Romance...Brigas e Vadias - P2
Narrador Cristophe on
Essa garota é meio maluca. Depois de ela ter me jogado no lago, eu subi e me limpei para encontrar com Déborah, confesso que não entendi o porquê de Deby ficar defendendo a tapada depois do que ela fez, e, se todos nós estivermos certos, não para por aí. Conversamos um pouco mais, coisas mais leves, depois nos despedimos. Ela me aconselhou a ficar ligado, também disse que a tal Pâmela-Idiota-Samara-Egoísta-Vicente-Patricinha-Morais pode ser bem silenciosa quando quer. Agora estava conversando com os garotos no Salão Comunal, esperando a hora para o jantar.
-Hum, Cris. –Neville me chamou. –Tem alguém, hã, te esperando no quarto. –Falou e os garotos fizeram barulhos animados.
-Vai lá! Quem sabe não é a garota misteriosa! –Rony caçoou, me empurrando para ficar de pé.
-Ou melhor, a Déborah. –Falou Dino rindo junto com Simas e o ruivo, rolei os olhos. Eles vão ficar me enchendo o ano todo.
-É, realmente ela é A Déborah. –Simas comentou, fazendo um violão no ar com os movimentos da mão. Vi que Harry desviou os olhos e fingiu não prestar atenção na conversa. Será que... Não. Ignorei e subi para o meu dormitório. Quando cheguei lá, cinco camas estavam com os dosséis abertos, o único dossel fechado era o da minha própria cama. Sorri, com certeza era Déborah. Acelerei o passo e abri as cortinas sorrindo, estacando com o que vi.
Uma garota estava sentada na minha cama com uma perna esticada e a outra dobrada, subi meu olhar por suas longas pernas e passei pelo curto short preto que ela usava, subi mais o olhar pela blusa de decote quadrado, também da cor preta, que deixava dois dedos da barriga amostra.
-O que você está fazendo aqui, Pâmela? –Perguntei cruzando os braços, engoli em seco ao vê-la analisar uma faca de prata. É! UMA FACA! EU DISSE QUE ELA ERA DOIDA.
-Não é assim que se recebe uma garota, Cris. –Disse cínica. Por isso que eu não gosto dela.
-O que você quer? –Repeti. –Me matar?
-Proposta tentadora. –Falou se levantando e indo até minha frente. –Mas não, ainda. –Disse e me empurrou na cama, subindo em cima de mim com uma perna de cada lado, impedindo uma possível fuga.
-VOCÊ É LOUCA! –Berrei e ela gargalhou.
-Berre à vontade. –Disse e mordeu o lábio. –Você tem que avisar o Neville que as garotas brasileiras são mais perigosas que as britânicas, sabia?
-O que você fez com ele? –Quis saber e ela rolou os olhos.
-Disse que iria me desculpar, ele acreditou. –Soltou outra gargalhada.
-Como você entrou aqui?
-Oh, não interessa. –Respondeu e eu bufei. –Vamos ao motivo de minha visita?
-Se isso fizer você sair daqui mais rapidamente, claro. –Falei seco e ela abriu a boca, ofendida.
-Não abuse de minha bondade. –Avisou e analisou a faca de prata, tentei inverter as posições, mas ela travou as pernas, impedindo-me. –Você não é o único que faz luta. Pergunta pra Lily. –Disse e eu tentei de novo. Perca de tempo.
-Fala logo o que você quer, garota. –Exigi.
-Te dar um recado. –Respondeu me fitando. –É melhor você pensar 500 vezes antes de pensar em magoar a Lyli, ok? –Era óbvio que ela falava da Vampira.
-Senão?
-Eu estava vendo um filme em que a garota castrava o cara, ela tinha apenas um bisturi e uma faca. –Ela analisou novamente a faca em sua mão e eu engoli em seco ao ver a luz ser refletida na superfície prateada. –A faca eu já tenho e te garanto que o bisturi eu arranjo bem rapidinho. –Falou e sorriu sádica. –E não pague pra ver, pode perguntar pra Lyli que ela vai confirmar: -Ela se abaixou e eu engoli em seco, mas ela só sussurrou no meu ouvido. –minhas ameaças nunca ficam só em ameaças. –“Pamy” saiu de cima de mim e sorriu angelicalmente. –Tranquem o quarto, vai que um psicopata entra aqui! –Ela acenou antes de se virar e sair elegantemente, me deixando na cama. Admito que fiquei com medo. Tô até suando frio.
Narrador Cristophe off
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-Pamy? –Harry estranhou quando viu a morena aparecer nas escadas que davam acesso ao dormitório masculino. –O que você está fazendo aqui? –Perguntou se levantando.
-Conhecendo os ambientes. –Falou e foi até ele, lhe dando um beijo na bochecha. –Vocês tem que ver meu quarto, é lindo. –Falou sorrindo amplamente para ele. –Vejo vocês no jantar, ok? –Saiu depois de acenar para os outros garotos.
-Ela não estava no dormitório, né? –Rony perguntou com temor. Os cinco se olharam e viram Neville concordar, o grupo saiu correndo, assustando os mais novos que os circundavam.
-CRIS! –Chamaram e suspiraram ao ver o garoto deitado na cama, estático.
-Cara, você tá bem? –Simas perguntou se aproximando dele devagar.
-Ela... A Pâmela... É louca... Maníaca... –Gaguejou.
-O que ela fez? –Dino perguntou depois de lançar um olhar desgostoso a Neville.
-Ameaçou me... –O “meio ruivo” pausou e engoliu em seco. –Me castrar. –Disse em uma voz fina e os garotos arregalaram os olhos. –Com uma faca na mão.
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Narrador Pâmela on
Ai, ai, a Lyli precisa se apaixonar por caras mais corajosos. Credo, o Chapéu Seletor deve estar caducando, só pode, porque colocar aquele projeto de Fanta Laranja na Grifinória foi, no mínimo, uma cagada das bravas. Parei no meio do corredor. Não queria ir para o Salão Principal, senão todo mundo notaria que eu estou feliz demais. Suspirei e resolvi seguir para a cozinha, tentei pegar uns atalhos para não ter que passar entre os milhares de pirralhadas. Nem preciso dizer que eu mais me perdi que outra coisa, né? Quando eu (finalmente, ALELUIA, Merlin me ouviu e Morgana ficou com pena) cheguei na cozinha, já deveria ter acabado o jantar. Fiz cócegas na pera, e entrei. Assim que coloquei meus pés no aposento os elfos pararam.
-E aí, beleza? –Disse rindo para eles, que me fitavam de forma estranha. –Que foi? Tô tão feia assim? –Perguntei me olhando.
-O... O que a senhorita quer? –Winky perguntou e eu sorri.
-Comer. Sério, preciso de um mapa de Hogwarts, me perdi mais que cego em tiroteio. –Reclamei e me sentei em um banquinho perto da mesa e logo várias, várias mesmo, coisas estavam na minha frente. CARAI! COMI PACAS! Sério, tenho que brigar com eles. –Gente, não me deem tanta comida, não quero engordar.
-Está bem, senhorita.
-Me chamem de Pamy, beleza? –Pedi em uma careta. –Bem, obrigada galera, mas acho que eu tenho que ir.
-Antes! –Um elfo correu para mim e me estendeu um pedaço de pergaminho de um tom levemente lilás.
-O que é? –Perguntei curiosa, aceitando o pergaminho.
-O mapa que a senh... Você pediu. –O elfo falou.
-Não precisava, eu estava brincando. –Falei rindo. –Mas obrigada. –Disse e me abaixei para abraça-lo, ele assustou-se e arregalou ainda mais os olhos que já eram grandes. –Bem, agora eu vou. –Falei e sai da cozinha.
-Ah! Pamy! –Dobby gritou e eu me virei, já do outro lado do retrato. –Tens que fazer uma senha para ver o mapa.
-OK. –Disse e o retrato se fechou, apontei a varinha (MINHA VARINHA!) para o Mapa e disse: -Juro solenemente exterminar a raça das vadias. –Ri da minha própria “senha” e vi o pergaminho se desdobrar. As folhas eram, realmente, de um tom arroxeado bem clarinho, as letras roxas bem escuras formavam os nomes das garotas de Hogwarts e as letras pretas os meninos. –ADOREI! –Exclamei animada, era igual ao Mapa do Maroto, só que mais bonito. Subi meus olhos, em cima estava escrito, em letras muito bonitas, “Map of Sin”. –Como diria a Lyli, que Queicha! –Ri. –Mapa do Pecado. –Traduzi. –Amei!
Suspirei quando vi o nome, nem tão pequeno, de Lyli, provavelmente, me esperando no nosso salão. Por mais que eu estivesse odiando aquele ser humano, ela ainda (?) era minha melhor amiga (?). Resmunguei e observei que, perto de mim, se encontrava a entrada do Salão Comunal da Sonserina. Sorri, havia lido as senhas e as decorado. Encaminhei-me saltitando por um corredor paralelo e, quando estava perto do corredor principal, apontei a minha varinha para o Mapa. –Vadias Exterminadas. –Murmurei e o mapa se fechou, guardei no bolso do meu short jeans.
