cintura, fechei meus olhos enquanto ouvia o som do seu coração. Apenas o Tum, Tum , Tum, Tum. Eu nunca poderia me casar com Joshe, essa era uma verdade inegável. E eu o amava, amava Sebastian com toda minha alma.


Eu desejo-lhe todo o amor do mundo


Mas acima de tudo, eu desejo isso de mim mesmo


Uma. Duas. Três lágrimas. Acariciei levemente sua barriga e me aconcheguei mais em seu abraço. Cantar minha música e  de Scorpius para ele não parecia doloroso. Eu precisava cantar para ele, era como se algo me dissesse que eu precisa cantar para ele. Eu havia me apaixonado por ele quando minha vida estava cinza e eu não sabia mias o que fazer.


E os pássaros continuam cantando, como eles sabem o resultado, eu te amo, eu te amo, eu te amo, como nunca antes, como nunca antes. –Cantei e o olhei, esperando que ele se levantasse e me dissesse que está tudo bem, mas ele não se levantou.


Fechei os olhos e adormeci. Acordei algumas horas mais tarde com um par de mãos me puxando, como se eu estivesse em um sonho ruim e precisasse que alguém me resgatasse. Mas não houve resgate algum, as mãos, tão furiosas quanto a dona, me tiraram da cama e com um baque surdo senti minhas costas baterem contra o chão e minha mente, finalmente, acordar para o que estava para se desenrolar em minha frente.


–Vadia! –A voz conhecida me fez abrir os olhos e eu senti minha própria fúria quando tentei me levantar. A dor ainda estava intensa, mas consegui me pôr de pé.


–O que está fazendo aqui, Amorella ?


–O que estou fazendo aqui ? Que pergunta idiota, Rose! Você não deveria estar aqui! Sua prostituta de quinta... –Senti a mão pesar de Amorella no meu rosto e meu sangue ferveu.


Afinal quem ela achou que fosse ? Sinceramente, tenho a plena certeza que Amorella achou que eu não devolveria com juros. Eu havia sido derrubada de uma cama e havia levado um tapa na cara, partir para cima dela foi como o clímax, algo que eu precisava para fechar a noite, algo que eu queria fazer há muito tempo.


Ela se assustou com minha agressividade, mas não liguei. Um tapa não foi suficiente para mim nem para minhas mãos. Quando notei estava a estapeando e se não fosse suas palavras cruéis, talvez continuasse assim até que alguém nos achasse. Suas palavras me atingirão em cheio.


–A culpa é sua! Totalmente sua.


–CALE A BOCA!


–Não! Não vou calar. A culpa é sua Rose Weasley. Se ele não estivesse naquele carro com você, se você não tivesse traído seu noivo descaradamente, se não tivesse levado Sebastian para a cova dele...


–CALE! Cale–se – As lágrimas queimavam meus olhos, mas ela levantou seu rosto, vermelho por causa de meus tapas e me olhou autoritariamente.


–Você acabou com tudo! Você está o destruindo sua desgraçada! Tudo que você toca desmorona! Você deveria se matar e acabar com isso! Vá embora! Vá! Espero que você arranje outra pessoa para lançar seu veneno... –Suas palavras continuavam a me atingir e eu podia jurar que tudo o que ela estava dizendo doía mais do que o tapa que eu havia levado minutos antes.




O que foi que eu fiz?


Desejaria fugir


Desse navio afundando


Apenas tentando ajudar,


Machuco todo mundo


Agora eu sinto o peso do mundo


Está nos meus ombros


Andei para trás tentando identificar Amorella, mas minha mente estava girando. Senti as lágrimas queimarem meus olhos antes de caírem descontroladamente pelo meu rosto. Eu levantei minha mão e tentei dizer algo, mas foi em vão. Andei mais um pouco até me encostar na porta  e quando consegui abri–la sai correndo dali.


As palavras dela...Pareciam fazer tanto sentido para mim. Pareciam que explodiriam minha cabeça. Eu destruía tudo que eu tocava e parecia que todos estavam notando isso. Eu não o merecia, não merecia Scorpius, nem Joe, nem Joshe, não merecia minha amigas nem... Eu estava tão desnorteada que nem ao menos sabia aonde estava indo. Ouvi passos e procurei um lugar para me esconder, abri a primeira porta que vi em minha frente e entrei.


