A estadia n’O Caldeirão Furado

A estadia n’O Caldeirão Furado



O Beco Diagonal ficava cada vez mais cheio. O barulho de corujas piando, crianças gritando, bombinhas sendo estouradas era insuportável. Annelise e Jake se entreolharam. Ela tinha uma breve ideia de como chegar ao Caldeirão Furado – só seguir a sua direita, em direção à loja da Madame Macwin, onde estaria visível o muro de tijolos, o único problema era como fazê-lo abrir. Será que se ela tocasse com sua nova varinha três vezes em três tijolos funcionária assim como fez o subdiretor? E, se eles conseguissem com quem falariam quando entrassem no bar hospedaria?


_ Vem, Annie, vamos gastar o resto do dinheiro! – disse Jake, visivelmente satisfeito consigo mesmo; Annelise o seguiu até uma loja onde havia várias crianças. Em cima da porta (branca com fechaduras de ouro) havia uma placa dourada escrito, em prata, Objetos úteis para se destacar na escola.


A loja era muito maior por dentro do que por fora. Lembrava um pouco Gringotes por dentro, por ser totalmente de mármore. Havia estantes de livros, contendo alguns Guias para preparação de Poções, 1001 Feitiços, Como andar pela grande Hogwarts, Os Segredos de Hogwarts, Manual do Aluno e entre outros. Assim como em outras estantes continham caixas de detectores de fumaça, poções prontas muito úteis, conjunto de penas caligrafia perfeita e tinta permanente.


Mas o que mais atraia as atenções era uma mesa onde continha uma enorme bola de cristal no meio – com uma placa de ouro em que se lia A bola de cristal que vê – e várias outras, algumas menores, envolta dela. Em outra mesa havia várias ampulhetas, de ouro e de bronze, e numa estante havia um gato – se era de verdade ou não Annelise não sabia – ao lado de uma enorme placa onde se lia “Puff, Companhia para todas as horas”.


Gastaram todo o resto do dinheiro ali, comprando um exemplar de 1001 Feitiços, um conjunto de penas caligrafia perfeita e tinta permanente, uma ampulheta de bronze e um Puff, Companhia para todas as horas.


O Beco Diagonal agora estava mais lotado ainda, se é que isso era possível. Eles tiverem que se espremer para passar pelos bruxos. Uma ou duas vezes Annelise caiu ou ficou sem ar.


De volta ao muro de tijolos, Annelise tirou a varinha do carrinho e tocou três vezes em três tijolos. De repente, os tijolos começaram a se mover abrindo um vão que dava para os fundos do Caldeirão Furado.


Estava completamente cheio, todas as mesas ocupadas, o balcão cheio de clientes. Quantos bruxos haveriam? Pensou Annelise.


Por sorte, um homem curvo careca veio se apresentar para Annelise e Jake.


_ Bem vindos! Sou Tom II, dono do bar. Se precisarem de algo, é só falar comigo. Vou levá-los até seus quartos. – ele sorriu e saiu andando, indicando o caminho até a escada em espiral. Eles subiram e se depararam com um enorme corredor cheio de portas com pequenas placas encima indicando o número do quarto.


Eles param em frente ao quarto número quatro. Ele abriu a porta. Era um quarto pequeno, com uma cama, uma escrivaninha, um armário e uma cômoda. Todos os moveis eram pretos, porém a parede era cor de vinho.


_ O senhor fica aqui, Johns. – disse ele olhando para Jake e indicando o quarto com o dedo. Jake entrou, e acenou para Annelise.


Annelise e Tom seguiram pelo corredor vazio e pararam em frente ao quarto número onze.


Annelise reparou que esta porta era mais limpa do que as outras e a placa era de prata, assim como a fechadura.


Tom abriu o quarto. Era pequeno e formado pelos mesmos móveis do quarto número quatro, porém os móveis eram impecáveis, o chão brilhava. Ele fez sinal para Annelise entrar e se despediu com um “Tenha uma boa estadia”. Depois de acomodar seu malão na parede, os livros e os outros objetos no armário, Annelise pegou o livro Hogwarts: Uma nova história deitou-se na cama e começou a ler.


