Lembranças de dez anos atrás



06 - Lembranças de Dez Anos Atrás

Harry acordou com a cabeça doendo. Ao seu lado viu Vic fitando-o atentamente:



- Oh! Finalmente o belo adormecido acordou.

- Hein? O que houve?

- Bom, acho que ainda deve se lembrar de quando fomos dar umas voltas pelas passagens secretas da casa...

- Sim... mas o que houve depois que eu entrei naquela sala?

- Deu um clarão muito forte e você sumiu. Depois, em outro clarão você voltou, mas tava desmaiado e com febre. – e Vic pôs a mão na testa de Harry, procurando sentir sua temperatura. Harry notou que Vic tinha as mãos muito geladas. – é... tá melhor agora. Acho que sua febre baixou.

- Vic, sabe quem é a menina que está com pai no quadro? – perguntou Harry sentando-se na cama

- Sei. – respondeu com um largo sorriso – sou eu.

- Você!? Então você é aquela parente do meu pai que veio da França???

- Em carne e osso!

- Por que não me contou antes?

- Porque você não me perguntou antes. – e sorriu novamente



Naquele instante, Harry teve certeza de que haviam muito mais segredos a respeito de Victória do que realmente ela aparentava. Mais tarde a Sra. Weasley chamou todos para jantar. Estava tudo tranqüilo, o jantar estava animado e conversavam sobre coisas que, na atual situação, poderiam parecer banais, mas que serviam muito bem para entreter à todos em sua primeira noite na casa. Lá pelas tantas, um som parecido com o de um alarme começou a tocar. Victória e Naoko quase caíram das cadeiras na pressa de se levantar... era um ataque de Comensais!!! Victória pegou uma espada de 1,30 m de comprimento que estava encostada ao lado da porta da cozinha, enquanto que Naoko simplesmente saiu correndo porta à fora, pois estava com suas 5 katanas (duas formando um “X” nas costas e mais três do lado esquerdo da sua cintura):



- Moly, Tonks, protejam o pessoal aqui dentro e tranquem todas as janelas! Anne, Clara, venham conosco!! – berrou Vic, enquanto seguia Naoko

- Tá certo, pode deixar! – respondeu Tonks ao passo em que começava a fechar as janelas da cozinha, com a ajuda de Gina

- Tomem cuidado! – disse a Sra. Weasley por fim.



A partir daí, uma verdadeira carnificina começou. Vic e Naoko pulavam desviando das magias enquanto golpeavam brutalmente os comensais com as espadas. Clara e Anne davam cabo daqueles que se aproximavam da porta de entrada, e, das laterais da casa usando magia Arcana. Anndrew também ajudava como podia (Vic não o viu no meio daquela encrenca toda). Em um certo momento, Harry viu pela janela que Victória foi atingida por uma raio de luz verde bem no meio do peito e voou alguns metros. Harry não se conteve e berrou, chamando por Victória. Mas, para surpresa geral, ela simplesmente se levantou como se nada tivesse acontecido, e ainda lançou um olhar mortal ao Comensal que a atingira com um Avada Kedavra. Sem nem ao menos pensar, lançou a espada em direção ao Comensal, atingindo-o bem no meio da testa. Esse foi o último Comensal a ser morto. Vic se aproximou e arrancou a espada da testa do Comensal, como se não fosse nada. Naoko, Vic, Clara e Anne saíram ilesas:



- Pronto. – disse Vic retornando a casa após a batalha, mas sem nem ao menos estar cansada

- Victória, você está bem??? – perguntou Harry, se aproximando da jovem, e notando que suas roupas estavam banhadas em sangue

- Tudo legal comigo. Esse sangue não é meu.

- Pois é. – concordou Naoko, cujas vestes também não estavam muito diferentes

- Vic! Acabou de chegar para você! – disse Mione enquanto lhe entregava uma carta

- Mesmo? – e leu – putz! Que droga, vou Ter que ir pro Ministério...! Nem vai dar pra trocar de roupa! – e tomou o caminho para a porta, novamente

- Não seja por isso. – e Anne, com um movimento de mão, limpou as vestes de Vic – bem mais apresentável agora.

