De volta a Mansão Black



04 - De Volta a Mansão Black

- Anndrew Black? – perguntou um Harry indignado

- Isso mesmo. – confirmou Tonks – Irmão mais velho do Sirius.

- Acho que agora podemos começar a discutir coisas mais produtivas. – disse Clara – podemos deixar esse assunto para outra hora.

- Concordo plenamente com Clara. Não foi pra isso que viemos aqui. Alguém aqui já pensou em como tirar Harry da casa dos tios? – perguntou Minna

- Acho que podíamos usar o mesmo esquema do ano passado. – disse Tonks

- Acho que eles não vão cair nessa denovo. – discordou Remo

- Concordo com Remo, a não ser que eles sejam realmente trouxas! – disse Ohana

- Ohana, isso não é hora para suas piadinhas chatas. – cortou Anne

- Talvez... – começou Drew – devêssemos voltar para a sede e deixar Victória aqui, ao menor sinal de que os Dursley saíram de casa, ela nos avisa com Dark e aí buscamos os dois.

- Me parece razoável. – disse Anne – desde que Vic concorde.

- E que outra opção eu tenho? – e sorriu

- E quem disse que não tem? A única coisa é que teríamos que bolar outro plano. – disse Ellen

- Mas eu aceito sim. Prometi que ajudaria e eu sempre cumpro minhas promessas. – e sorriu novamente, mas agora de um modo desafiador

- Creio, então, que está tudo resolvido. – disse Moody se levantando – sinto por não poder ficar mais, mas o ministério está tão bagunçado com toda essa história de Comensais que precisaram até me chamar para ajudar.

- É....também vou indo, temos muito trabalho a fazer. – disse Tonks o acompanhando

- Então também vamos aproveitar para ir junto – disseram Minna, Naoko e Ohana, quase que ao mesmo tempo – chegamos ontem em Londres, temos muito o que fazer. – finalizou Minna

- Eu acompanho vocês até a porta – Disse Vic se levantando e indo até a porta

- [depois de seguir Victória com o olhar, diz] Onde esteve durante todo esse tempo? – perguntou Remo à Anndrew

- Na França ajudando a fundação Hellsing. É incrível como um lugar tão maravilhoso está infestado por vampiros. – respondeu inconformado

- Então, tudo aquilo que saiu no Profeta Diário era verdade?

- Receio dizer que sim, Clarinha. Nunca esperamos que Tremeris pudessem ser capazes de uma chacina como a que teve em Hogsmead. Vim justamente para investigar isso.

- Pois eu duvido que eles tenham sido os culpados. – disse Vic voltando

- O que quer dizer com isso? – todos juntos

- Magia Arcana é algo que não é mais tão repreendido como antigamente. Só por que a consideravam perigosa a proibiram. Se souber onde procurar, qualquer um pode aprender, não é mais exclusividade de Vannórien ou dos Tremeri. E se isso foi obra de Voldemort?

- Sempre tão justa, Vic, assim como em Hogwarts. – disse Anne

- Há certas coisas que nunca mudam. – disse Clara

- Como era Hogwarts na época de vocês?

- Era divertido. – respondeu Vic

- Victória era uma peste, conseguiu uma detenção logo no segundo dia de aula.- Disse Anne

- Detenções à parte, continuava sendo divertido. – corrigiu-se Vic

- Segundo dia de aula?

- Exato, Harry, e do primeiro ano. – confirmou Clara

- Muitos dos casais que conheciam seus pai, Harry, pensaram em se casar depois que saíssem de Hogwarts. – disse Anne melancolicamente, e lançando um olhar discreto à Vic e Anndrew

- Falando em Tiago, eu não era a única peste em Hogwarts e pelo menos assumia a responsabilidade de meus atos, não tentava esconder de ninguém.

- Será que não era por causa de um certo monitor da Grifinória? – perguntou Clara

- Nem em sonho. – respondeu Vic secamente – nem sei de que monitor estão se referindo. Único do qual me lembro era Remo.

- [olha para Anne como quem diz “ainda com aquela história”] – Vic, não se lembra mesmo?

- Não. – mais seca do que fora antes, mas então abriu um sorriso no rosto aparentemente do nada – Já sei!!

- O que?