-Sangue de dragão. –Falei e o quadro abriu. Já deveria ser tarde, o Salão Comunal sonserino já estava vazio. Rolei os olhos e subi pela escada que levava ao dormitório masculino, quando já estava no corredor com as portes, ouvi vozes e me joguei atrás de uma armadura, escondendo-me. Logo Crabbe, Goyle e Zabini passavam, descendo as escadas. Suspirei e entrei no dormitório do quinto ano. Escutei o barulho de água caindo e sorri, me joguei confortavelmente em uma cama e depois de uns três minutos, o chuveiro foi desligado e um Draco Malfoy SÓ DE TOALHA E COM OS CABELOS MOLHADOS saiu do banho, secando aqueles fios loiros com outra toalha. –Hey Draco. –Ri do susto que ele levou.
-Pâm? –Estranhou olhando ao redor, eu gargalhei. –O que você está fazendo aqui? –Perguntou com um sorrisinho e se aproximando. –Saudades?
-Também. –Brinquei o olhando de cima a baixo. OK, momento, me invejem:
Hem, hem. OH MEU DEUS! JESUS! MORGANA! CIRCE! MERLIN! MARIA! JOZÉ! TODO MUNDO QUE TÁ LÁ EM CIMA E LÁ EM BAIXO TAMBÉM! Cara, eu já vi muito cara gostoso no Rio, mas Draco, meu loiro, assim você me mata. Vou descrever:
Ele é branquinho, ok? Mas isso o deixa mais lindo. O tórax dele é bem detalhado tipo musculoso, mesmo. O tanquinho dele (Eu amo tanquinhos! Já disse isso? Pois é, eu amo tanquinhos) é bem definido, daí ele tem uns braços fortes e umas coxas, OMG, gente! OK, voltando...
-Mas eu não quero voltar para meu Salão, não quero ter que brigar com a Déborah de noite. –Murmurei e ele riu. –Você se importa de se vestir? Sabe, é difícil ficar olhando pra você desse jeito. –Ele riu, mas calou a boca quando nós ouvimos risadas.
-Vem. –Ele me puxou (momento eu preciso de autocontrole) para o banheiro e me prensou na parede, fechando a porta. –Shh. –Falou em meu ouvido. Cara, eu nem sei se eu tenho estômago, de tanto frio na barriga que eu estou sentindo!
-Ainda tá no banho Draco?! –Uma voz berrou do quarto e eu identifiquei como Blaise Zabini.
-Tenho que sair. –Murmurou e eu concordei, estática. Gente, não é fácil ter Draco Malfoy te prensando na parede. Ainda mais sem roupa.
-AÊ! –O garoto exclamou quando viu o loiro sair do banheiro, observei tudo pela fresta. Draco pegou uma cueca e colocou, sem tirar a toalha, confesso que fiquei um pouco decepcionada, mas eu sobrevivo. Daí ele tirou a toalha, gente, que bunda! *Risada tarada*. –E aí, quando o seu...
-Amanhã. –Draco o interrompeu e eu franzi o cenho.
-Hum. –Fez o garoto e sorriu em seguida. –Ele continua do mesmo jeito? –Ele quem?! EI! EU NÃO GOSTO DE FICAR SOBRANDO NA CONVERSA! Tudo bem que eles não sabem, tirando o loiro, que eu estou aqui, mas mesmo assim...
-Pior. –Falou com um sorrisinho, ouvimos a porta ser aberta e por ela passar uma garota baixinha e de cabelos castanhos.
-Draco! –Ela jogou-se em cima do loiro e eu crispei meus lábios, puta do demo, vaza daí.
-Hã, oi Pansy. –Disse olhando para o banheiro como se quisesse me ver. Ah, coitado.
-Eu nem te vi depois do jantar, aquela garota metida se meteu entre nós. –EPA! FALA DE MIM NÃO, OH PROJETO DE GIULIA!
-Pois é. –Falou e eu vi que os “amigos” dele seguravam o riso.
-Hum... Posso dormir aqui, Draquinho? –Eu quase ri, a garota chamava mesmo ele de Draquinho, que coisa medonha gente.
-Acho que não Pansy, amanhã eu tenho que estar descansado. –Ele respondeu e ela fez bico. MOMENTO EU QUERO VOMITAR!
-Ah, tem certeza? –Perguntou se pendurando no pescoço dele.
-Tenho. –Disse e ela soltou um muxoxo, saindo do quarto e batendo a porta com força. CHUPA ESSA ABÓBORA PODRE! Eu fiquei mais meia hora aturando os garotos falando de mulher, cheguei até a sentar, por sorte nenhum tentou entrar no banheiro e foram se deitar. Esperei mais cinco minutos e sai, pé ante pé, indo até a cama de Draco e abrindo o cortinado verde.
-Pamy, achei que você tinha ido. –Comentou pegando a varinha e fazendo um feitiço, provavelmente de isolamento acústico.
-Como eu tinha dito, eu não quero ir pro meu Salão. –Murmurei coçando a nuca.
-QUE ISSO PÂMELA? TÁ FICANDO NERVOSA?! –A mini Lyli falou na minha cabeça.
-Claro, não é todo dia que eu peço pra dormir com Draco Malfoy. –Retorqui e sorri pro loiro.
-Quer dormir comigo? –ISSO!
-É. –Falei e ele riu, puxando a coberta e indo para o lado. –Bem, vou pegar uma camisa sua, ok? –Falei e ele concordou, fui até o malão dele e peguei uma camisa branca com uma estampa de dragão muito bonita. –Vira. –Mandei e ele riu.
-Como?
-Então só fecha os olhos, por favor. –Disse e ele rolou os olhos, mas obedeceu, eu virei, desconfiada, de costas para ele. Tirei minha blusa e coloquei a dele, com um pouco de dificuldade tirei meu sutiã por baixo da blusa, odeio dormir de sutiã, aquilo me aperta. Desabotoei o short e tirei, foi quando ouvi sua voz:
-Você tem duas pintas. –Comentou e eu abaixei o máximo que pude a blusa dele.
-DRACO MALFOY! –Berrei e ele riu.
-Calma, foi só isso que eu vi. –Garantiu e eu crispei os lábios. –Agora eu sei como te reconhecer. –Ele comentou se levantando e vindo até mim.
-Olhando minha bunda? –Arrisquei e ele soltou uma risada rouca, recuei, mas bati na “pilastra” de madeira da cama dele, dando-lhe a chance de juntar nossos corpos.
-E a perna, a perna e a nádega direita. –Sussurrou e eu engoli em seco. Ele chegou MUITO PERTO, eu quase tive um infarto. Será que ele tá escutando meu coração? Beleza, momento confissão: eu tô mais de dois meses na seca. Sério, modéstia parte, não é por falta de interessados (nem sei o que eles conseguem enxergar em mim, eu já dei até o telefone do oftalmologista pra eles), mas por falta do meu interesse. Não sou uma galinha que fica com todo o colégio. Voltando... E ele é lindo, e tem um jeito muito... Másculo, sei lá, eu tenho quase 15 anos e estou com os hormônios à flor da pele, então dificulta meu raciocínio. Ele passou os lábios pelo meu pescoço e eu fiquei toda arrepiada, arfando involuntariamente. Ele soltou uma risada pelo nariz e o hálito quente bateu na minha orelha, ele seguiu até meu rosto, beijando-me na bochecha. –Vem. –Disse me puxando, eu, morrendo de calor, deitei-me na sua cama, com ele ao meu lado. –Sabe, é interessante te ver só de blusa e calcinha. –Ele disse e eu o estapeei no peito.
-Seu tarado!
-É de família, desculpa. –Disse divertido, puxando-me para apoiar a cabeça em seu peito. –Mas eu falei sério. –Ele disse pensativo e eu soltei uma risada.
-Boa noite Draco. –Ele riu e beijou meu pescoço, fazendo eu me encolher.
-Boa noite Mascote. –Disse e eu passei minha perna esquerda por cima dele, só conseguia dormir naquela posição.
Narrador Pâmela off
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Narrador Harry on
Eu estava conversando com Hermione e Ron no Salão Comunal, quando o retrato se abriu.
-Deby? –Estranhei e ela veio até nós.
-A Pamy sumiu. –Disse e eu percebi que ela estava preocupada. –Não a vejo desde a manhã. –Suspirou e eu troquei um olhar com os dois.
-Rony, pega o Mapa. –Falei, ela já tinha conhecimento do Mapa e só estávamos nós lá mesmo. O ruivo se levantou e eu me virei para ela.
-Você não está brava? –Hermione perguntou, ela riu e negou.
-Lembra quando eu acordei ela? –Hermione concordou e eu também. –É uma revanche. –Ela fitou a lareira. –E além do mais, eu não consigo ficar bravo com Pâmela Samara. –Ela riu voltando a nos olhar. –Na verdade, ninguém consegue.
-Mas ela exagerou! –Exclamei, fiquei com vontade de contar o que ela fez com o Cris, mas me contive.
-Já disse que eu não acho. –Ela suspirou, nessa hora Rony voltava.
-É... Ela tá nas masmorras. –Comentou e me entregou o mapa, eu arregalei os olhos.
-Que foi? –Déborah perguntou, tentando ver o mapa.
-Nada não. –Eu disse entregando o mapa para Hermione, que desviou da brasileira.