Tirei minha varinha da roupa e tentei ficar quietinha ali. Ouvi a voz de duas enfermeiras que falavam sobre o plantão e tentei respirar aliviada, mas não conseguia. Tentei limpar as lágrimas, apenas tentei. Fechei os olhos e senti algo estranho. Continuei com os olhos fechados tentando, tentando reprimir o choro que vinha a todo custo me fazer lembrar as tantas besteiras que eu havia feito.


O que você pode fazer


Quando o seu melhor não é bom o suficiente


E tudo que você toca desmorona


Porque minhas melhores intenções


Continuam fazendo uma confusão de coisas


Eu apenas quero corrigir isto de alguma forma


Mas quantas vezes serão necessárias


Oh quantas vezes serão necessárias


Para eu acertar


Para acertar


O som do mar não estava me deixando pensar direito...Abri os olhos quando notei que havia o barulho das ondas se chocando com rochas e aquele barulho bom de uma onda se desfazendo na beira da praia. Eu estava em uma praia. Não havia mais nada ali, além da praia. Olhei ao redor e vi de longe um hotel... Não consegui controlar e soltei um grito de desespero quando notei que meu choro estava se tornando compulsivo.


–Oh Merlin... –Eu estava na praia que eu e Scorpius havíamos nos casado. Eu havia chegado ali de uma forma que eu mesma desconhecia, eu só me sentia perdida. Tão perdida quanto um barco em uma impetuosa tempestade. Com medo de ir, de voltar, do que poderia acontecer, só sabia de uma coisa: Eu tinha que ir para o mar.


Não sei como, mas senti uma música sair dos meus lábios enquanto eu caminhava em direção ao mar como se houvesse sido hipnotizada por ele. Meu coração estava estraçalhado, e minhas lágrimas não pararam de cair pelas minhas bochechas. Minha vida, nos últimos tempos, parecia ter sido escrita por uma autora maluca e sádica, que parece não ter mais nada a fazer a não ser me fazer sofrer. Como em um drama mexicano, eu estava vivendo em um drama mexicano.


Posso começar novamente


Com minha fé abalada?


Porque eu não posso voltar atrás e desfazer isso


Eu só tenho que ficar e encarar os meus erros


Mas se eu ficar mais forte e sábia


Eu vou passar por isso


Meus pés tocaram a areia molhada da praia. Olhei para as pequenas ondas que vinham e voltavam, algumas molharam meu pé e a enorme camisola do hospital. Dei um passo para frente e mesmo com o frio soube que entraria na água. Senti o vento sussurrando ao meu ouvido, me abracei enquanto sentia meu corpo arrepiar. Não pelo frio da praia, mas porque eu, em todo drama da minha vida, sabia que não poderia mais aguentar.


Soube que Amorella havia falado a verdade. Dei mais um passo. E mais outro. Senti a água do mar molhando minhas pernas, depois minhas coxas, subindo meu vestido e me fazendo tremer de frio. Não precisei ir muito longe, as ondas estavam tão altas que quando umas delas veio eu apenas fechei os olhos, fiz um pedido silencioso e deixei que ela me levasse e varresse toda a dor que eu sentia.


 


***


O que você pode fazer


Quando o seu melhor não é bom o suficiente


E tudo que você toca desmorona


Porque minhas melhores intenções


Continuam fazendo uma confusão de coisas


Eu apenas quero corrigir isto de alguma forma


Mas quantas vezes serão necessárias


Oh quantas vezes serão necessárias


Para eu acertar


 


Abri os olhos achando que encontraria uma luz branca, como eles dizem nos livros e nos filmes, mas o que encontrei fez com que eu fechasse meus olhos mais uma vez para ver se estava mesmo vendo aquilo.Coloquei a mão em meu coração e abri os olhos mais uma vez. Eu olhei para todas aquelas pessoas e vi o sorriso de cada uma delas. Uma das minhas mãos estava sendo segurada por uma garota de olhos bonitos e sorriso fácil.


A outra...Procurei a pessoa que estava segurando minha outra mão e me deparei com ele. Scorpius, assim como eu, estava sentado em uma cadeira e suspenso por vários homens. Eles seguravam as cadeiras e a música tocava me fazendo querer dançar com ela. Quando senti que estávamos no ar, eu olhei para baixo, mas Scorpius apertou minha mão levemente me convidando a olhá–lo.E eu o fiz.


