Conhecidos da Máfia



05 - Conhecidos da Máfia

Quando saíram da mansão Black, Harry levou um susto: Haviam 20 homens vestidos com ternos pretos, óculos escuros e 10 carros negros com insul-film super escuro em todas as janelas estacionados pela rua. Clara já estava lá e cumprimentou todos ao passo em que ajudava com as malas. Naoko terminava de passar algumas instruções à alguns dos homens de preto em japonês (pelo menos Harry achou que fosse) e em seguida veio falar com o pessoal:



- Que tal a nossa escolta? Foi papai quem deu a idéia. – Naoko parecia satisfeita consigo

- Legal. – arriscou dizer Rony

- Pois é. – Concordaram Harry, Mione e Gina

- Er...bem...é legal, mas não tá lá aquelas coisas de discreto. Tenho certeza de que não vamos Ter problemas com os comensais, mas não diria o mesmo da polícia trouxa. – concluiu Vic

- Como assim?

- Já tô até vendo a gente na estrada, indo para a tal cidade, aí ouvimos o som de uma sirene, é a polícia. E eles mandam a gente parar no acostamento... fala sério Naoko, parece que estamos levando um Al Capone da vida para algum lugar! Quer coisa mais mafiosa que isso?!

- Minha filha, alôôu?! Tem alguma coisa na sua cabecinha oca? O que você acha que eu sou? Um gnomo de natal? Não sei se você se lembra mas eu sou a sucessora da Yakuza que há na Inglaterra!!



Rony e Gina olham para Harry e Mione, meio que perguntando o que seria “Yakuza”. Mione e Harry, tinham suas dúvidas se Naoko era realmente da máfia japonesa. Mione, meio que se esticou e cutucou de leve Naoko nas costas; Naoko assustou-se, e virou-se, sacando as duas katanas que carrega consigo nas costas deixando a ponta das espadas a milímetros do pescoço de Hermione, mas quando viu que era a garota, guardou as katanas nas costas:



- Ah! é você! Não me assusta mais assim!!

- Tá bom. – disse Mione pálida – mas vem cá Naoko, você é mesmo da máfia japonesa?

- Claro que sou. – respondeu como se fosse a coisa mais natural do mundo – por que? Você por acaso nunca conheceu alguém da máfia?

- Não... só você...

- Mesmo? Que estranho. – disse Naoko, ainda como se fosse a coisa mais natural do mundo

- E aí Mione? – perguntou Harry, quando a amiga já se afastara de Naoko – ela é mesmo da Yakuza?

- É... e pelo jeito, é melhor a gente morrer amigo dela. – disse Mione, ainda pálida pelo susto que levara com Naoko

- Gente! – berrou Vic – já vamos indo. Todos para os carros!



Harry e seus amigos foram todos juntos em um só carro. A estrada para a cidade era bem arborizada e bem tranqüila também. Não demorou muito e chegaram à cidade. Ela parecia mais aquelas cidades cenográficas de filme medieval, com casas em madeira e tudo mais. Havia lá perto uma colina e no alto dessa colina estava uma vistosa casa branca, cercada por um muro igualmente branco. Os portões eram trabalhados de tal forma que pareciam Ter sido feitos à mão.

A fileira de carros passou pelos portões. Harry e seus amigos foram o primeiros a descer, seguidos por Victória e as outras. Victória tomou a frente do grupo e abriu as portas da casa. O salão principal era enorme. Havia uma grande escada central que depois se dividia em outras duas escadas menores, nas laterais da escada haviam corredores e do lado direito havia uma porta. Sobre a porta de entrada, havia ainda, um balcão, com o acesso pelos corredores do andar de cima. Subindo toda a escada central podia-se encontrar um quadro, e nesse quadro havia a pintura de dois jovens, uma garotinha e um rapaz, que Harry reconheceu como sendo seu pai:



- Bem vindos à Mansão Potter!! – falou Victória animada, largando as malas que carregava no chão

- Nossa! Que lugar enorme! – exclamou um deslumbrado Rony

- Bom, os quartos ficam lá em cima. É só subir a escadas e seguir ou para a direita ou para esquerda. Os quartos das garotas ficam na ala leste e dos garotos na ala oeste. A cozinha é nesse andar, seguindo o corredor à esquerda da escada, enquanto que o caminho para o jardim fica no corredor à direita da escada. Aquela porta ali dá no porão. – e Vic apontou a porta à direita da escada. – Divirtam-se!

- Não vai nos ajudar com as coisas? – indagou Harry

- Bem que eu queria, mas não vai dar. Tenho que dar uma passadinha no Ministério da Magia, mas vou estar de volta até o horário da janta, se quiserem posso lhes mostrar toda a casa depois. – disse Vic perto da porta

- Então vá minha querida. Está ficando tarde. – disse a Sra. Weasley

- Bom, até daqui a pouco. – e deu um beijinho na bochecha de cada um e depois partiu.