-Se alguém pega ela lá, ela tá ferrada. –Mione disse e Déborah estacou.
-Ela tá no dormitório da Sonserina, né? –Falou rolando os olhos. –Achei que ela estava com os gêmeos. –Comentou jogando-se na poltrona e passando a mão nos cabelos. Hermione olhou para mim e nós conversamos em silêncio.
-Rony, vamos levar o mapa de volta. –Falou e puxou o ruivo, que demorou um pouco para entender, mas seguiu-a.
-Lyli. –Eu disse e fui até sua poltrona, agachando-me para fita-la. –Você não deveria ficar preocupada, foi ela quem brigou com você. –Disse segurando sua mão, percebi que ela tinha os olhos brilhantes.
-Eu sei disso! –Falou e deixou uma lágrima escapar, mas logo a sequei. –É que... –Ela suspirou.
-Pode me contar. –Disse e ela sorriu. –Pode confiar.
-Eu confio, Harry. –Garantiu e eu me senti estranhamente feliz ao ouvir isso. –É que eu acho que eu sei o porquê dela estar assim. –Disse em um sussurro.
-Por quê? –Indaguei com curiosidade.
-É assunto dela, não sei se eu posso falar. –Disse e eu concordei. –Eu sei que vocês devem estar achando ela uma idiota. –Começou e eu ri. –Mas ela é ótima, eu amo aquela retardada, ela é quase uma irmã pra mim. –Ela falou. –Acho que eu sou amiga dela porque eu entendo e... –Ela franziu o cenho, procurando uma palavra. –Praticamente venero o jeito dela. Ela é minha confidente, conto coisas pra ela que às vezes nem eu mesma sei, entende?
-Sim. –Disse com sinceridade. –Me sinto assim com a Hermione. –Confessei baixinho e a vi abrir um enorme sorriso. –Ela é minha amiga. –Ressaltei e ela rolou os olhos.
-Tá, tá. –Disse abanando a mão que eu não segurava.
-Você sabe por que ela é desse jeito? –Perguntei após uns segundos em silencio.
-Isso é muito incrível. Ela já passou e ainda passa por tanta coisa e continua sendo divertida. –Ela comentou.
Era engraçado o jeito que a amizade das duas era. Elas viviam se “matando” e se xingando, mas elas eram, literalmente, louca uma pela outra. Era como se a Déhh matasse pela Pâm e visse versa. Era como se algo mais do que sentimental as ligassem, a amizade delas era de outro nível, assim simples.
-Por que você não fala com ela amanhã, ela pode estar mais calma. –Aconselhei e ela concordou. –Não liga para ela, mesmo ela estando brava ela te ama. –Comentei e ela riu.
-Eu sei.
-Convencida.
-É você quem diz! –Falou e nós nos levantamos, ela me abraçou fortemente e eu retribui.
-Boa sorte. –Murmurei e ela se afastou.
-Vou precisar.
Narrador Harry off
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Narrador Pâmela on
-Draco. –Sussurrei baixinho. –Está dormindo?
-Não. –Respondeu e eu sorri. –O que foi?
-Se eu não estivesse aqui, você teria dormido com a Parkinson, não é? –Perguntei e ouvi sua risada.
-Achei que fosse algo mais sério. –Comentou descontraído.
-Responde. –Falei e ele riu de novo.
-Confesso que provavelmente. –Chiei com sua resposta. –Mas eu não sei se me sinto atraído por ela, não tão fortemente quanto antes.
-É, por quê? Digo, ela é bonita e bem fácil... –Ele acariciou minha nuca.
-Bem por isso, cansei de facilidade, estou atrás de um desafio. –Comentou. –E além do mais, eu estou investindo em outra garota. –Completou e eu apoiei meu queixo em seu tórax, olhando-o.
-E quem seria sua presa, senhor Malfoy? –Perguntei curiosa, uma ansiedade crescendo dentro de mim. Ele soltou mais um de seus risos roucos.
-Deixa de ser curiosa, dona Pamy. –“Ralhou” e eu fiz bico. –Nem vem, morena, boa noite. –Repetiu e eu resmunguei algo, ele me deu um beijo NA TESTA (WHAT A FUCK?!) e virou a cabeça. Resmunguei de novo e deitei em seu ombro.
Narrador Pâmela off
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-Até que enfim, achei que tinha voltado pro Brasil. –Déborah disse quando viu Pâmela passar pelo buraco do retrato. –Sério que vai ficar me ignorando? –Perguntou se levantando e seguindo a garota, que não respondeu e seguiu para seu quarto. –PÂMELA! ABRE A PORRA DA PORTA! –Berrou batendo na porta que a amiga tinha fechado em sua cara. –PORRA! EU NÃO VOU SAIR DAQUI ATÉ VOCÊ ABRIR A... –A porta foi aberta com estrondo. –Ótimo, não precisei xingar a porta. –Resmungou.
-Que foi Shaw?
-Shaw? –Estranhou voltando-se para a morena. –É melhor ou pior que Lyli? –Quis saber, mas viu a garota rolar os olhos e sentar-se no sofá que tinha encostado à parede do quarto.
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(N/A: as coisas em vermelho são preto, ok?)
-O que você quer?
-Vai ficar brava comigo por muito tempo? A tinta já não foi o suficiente? –Perguntou sentando-se na “mesa” preta em frente ao sofá. –Eu achei que a tinta foi pouco, mas a humilhação foi grande. Só que se você quiser fazer mais coisas, pode ficar à vontade.
-Quem disse que foi só a tinta? –Murmurou, mas a Shaw não ouviu.
-Eu não gosto de ficar brigada com você. –Falou tentando sentar-se no lado da amiga, mas ela esticou as pernas no sofá.
-Sério? Não parece. –Disse irônica.
-Facilita. –Pediu.
-Por quê?
-Porque eu não estou entendo isso! Eu sei que você é ciumenta, mas já tá passando dos limites! –Explodiu. –Você empurrou o Cris no lago!
-Ele gosta de nadar. –Disse sorrindo com falsidade para a garota a sua frente.
-Pâmela! –Exclamou chocada.
-Déborah! –Devolveu no mesmo tom.
-Agora eu sei por que eu sou sua amiga e não sua inimiga! –Falou se levantando e andando pelo quarto. –Você é muito chata quando quer!
-Ah, sério? Não sabia. –Falou olhando as unhas.
-Para! Se você me disser o porquê disso eu te deixo em paz, ok? –Sugeriu e viu a amiga ponderar.
-Eu não fui com a cara dele. –Disse se levantando e indo até sua cama.
-Desenvolve.
-Ai Lyli! –Reclamou exasperada. –Não gostei do jeito dele, ok? Ele é muito “perfeito” pro meu gosto! É isso! –O olhar descrente da mais velha depositou-se sobre ela. –E eu não quero ficar sozinha aqui. –Murmurou arrumando algo que não estava fora do lugar em sua estante.
-Ah, Pamy. –Foi até a amiga e abraçou-a. –Eu não te troco por nada e você sabe disso. –Falou voltando a olhar a garota. –Agora me fala, o que você não gostou no Cris? –Falou puxando-a e sentando na cama.
-Eu não quero que você fique fantasiando com um garoto que você viu três ou quatro vezes. –Confessou fitando as mãos, o entendimento se apossou de Deby.
-Isso não vai acontecer comigo Pâm. –Garantiu abraçando-a pelo ombro.
-O pior é que não somos nós que decidimos isso, Lyli! Eu também achei que não ia acontecer comigo! –Exclamou se levantando com os olhos marejados.
-Eu sei que não somos nós que escolhemos. –Murmurou se levantando. –Mas eu nunca vou saber se eu não arriscar.
-Acontece, Lyli, que arriscar pode machucar! –Berrou e deixou algumas lágrimas escaparem. –E muito. –Completou escorregando pela parede.
-Pâm, não chora. –Pediu, mesmo sabendo que era um pedido tosco, ajoelhando-se ao seu lado e a abraçando. –Vamos fazer o seguinte. –Começou depois que a amiga se acalmou. –Você “atura” o Cris, -A morena ia protestar, mas a Shaw foi mais rápida. –e eu te conto se ele fizer qualquer coisa que me machuque e te dou carta branca pra acabar com ele. –Deby sabia que isso só não tinha acontecido ainda porque Pamy não queria machucar um garoto que ela gosta.
-Qualquer mesmo? Mesmo se ele, sei lá, dizer que não gostou do seu brinco? –Perguntou desconfiada.
-Sim. –Respondeu e viu a amiga sorrir fracamente.
-Você sabe que eu não consigo ficar muito tempo brava com você. –Falou abraçando-a fortemente.
-Agora vamos colocar nossos uniformes para o primeiro dia de aula! –Déborah exclamou após corresponder ao abraço da confidente.
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-Então, como foi a noite com Draco Malfoy? –Perguntou marota, enquanto desciam as escadas e ajeitava o fone de ouvido em uma única orelha igual à Pâmela.
-Bem dormida. –Respondeu e Déhh riu.
-Só isso? –Ela parecia decepcionada.
