A fome voltou. Já eram seis horas. Annelise desceu novamente – Jake não estava lá – e comeu uma porção de batatas e tomou um suco de abóbora.

Subiu pela escada em espiral e foi direto para o quarto número quatro. Bateu na porta várias vezes; ninguém atendeu. Ela tentou abrir, mas estava trancada. Agora ela já estava ficando preocupada. Onde ele se metera?

Desceu até o bar e perguntou ao Tom se ele tinha visto Jake sair.

_ Hum... É eu vi, sim. Mas foi bem cedo. O bar estava vazio. Ele tomou um suco de abobora e saiu para o Beco Diagonal, e não o vi voltar. – disse ele, revirando os olhos pelo bar, para se certificar de que Jake realmente não estava ali. Annelise já ia se virando, quando ele disse: - Se a senhorita está pensando em ir procurá-lo, pode esquecer. Não posso permitir isto, agora pode ir para o seu quarto que já está ficando tarde.

Nervosa, Annelise subiu para seu quarto.

Ela pegou seu livro Hogwarts: uma nova história e continuou a ler:

No entanto, a cama secreta não existe mais, pois durante A Batalha de Hogwarts (leia mais sobre isto no capitulo oitenta e um, A Batalha de Hogwarts), o castelo foi quase todo destruído. Foi necessária uma reconstrução. O resultado foi uma cópia idêntica da antiga Hogwarts, só que, porém, mais nova. Há outra diferença. O próprio Harry Potter alegou ter se incubido da tarefa de destruir a câmara.

Capítulo dois – Os segredos de Hogwarts

Hogwarts é protegida por vários feitiços e encantamentos. Muitos dizem que Hogwarts é o lugar mais seguro do mundo.

A maioria dos feitiços são desconhecidos, mas podemos estimar que dentre eles estão Feitiços Escudos, Imapeável, Anti-trouxa e muitos outros.

Hoje, se sabe da existência de três passagens secretas, criadas por ex-alunos de Hogwarts, mas não se sabe sua localidade.

Um novo artefato foi adicionado à escola, na sala vazia. É um enorme espelho que pronuncia em voz alta os seus pensamentos, então é melhor ficar longe dele, caso não queria que a escola toda saiba o que você está pensando. O espelho Mentissay foi criado pela ex-aluna Hermione Granger (saiba mais sobre ela no capítulo cento e cinqüenta, Alunos Notáveis).

Outra curiosidade é que o teto do salão principal foi enfeitiçado para parecer o céu lá fora, magia antiga, mas há de ser preservada.

Ela ouviu um estampido. Provavelmente uma porta batendo. Correu até o quarto número quatro. Jake chegara. Ele estava deitado na cama, chorando.

_ Jake?

_ Vá embora! – gritou Jake.

_ O que aconteceu? Onde você estava? Eu fiquei preocupada! – disse Annelise.

_ Eu já falei para você ir embora! Se eu quisesse conversar com você teria ido até seu quarto! – respondeu Jake, de um modo grosseiro. Annelise se magoou.

_ Tudo bem, então. – disse Annelise. Agora lágrimas escorriam pelo seu rosto. Seu melhor amigo mandando-a sair, dizendo que não queria falar com ela.

Ela arrancou o colar que Jake lhe dera de aniversário, jogou no chão e saiu do quarto batendo a porta, sem ver a reação dele.

Correu para o seu quarto, deitou na cama e fechou os olhos. Demorou um pouco, mas adormeceu.

Alguém bateu na porta. Ela acordou imediatamente. Já era de manhã. Ela abriu a porta; era Jake.

_ Achei que não quisesse falar comigo. – disse Annelise, e fechou a porta.

Ele bateu novamente na porta. Ela abriu.

_ Desculpe. – disse ele, parecia deprimido. – Olhe isto. – ele estendeu o braço direito, onde ele segurada uma foto de uma mulher muito bonita de cabelo castanho liso, pele clara e olhos castanhos dourados.

_ Parece com você! – disse Annelise. Ela se afastou, e Jake entrou no quarto, fechando a porta. Annelise se sentou na cama ao lado de Jake. – Quem é?

Annelise analisou melhor a foto e notou que embaixo da foto dizia em letras bem grandes em tinta preta: PROCURADA, e embaixo, em letras menores Prêmio de 1000 galeões. Ela olhou de novo para a foto da mulher, era uma versão feminina de Jake, as mesmas feições, mesmos olhos, mesmo cabelo.

_ Eu não sei, ainda. Mas acho que tá meio na cara, né? Deve ser a minha mãe, procurada. Você não sabe como é se sentir em dúvida se é sua mãe que está em vários cartazes dizendo PROCURADA! – disse ele, ela estava ficando com raiva, seu rosto ficando vermelho.

_ Onde achou isso? – quis sabe Annelise.

_ Bom, eu estava andando pelo Beco Diagonal, e cheguei até o Gringotes e vi algumas pessoas, esquisitas, entrando em uma rua à direita, então eu as segui. A rua ia ficando cada vez mais sombria, e não era muito movimentada. Eu ia voltar, quando avistei esse cartaz. Tive que ir ver o que era, e quando olhei de perto, percebi o quanto se parecia comigo.

“Eu estava analisando a foto quando uma bruxa muito estranha, curva de cabelos pretos, olhos negros e pele clara, veio falar comigo. Ela disse: ‘Quem é você, menino?’, fiquei com medo, mas respondi ‘Jake’ e então ela disse, com uma cara curiosa, mas assustadora ‘Interessante. Sabe quem é esta?’. Eu fiz que não com a cabeça e ela disse ‘Rosalie Johns. Ah, uma inspiração. Mas eu a avisei para não casar com aquele trouxa. Eu a avisei. Ela teve o que mereceu. Ele a abandonou. Não sei o que aconteceu com ela. Mas, se fosse eu, eu teria matado-o, com certeza. E o filho, eles tinham um filho, nunca o vi, ela tinha planos para ele no futuro, após cumprir seu desejo de virar a maior bruxa das trevas que o mundo já conheceu, e não estava longe disso. Qual é seu sobrenome? Posso levá-lo até minha casa, posso te contar muito mais sobre ela.’ Eu fiquei com muito medo, mas fiz o máximo para não deixar transparecer isso, e respondi ‘Blake, Jake Blake’. Ela me olhou estranho, analisando-me, e depois saiu. Eu corri até aqui, pensando nas possibilidades daquela mulher ser mesmo minha mãe”

“Mas é obvio. Minha mãe era uma bruxa, uma bruxa das trevas. E meu pai era um trouxa. E abandonou a mim e a minha mãe. Um trouxa. Covarde.”