- Bom, fiquem atentos, vou ver se consigo mandar uma Equipe de Limpeza pra cá pra arrumar essa zona. – e Vic, ao se despedir de todos, partiu.



(Aviso aos Leitores: Nenhum Comensal realmente importante morreu nesse trecho de história. Eles são apenas personagens criados com a finalidade de morrer e aumentar as estatísticas de mortes desnecessárias desta Fanfic. Ass: as Autoras)

Aquela semana transcorria como qualquer outra semana de férias para os garotos. Porém, a presença de Victória e Tonks quase não eram notadas na casa. Harry e seus amigos mal viam ambas e nos poucos momentos em que se encontravam, algo fazia com que elas tivessem que deixar a casa mais uma vez. O mesmo acontecia com Anndrew, já que este tinha que investigar os constantes ataques de vampiros à trouxas e bruxos. Voldemort sabia como criar problemas e segundo Clara, Voldemort ainda não tinha começado seus ataques pra valer... mas era tudo uma questão de tempo para que a pouca paz que tinham terminasse.

Aquela noite Harry lutava para pegar no sono, mas sem sucesso algum. Naquele dia tinham ido comprar a lista de materiais do Sexto ano mas o Beco Diagonal, que sempre fora cheio de pessoas por todos os lados, este ano estava vazio. Dava até a impressão de que apenas Harry, Rony, Mione e Gina estudariam em Hogwarts aquele ano letivo. A crise parecia atingir a todos sem exceção alguma. Por fim, vencido pela falta de sono e pela noite quente, Harry se levantou para beber água. Quando passou a frente da biblioteca, ouviu um ruído que certamente seria alguém escrevendo... sem pensar muito, Harry adentrou a biblioteca e viu que quem estava lá era a garota ruiva que conhecera na casa de Victória, Anne:



- Harry? O que foi? Não consegue dormir?

- Não... por isso vim tomar um pouco de água. E você?

- Eu não preciso dormir. – e Anne viu o espanto na cara de Harry, e então tirou o lenço que envolvia seu cabelo, revelando suas orelhas pontudas – eu sou uma elfa.

- Elfa? Como assim? – perguntou Harry intrigado, pois só ouvira falar nos elfos-domésticos e com certeza Anne não parecia um!

- Não temos nada a ver com elfos-domésticos. Na verdade a única coisa que temos em comum são estas orelhas pontudas. Meu povo é um povo mágico e imortal...

- Imortal? Quer dizer que vocês não morrem???

- Morremos apenas por causas não naturais. Por isso mesmo temos um crescimento mais lento que o dos humanos. Minha aparência é de 29 anos, embora eu tenha muito mais de 2 mil primaveras... – e sorriu. Harry percebeu que o olhar dela também era diferente...era um olhar profundo, sincero, transparente

- Você estudou em Hogwarts com meus pais mesmo sendo uma elfa?

- Sim. Fazia parte de um programa de intercâmbio. Nesse mesmo ano, um aluno de Hogwarts foi para minha cidade.

- Tá, mas ainda não entendi porque você não precisa dormir.

- Eu durmo. Mas não como vocês, humanos. Eu medito quatro horas por dia e é assim que eu descanso.

- Só quatro horas?

- Sim. Por exemplo, hoje eu já “dormi”. Mas não gosto de incomodar ninguém, por isso venho para cá e fico escrevendo minhas lembranças... minhas memórias.

- Anne, você sabe porque a Vic não se dá bem de jeito nenhum com Anndrew?

- Sim, eu sei. – e de repente seu olhar entristeceu

- E poderia me contar?

- Se estiver disposto a ouvir-me por algumas horas.

- Pode começar a contar então.