-É, mas eu já esquentei. –Comentou balançando a cabeça positivamente, fazendo a amiga rir. Chegaram na última escada conversando animadamente, logo Cristophe apareceu sorrindo para Deby e ignorando Pamy. –Ih, dá licença que a Princesa patricinha, mimada e egoísta aqui quer passar. –Falou passando ao lado do grifinório, que fez uma careta.
-Relaxa, logo ela desencana. –Déborah disse abraçando o amigo e observando a Morais aumentar o volume da música.
Pâmela deu play na música We Found Love e começou a cantarolar, andava na direção do Salão Principal quando, do nada, um garoto pulou a mureta que tinha para separar o andar de cima com a entrada do Castelo, caindo bem na frente da morena, que se desequilibrou e foi ao chão.
-Oh! –O garoto exclamou.
-MERDA! HOJE É O DIA! –Exclamou também e viu o estudante que havia lhe derrubado se abaixar e a ajudar.
-Foi mal aí, gata. –Disse puxando-a pela cintura com firmeza, levantando-a. Pâmela fitou o garoto e abafou um ofego ao constatar o quão lindo ele era. Os cabelos castanho-dourados e bagunçados, olhos azuis, um sorriso lindo e (ela pode sentir pela proximidade) um físico INVEJÁVEL.
-Nate! Já?! –Uma voz divertida ressoou e Pâmela soltou-se do garoto lentamente (e contra sua vontade), virando-se para Draco, que foi cumprimentar o garoto com um abraço.
-NATANIEL MALFOY! SEU IDIOTA! VOLTA AQUI! –Uma garota berrou e os três olharam para cima para verem Marieta Edgecombe olhar para baixo, apoiada na mureta que o garoto havia acabado de pular e depois descer as escadas, possuída.
-Ih, deu a loca? –A garota falou, ficando entre os dois Malfoy.
-Nate, o que você fez? –Draco rosnou.
-Peguei ela nas férias e, bem, sai sem dar “tchau”. –Falou coçando a nuca.
-Seu idiota! –A corvinal quase chorava enquanto se aproximava, logo Cho vinha atrás de si, com Amanda junto. –Eu te odeio! –Berrou e avançou para esmurra-lo, mas Pâmela se colocou na frente da garota.
-Epa! Vamos resolver isso civilizadamente. –A garota falou e Draco olhou-a de forma estranha.
-Quem é você?
-Não torra, que eu já cai de manhã cedo. –Falou para o garoto que rolou os olhos.
-Eu não me importo se você caiu ou se você comeu alguém! –Marieta berrou e Pâmela levou uma mão ao ouvido, fazendo uma careta. –O meu assunto é com o idiota do Nataniel! –Berrou com lágrimas nos olhos.
-Ai, calma. –A garota disse estressada.
-Calma?! VAI PEDIR PRO POTTER TE ACALMAR, SUA VADIA! –Pâmela ficou vermelha e trincou os dentes.
-Epa. –Deby murmurou observando a amiga cerrar os punhos.
-Vadia? –Pamy perguntou e bufou.
-É, vadia sim! Toda Hogwarts já sabe que você dormiu nas masmorras! –Acusou Sol, saindo de trás do amontoado.
-Isso aí! –Marieta berrou, passando os olhos pelos três. –ENTÃO VAZA DAQUI! –Mandou e Pamy gargalhou.
-Você quer berrar? –Perguntou batendo uma palminha e sorrindo falsamente. –Então eu vou berrar também. –Déborah chegou ao lado da amiga e fez um sinal para os meninos taparem os ouvidos, eles, sem entender, o fizeram: -EU VOU TE MOSTRAR QUEM É A VADIA, SEU PROJETO PRECÁRIO DE BRUNA SURFISTINHA! –Marieta levou a mão aos ouvidos e a próxima coisa que sentiu, foi alguém a empurrando.
-Calma amiga. –Déborah riu, segurando-a.
-Calma?! Essa puta mal comida me chama de vadia e eu que tenho que ter calma?! –Exclamou e Déborah riu mais ainda.
-Em inglês. –Lembrou.
-Inglês! Quando eu tô puta da vida eu não consigo falar inglês direito, porra! –Exclamou em uma “misturança” de línguas.
-O que está acontecendo? –Minerva perguntou ao ver Pâmela bufar. –Senhorita Morais, o que houve?
-Qual é! Morais? Mas que merda! –Exclamou. –Pâmela, professora, ou Pamy, mas não Morais, Morais é proibido, beleza? –A professora crispou os lábios e se virou para Marieta, que tinha o rosto vermelho.
-O que houve senhorita Edgecombe?
-Essa maluca me bateu! –Acusou chorosa.
-Senhorita Morais!
-PÂ-ME-LA! –Corrigiu tirando os cabelos do rosto e suspirando. –Ela me chamou de vadia!
-O quê? –A mulher se virou com uma expressão severa para a Corvinal.
-Ela me chamou de... Bruna Surfistinha! –Devolveu com uma careta.
-O quê é isso? –Umbridge, que chegava, perguntou analisando a brasileira.
-Ué, gente, é uma surfista muito conhecida no Brasil. –Falou Pamy dando de ombros. –Ela é famosa por ser ciumenta. –Mentiu descaradamente, fazendo os brasileiros segurarem a risada.
-Mas você bateu nela? –Umbridge perguntou indo até a Corvinal para “consola-la”.
-Claro que não! Eu só dei uma empurradinha de nada. –Falou coçando a nuca. –Qual é! Ela ia bater no... –Ela olhou para o garoto que caíra em sua frente. –Qual é o seu nome? –Draco e o garoto riram.
-Nataniel Malfoy, pode me chamar de Nate. –Disse bagunçando os cabelos, fazendo as garotas ao redor da bagunça suspirarem.
-É, ela ia bater no Malfoy novato porque parece que ela deu pra ele, sei lá, só sei que ela me chamou de vadia e eu, bem, eu me defendi. –Falou olhando as professoras.
-Deu?! Senhorita! Que vocabulário é esse? –Inquiriu a sapa.
-Vocabulário Made in Brasil. –Respondeu dando de ombros. –Que? Sou sincera! Ela deu pra ele! –Exclamou irritada.
-Eu só não lhe dou uma detenção porque, pelo que me pareceu, você foi evitar uma briga. –Minerva disse meio a contra gosto. –Vamos logo, o café da manhã tem horário para terminar! –Exclamou fazendo os curiosos entrarem no Salão Principal. Pâmela sorriu para a garota e se aproximou, viu que ela estava com raiva.
-Oh, neném, não chora não. Antes de vir brigar com alguém que é brasileiro, venha preparada. –Falou e gargalhou em seguida. Depois ela foi até ao lado da amiga e passou o braço por seus ombros.
-Agito em Hogwarts! –Exclamou animada.
-Barraco em Hogwarts. –Emendou e os olhares das duas recaíram sobre Cho.
-Que foi? Nunca viu? –Perguntou desdenhosa.
-Gente, fotografa! A primeira Barbiechorra! –Pâmela disse, fazendo Déborah gargalhar.
-O que é isso? –Amanda perguntou.
-Gente, são duas! –Déborah disse falsamente surpresa.
-Quem são vocês?! –Sol perguntou, sentindo-se ofendida.
-Bota no Google que você vai ver. –Responderam piscando para elas.
-Ai gente, circulando! –Deby riu movimentando as mãos e elas saíram, esbarrando nelas.
-Sempre soube que vocês eram lésbicas... –Pâmela resmungou.
-Gente, o que foi aquilo? –Gina chegou rindo, acompanhada de uma loira. –Deu pra ouvir do outro lado do Salão. –Comentou.
-Ah, elas que vão se foder, vadia é a mãe dela. –Pamy resmungou, levando um cutucão de Hermione, que indicou Umbridge os olhava com raiva.
-Foi engraçado. –Rony comentou. –Mas conta a história direito. –Pediu. –Explica vai.
-Pois é, Malfoy, explica! Você caiu da onde? Do céu é que não foi. –Déborah falou olhando-o.
-A Marieta me viu saindo da sala do diretor e ficou me perseguindo, ela é maluca, então eu pulei a mureta e cai na frente da...
-Pâmela, sou eu. –A garota disse sorrindo e erguendo a mão.
-Foi mal por te derrubar, gata. –Falou sorrindo.
-Tô acostumada, quando se é amiga da Déborah a gente acostuma a cair. –Comentou.
-Nem se preocupa, o airbag dessa aí é grande. –A Shaw falou, fazendo Pamy lhe empurrar.
-Cala a boca sua retardada. –Mandou.
-Vocês fizeram as pazes? –Cris perguntou.
-É. –Disseram dando de ombros.
-Que bom. Pamy, você se machucou? –Draco perguntou observando-a.
-Ih. –Deby disse.
-Que foi? –O Malfoy perguntou, juntando as sobrancelhas.
-Só um aviso pra fazer. –Disse sorrindo.
-Ih, lá vem, é calúnia. –Pâmela disse.
-Eu nem falei! –Reclamou Deby.
-Mas é calúnia. –Disse dando de ombros. –Fala logo.
-A beleza dela é incomparável com a de outra garota, assim como o seu veneno. –Recitou profundamente, observando a cara de peixe morto da amiga.
-Acontece que “ela” está aqui. –Pâm falou apontando para si.