- Bom, vamos logo arrumar tudo. Meninas, venham comigo. – e Clara foi em direção à escada, seguida por Mione e Gina

- Harry, Rony, vamos indo. – e a Sra. Weasley foi indo para a ala oeste



Depois de acomodarem suas coisas nos quartos, Harry e Rony desceram as escadas e foram em direção ao jardim. A tarde estava iluminada por um sol fraco e ventava um pouco também. Do jardim era possível ver Naoko, dentro da Mansão, limpando as janelas. Não demorou muito para que Mione e Gina se unissem aos garotos:



- Já terminaram de arrumar seus quartos? – indagou Mione

- Já. – respondeu Harry

- Quem diria, hein Harry?! Você morando com seus tios todo esse tempo, mas com esse casarão aqui...sozinho, esperando você.

- É...- concordou Harry

- Estive dando uma olhada pela janela antes de descer. A vila mais próxima daqui é Hogsmead. Estamos realmente perto de Hogwarts. – disse Gina

- Eu vi. Parece que esse ano não vamos passar perto do expresso de Hogwarts. – disse Rony

- Pelo menos vamos poder ir juntos. – disse Harry

- Tem mais uma coisa que esquecemos de lhe contar, Harry. – começou Mione

- É. Não somos mais monitores. Mandamos uma coruja para profª. McGonnagal avisando. – concluiu Rony

- Mesmo? Por que?

- Eu não tinha a mínima paciência em ficar tomando conta dos pirralhos do primeiro ano...

- E eu estava ficando sem tempo para estudar e fazer os cachecóis, gorrinhos e meias para os elfos do castelo. Acho que assim é melhor. Pelo menos vamos Ter mais tempo para impedir você de fazer loucuras Harry. – disse Mione

- Só vou “fazer loucuras” se houver alguém como a Umbridge me perseguindo esse ano denovo! – disse Harry rindo

- Será que esse ano Snape finalmente vai conseguir o que tanto quer, digo, ser professor de defesa contra arte das trevas? – indagou Rony, sombrio

- Duvido! Com certeza Dumbledore já deve Ter providenciado alguém para substituir Umbridge. – disse Gina

- Olá garotos.

- Anndrew?? O que faz aqui?? – todos estavam surpresos

- Digamos que Dumbledore não achou muito seguro deixar uma casa grande como essa com sete garotas e dois garotos, sendo quatro deles menores de idade, sozinhos para se livrarem dos ataques de comensais.

- E Victória sabe que você irá ficar aqui?

- Não sei...creio que sim. Mas afinal de contas, o que fazem aqui fora, tão folgados? Não têm deveres de férias?

- Ter até tem....o problema é a disposição pra fazer todos aqueles exercícios. – disse Rony, desanimado

- Se quiserem posso ajuda-los. Só vou Ter realmente o que fazer caso comensais ataquem.

- É uma boa idéia. - Concordou Hermione – por que não começamos agora, gente, aproveitando a boa vontade do Anndrew?

- É né, fazer o que? – disse Rony se levantando preguiçosamente da grama

- Estarei esperando vocês na biblioteca. Sabem onde ela fica, não é?

- Eu sei. Eu vi ela quando estava indo para a cozinha beber água. – disse Gina – qualquer coisa eu guio vocês. – disse se virando para Mione, Rony e Harry

- Então, até daqui a pouco. – e Anndrew foi em direção à casa.

- Ei, gente, será que não vai dar algum tipo de encrenca caso a Vic saiba que o Anndrew está aqui? – sussurrou Rony para os amigos

- Depois do que o Harry contou, eu não duvidaria nadinha. – disse Gina, que à essa altura já estava a par dos acontecimentos

- Só temos que torcer para que nada de ruim aconteça...- completou Mione, já indo em direção à casa também



Harry e seus amigos ficaram quase o resto da tarde fazendo seus deveres com a ajuda de Anndrew (que por sinal acabou dando uma senhora ajuda para todos eles). Lá pelas cinco e pouco da tarde, a Sra. Weasley passou por lá para levar alguns lanchinhos, já que, segundo ela, o jantar ainda iria demorar um pouco para ficar pronto. Naquela biblioteca era impossível de deixar de notar a imensidão de livros que haviam lá...talvez aquela biblioteca fosse maior que a de Hogwarts (e não é exagero!)...livros de todas as épocas, de todos os tempos...e em idiomas diversos. Quando Victória chegou, Harry e os outros já haviam terminado seus deveres, mas ainda estavam na biblioteca, já que alguns livros lhe chamaram a atenção. Anndrew já havia deixado a biblioteca para ajudar a Sra. Weasley com o jantar e instantes depois de sua saída, Victória entrou lá:



- hmm...bem entretidos com esses livros, não? – disse cordialmente

- Aqui tem livros que eu nunca ouvi falar. – disse Mione, empolgada

- Minha querida Hermione, você ainda não viu nada.