Seu sorriso se alargou e o meu também. Eu tive certeza de que estaria com ele para sempre. Não sabia se havia morrido, mas tinha quase certeza. Meu sorriso se alargou e eu fiquei o contemplando. Queria perguntar tantas coisas, queria acariciar seu rosto, sentir os seus lábios contra os meus, queria abraçá–lo e lembrar que seu abraço poderia me curar de qualquer ferida.


A música soou mais alta. Meu coração bateu mais forte. E todos batiam palmas animadas, eu não soltei a mão de Scorpius por segundo algum. Queria o perto por toda a eternidade, se tivéssemos direito a ela. Depois de algum tempo nos colocaram no chão. Scorpius ainda estava bem seguro, suas mãos na minha me diziam tantas coisas. A música continuou animada, mas ele tomou minha mão e me levou para um lugar mais sossegado, para que pudéssemos falar.


–Onde estamos ? –Eu perguntei.


–É difícil explicar, alguns chamam de nossa mente, outros de universo paralelo, tem alguns que até dizem que é uma outra dimensão...Gosto de pensar nisso como o mundo dos sonhos.


–Eu não estou dormindo, Scorpius...Estou morta ? –Perguntei sem medo e ele apenas sorriu negando.


–Não, meu amor. Não está. Você preci...


–E você ? Está morto ?


–Escute, Rose. Não sei se teremos tanto tempo, precisa me ouvir. Quando você voltar para lá, precisa ler o livro que Mirax te deu. É a única maneira de fazer com que ela pague todo o mal que fez.


–Ela ? Quem é ela... Scorpius...Scorpius... –Eu estava o chamando, mas estava sentindo algo, frio, dor de cabeça e senti meus braços se agitarem quando a água gelada tentou me levar para baixo.


 


Então, eu levanto os meus punhos


Dou um soco no ar e


Aceito a verdade, que às vezes a vida não é justa


Sim, eu faço um desejo


Sim eu faço uma oração


E finalmente alguém vê


O quanto me importo


Descobri que estava no mar. No meio da onda que poderia me matar. Eu levantei no momento em que ela passou por mim, como se Scorpius houvesse me segurado naquela dimensão estranha tempo suficiente para que eu pudesse voltar a superfície e respirar. Olhei para a terra e nadei para lá. Eu, estava respirando com dificuldade, estava cansada e com dor de cabeça quando cheguei a margem e peguei minha varinha.


Estava deitada olhando para o céu, com a camisola grudada no corpo e provavelmente muita areia das belas praias baianas grudadas em meu corpo e cabelos. Eu estava ainda respirando com dificuldade, fechei os olhos por algum tempo, não sei se segundos, minutos ou horas, mas quando os abrir haviam duas sombras praticamente em cima de mim. Abri olhos e tentei enxergar, mesmo com o sol me impossibilitando de enxergar direito e respirando com dificuldade.


–Eu falei que ela não estava morta, Roxi! –A voz de Dominic fez com que eu recobrasse minha consciência. Me levantei rapidamente e senti minha cabeça doer.


–Eu preciso ler o livro...O livro que Mirax me deu...


–Antes, priminha, precisamos te contar umas coisinhas...


–Que mudarão o rumo das investigações sobre a morte de Scorpius e...


–E ?


–Levanta daí Rose! –Roxi disse e Dominic me ajudou a levantar. –Temos muito que fazer. 9 dias para seu casamento Ross, passam rápido demais e temos que correr contra o tempo se quisermos que o plano dê certo!


O que você pode fazer


Quando o seu melhor não é bom o suficiente


E tudo que você toca desmorona


Porque minhas melhores intenções


Continuam fazendo uma confusão de coisas


Eu apenas quero corrigir isto de alguma forma


Mas quantas vezes serão necessárias


Oh quantas vezes serão necessárias


Para acertar, para acertar


 


 


 


 


Eu estava me olhando na frente do espelho. Com os cabelos castanhos avermelhados, dos quais sempre me orgulhei, presos em uma trança frouxa. Vestida com o meu vestido de noiva e segurando um belo buquê. Havia trocado de vestido, algo que não agradou minha sogra, mas que contribuiu para que tudo desse certo. Ouvi a batida na porta e vi Pia me sorrindo. 