-Eu sei, só estou dando um aviso. –Deu de ombros. –Ele tem que saber o buraco em que está se metendo, amiga! –Exclamou e levou um tapa na cabeça.
-Cala a boca. –Disse apontando o dedo pra ela.
-Gente, elas são sempre assim? –A loira ao lado de Gina perguntou.
-Sim, Luna. –Gina respondeu rindo.
-Ai amiga, relaxa, os garotos gostam de buracos. –Tranquilizou-a erguendo uma sobrancelha, de forma divertida.
-É, eu sei. –Ela riu e pegou sua varinha, prendendo o cabelo em um coque frouxo. –Momento pergunta óbvia: você foi pra Sonserina, né? –Perguntou para o novato.
-Faz parte. –Deu de ombros. –Valeu mais uma vez, aquela garota já estava me enchendo. –Resmungou e ela riu.
-Disponha.
-Pamy. –Harry chamou.
-Habla gato. –Disse e ele riu constrangido.
-Precisava ter metido a Cho no meio, digo, pelo que eu entendi “Barbiechorra” é uma mutação entre a boneca Barbie e cachorra, né?
-Na mosca! Dez pontos para a Grifinória. –Disse com cara de peixe morto.
-Precisava ter xingado ela? –As duas brasileiras colocaram a mão na cintura, o encarando de modo descrente, como se ele tivesse dito que tinha acabado de ver o Snap beijando Dumbledore.
-Harry Potter! –Exclamaram juntas.
-Se ficou tão ofendidinho, porque não foi proteger a vaca? –Déhh falou com os olhos faiscando. –Ela xingou a Pamy!
-Tecnicamente, foi a Marieta que xingou a Morais. –Cris falou e recebeu um tapa no braço, fazendo-o gemer de dor.
-É PÂMELA! SEU PROJETO DE CENOURA! –Berrou, fazendo os sonserinos rirem. –Pois é! Eu fui tentar fazer uma boa ação e fui xingada, depois as pessoas não sabem por que eu sou assim. –Falou cruzando os braços e fazendo bico, sendo abraçada por Déhh.
-Não é isso, é que... –Começou.
-Não quero saber! –Déborah disse.
-Você ouviu o que ela disse? –Perguntou com lágrimas nos olhos, assustando o garoto. –Ela me mandou dar pra você. –O Potter corou absurdamente.
-Ela mandou ele te acalmar. –Luna comentou.
-Te garanto que ela não pensou que ele ia acalma-la com uma canção de ninar. –Draco disse, fitando a garota. –Ela tá chorando de verdade?
-Claro que não, ela consegue “fabricar lágrimas” com mais facilidade do que quebrar ossos. –Foi Fernando quem respondeu.
-Elas estão possessas Pamy, acho que você arranjou inimigas. –Foi Ian quem falou.
-Eba! Elas podem se juntar com a Parkinson! –Disse falsamente.
-Parkinson? –Estranhou Rony.
-Ei, como as pessoas descobriram que você dormiu nas masmorras? –Hermione perguntou.
-Oh, é uma história... Interessante. –Foi Draco quem falou, rindo em seguida.
-Então acho melhor vocês contarem na mesa, porque senão nós vamos ficar em jejum. –Neville, que chegava, avisou, evitando olhar para Pâmela e Cris.
-Ih, qual é? Fizeram a cabeça dele contra mim? –A garota perguntou e fitou o Halle. –Déborah, eu disse que eu odeio esse garoto. –Rosnou e a morena revirou os olhos, seguindo para a mesa da Grifinória.
-Vai com a gente, Pamy? –Draco perguntou, mas ela negou.
-Tenho que contar a história. –Disse fazendo uma careta, parando na entrada do Salão.
-OK, então, depois a gente se vê. –Disse e passou os braços ao redor da garota, abraçando-a e levantando-a do chão, fazendo-a rir.
-OK, beijos. –Disse e saiu depois de acenar para o novo Malfoy.
-Quem é a maluca? –Nate perguntou maroto.
-Uma amiga. –Suspirou o outro, seguindo para a Sonserina.
-CONTA! –Gina exclamou. –Ah, espera, essa é Luna, ela é da Corvinal. –Disse apontando a loira muito bonita ao seu lado.
-Oi, eu sou Pâmela. –Disse sorrindo, sendo retribuída. –Bem, é engraçado. –Falou e riu em seguida, pegando uma torrada.
Flashback on
Risinhos, era isso que Draco ouvia. Ele resmungou e se virou de lado, afundando a cabeça em algo macio, abraçando esse algo.
-Draco, cara, acorda. –Blaise chacoalhou o amigo levemente. –Daqui a pouca a Pan... –Ele se interrompeu pela porta que foi aberta.
-Draquinho! –A voz irritantemente aguda de Pansy ressoou e logo ela abria os cortinados e estacava no lugar. –O que é isso? –Rosnou baixinho. Na cama estava o loiro, acompanhado por um corpo feminino apenas com a camiseta do garoto.
-Oi Pan. –Blaise disse contendo o riso pela expressão furiosa da colega.
-Quem é essa pu... Pâmela! –Ela praguejou baixinho e com mais raiva ainda.
Draco se remexeu, incomodado com os cochichos. Espreguiçou-se lentamente e, com igual lentidão, abriu os olhos.
-Pansy? –Perguntou grogue ao ver a expressão raivosa da garota. Olhou para o lado e entendeu o porquê, Pamy dormia com uma de suas pernas em cima dele, com a blusa levantada de forma indecente, deixando a calcinha, que era um tipo de short, à mostra e os botões da blusa um pouco abertos. –Ih. Pamy, acorda. –Murmurou em seu ouvida, a garota resmungou e virou de bruços. –Tão olhando o quê?! –Perguntou ameaçador para os colegas de quarto. -Pâmela. –Chamou sacudindo-a de leve, sem obter resultado.
-Deixa que eu acordo essa idiota. –Pansy resmungou, puxando-a pela perna com força, fazendo a morena cair com estrondo no chão.
-PANSY! –O Malfoy berrou, observando Pâm se levantar com velocidade.
-QUEM FOI?! –Seu olhar passou pelo quarto e ela corou levemente. –Que foi? Nunca viram uma garota sem calça, não? Decepcionei. –Resmungou pulando por cima da cama, para trás de Draco.
-O que ela tá fazendo aqui?! –Pansy berrou.
-Eu estava dormindo, mas você interrompeu. –Respondeu.
-Eu vou interromper a sua circulação sanguínea! –Ameaçou, fazendo a garota rir.
-Qual é, essa já é ultrapassada, minha vó usava essa ameaça. –Resmungou rindo.
-Ora sua...
-Pansy! –Draco se meteu em sua frente. –Blaise, tira ela daqui. –Pediu para o amigo, que concordou.
-Valeu Blai. –Pamy disse alto ao ver o garoto sumir com ela.
-Você é impossível sabia? –Falou pra ela, que se limitou a rir.
-Sim, agora deixa eu me trocar. –Falou empurrando o loiro, que ria.
Flashback off
-E ela espalhou pra toda Hogwarts. –Finalizou e observou os olhares chocados sobre si. –Qual é gente, eu só dormi, no sentido mais puro da palavra, com o Draco. –Disse calmamente.
-AI QUE INVEJA! –Lilá e Parvati berraram.
-Cara, elas têm ouvido biônico. –Hermione comentou estática.
-Eu ainda não acredito que você dormiu com Draco. –Gina soltou, descrente.
-Ah, como foi o resto das férias? –Pamy perguntou interessada.
-Normal. –Rony falou.
-A Gina já me disse que eles gostaram e concordam que ele até que é legal. –Luna desmentiu, sendo cutucada pela ruiva.
-Luna! –Reclamou, mas logo foi interrompida por McGonagall, que passava os horários para eles.
-Vocês acham que vão conseguir acompanhar? Digo, é ano de NOM1s...
-Fica tranqs, Mia. –Disseram rindo.
-Nós não somos burras. –Completou Déborah acabando de beber seu suco e se levantando. –Temos que pegar nossos materiais.
-Podemos usar a passagem pelas masmorras, é mais perto. –Pamy disse.
-Passagem? –Perguntou com o cenho franzido, mas a amiga puxou para fora do Salão sem olhar para trás e a levou até um corredor paralelo.
-Saca. –Murmurou, tirando o pergaminho lilás do bolso da saia. –Juro solenemente exterminar a raça das vadias. –Murmurou, fazendo a amiga rir e logo em seguida arregalar os olhos.
-UOU! –Exclamou tirando o mapa da mão da garota. –Mapa do Pecado, amiga, isso é foda. Como conseguiu? –Antes de responder, Pâmela beliscou a bunda de um homem gordo que estava em um quadro, fazendo-o reclamar e abrir a passagem que dava para uma grande escadaria.
-Vem. –Disse puxando-a e relatando como havia conseguido o Mapa em detalhes, assim que acabou ela abriu a porta no fim da escadaria e revelou o Salão delas. –Essa é a porta que dá perto da Sonserina. –Disse olhando ao redor. –Isso aqui, ontem de madrugada, ‘tava parecendo a casa da mãe Joana. –Resmungou. –Era projeto de ketchup pra cá e gêmeo gostoso dois pra lá. –Déborah riu.