- Vic...como eram os meus avós? – perguntou Harry, depois de tomar fôlego

- Bem, sua avó, Harry, era uma pessoa muito boa. Ela adorava trabalhos manuais, cozinhava muito bem...vazia cada doce maravilhoso quando eu vinha para cá que eu vou te contar.... – e sorriu por um breve instante, parecendo feliz com as lembranças que vieram à tona – o seu avô era um homem muito bom. Nas férias, passava tardes como a de hoje contando histórias, e quando não estava contando histórias estava aqui nesta biblioteca, lendo livros e estudando magias diversas...

- Nossa. – disseram todos juntos

- Ele também gostava de passar os dias de inverno na frente de uma lareira, aquela que está na sala de estar. Ele se sentava na sua poltrona favorita e ficava fumando seu cachimbo. Só que mesmo nas férias, eram raros os dias em que ele ficava em casa. Tinha muito trabalho no ministério...ele era o maior encarregado da seção de mistérios...às vezes passava semanas encanado com alguma coisa que tinha que resolver, por isso tem muito livros aqui...ele usava em suas pesquisas.

- E...e quando foi que eles morreram?

- Há 16 anos atrás...- respondeu Vic com um certo pesar na voz, mas logo depois pareceu se recompor – bom, como eu sei que a janta ainda vai demorar um pouquinho, o que acham de eu lhes mostrar a casa?

- Vic, eu passo. Vou ficar aqui, lendo mais um pouco. – disse Mione

- Eu também. – disse Gina

- Eu tô a fim de ir. – disse Rony, levantando-se da cadeira

- Você vem, Harry?

- Vou. – e se levantou também.



Os três saíram da biblioteca. Victória foi em direção à escadaria, mas quando chegou, começou a dar batidinhas nos pequenos suportes do corrimão, procurando ouvir algo. Eis que no 13° suporte ela parou. Então, com um aceno de varinha, sussurrou uma palavra que Harry não conseguiu ouvir direito. Surgiu, na escada, uma porta que levava à algum lugar no subterrâneo:



- É isso aí. Aqui começamos nossa excursão, crianças. – e abriu a tal porta, dando passagem à Harry e Rony

- Nossa! Uma passagem secreta! – exclamou um animado Rony

- É, mas não tão secreta assim agora. – disse Harry

- Esse será um segredo nosso se ninguém contar nada para os outros, até que eles vejam com seus próprios olhos.



Victória havia criado umas bolinhas de fogo azul que iam os seguindo através do caminho para iluminar o escuro e estreito corredor de pedra. O mais interessante dessas mini-tochas flutuantes era que elas não queimavam nada. Haviam galerias e mais galerias e Harry perguntou-se se Victória não estaria perdida. Então, começaram e enxergar uma luz muito forte vinda do fim do corredor e instantes depois estavam em algum lugar muito grande, iluminado por várias tochas de fogo enormes...a sala em si deveria Ter uns 5 à 6 metros de altura e mais 9 metros de largura. Havia também uma porta dupla de ferro com entalhes que formavam desenhos místicos. A mesma era ladeada por grandes leões de bronze que pareciam querer afugentar intrusos com sua expressão feroz. Victória acendeu mais algumas de suas mini-tochas de fogo azul e estas subiram em direção ao teto, procurando iluminar mais o lugar:



- Que lugar é esse? – indagou Rony, impressionado

- Atrás dessas portas estão os maiores segredos da família Potter... é uma sala secreta que somente os herdeiros de sangue podem abrir... é só por a mão na porta Harry. – e Vic deu lugar à Harry

- Como assim, maiores segredos? - indagou Harry

- Não sei explicar ao certo... nunca tive acesso à sala. Se quiser saber, terá que entrar lá. Pode ir, estaremos logo atrás de você. – disse Victória se afastando



Harry empurrou a porta lentamente... e pôde ver então o interior da sala. Porém houve um grande clarão e Harry sentiu que não estava mais na mansão Potter... ele via flashes... cenas de uma vida que não era sua. Se assemelhava à experiência de entrar em uma penseira. Num determinado momento, começou a ver cenas da vida de seu pai... em algumas cenas ele aparecia acompanhado dos avós de Harry, em outras, acompanhado por seus amigos e então, apareceu acompanhado por uma menininha, que Harry identificou como sendo a mesma que aparecia no quadro da escada. Ele parecia feliz como Harry só vira nas fotos em que ele estava acompanhado por Lílian... uma felicidade pura e inocente. De súbito, outro clarão quase cegou Harry, e este desmaiou.

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