- Quem atacou Hogsmead! Não foram os Tremeri e nem Voldemort, foram os Malkavian! Vai ver eles seqüestraram o líder dos Tremeri e os obrigaram a chacinar todas aquelas pessoas em Hogsmead em troca de seu líder! Assim, a Fundação Hellsing não iria suspeitar deles, mas sim dos Tremeri!! – terminou vitoriosa

- Uma bela teoria, pena que a realidade nem sempre é tão “doce” assim... – disse Anne



A conversa foi até altas horas. Harry teve que ir embora e ainda assim, Clara, Anne, Remo e Anndrew permaneceram lá, relembrando os velhos tempos, discutindo magia e os mais diversos assuntos. Já era muito tarde quando Clara e os outros resolveram, por fim, ir embora. Victória (como uma boa anfitriã deve ser) os convidou para passar aquela noite em sua casa.



Eram 4:30 da madrugada e Victória se levantou, algo a deixava inquieta e por isso foi até a cozinha. Talvez um copo d’água ou leite a acalmasse. Anne e Clara dividiam o quarto de hóspedes e os rapazes ficaram com a sala.

Victória, em um impulso se aproximou de ambos. Anndrew dormia como um anjo, um rosto calmo em meio ao início do fim. “Exatamente como me lembrava”, pensou. A noite estava um tanto quente, Anndrew molhou os lábios e virou-se. Victória estava cara a cara com ele. Aqueles lábios que ela tanto beijara, aquele homem que ela tanto amara. “Talvez, quem sabe...?” e aproximou seu rosto do rosto de Anndrew....e o beijou, mas, aquele, fora o beijo do adeus.

Anndrew acordou. Havia sonhada com Victória, sonhara que ela o beijara...algo que desde muito tempo está longe de acontecer.

A noite estava um tanto quente e Anndrew não conseguia dormir. Se levantou, subiu as escadas e foi ao banheiro lavar o rosto. Sentiu um ventinho refrescante bater no rosto molhado vindo do fim do corredor. Uma porta estava entreaberta.

Anndrew foi andando lentamente até a porta, era o quarto de Victória. As janelas estavam abertas. A noite pudera até Ter estado mais quente, mas agora, nem tanto. Todo aquele vento deixava o quarto frio, Victória estava descoberta. “Sempre foi assim” e se lembrou de uma época passada, dos tempos em que ela o amava. Naquela época ela era praticamente um menina. Seis anos de diferença era bastante coisa, mas nenhum deles se importara com isso. “Será que...?” e a beijou.

Victória acordou na manhã seguinte com uma sensação boa. A sensação de que seu ex-amado a beijara, mas com certeza isso tudo não passara de um sonho. “Até parece”, pensou. Até parece que na mesma noite em que ela se despedira de Anndrew, ele entraria em seu quarto e a beijaria...algo sem dúvida, improvável.



Harry acordou com a luz da manhã em seu rosto. Não tinha mais dúvida alguma sobre Vic, tinha certeza de que aqueles que havia visto em sua casa eram realmente Lupin, Tonks e Moody. Mas um problema ainda permanecia: como sair da casa dos tios?

Um pouco depois do almoço, parecia mesmo que os tios ficaram em casa o dia inteiro, não haveria chance alguma de sair. Mas foi aí que Harry começou a ouvir uma discussão...naquele dia, Duda ficara em casa. Por causa da luta livre, estava liberado do regime e no momento brigava com seus pais por causa da barra de chocolate que havia acabado. Harry pôde ouvir alguém se dirigindo para seu quarto:



- Ei moleque! – era tio Válter

- Eu? – respondeu displicente

- Vamos ao supermercado, mas não vamos demorar muito.

- Ok.

- Vou trancar as portas.

- Pode trancar.



Tio Válter saiu. Harry pensou em ir avisar Victória, mas tinha de esperar que os tios saíssem da rua. Assim que eles dobraram a esquina, Harry acordou Edwiges e escreveu um rápido bilhete para Victória, mas antes que pudesse mandar, ouviu um ruído vindo da cozinha. A porta de seu quarto também estava trancada, qualquer coisa, soltaria Edwiges para que ela levasse o bilhete a Victória, se tivesse que enfrentar alguns comensais até sua chegada, o faria.



Alguém vinha subindo as escadas, passos leves, mas ainda audíveis. Viu a sombra de alguém do outro lado da porta e ouviu um “Alohomora” , quando a porta se abriu, Harry apontou a varinha na direção de quem quer que fosse:



- Ôh! Calma aí! Sou eu! – e viu Vic

- Por um acaso acha divertido me assustar assim? – perguntou Harry, desmontando

- Não, mas começo a achar interessante. – e riu

- Muito engraçado, mas como sabia que...?

- Tô vigiando a casa desde que amanheceu. Arrume suas coisas, não vamos Ter muito tempo.