-Relaxa amiga, a vida é assim mesmo, umas ganham e outras perdem. – Disse Déborah cínica, e Pâmela deu-lhe a língua.
Cada uma foi para seu quarto pegar seus materiais.
-Ainda bem que o Dumby deixou a gente comprar cadernos decentes. – Disse Déborah assim que chegaram a porta do salão.
-Tem razão, aqueles pergaminhos que apareciam nos filmes eram tão michurucas. Quero só ver a cara daquelas patricinhas quando nos virem com isso – Respondeu Pâmela pegando seu caderno e o mostrando a Déborah.
-A-me-i Pamy! Agora vamos á caminho do inferno, tam, tam, taram. – Exclamou Déborah
-Menos Deby, não vai ser tããão ruim assim. – Falou Pamy enquanto caminhavam pelo corredor.
-Fale por você garota-eu-só-tiro-dez-na-prova. –Alfinetou Déborah, ao chegarem novamente ao salão principal. -OH MY GOD! Que coisa mais putirana! – Disse no ouvido de Pamy, ao ver um garoto com a mão nos seios de Amanda.
-Acho que ela e o grupinho dela deviam fazer um cursinho tipo: ‘APRENDA A SER VADIA, COM AMANDA, SOL, E CHO! O preço é você dar uma pra alguém, SE ENTREGE AO PRAZER DO MUNDO DAS VADIAS’! -Fala Pamy fazendo Déborah rir, sentando-se na mesa da Grifinória novamente, ao lado de Harry.
-Oi Harry, obrigada por me aconselhar. –Falou Déborah no ouvido de Harry.
-Oi Deby, eu não fiz nada demais, só dei uma forcinha. Afinal ninguém queria que a Pamy matasse mais alguém. – Sussurrou Harry para Déborah, que arregalou os olhos. – Droga! – Pestanejou Harry ao notar que tinha falado um pouco demais.
-Explique-se Potter. –Murmurou para que só o moreno ouvisse.
-Melhor o Cris. –Déborah parou de levar o pão a boca, e olhou para Pâmela, que falava animadamente com Hermione.
-O que a Pamy fez para o Cris? –Perguntou Déborah um pouco mais alto, fazendo Cris que estava muito perto dos dois morenos escutar.
-O que tem eu? -Perguntou Cris
- Você-vem-agora. -Falou Déborah pausadamente levantando-se da mesa, e puxando Cris pela gola da camisa.
-Pamy, eu vou ali, até a aula. –Falou Déborah para Pamy, passando por ela para sair do salão.
-Vê se não demora Deby, vocês tem a noite pra curtir ainda. –Falou Gina, e Déborah mostrou-lhe o dedo do meio com a mão vaga. A ruiva riu.
-Déborah... – Avisou Pamy.
-Eu vou me cuidar – Gritou Déborah antes de sumir do salão com Cristophe em seu entrelaço.
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-Fala logo, o que a Pamy fez. –Ordenou Déborah batendo o pé. Cris passou a mão pelos cabelos.
-Os garotos e eu combinamos de não falar nada... – [Gesticulou.
-DE-SEN-BU-CHA. –Citou entre dentes.
-Ela foi no meu dormitório, ficou em cima da minha cama e ameaçou me matar com uma faca de prata. –Falou Cristophe rapidamente.
-Ela O QUÊ? -Berrou Déborah, fazendo as poucas pessoas que passavam pelo corredor pararem para ver oque acontecia. – Oque foi? Nunca viram uma brasileira dando piti, não é?
-Relaxe vampira, eu ainda tô vivo, não? -Disse Cris.
-A Pamy pode ser a minha Best Friend Forever, mas não tem o direito de te ameaçar... SÓ EU POSSO FAZER ISSO! –Gritou Déborah. –Vamos mudar um pouquinho esse jogo. –Continuou e a expressão raivosa sumiu de sua face, dando lugar a um sorriso. -Vamos, a minha primeira aula é de historia da magia, e a sua? -Perguntou puxando o loiro/ruivo novamente pela camisa.
-Idem. –Falou Cris. -Vampira, pode me soltar, eu sei andar. – Falou sarcástico, Déborah riu sem jeito.
-Foi mal. –Desculpou-se antes de chegar a porta da sala de historia da magia.
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Narrador Pâmela on
Harry me levava até a sala de aula, onde dividiríamos com todos os quintos anos, o da Sonserina, da Grifinória, Lufa-Lufa e Corvinal, além de nós duas, eu e Deby, que não tínhamos casa. Todas as aulas seriam assim, por um lado era bom, afinal eu e Déborah não ficaríamos totalmente perdidas por não saber que aulas frequentar, mas por outro ter que aturar a cara das Bitchs seria, no mínimo, um fator que apenas iria contribuir para minhas rugas precoces. Suspirei, saindo dos meus devaneios de uma mente nada sã quando vi o amado Cris ameaçar se sentar ao lado de Déborah. Corri que nem uma gazela e me sentei ao lado da Shaw, que deu um pulo na cadeira.
-Oh, I’m sorry, Cris. –Falei com meu melhor tom falso.
-Sem problemas, Pamyzinha. –Devolveu e eu me levantei, espalmando as mãos na mesa.
-Ah não! Isso não, depois as pessoas não sabem o porquê do meu jeito revoltado! Eu tento ser legal, mas só levo patada! –Dramatizei, eu sei, mas eu estou ansiosa, então abafa.
-Pena pra você, Morais. –O projeto de Fanta laranja falou e eu abri a boca exageradamente.
-Eu vou te matar, seu filho da... –Mas fui interrompida pelo professor que atravessou a parede. Quando eu digo que alguns professores (leia: a maioria) não são de Deus, as pessoas me chamam de louca, mas aí está uma prova.
-Todos sentados. –A voz do Professor Binns fez os alunos gemerem e se sentarem. Tentei me acalmar e observei o idiota sentar do outro lado de Déhh, fazendo dupla com Neville. –Hoje nós iremos apenas revisar o que aprendemos ano passado e nos anos anteriores, o que é preciso devido as N.O.M.s que acontecerão no fim do ano letivo. –A voz do fantasma era irritantemente monótona, agora eu entendia o porquê de Rony sempre dormir nessa aula. E coloca-la como primeira do dia era sacanagem.
<30 minutos depois>
Minha cabeça estava apoiada em minhas mãos, eu quase dormia, quase por causa do energúmeno chamado Fernando que ficava assoprando na minha nuca, e como eu me arrepio até com a variação de temperatura, eu tava quase tendo um treco.
-Fernando, para! –Pedi pela milésima vez.
-Ah, você tava quase tendo um orgasmo. –Abri a boca em choque com o que ele disse, Ian e a vadia da Déborah abafaram risadas e eu me virei rapidamente, acertando um belo tapa na cabeça dele, arrancando mais risadas abafadas. Não provoque uma Morais sonolenta, a não ser que você queira parar no hospital. Desviei meus olhos para frente, certa de que o quesito Fernando estava resolvido.
<15 minutos depois>
Olhei para Déborah molemente, preparando meu melhor olhar pidão.
-Amiga. –Comecei em um sussurro manhoso.
-Que foi, Mascote? –Disse com um risinho de canto.
-Tô com sono.
-Eu percebi. –Respondeu sarcástica.
-Então, sabe, eu tava lembrando que quando você fica com sono nas viagens eu sempre... –Comecei minha chantagem, que era um dos meus fortes, e ela logo me interrompeu com um gesto de mão.
-Poupe saliva com suas chantagens elaboradas, Pamy. –Disse afastando um pouco a cadeira da mesa, virei de lado na cadeira, atraindo olhares entediados de alguns alunos, e me deitei no colo de Déhh, que se colocou a fazer um cafuné com sua mão livre.
<Tempo indeterminado depois>
-Alguém acorda ela! –Escutei a voz mandona de Hermione.
-Senhorita Morais. –A voz de Binns chamou e eu levantei um dos meus braços, sem me sentar.
-É Pâmela! –Corrigi.
-O que a senhorita está fazendo? –Perguntou e o vi flutuando em minha direção.
-Contando quantos chicletes tem em baixo da mesa. –Respondi. –Tentando dormir, se o senhor não se importa. –Completei baixinho.
-A senhorita pode responder minha pergunta? –Falou e eu suspirei.
-A revolta dos Centauros ocorreu por volta de 1800, iniciou na Espanha e se espalhou rapidamente pela Europa e Ásia. Em pouco tempo de batalha, cerca de três anos, os Centauros conseguiram reivindicar seus direitos de vez, formando contratos mágicos com os Ministérios da Magia dos países e até hoje eles convivem em locais predestinados a eles, mesmo sem manter uma relação pacífica com os bruxos, já que tanto os bruxos quanto os Centauros se consideram seres superiores. –Falei sonolenta, observando a expressão chocada do professor. –Só isso? –Perguntei, ansiosa pra voltar a dormir, aquela mesa deixava um escurinho bom para meu sono.
-Hum, correto, mas agora se sente. –Mandou e eu, contra minha vontade, sentei, me virando para frente e deixando minha cabeça cair pesadamente sobre o livro fechado. Senti um cutucão em meu braço e virei minha cabeça.