- Certo. Tudo começou há mais de dez anos atrás. Victória e Anndrew nunca tiveram uma relação muito boa nos tempos de escola, principalmente pelo fato de ele ser um monitor e ela a aluna mais bagunceira que Hogwarts já viu. Mas Vic foi crescendo, e pouco a pouco ela e Anndrew se tornaram grandes amigos. Mas, devido a grande diferença de idade, ambos param de se ver e se falar quando ele se formou, na época ela estava no segundo ano. Ainda se correspondiam, mas não era a mesma coisa. Às vezes se viam quando Anndrew passava em Hogwarts para ver Dumbledore e tudo ia seguindo normalmente. Mas, no quarto ano, Victória perdeu os pais e Anndrew a consolou naquele dia. Ela chorou muito, pobrezinha, mas Anndrew estava lá, enxugando suas lágrimas.

- Mas o que isso tem a ver? – interrompeu Harry, mas Anne pareceu não dar muita importância a pergunta do garoto

- Foi nesse dia também que eles compreenderam o que sentiam um pelo outro. Eles se amavam, embora apenas eles nunca tivessem enxergado isso antes. Nesse mesmo ano, Vic foi morar com a tia na França, e durante cinco anos perdeu contato com todos nós. Não demorou muito e ela se destacou como uma das melhores aurors do ministério da magia francês, embora ela pouco participasse da linha de frente, mas sempre bolava planos magníficos para o extermínio de vampiros. Anndrew, um dia, conseguiu sua tão desejada transferência para a França e mais uma vez o destino fez com eles se encontrassem. Com apenas um mês de namoro eles já haviam se tornado noivos, mas um acontecimento terrível fez com que Vic perdesse toda sua confiança em Anndrew. Entristecida e sozinha ela voltou para cá por uns tempos. Meses depois, nasceram as gêmeas Morgan e Danna, filhas de Victória e Anndrew.

- Filhas? E onde elas estão?

- Estão estudando magia em Vannórien. Victória achou mais seguro que elas ficassem por lá até que ela se estabilizasse na Inglaterra denovo.

- E como ficaram as gêmeas nessa história? Digo, elas sabem que Anndrew é seu pai, não sabem?

- Mas é claro. Embora Vic odeie, ou creia odiar Anndrew, ela sabe que é injusto envolver as filhas nas brigas deles. Anndrew sempre vai visitar as meninas em Vannórien... elas adoram ele!



Harry permaneceu acordado por mais algum tempo conversando com Anne a respeito de várias coisas relacionadas a Vannórien e os Altos-Elfos. Quando o sono de Harry finalmente chegou, já passava das três da manhã quando finalmente tomou o caminho de volta para seu quarto. Quando estava na metade da escada ouviu um som atrás de si e quando se virou avistou uma jovem de parentes 19 anos que possuía cabelos negros tão negros quanto os de Victória e seus olhos pareciam ser azuis. A jovem sorriu para Harry e lhe indicou com a cabeça para que voltasse para seu quarto. Harry não sabia como agir... aquela jovem era realmente muito linda e possuía o sorriso mais lindo que Harry não lembrava-se de Ter visto. Antes que pudesse dizer ou fazer algo, a jovem saiu pela porta da frente da casa, deixando uma suave brisa entrar no hall. Harry pareceu acordar com aquele vento em sua face e voltou para seu quarto muito pensativo... afinal de contas, quem era aquela jovem misteriosa???

Harry acordou tarde no dia seguinte. Misteriosamente, estava tendo boas noites de sono desde que chegara à mansão Potter. Quando se levantou, já passava do meio-dia e aparentemente Mione, Rony e Gina haviam saído na compania da Sra. Weasley e de Clara. Harry voltou para o quarto desolado, pois o haviam deixado ali, sozinho e sem nada de bom para fazer. Em cima da escrivaninha do quarto havia um bilhete, escrito na letra de Mione:



Harry, você deve estar chateado por não termos acordado você para dar umas voltas pela região. O caso é que preferimos não acorda-lo já que Anne disse que você havia ido dormir tarde, então achamos melhor deixar você dormir um pouco mais. Vamos ver se conseguimos dar uma passadinha em Hogsmead e, se passarmos por lá, pode deixar que a gente te traz alguma coisa da Dedos de Mel.

Ass: Hermione, Rony e Gina

Ps: a Sra. Weasley disse que deixou algumas panquecas prontas pra você no forno, caso tenha fome.