- Tá – e começou a jogar as coisas dentro de seu malão – mas como vamos?

- Já providenciei nosso meio de transporte, por isso, não se preocupe.

- Já que você diz. – e enquanto arrumava as coisas dentro do malão, cortou o dedo no espelho que havia ganhado de Sirius (denovo!!) – ai...

- Devia tomar mais cuidado. – pega a mão de Harry e o corte simplesmente some – Ei, esse espelho era o de Sirius?

- Sim.

- Puxa vida...lembro-me de que era ele e seu pai que o usavam, uma pena estar quebrado...a não ser que... – e pegou o espelho e todos os seus cacos, junto todos e tirou uma varinha do bolso – reparo! – e o espelho ficou novo em folha

- Como se ele adiantasse para alguma coisa agora... – disse amargamente

- E quem disse que não? Observe: Naoko! Você tá aí? – e a imagem da garota oriental que Harry conhecera no noite anterior apareceu no espelho

- - respondeu

- Pode vir pra cá. Harry terminou de arrumar as coisas.

- - e a imagem sumiu

- Achou o outro espelho? – Perguntou Harry, surpreso

- Não. Mas eles funcionam desse jeito. Nem sempre é preciso o par do espelho. Simbora?

- Vamos.



Vic usou um feitiço e o malão começou a flutuar à trinta centímetros do chão. Saíram pela porta da frente e havia um carro preto com insul-film bem escuro. Parecia um carro de mafioso. Vic colocou o malão de Harry no porta-malas, quem ia dirigindo era Naoko:



- E aí Harry? Tudo bom? – o cumprimentou

- Tudo. – respondeu

- Tranquei a porta e deixei um bilhete para seus tios. Agora vamos antes que cheguem. – e fechou a porta do carro



E lá foram eles em direção à Rua Grinmaud Place. A aparência da rua não havia melhorado nada, até parecia um pouco pior. Fora na Mansão Black em que Harry passara um dos melhores natais de sua vida, ao lado de todos os seus amigos...:



- Chegamos. – disse Naoko

- Harry, seja bem vindo, denovo! – disse Vic enquanto saía do carro e pegava o malão de Harry.

- Bem, vou Ter que ir indo, apesar do convite de Moly para ficar...é uma pena... – avisou Naoko sem sair do carro

- Muito o que fazer? – perguntou Vic

- É...negócios de família...mas a gente se vê depois. Até! – e partiu

- Sabe se Hermione e Rony já estão aqui? – perguntou Harry

- Não faço idéia. Rony creio que já, pois os Weasleys praticamente se mudaram para cá, agora sua amiga....

- Hermione.

- Isso, sua amiga Hermione eu já não sei. Pode ser que sim. Mas só há uma maneira de descobrir – e procurou algo no bolso de seu moletom – aqui. Com Dumbledore sendo o fiel do segredo, só assim mesmo pra saber onde fica a mansão Black.



Entre o número 11 e o 13 surgiu uma casa. Sua aparência também não mudara nesse tempo, mas passara a possuir um leve ar nobre. Victória mandou que Harry fosse na sua frente, e lhe disse para tomar cuidado, pois ainda não haviam conseguido remover o quadro da Sra. Black da parede. O interior da casa estava um pouquinho mais arrumado do que antes, mas ainda assim havia muito o que fazer. Victória subiu o malão de Harry para o quarto em que ele ficara no ano anterior junto com Rony e em seguida desceu para a cozinha:



- Olá Harry. – cumprimentou Rony, enquanto abraçava o amigo

- Oi. – disse Hermione, que, em seguida o abraçou também

- Oi... – Harry parecia um pouco sem assunto, mas logo encontrou no que falar – o que tem acontecido por aqui, ultimamente?

- Muitas coisas – começou Rony, empolgado – pra começar, Dumbledore conseguiu com a ajuda de todos recrutar mais pessoas para a ordem.

- Isso mesmo – continuou Mione – mais sete pessoas.

- Sete garotas? – perguntou Harry, como se já soubesse quem eram as pessoas

- Isso mesmo, mas como sabe? – perguntou Rony

- Porque uma delas é minha mais recente vizinha e ontem conheci as outras seis e revi Tonks, Moody e Remo.

- Ahn...então é por isso que ontem eles saíram tão cedo daqui... – concluiu Rony

- Não sabíamos que eles iam na sua casa, Harry. – disse Mione

- É. Desde que Fred e Jorge foram embora, não conseguimos descobrir muitas coisas, pelo menos não mais que o óbvio. – disse Rony, murchando

- Provavelmente deve saber de Anndrew também. – deduziu Mione

- Sim, também foi ontem na casa de Victória.