-Que foi, Rony? –Sussurrei preguiçosa.
-Como você consegue fazer isso? Você tava dormindo, né? –Sussurrou em resposta, parecia “encantado com o meu dom”. Ah tá! Ri litros. Ou melhor : ri a Amazônia toda aqui.
-É, mais ou menos. –Resmunguei, meu cérebro não processava as coisas direito.
-Como assim?
-Depois eu explico. –Falei antes de fechar os olhos novamente.
<Fim da aula>
Levantei e me espreguicei, sentindo os ossos estalarem.
-Agora sim eu estou acordada! –Exclamei recolhendo meu material. –Eu nunca gostei de História, mas o Binns piora a minha situação, que já é precária. –Comentei rindo.
-Eu também tava quase dormindo. –Deby murmurou sonolenta.
-Mas como você conseguiu responder o Binns? –Hermione perguntou, juntando-se ao grupo.
-Sei lá, meu cérebro fica ligado enquanto meu corpo descansa, não é a primeira vez que isso acontece. –Falei e saímos da sala apressados para não nos atrasarmos para a aula de Poções, quando estávamos descendo uma das milhares de escadas (agora eu sei por que as britânicas são magras sem malhar) de Hogwarts, uns pirralhos passaram e derrubaram suco, e eu, com toda a minha cegues, não vi e acabei escorregando e descendo as escadas. De bunda.
Quando acabou os degraus da escada, eu logo vi Harry, Rony, Déborah, Hermione, Ian e Fernando me cercarem, preocupados. Eu os fitei séria e depois cai na gargalhada. Sério, alguém liga pra Merlin e diz que estão aprontando com minha pobre santidade.
-Por que eu sempre caio no primeiro dia de aula? –Perguntei para Deby, que deu de ombros e ajudou a me levantar.
-Tá tudo bem? –Harry perguntou, pegando meus materiais do chão.
-Tirando a dor na bunda devido a dois tombos em menos de três horas, eu tô ótima. –Respondi me alongando. –Ai minhas costas. –Resmunguei.
Narrador Pâmela Off
- Quer que eu ligue para o veterinário? –Zombou Déborah, pegando um celular imaginário.
-Zele pela sua vida, Deby. –Respondeu Pâmela, pegando sua bolsa que estava no chão.
-Que bolsa maneira! –Exclamou Rony ao ver a bolsa de Pamy. –Como conseguiu? -Perguntou o ruivo.
-O Tio Dumby deixou. –Afirmou Déborah, mostrando sua bolsa para os demais.
-Se é assim, nós dois compraríamos uma também. –Disseram Ian e Fernando em uníssono.
-Vocês sem duvida, escolheriam as mochilas do bob o construtor. –Disse Pâmela, fazendo todos rirem.
-Quanta imaginação, Mascote. –Alfinetou Fernando.
-Vamos logo gente, senão chegaremos atrasados na aula do Snap, coisa que não é muito agradável. –Informou Hermione, não querendo chegar atrasada na aula.
-Pode deixar Mione, você vai chegar rapidinho na aula. – Disse Ian com uma cara de quem tava aprontando. O moreno olhou para o irmão e apontou com a cabeça para Hermione, a mesma percebeu do que se tratava.
-Gente... não... vocês dois não se atreveriam.... –Falava Hermione dando passos para trás, mas Fernando e Ian já a tinham colocado no colo, começando a correr. Harry fechou a cara enquanto Rony sorria. Déborah percebeu o incomodo de Harry e foi até o lado dele, sorrindo.
-Ciúmes? –Cantarolou a morena, Harry virou a cabeça para olha-la.
-Não. –Sussurrou Harry, Déborah sorriu mais ainda
-Acredito. –Murmurou Pâmela.
E todos foram a caminho da aula de poções.
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-A poção de Troca de Caráter é precisa, então será feita em trio, alguma pergunta? –Falava Snap, em seu tom de voz frio.
-Você usa shampoo Seda? –Murmurou Déborah para Pamy, que riu.
-Draco Malfoy, Nataniel Malfoy e Blaise Zabini. –Decretou Snap, a primeira equipe se formara.
-Sol de lá Riva, Cho Chang e Amanda Mackenzie. –As três pularam de alegria por ficarem no mesmo grupo.
-Ridículo. –Murmurou Pâmela ao ver a cena. Déborah sorriu em concordância.
-Potter, Granger e Longbotton. –Snap sorriu desafiador e Harry rangeu os dentes. -Ferraz, Ferraz e Weasley. Morais, Shaw e Guibiz.
-É Pâmela! – Exclamou Pamy levantando as mãos para se fazer presente.
-Pamy, vamos logo com esse trabalho. –Disse Déborah mal humorada. – QUEM É GUIBIZ AQUI HEIN? -Gritou Déborah, fazendo todos parem o que estavam fazendo, Snap a olhou de cara feia. –Eu só queria achar a minha colega de trabalho professor. –Afirmou cm carinha de anjo. Ian e Fernando esconderam as risadas.
-Eu sou Guibiz, para ser mais exata, Bianca Guibiz, mas me chamem apenas de Bia. –Falou uma loira que chegou perto de Deby e Pamy.
-Bianca é você? -Perguntou Pamy se colocando na frente de Déborah.
-Pamy, eu sabia que era você. – Bianca jogou-se em cima de Pâmela.
-Ei, ei, ei, ser humano excluído aqui! –Falou Déborah as separando do abraço.
-Deby, essa é a Bia, lembra? Aquela que sumiu quando estávamos no 6ºano. –Explicou Pâmela extravasando felicidade. Déborah parou pra pensar um pouco e lembrou-se.
-Bia? OMG! BIA! –Agora foi Deby que se jogou em Bia.
-Agora vamos fazer o trabalho, depois conversamos. –Disse Bianca.
-Ainda continua a mesma. –Falaram Déborah e Pamy em uníssono, fazendo as três rirem.
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Narrador Pâmela On
Assim que terminamos o trabalho com a Bia – EU AINDA NÃO ACREDITO QUE ELA É A BIA! – sentamos em nossas cadeiras e eu contei a Deby que o Ian tinha seguido ela e talz. Resultado: ela ficou possessa. Não aguentando mais ela falando em mil e uma maneiras de torrar o Ian, falei:
-Tô morrendo de sono! -Exclamei me espreguiçando.
-Então todo mundo entra na fila. -Falou Ian que chegou perto de onde eu e Deby estávamos.
-Seu cachorro! Dedo duro, X9 de uma figa! –Deby deu a louca, começando a dar umas patadas na cabeça de Ian. – Por sua causa eu briguei com a Pamy, seu idiota. VAGABUNDO!
-Mas eu não fiz nada! –Disse Ian inocentemente, como se a Deby fosse acreditar rá.
-E o Voldemort está vestido de noiva! –Acrescentou minha amiga.
-Sério Deby, ele não fez nada, eu mesma vi você e a coisa queimada no lago. Eu tava de sacanagem. –Admiti rindo.
-Isso aê Gely, eu não fiz nada, sou inocente. –Defendeu-se Ian enquanto Deby pegava ele pela orelha.
-Mas isso não quer dizer que eu vou te deixar em paz, Ferraz. – Deby disse antes de solta-lo, pegar seus materiais, e sair da sala junto comigo.
Narrador Pâmela Off
Déborah e Pâmela saíram da sala de Poções, conversando animadamente até que ouvidas por Amanda, Sol e Cho que também estavam a caminho do almoço.
-Ora, ora, se não são as cachorras! –Exclamou Cho. –Só falta a Granger pra completar o canil.
-Se não são as vadias que dão pra todo mundo. –Falou Déborah pondo-se na frente de Cho. –Só falta a Marieta pra completar o cabaré.
-Ui, depois dessa eu ia pras masmorras. –Murmurou Pâmela, fazendo Déborah rir.
Escutaram passos e logo Hermione surgia pelo corredor, conversando com Bianca.
-Nossa, mais uma para ir para o canil. –Sol comentou, fitando a loira que acompanhava a castanha.
-O quê? –As duas recém-chegadas perguntaram, mas Pâmela crispou os lábios.
-Não vou perder meu precioso tempo com vocês, então late que eu tô passando. –Disse e puxou Déborah. –Meninas. –Chamou e logo passaram entre as rivais, mas antes de sumirem, Sol segurou o braço da Morais, que se virou imediatamente. –Não encosta! Eu simplesmente odeio cheiro de álcool gel e não quero ter que desinfetar meu braço. –Resmungou desvencilhando-se da loira.
-É só para dar um avizinho para vocês. –Disse, não se importando com o que a garota tinha falado. –Não se metam comigo, melhor: não se metam conosco.
-Isso aí, vocês não são as únicas brasileiras por aqui. –Amanda disse, apoiando-se no ombro da de Lá Riva. Déborah e Pâmela passaram os olhos pelas duas.
-Ah tá! Só porque você nasceu no Brasil, não quer dizer que você seja brasileira. –Deby destilou.
-Eu não só nasci no Brasil, como se percebe. –A ruiva disse.
-Oh projeto de ruiva, primeiro: você caiu no meu conceito quando deixou um cara pegar nos seus peitos; segundo: vou mandar a Gina te dar uma aula do que é ser ruiva. –Pâmela começou, deixando as outras perdidas na conversa.