Na primeira página, havia o mesmo brasão que lacrava a carta que recebera neste mesmo dia às nove horas da manhã; um Leão, uma Águia, um Texugo e uma Cobra circulando um grande H, e em baixo os dizeres “Draco Dormiens Nunquam Titilandus”. Ela virou a página. Agora era o sumário. Era um livro bem grosso, contendo 150 capítulos. Ela virou a página mais duas vezes, pulando os agradecimentos da autora e indo direto ao primeiro capítulo.


Capítulo um – A Fundação


A lendária Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts foi fundada a mais de dois mil anos pelos maiores bruxos e bruxas da época – Godric Griffindor, Rowena Ravenclaw, Salazar Slytherin e Helga Hufflepuff.


A escola foi criada com o objetivo de educar os jovens que apresentassem algum talento mágico. Cada um dos fundadores tinham suas qualidades singulares e distintas, por isso, Hogwarts foi dividida em quatro casas.


• Grifinória: fundado por Godric Griffindor, que prezava a corajem e o passado marcado por grandes feitos. Suas cores são o vermelho e o dourado e o animal símbolo é um leão. Alguns nomes famosos que foram selecionados para esta casa: Alvo Dumbledore (1881-1997) e Harry Potter (1980-2082)


• Corvinal: fundada por Rowena Ravenclaw, que prezava a inteligência acima de tudo. Suas cores são azul e bronze e o animal símbolo é uma águia. Alguns nomes famosos pertencentes a essa casa no passado: Cho Chang (1980-2080)


• Sonserina: fundada por Salazar Slytherin, apreciava a astúcia em seus alunos. São aceito em sua casa apenas os jovens de famílias inteiramente mágicas. Mas já fizeram parte dela alunos mestiços, mas são ocasiões extremamente raras. Suas cores são verde e prateado e o animal símbolo é uma serpente (pelo fato de Salazar ser ofidioglota). Alguns nomes famosos pertencentes a essa casa no passado: Tom Riddle (1926-1998) e Severo Snape (1960-1998)


• Lufa-lufa: fundada por Helga Hufflepuff, que disse que aceitaria a todos e ensinaria o que pudesse. Ela valorizada a lealdade, honestidade e o esforço, características visíveis em seus alunos. Suas cores são amarelo e preto e seu animal símbolo é um texugo.


Durante muitos anos, três diretores conviveram em perfeita harmonia, porém, Salazar Slytherin queria expulsar da escola àqueles que não fossem dignos de aprender a nobre arte mágica, ou seja, quem nasceu trouxa.


Sem a aceitação dos outros diretores para fazer tal ação, Salazar abandonou a escola, deixando uma câmara secreta que era o lar de um monstro. Apenas o verdadeiro herdeiro de Slytherin poderia abrir a câmara e terminar a nobre tarefa de Salazar Slytherin.


A câmara foi aberta três vezes (valor estimado). A primeira vez foi Tom Riddle quem abriu a câmara em seus tempos em Hogwarts. A segunda vez foi ele novamente, mas por ação de outra pessoa, provavelmente usando a maldição imperdoável Imperius e a terceira foi aberta por Harry Potter, no seu segundo ano em Hogwarts (motivos desconhecidos).


Annelise adormeceu; o livro em seu peito.


No dia seguinte ela desceu, faminta, para o bar, onde bebeu uma cerveja amanteigada (totalmente diferente de tudo que já experimentara na vida) e comeu um pudim de chocolate. Em seguida, ela foi até o quarto número quatro e bateu duas vezes na porta, mas Jake não abriu.


Ela imaginou onde ele poderia estar, pois não estava no quarto nem no bar. Provavelmente de volta ao Beco Diagonal, mas para quê, se ele já havia gastado todo o dinheiro?


Voltou então ao seu quarto e começou a folhear os livros do ano letivo, que se tornavam cada vez mais interessantes. 

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