–Nem sei porque reclamei da troca de vestidos, você está maravilhosa, Rose.


–Obrigada, Pia.


–Estamos prontas para ir ? –Perguntei ansiosamente e ela sorriu.


–Sim, querida.


Me acompanhar até a igreja era um dos deveres de Pia. E eu não estava ligando para isso. E sim para o que viria depois. Entrei em uma bela limusine e saímos. Kalshe, Nina, Roxi, Emma e Mabi, minhas madrinhas entrariam antes de  mim. Eu estava nervosa e isso me fazia parecer uma noiva normal Papai ficou ao meu lado mais uma vez. E eles abriram as portas da igreja. Joshe estava com um olhar duro no altar e eu não tirei sua razão, apenas fingi que não estava vendo.


Mabi, por ser a mais nova, foi a primeira a entrar na igreja. Com um pequeno buquê, tão rosa quanto sua roupa ela entrou lentamente. Seguida por Nina, ela sorria da maneira cativante que só ela sabia sorrir. Kalshe foi logo atrás dela, postura elegante e beleza digna de uma Melling–Malfoy. Roxi atrás dela como uma verdadeira marota sorria e andava de forma mais solta, mas não menos elegante. E Emma estava em minha frente. Não estava sorridente, nem estava olhando para os lados como as outras.


Quando eu e papai andamos senti que meu coração poderia sair pela boca a qualquer momento, mas sorri. Eu estava me casando com Joshe. Me casando! A cada passo eu sentia mais. Um passo mais perto.  Papai olhou para Joshe e beijou meu rosto antes de me entregar a ele. Nos viramos para o Padre e eu contei os minutos para que ele chegasse no sim e eu pudesse parar de sentir minha cabeça doer. Me virei um pouco quando Joshe começou a dizer sim e olhei para trás.


Dominic estava com Amanda em uma das primeiras fileiras. Sara estava logo atrás. Minha família e amigos ocupavam um lado da igreja e os de Joshe o outro. Eu me virei e ouvi o padre perguntar a Joshe se ele me aceitava como sua esposa, ele me olhou por alguns segundos, depois sorriu para a “plateia” tentando disfarçar a demora e disse um quase murcho, sim.


–Rose Weasley, você aceita Josh Crawford como seu legitimo esposo, para amá–lo e respeitá–lo até que a morte os separe ? –Quando eu ia abrir minha boca ouvi a voz dele...


–Ela não pode casar–se com ele, pois é minha mulher! –Todos os convidados olharam para a porta da igreja e... Todos viram Scorpius Malfoy. Com um belo traje de festa, uma roupa tão bonita quanto ele. Astória, que estava em uma das primeiras fileiras ao ouvir a voz do filho e ver sua imagem desmaiou e começou o burburinho, soltei minha mão da de Joshe desci as escadas que separavam o altar dos bancos enfileirados da igreja. Vi Dominic piscar para mim. Olhei para fora, olhei para todos os lados quando ouvi a mesma voz outra vez, em outro corpo.


–Ela não é sua mulher, é minha! –O segundo Scorpius apareceu quando Astoria finalmente estava recobrando a consciência e assim que viu dois Scorpius ela voltou a desmaiar. Eu dei uma volta enquanto sentia minhas mãos suadas. Não pensei duas vezes, corri até deixar as portas da igreja e quando vi que todos ainda me olhavam eu comecei a correr mesmo, andando por alguns lugares e becos eu cheguei a um deles, sem fim. Um beco sem fim.


Eu fiquei olhando para aquela parede, sem vida ou cor, por algum tempo até sentir a presença dela. Eu me virei e a olhei estranhamente, vi seu sorriso debochado e a maneira como ela se aproximou, suas mãos procuraram a varinha em sua bolsa e foi o meu sorriso que cresceu quando vi Amanda Carry perder a compostura.


Fiquei feliz também a ver que os outros se aproximavam no momento em que ela pensou que sairia dali rápido e eu não conseguiria alcançá–la, ela voltou a olhar para mim, agora seus olhos eram raiva pura e meu sorriso se tornou mais prazeroso e meu olhar altivo, ergui meu queixo e pisquei para ela.