-Terceiro: vai procurar a Parkinson porque esse seu grupo tá muito mais que fraquinho; quarto: seu conceito de “brasileira” está bem ultrapassado, querida. –E Deby completou calmamente.
-Quinto: já mandei latir, porque a gente tá passando. –Piscou para ela, antes de se virar e sair com as amigas.
-Quem elas pensam que são? –Cho disse em uma voz aguda.
-A Shaw eu não sei, mas a outra coisa se acha porque usa um uniforme diferente. –Pansy apareceu, de braços cruzados. –Eu não fui com a cara dessa garota. –Comentou, lançando um sorriso para o grupo. –Mas eu tenho que concordar: seu grupo está fraquinho. –Concluiu se aproximando mais.
-Olha quem fala, nem grupo você tem. –Sol devolveu.
-Bem por isso, essas aí não estão para brincadeira, vocês viram o quê elas fizeram com a Edgecombe? –Falou e elas se entreolharam, concordando.
-Por que você não gosta delas? –Amanda perguntou.
-Não gosto da Granger porque ela é uma sangue-ruim ridícula, não gosto da Weasley porque ela se acha, não gosto da Lovegood porque ela baba o chão que a pobretona pisa, além de ser uma lunática, e odeio a Morais pelo simples fato dela estar toda fresca para o lado do meu Draco. –Respondeu.
-E a Shaw? –Cho perguntou.
-Já deu para perceber que ela é unha e carne com a Pamy. –Disse com asco.
-Então nós temos uma aliada? –Amanda alfinetou.
-Sim, mas que fique claro que eu não entro em guerra para perder. –Avisou indo até elas e sorrindo.
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-Ai! Achei que tinha ficado com saudades da casa da Déborah! –Pamy exclamou quando viu Gina chegar, juntamente de Luna.
-Uh, agregada? –Déhh perguntou. –Luna, odeio agregadas. –Falou e a garota franziu o cenho. –Por isso você vai fazer parte do grupo. –Abraçou a corvinal pelos ombros.
-Com certeza vem pedido por ai. –Luna disse rindo.
-Com certeza, mas antes queremos mostrar um lugar para vocês. –Pâm concordou, andando pelos corredores de Hogwarts até o sétimo andar, parando em frente ao quadro de Edward. –Beleza Ed? –Perguntou e o garoto riu.
-Tudo sim, meninas. –Ele respondeu. –Senha?
-Jujubas. –As duas sorriram infantilmente e logo a passagem foi aberta.
-Visitas na frente. –Deby disse e as quatro entraram no Salão.
-Ow! –Soltaram.
-Que maneiro. –Gina disse enquanto ria.
-OK, depois vocês babam o Salão, agora temos que avisar as caçulas de algo. –A Morais disse, sentando-se no sofá confortável, junto com as outras garotas.
-É, acho que envolvemos vocês nas nossas inimizades. –Gely disse, coçando a nuca.
-A Parkinson nunca foi com a minha cara. –Gina adiantou, indiferente. –E minha vida está muito parada, alguma coisa tem que acontecer e uma rivalidade adolescente pode ser boa. –Comentou.
-Essa é das minhas! –Pâmela exclamou, batendo na mão de Gina e rindo.
-É, mas arranjar rivais agora não vai ser nada bom, já que nós temos que nos concentrar nas aulas. –Hermione disse.
-Essa é das minhas. –Bianca riu.
-Ok, eu me meto em encrenca e tiro notas boas. –Pâmela informou.
-Você é um caso raro a ser estudado. –Déborah resmungou, sendo empurrada de leve pela amiga.
-Bem, a maioria das pessoas tira sarro de mim por ser estranha. –Luna disse sonhadora.
-Ser igual a todo mundo não tá com nada Luna, ser diferente é bem melhor. –A morena sorriu para a Lovegood, que retribuiu.
-Valeu Pâm. –Disse.
-De nada, mas não se acostuma, sou péssima para apoio emocional. –Disse com uma careta, arrancando risadas.
-Sem querer ser estraga prazeres, mas acho melhor deixar a nossa “reunião” para a noite, agora temos que almoçar. –Hermione falou e elas concordaram, usando algumas passagens do castelo (tendo a grifinória como guia) para chegarem mais rapidamente ao Salão Principal.
-Me desculpem meninas, mas a Sonserina me chama. –Pâmela falou dramaticamente, se encaminhando até a mesa das serpentes.
-Ela vai se envolver com adversários. –Gina avisou.
-Ela vai é fazer mais aliados. –Déborah discordou.
Pâmela deslizou uma das pernas para se sentar entre Draco e Nataniel.
-Hey boys. –Disse pegando um prato e colocando um pouco de comida.
-Oh, achei que ia ficar na Grifinória. –Draco comentou sem olhá-la. Pâmela colocou o prato sobre a mesa e o fitou, descrente.
-Qual é, Malfoy?! Eu sou uma pessoa muito sociável, ok?! –Disse “severa” e o loiro a olhou, abrindo um sorriso enorme que logo se transformou em uma gargalhada. –Que foi?!
-Pamy... Você não é... Sociável. –Informou e ela fechou a cara.
-Viu o que eu passo? –Virou-se para Nate, que ria também. –Ah não! É um complô! –Acusou.
-Liga não, morena, esses dois são mais ligados que os gêmeos Weasley. –Blaise comentou e observou a brasileira arquear uma sobrancelha de forma maliciosa, fazendo os dois Malfoy pararem de rir instantaneamente.
-Ah não, não é isso! –Defenderam-se amuados, fazendo-a rir.
-Tá duvidando de mim? –Draco perguntou e Pâm rolou os olhos.
-Sei lá. –Deu de ombros, o que arrancou uma risada do outro Malfoy e do Zabini.
-Desceu no meu conceito, primo. –Caçoou Nate.
-Cala a boca, retardado. –Rosnou, dando um tapa na nuca dele.
-OK, eu vou rir com vocês. –Ela comentou risonha. Quando olhou para o lado se deparou com um olhar totalmente desagradado de Pansy. –Que foi Parkinson? Cara feia pra mim é fome e tem comida na sua frente! –Disse alto o suficiente para ela ouvir. –Opa, esqueci! Quer que eu peça pro Dobby capim? –Indagou e ela ficou com o rosto totalmente ruborizado.
-Cara, ela não é uma inimiga fácil não. –Blaise avisou e o olhar de peixe morto da bruxa (Pamy aqui: sou foda, ok?) recaiu sobre ele.
-Não me subestime, Blaise, querido. –Piscou para ele, que sorriu de canto. –Eu tenho uma faca de prata, pode perguntar pro Halle. –Complementou, fazendo Draco gargalhar novamente.
-Explica essa história! –Nate pediu curioso.
Na Grifinória, Déborah travava uma guerra de trocas de juras de amor pelo olhar com Amanda.
-Eu vou pegar aquele cabelo ruivo falso dela, enfiar na água oxigenada, cortar com navalha e a fazer comer aquelas pontas duplas ridículas! –Rosnou Déhh, atraindo olhares chocados dos amigos.
-Credo. –Rony soltou com a boca cheia.
-Modos Ronald! –Ralhou Hermione.
-É Ronald. –Déborah concordou, implicante.
-Cara, eu não sei como a Pamy aguenta ficar cercada por tantas cobras. –Fred comentou.
-Simples, ela é como uma Anaconda – Rainha das Serpentes. –Riu-se Déborah, fazendo-os rir. O celular dela vibrou e ela o tirou do bolso.
Olha quem fala. –Pamy.
-Como ela ouviu? –Gian perguntou e viu a outra dar de ombros.
-Mistérios. –Riu e mostrou a língua para a mesa da Sonserina e a amiga fez o mesmo.
-Sério, vocês duas são muito malucas. –Harry disse. O celular de Deby vibrou novamente.
-E você não para de olhar a Chang. –Constatou amuada, fazendo-o corar. –Eu vou arrancar o cérebro dela pelo nariz, ok? –Informou fuzilando-a com o olhar.
-Calma. –Cristophe falou rindo.
-Você não ouviu o que ela disse para mim e para a Pamy, ok? –Retorquiu.
-Ela com certeza mereceu. –Comentou baixinho, levando um forte tapa na nuca. –Ai Déborah! –O celular da bruxa vibrou de novo e ela digitou uma resposta agilmente. Logo Pâmela se levantava na mesa da Sonserina e andava até a Grifinória, com um sorrisinho de canto. Quando ficou atrás da amiga, desferiu um tapa na cabeça do ruivo/loiro. –Que merda! O que foi isso?! –Inquiriu, fuzilando-a com os olhos.
-Isso foi um tapa. –Disse rindo. –E foi pra você aprender a não falar mal de mim quando eu não estou perto. –Completou.
-Ah, você gosta de ouvir as verdades? –Alfinetou e ela deu de ombros.
-Gosta de ver o medinho nos olhos de uns e outros quando uma patricinha indefesa dá uma passadinha no quarto deles. –Comentou com falso pesar e depois olhou para a amiga. –E eu não vou pedir desculpas. –Completou irredutível, voltando para a mesa da Sonserina.
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