“É... talvez não fosse uma má idéia comer alguma coisa.” Pensou Harry, se dirigindo para a cozinha mais uma vez. Lá encontrou Naoko tomando um pouco de chá:



- Boa tarde Harry. Acordando agora?

- Mais ou menos. – respondeu o garoto enquanto pegava suas panquecas no forno – e você?

- Bom... tô aqui pra ver como vocês estão. Era para eu ficar na casa em tempo integral, mas com os negócios da família não tenho tempo algum. Mas, ao que me parece, depois daquele primeiro ataque dos comensais, eles ficaram mais espertos e estão pensando duas vezes antes de nos atacar denovo.

- Não é para menos. Nunca vi ninguém lutar como você e Victória.

- Ora...isso não é nada. É só uma coisinha que aprendi com minha irmã mais velha.

- Aprendeu com sua irmã mais velha?

- Sim... papai é o shidoshi da Yakuza. Tradicionalmente sempre deve haver “o” líder, ou seja, um homem no comando. Mas acontece que papai só teve a mim e à minha irmã, então, tudo o que um shidoshi precisa saber foi passado para nós duas. Ele não queria que eu aprendesse nada, por isso só ensinou as técnicas de luta para minha irmã, mas eu consegui convencê-la a me ensinar tudo que ela sabia. Eu só ensinei o básico para Vic... o resto ela aprimorou sozinha.

- Por falar nela, como ela está?

- Hein? Como assim “como ela está”? Harry, vocês estão sob o mesmo teto...como é que eu vou saber se nem você sabe? – retrucou uma indignada Naoko

- É que tenho a visto pouco. Parece que ela tem chegado muito tarde por causa do Ministério e de mais alguns assuntos pessoais.

- Bom, ao que me consta, a última vez em que a vi ela estava bem. Mas, acho que hoje ela não ia trabalhar... é capaz de ela estar ou no jardim ou na biblioteca. Dá uma procurada que você acha ela.

- É... quem sabe?



Harry terminou seu café da manhã e saiu à procura de Victória. Ele estava preocupado com aquela garota que ele vira na madrugada anterior. Quem poderia garantir que, se aquela garota simplesmente saiu da casa sem ser notada, um comensal não poderia fazer o mesmo? Victória estava no jardim, embaixo de uma grande árvore, tomando algo de um cálice... ela mal notou que Harry se aproximava:



- Vic...?

- Hã? – e pareceu voltar do fundo de seus pensamentos – olá Harry!

- Posso falar com você?

- Mas é claro! Diga. – e se ajeitou melhor sob a árvore, ficando frente-a-frente com Harry

- Essa madrugada tinha alguém estranha na casa. Uma jovem.

- Uma jovem com cabelos negros, olhos azuis, e aparentemente de 19 anos?

- Isso mesmo! Você também a viu?

- Harry, Harry... – e olhou para Harry com uma cara indignada – vai me dizer que ainda não notou?

- O que? – perguntou o garoto, que realmente não sabia do que se tratava

- Ainda não notou? Então deixa quieto! Quando você for maiorzinho eu te conto. – e Vic deu um sorrisinho de canto – mas, o que tem essa jovem?

- É que eu nunca a vi por aqui. E na madrugada passada ela simplesmente saiu da casa como se fosse uma moradora!

- E está preocupado com isso? Acha que talvez um comensal possa fazer o mesmo?

- Exatamente! – Parecia que Vic havia lido os pensamentos de Harry

- Não seja bobo! Um comensal nunca seria capaz de passar pelo portão sem que nós soubéssemos! Clara espalhou feitiços de detectação pela casa toda, eles com certeza seriam pegos. Clara nunca errou uma magia desse tipo.

- Mas se aquela moça não era uma comensal, quem era ela?

- Já disse que quando você for maiorzinho eu te conto! – e deu outro sorrisinho

- Tem tido muito o que fazer no ministério?

- Pior que tenho... mas como tenho feito hora extra todo santo dia, Fudge me deu uma folguinha hoje pra eu resolver algumas coisas. Que por sinal já resolvi!

- Tem havido mais ataques com vampiros?