–Está procurando isso, amorzinho... –Dominic disse mostrando a varinha que ele havia roubado dela alguns momentos antes de saírem de casa.


–O que é isso...O que vocês todos estão fazendo ? –Ela perguntou quando viu Roxi, Kalshe, Nina, Mabi, Emma, Alvo, Haniel, Dec e Nando se juntarem a mim e a Dominic em sua volta.


–Isso se chama...Como é mesmo o nome, Emma ? –Nina perguntou apontando a varinha para Amanda.


–Isso se chama, Carry, IPV. Ou como preferimos chamar lá na Toca...


–Intervenção para vadias! –Dissemos juntas.


–Eu ainda não entendi...O quê...


–Deixa de ser sonsa Carry –falei aumentando magicamente o diário. – Ou você acha mesmo que eu deixaria que você me matasse, sua vadia ? –Eu perguntei e ela bateu palmas.


–Finalmente Rose Weasley, fiquei pensando que era tão burra quanto eu achei que fosse.


–Se enganou querida, eu soube que tipo de pessoa era você no momento em que pus meus olhos na loira mais oxigenada do mundo. Afinal você não poderia esconder o que é por muito tempo, Mandy Lock Charles...Ou deveria dizer, Mandy Orca!


***


 


– Até que você aprende algumas coisas comigo...


–Com você ? –Perguntei e a árvore riu um pouco.


–É, comigo. Conte–me mais Rose, acho que você já está chegando na parte interessante da história...


–E qual seria a parte interessante ?


–Quando você finalmente conhece a árvore que vos fala!


–Você é a árvore mais...Estranha que eu conheço.


–Não, mon cheri, eu sou única!


Fim do capitulo 30






N/a: Oi, como estão ? Desculpem o tempo que demorei para postar, ainda espero terminar a fanfic esse mês, apesar de estar um pouco preguiçosa... E com aquele medinho que os autores sentem ao terminar uma fanfic. É dificil. Bem, a fanfic está quase no fim mais 5 capítulos e ela acaba...Bem, espero que gostem do capitulo, próximo capitulo muitas explicações virão...Aguardem! Ah, uma coisa que queria compartilhar com vocês e espero mesmo compartilhar, em breve, recebi uma fanfic de amigo secreto que me deixou no chão. Uma amiga minha e leitora da fanfic que participa do mesmo amigo secreto que eu me tirou e me deu uma fanfic sobre o Natal na visão do Sebastian, eu sofri horrores com a fanfic, porque foi como ela estivesse escrevendo, eu realmente fiquei louca e espero poder postá-la depois como bônus.

Roupa da Rose no capitulo :
 

Luhna: Eu tenho uma pasta no pc, só pra isso, acredita ? Eu vou achando por ai, no facebook, no tumblr... E quando eu cismo que algum personagem tem que usar uma certa roupa, menina, eu tenho que achar o que eu imaginei...Nem sempre é fácil kkkkk Concordo. As meninas viajaram, mas tipo, não sei se eu já tinha dito, Nina é bem menininha e acho que ela ainda tem muita insegurança... Kalshe ficou arrasada porque o Alvo foi bem vaco mesmo e a Rose  pagou pelas vigarices(gostei da palavra kkkkk) dele. Tipo...Veja aonde chegou esse loucura da Rose, ela podia muito bem ter terminado com a criatura, mas resolveu esperar...E vocÊ vai ver no próximo capitulo como foi/vai ser o termino deles... Ah, Luhha, acho que o próximo capitulo resolverá algumas dúvidas sobre a relação Scorpius/Rose/Sebastian... E eu amo esse vestido *-*  Rita tem tantaaaaaaa coisa pra dizer, nem tanta assim, mas ela vai revelar umas coisas em um dos próximos capitulos. É muita loucura e que vai ter a participação da Mione, prontofalei!  Concordo... Eu não terminei de assistir, porque viajei, mas eu vi a maioria dos episodios. Poxa, Jake pisou na bola, pisou feio. Se eu fosse a Marley não perdoaria ele. Nem tem como. Acho que ela não vai fazer isso não...E o episodio do Cory me fez chorar bastante,foi muito triste. Ah sim, eles não disseram e e eu fiquei curiosa também...Porque falaram que ia ser uma morte héroica, algo assim. É uma das músicas que me fazer pirar, porque eles estavam tão certos de que tudo ia dar certo...Achei que Finn iria até NY, que ele reconquistaria Rachel (não que precisasse porque ela já estava totalmente conquistada por ele) e que tudo ficaria bem. Mas não foi :/