- Mal posso acreditar que Sirius tivesse um irmão, pôxa, ele nem ao menos nos contou... – protestou Rony

- Creio que ele não imaginasse que o irmão estivesse vivo. – e Harry começou a lhes contar tudo o que soubera na noite anterior, Rony e Hermione o escutavam atentamente até que:

- Puxa, nunca íamos descobrir isso. Como as orelhas extensíveis fazem falta...

- Oi gente. – era Gina

- Olá Gina. – cumprimentou Harry

- Acabei de receber uma coruja de Fred e Jorge. Disseram que estão bem e que já receberam muitas encomendas de vários alunos de Hogwarts. Também mandaram isso – e tirou do bolso um par de orelhas extensíveis – disseram que seria bom Ter um par delas, caso não quiséssemos ficar sem saber nada.

- Legal! Pena que ainda falta muito tempo até que a reunião da ordem comece. – disse Rony

- Aliás, como a mãe de vocês agiu quando soube que Fred e Jorge haviam fugido de Hogwarts? – perguntou Harry

- Bom, ela ficou triste, com raiva e feliz ao mesmo tempo. Triste por que por mais que ela reclamasse, eles ainda eram seus filhos, com raiva por que eles não terminaram de cursar Hogwarts e feliz por que também lhe contamos sobre o que fizeram com Umbridge. – explicou Gina

- Sinceramente, a idéia do pântano instantâneo foi a melhor que eles já tiveram até hoje... – concordou Mione

- Ué...? onde está o Monstro?

- Desde que Anndrew chegou, ele parou um pouco de atormentar a vida da gente...sei não, mas parece que ele é o único daqui da casa que ele realmente respeita...

- Como vocês são cruéis com o Monstro! Ele era muito apegado à mãe de Sirius e continuou na casa mesmo depois que todos se foram! – protestou Mione

- Calma! Só tava falando. – defendeu-se Rony e antes que mais uma briga entre os dois pudesse começar, Victória entrou no quarto:

- Olá garotos. Seguinte, Moly pediu para que todos fossem para a cozinha, parece que há algo a ser dito que é importante. Vamos logo. – e foi levando-os para fora do quarto



Quando adentrou a cozinha, Harry viu vários rostos familiares, como o Sr. e a Sra. Weasley, Moody, Tonks, Remo, prof. Snape. Depois dos abraços calorosos da Sra. Weasley, Victória parecia muito entusiasmada para com o que estava prestes a ser dito pela Sra. Weasley:



- Bom, depois de algum tempo, Remo e Victória conseguiram recuperar algo que há muitos anos tem estado sob posse trouxa, Victória, continue. – e Moly passou a palavra

- Os trouxas haviam transformado esse lugar em patrimônio histórico, mas finalmente temos de volta a Mansão Potter! – e todos na cozinha ficaram espantados – E, já que ela é mais próxima à Hogwarts, a Ordem da Fênix foi transferida para lá! – e mais uma vez as pessoas ficaram espantadas

- Na verdade, apenas uma parte da Ordem irá para lá. – esclareceu Remo, enquanto dava uma singela olhada à Harry, Rony, Mione e Gina – e para lá também irão Victória, Moly, Tonks, Clara e Naoko.

- [entra na cozinha] – Oi pra todo mundo. Vim buscar o povo. – era Naoko

- Já vamos? – indagou Gina, para a mãe

- Sim minha querida. Arrumem suas coisas logo. – e Sra. Weasley saiu da cozinha com Mione, Rony e Gina (a mala de Harry ainda estava feita)

- Vic. – Chamou Harry

- Fala – e se aproximou do garoto

- Mansão Potter?

- Onde sei pai cresceu. Onde eu morei por um tempo. A casa é sua por direito. E é para lá que vamos.

- Parece animada com a partida.

- E estou! Lá foi o único lugar que considerei como um lar.

- Gostaria de me sentir assim.

- Ora vamos Harry, nem tudo é tão ruim quanto parece. Esse ano Voldemort vai cair, eu lhe garanto. Aí poderá morar conosco na Mansão Potter.

- Como pode estar tão confiante?

- Eu confio em seu potencial, e mesmo porque, se precisar eu seguro o Voldemort enquanto você arregaça a cara branca e feia dele. – e piscou com um olho só

- [fita Vic por alguns segundos] – é, então vamos vencer.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.