- [Vic sorriu novamente] – não... parece que os deixaram em paz finalmente. Do contrário, seria mais uma coisa pra resolver no ministério... – sem que nenhum dos dois notasse antes, Dark pairou silenciosamente por cima de sua cabeças e pousou no ombro de Vic, lhe estendendo a perna para que ele pegasse a carta – Dark! Muito obrigada, está livre para caçar por hoje. – e o pássaro, após dar umas bicadinhas gentis na mão e no rosto de Vic, como que para agradecer, levantou vôo e se foi



Vic ficou calada por alguns instantes lendo a tal carta. Harry pôde ver que a carta estava escrita em um outro idioma. Vic abriu um largo sorriso após terminar de ler:



- O que foi, Vic?

- Aconteceu algo muito bom! Minhas filhotas já podem vir para cá!

- Suas filhas? – Harry tentou se fazer de desentendido

- Sim! – Vic irradiava felicidade no olhar – Ah! como eu estava com saudades delas!!

- Elas vão vir para cá então?

- Se não houver problema algum para você...afinal, você é o dono da casa.

- Não! Problema algum!

- Então é isso. Elas vão estar chegando na King’s Cross lá pelas 15:30... quer ir busca-las comigo?

- Hoje?

- Sim. – e Vic se levantou, batendo na saia que vestia, para tirar a grama que ficara presa

- Tá bom. Eu vou junto.

- Ok. Esteja pronto lá pelas 14:30... agora tenho que arrumar o quarto delas. – e saiu em direção à casa



14:30 em ponto Victória estava à espera de Harry no hall da casa. À frente da casa estava estacionando um Dodge Viper (um daqueles carros azuis que tem duas listras brancas da ponta do capo até a ponta do porta malas)... o carro de Victória! De longe ela desativou o alarme do carro (sim... um alarme trouxa!!). Assim que deixaram a cidadezinha, Vic acelerou um pouco mais na estrada. A paisagem passava rápido diante dos olhos de Harry, mas o que mais impressionava Harry era que Vic dirigia aquele carro (geralmente usado em corridas, rachas e competições) como poucos homens por aí. A facilidade que ela tinha para manobrar o carro era assustadora.

Pontualmente às 15:29 lá estavam Harry e Victória na estação King’s Cross:



- Vic, de que plataforma elas vão desembarcar? – indagou Harry

- Daquela ali. – indicou Vic com a cabeça, na direção da plataforma 14, onde paravam os trens vindos da França.

- Elas estavam na França?

- Na verdade, não. Mas a cidade dos elfos na qual elas estavam fica próxima a França... nada mais natural que elas venham de lá.



Alguns segundos depois pôde-se notar no meio da multidão duas meninas de aparentes 10 ou 11 anos acompanhadas por dois rapazes altos muito bonitos... uma beleza digna dos Altos-Elfos. Assim que ambas garotas viram Vic, saíram correndo pela estação, ao encontro de sua mãe:



- Mãe!! – disseram ambas ao mesmo tempo, ao passo em que abraçavam Victória

- Minhas anjinhas! – e Vic deu um beijo na testa de cada uma – como eu senti saudades de vocês!! – e apertou mais o abraço

- Tá, calma mãe... olha o mico! – disse uma das gêmeas, que tinha um ar mais de moleca... cabelos lisos, no ombro e rebeldes

- Victória. – cumprimentou um dos rapazes. Ele tinha lindos olhos verdes mais vivos que os olhos de Harry e seus cabelos eram loiros prateados e iam até o meio das costas

- Olá Will. – disse Vic cordialmente enquanto tinha sua mão beijada pelo tal Will – obrigada aos dois por trazerem meus bebês! – e deu um sorrisinho

- É sempre um prazer lhe fazer um favor e também revê-la. – disse o outro rapaz. Esse era bem diferente do outro. Seus olhos eram negros e profundos como o Universo e seu cabelo azul-escuro era mais longo do que o do primeiro, indo até pouco abaixo da cintura, mal preso, deixando boa parte do cabelo quase solto; ele tinha um ar mais místico que o outro, e usava duas enormes argolas prateadas nas orelhas

- Que é isso Van... até parece que eu não dou as caras por lá todo mês. Bom, Harry, esses são Will e Van, dois amigos meus de Vannórien, a cidade perdida dos Altos-Elfos.