Sim, foi o especial de Natal de Entre nós dois queme inspirou a escrever...Fiquei animadona com o capitulo da fanfic ai pensei em escrever algo e consegui escrever a tempo. Eu amo os eps de Natal de Glee, sei lá, me envolvem completamente e Merry Christmas Darling esta entre minhas músicas prediletas de Natal... Eu sou apaixonada por Last Christmas, tipo, loucamente apaixonada pela música, tive que citar kkkkkkkkkkkkkk Em breve você verá se Scorpius voltará ou não. Obrigada por tudo flr *-* Beijoos!

Ps. Pelo amor de Merlin, escreva mais sobre Fred e Molly, necessito de mais desses dois *-*




Maah Malfoy: Hey Maah. Tudo bem flr, sem problemas. Fico feliz que tenha gostado da tilha... Ai, eu também quero um Joshe, ainda mais se vier igualzinho ao da Rose kkkkkkkk o pobre coitado sofre tanto. Mas eu quero dar um final feliz a ele. Espero que goste do capitulo, ele vai ser explicado no próximo capitulo e eu espero conseguir mesmo terminar a fanfic esse mês. Muito obrigada pelo comentário flr, até depois. Beijoos!




Trechos do próximo capitulo:

 


–Então onde está esse livro ?


–Em casa. Não lembro porque não consegui ver o conteúdo dele antes.


–Como assim não conseguiu lê–lo ? –Roxi perguntou preocupada.


–Eu vi algumas páginas em branco, não tinha título algum e apenas o deixei de lado.


–Uol. Isso sim é surpreendente, Rose Weasley descartando um livro... –Dominic disse e eu sorri.


 


***


 


–Você é um pai maravilhoso Nic, você é o melhor amigo que eu tenho. É a pessoa ideal para cuidar de Charles e eu sei que você fará nosso pequeno Chuck entender tudo que tem que entender na hora certa. Obrigada Dominic. –Disse deixando algumas lágrimas caírem.


–Não, Rose. Obrigada você. –Ele apertou minha mão assim que estacionamos. – Vamos lá, Ross –Ele deu um sorrisinho debochado. –Afinal de onde elas tiraram esse apelido ?


–Dominic! –Não consegui não rir. –Você é terrível.


–Esse é o seu melhor amigo, ROSS, aguenta, Weasley.




***



 


–Titia, a senhora está...–Ron começou e viu o olhar interrogativo de Emma. – Bonita.


–Eu não sei com quem esse garoto tá aprendendo a mentir, mas está mentindo bem. Continue assi...Ai Rose. Ai Emma. –Dei um tapa em Dominic e Emma também.


–Não menti!



***


 


Querida Rose,


Espero que tenha aberto os olhos para todas as coisas ruins que estão a sua volta. Escrevi–lhe esta carta para que você soubesse que momento em que lê-la eu estarei indo embora e você poderá ler as paginas do diário, ele veio de longe, de muito longe, especialmente para esse dia. É a última chance de fazer algo melhor nesse mundo. Agora que sabe da minha história quero lhe contar uma coisa, sempre soube que viria para o mundo para fazer o bem, o bem que fiz quando era nova quando me apaixonei e dei um amor a Fabian antes que ele se fosse. O bem que fiz a cuidar de Astória e logo depois de Scorpius e por fim de Joe e você.


Sempre fiz o que pude para trazer o bem a todos que amo, está na minha hora. Preciso me encontrar mais uma vez com Fabian, preciso ver Joe crescer de longe, meus bisnetos nascerem, minha irmã sendo feliz. Meu menino, Scorpius, voltando para tudo que ele deixou. Essa foi uma das minhas missões de vida, vê–lo feliz. E agora, que sei que isso vai acontecer,posso ir feliz. Conserte as coisas querida, só você pode fazer isso. E diga a Scorpius que o amor, a Joe também.


 


Ps. Ah, diga a Molly que as horas que passei com ela, na última semana, foram ótimas para lembrar de Fabian e de nossa amizade antiga.


