Corvo-Corneio

Na Rua Alfeneiros nº 2 o jovem Harry Potter, o garoto-que-sobreviveu, se sentia só após terem lhe trancado no próprio quarto e recebido uma notificação do Ministério da Magia. Edwgies que se encontrava trancada na gaiola por um enorme cadeado, piava tristemente.

O pequeno Potter estava triste e solitário dentro daquele quarto. Suspirou conformado de que não iria para Hogwarts este ano.

Um grasnado. Olhou para Edwgies e a viu triste. Respirou fundo.

Outro grasnado e algo batendo contra metal.

Olhou ao redor e viu um pequeno corvo batendo contra a grade que Sr. Duesley havia colocado por ele próprio.

- O que houve amiguinho? – Perguntou cansado. – O que quer?

O corvo olhou para ele com os olhos dourados flamejando e estendeu a pata direita mostrando que carregava uma carta. Harry sorriu e correu até o corvo pegando a carta rapidamente e abrindo-a desesperado.

“Dear Potter.

Lamento constatar que seus tios podem ser tão insanos. Gostaria de avisar que no final das férias, no último dia irei buscá-lo para aparatar comigo na Plataforma 9 ¾.

Gostaria de poder vê-lo o mais rápido possível, amigo. Espero que tudo se torne melhor neste perigoso ano. De qualquer maneira, não se preocupe, eu te protegerei esse ano.

Ass.: Joanne G. Fiamma”

Não conhecia aquela letra, não conhecia aquele remetente, mas ele iria libertá-lo e isso bastava.

Virou a carta, pegou uma caneta e começou a escrever.

“Cara Joanne.

Lamento informar que não me lembro de você, mas mesmo agradeço sua preocupação. Espero não ter de fugir. Gostaria de poder saber onde esta para caso nossos planos tenham de ser interrompidos. Estou bastante agradecido.

Ass.: Harry J. Potter”

Lentamente o corvo ajeitava suas penas. Harry se aproximou dele e antes que ele pudesse amarrar a carta em sua perna o corvo prendeu a carta em seu bico e voou rapidamente pra longe.

Aquela fora a primeira, e não última, vez que Harry vira um corvo-correio.

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