- Céus! Ellenwë seja louvada!! Você é Harry Potter! – disse Van – é uma honra conhecê-lo. – fez uma breve reverência

- Muito prazer. – e Will também fez uma breve reverência

- O prazer é meu. – disse Harry

- Gostaríamos muito que continuar aqui, Victória, mas temos afazeres em Vannórien... o dever nos chama e devemos partir imediatamente. – disse Will, enquanto Van apenas concordava com a cabeça

- Certo rapazes. Até a vista então.

- Tchau Van, tchau Will! – disse a outra gêmea, que tinha um ar mais comportado e cujo cabelo era longo e meio enrolado nas pontas

- Até a vista minha pequerrucha! – disse Will abaixando-se e abraçando e menina e logo em seguida, despedindo-se da gêmea mais rebelde com um beijinho na bochecha

- Que Ellenwë cuide de vocês. – disse Van, já seguindo de volta para o trem

- Aiai... eles são duas figuras... principalmente Will. – disse Vic rindo, enquanto observava os dois se afastando – certo Harry, mas as apresentações ainda não terminaram. Essas são Danna e Morgan, minhas filhotas.

- Oi! Eu sou Danna. – disse a mais comportadinha

- E aí! – cumprimentou a outra rebelde, que só podia ser Morgan

- Olá. – disse Harry, por fim



Pegaram as malas e foram de volta ao carro. Durante a viajem de volta, Harry e Vic apenas ouviam as novidades contadas pelas animadas meninas. Quando chegaram na mansão, Vic as levou até seu quarto (afinal, como irmãs muito apegadas que são, iriam ficar juntas). Depois, as garotas foram apresentadas a Sra. Weasley, Gina, Mione e Rony. Vic foi ajudar a Sra. Weasley na cozinha, e deixou as gêmeas na compania de Harry e os outros:



- Cara...Victória parece ser tão jovem...não me conformo que ela tenha duas filhas. – comentou Rony

- Mamãe se cuida muito bem. – disse Danna

- E vocês vão para Hogwarts? – perguntou Mione

- É, vamos. Tá certo que estudar magia em Vannórien é muito mais divertido, mas Hogwarts vai quebrar um galho. – respondeu Morgan displicentemente

- “Quebrar um galho”? quer dizer que Vannórien ensina mais coisas que Hogwarts?

- Basicamente, sim. – começou Danna – tava dando uma olhada nos livros desse ano e pude ver que tudo que vamos Ter, eu e minha irmã já vimos em Vannórien.

- Nossa! – disse uma encantada Mione

- Harry, - começou Morgan – você sabe alguma coisa de nosso pai?

- Bom... – e Harry olhou para os amigos, como se pedisse ajuda. Se Morgan e Danna soubessem que Anndrew estava na casa, não tardaria a Victória perceber também. Mas, por outro lado, seria injusto deixar as meninas sem saber...então.... – ele está aqui também. É o que sei.

- Mesmo?! – e Danna quase se levantou num pulo

- Mesmo. – confirmou Harry

- Verdade verdadeira? – a menina custava em acreditar

- É! – disse Rony

- ... – Danna ficou calada, pensando por alguns instantes, até que Mione cortou o silêncio:

- Realmente ele tem morado aqui com a gente, mas a essa hora deve estar trabalhando no Ministério da Magia.

- Ahn... – e a pouca felicidade que se instalara no rosto da menina pareceu se esvairir quase que por completo

- Bem, - e Morgan se levantou – vou nessa. Tenho que arrumar minhas coisas lá no quarto. Você vem, Dani? (é assim que Morgan apelidou a irmã)

- Vou. – e assentindo com a cabeça, seguiu a irmã

- Sei não cara, mas, sendo elas filhas da Victória e do Anndrew, acho que essa história ainda vai Ter muito pano pra manga... – disse Rony após Ter certeza que as meninas não o ouviriam

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