Elice Mirax Prewett Valetim




Beijoos, Lana!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (3)

  • Carolzinha Gregol

    Me desculpe por ter sumido!!! Não tem um dia que não penso nessa fanfic. Todas as minhas que leem ainda eu indico essa fanfic <3 <3 <3 vou sentir saudades dela quando acabar, mas tive que sumir, perdi pelo menos dois capitulos, e eu anta fui ler o trechos do proximo capitulo, fiquei mais confusa ainda, então vou chutar, mas sei que vou errar, será que a arvore não é a Elice Mirax Prewett Valetim?DHUISDISUDHSUIDAIUISD ou será que sou louca? ta parei, juro que parei. kkkkkkk vou ler os capitulos e ficar bem quieta ta? hahhaha prometo! mas quanto mais leio, mais confusa fico, de verdade? vou ler a fanfic inteira pra ver se entendo algo, mas continuo lendo, porque você escreve muito bem, e seu mistério, eu sei que é normal essa confusão, mas ainda quero saber quem é a árvore né? hahaha continua :)

    2014-01-12
  • Luhna

    Que coisa, esqueci de por as LINDAS letrinhas azul-Cruzeiro-campeão-brasileiro-2013.

    2014-01-11
  • Luhna

    I'M BACK, LANA!!!!!!!!!!!!!! Demorei, mas cheguei. Essa semana foi tanta confusão. Mas agora as coisas estão se acertando aqui. :)Ok, vamos por partes. Eu fiquei meio confusa com esse capítulo. E olha que eu li devagar. Foi uma "leitura picada", digamos assim. Em um dia, li um pedaço. Depois o outro. Depois o último, com Get It Right (DIVOU, amiga. *______* Valeu a espera, ficou muito perfeita a música nesse pedaço). Vejamos se eu entendi: primeiro a Rose e o Sebastian (PELOAMORDEDEUS, CADÊ O SCORPIUS GATÍSSIMO? Falando sério, eu sei que ele é uma espécie de Scorpius... só que não. EXIJO O SCORP IMEDIATAMENTE!) se pegando no restaurante em que a Rose estava com o Joshe. Aliás, Rose sem escrúpulos. Ela deve tá com algum problema mental, não tem outra explicação. Ah não, tem sim: falta de vergonha na cara. Pobre Joshe. A testa dele tá que é só galhada.Ok, VOLTANDO: depois Rose e Sebastian no carro. Acidente esquisito. Seria obra de Molly ou de Amanda? Rose no hospital. Rose visita Sebastian. Rose apanha de Amorella. Rose tem um sonho (?) maluco com o Scorpius. Rose CASANDO COM JOSHE? SCORPIUS DE VOLTA????????????? INTERROMPENDO O CASAMENTO???????????????????????????? AMANDA DESMASCARADA? E TODO MUNDO JÁ SABIA QUE O SCORPIUS IA APARECER, MENOS A ROSE??????????????????? LANAAAAAAAAAAAAAAA, CADÊ O PRÓXIMO CAPÍTULO? É NO PRÓXIMO CAPÍTULO QUE VOCÊ VAI FALAR QUEM É A ÁRVORE? *ansiosa*E a Rose vai levar essa história de casamento até o fim mesmo? Porque fala sério. O_o Eu até aceitaria ficar com o Joshe, se fosse para ele não sofrer... enfim. E o livro de Mirax vai aparecer! U-HUL! TEREMOS BAFOS NO PRÓXIMO CAPÍTULO! Pena que isso signifique que a fic vai acabar. :/P.S.: ah, que lindo! Fico feliz de saber que Entre nós dois te inspirou a escrever o bônus de Natal, com o nosso DIVO Scorpius! *_*E também fico supercontente porque você gostou dos especiais sobre Molly e Fred. Foi uma ideia maluca minha, mas eu gostei. E me desculpe, Lana, mas não vai rolar uma long deles. Por enquanto. Eu comecei escrever uma fic UA, e gosto demais dela... quero terminar antes de começar outro projeto, mas está me dando bastante trabalho; é diferente de tudo que já escrevi. E ainda tô fazendo estágio. Vai ser o caos quando as aulas voltarem; tô até vendo. Beijos e até o próximo capítulo! *_* 

    2014-01-11
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.