... do Amor.



Capítulo 72 - ... do Amor.

Harry apareceu com Griffon no refúgio para os grifos. Seria melhor manter o animal ali, que na floresta. Assim ele não teria problemas para visitá-lo, nem pegaria uma detenção por estar em área proibida, já que ali ainda era dentro do castelo e eram poucos os que teriam acesso.
Griffon viu algo atrás do moreno e deu algo que Harry identificou como uma risada .
Ele se virou e ficou surpreso com o que viu. Sua mãe e irmã estavam paradas com as mãos na cintura, batendo o pé. Atrás delas estava seu pai, com a expressão meio de surpresa, meio de divertimento. E sentado na mureta, estava Logan, olhando para a paisagem, como se tudo fosse normal.
- Harry Tiago Potter. Pode ir se explicando. – disse Lilian.
- Ele me seguiu até aqui? – disse ele embaraçado.
- Por que não tenta a verdade. – disse Cris.
- A verdade não é sempre a melhor coisa. – disse ele, mas ao ver que elas fecharam mais a cara . – Bom, o Hagrid veio me avisar que os centauros queriam falar comigo. Firenze me mostrou Griffon, e eu o trouxe pra cá.
- A parte que você sobrevoa o castelo e se reconhece como herdeiro de Hogwarts se enquadra onde nesta historia? – perguntou a ruiva mais velha.
- Não fui eu, foi o Lord Gryffindor. – disse ele.
- Você já mentiu melhor, Harry. – disse Tiago.
- Você vai contar, ou prefere que eu conte. – disse Cris.
Sem saída ele conta sobre o Livro, quando ele recebeu, o que ele falou, quem era, e até mesmo a historia de confiar em algo sem saber o que o controla. Como vem ajudando os irmãos na escola e fora dela, como aconteceu no Tribruxo e no Ministério.
- Sempre achei que Fenrir não ia deixar as coisas rolarem sem uma intervenção. – disse Tiago. – Ainda mais depois que ele contou sobre a vida dele para nossos pais e a Tia Mimi.
- Mas você ainda não explicou porque você apareceu como o Lord Gryffindor para a escola. – disse Lilian.
- Era a coisa certa a se fazer. – disse ele. – Firenze disse que tinha que assumir minha herança, e essa é a forma correta. Sem contar que agora eu fecho a proteção que o Logan tinha colocado na escola, e ninguém mais pode invadir o castelo.
- Da próxima vez pelo menos avisa. – disse Lilian.
- Lírio, você sabe que tem coisas que devem ser feitas na hora. Sem aviso. – disse Logan lembrando a todos de sua presença. – e muitas vezes esperamos para ver as reações das pessoas ao fato.
- Você sabia disso tudo o tempo todo? – perguntou Cris.
- Sim. Mas antes de explicar, devo lembrar ao Harry que a Gina está o procurando. – disse ele.
- Ela deve estar doida me procurando. – disse ele aparatando.
Logan ficou explicando como sabia das coisas.

O ar foi se tornando mais romântico com a aproximação do Dia dos Namorados. Novos casais iam se formando, e uma paz se formou. Infelizmente este ano, não haveria oficialmente uma visita ao vilarejo, mas algumas pessoas estavam planejando ir assim mesmo.
Cris e Gina estavam tristes por não poderem ir, já que seus namorados preferiam mantê-las no castelo se não houver necessidade de sair.
Dos filhotes de Marotos os únicos solteiros eram Neville e Luna, que não ligavam muito par isso, e Dani, já que os meninos tinham medo dela, e do irmão.
Eles deveriam ter mais medo de Rafael que de Logan.
Dumbledore permitiu que algumas atividades relativas à data acontecessem. Lilian ia dar aula sobre Poções do Amor, apesar de não ensinar a prepará-las. Flitwick ia ensinar alguns feitiços de fascinação. E Minerva ensinaria a arte da transfiguração de flores. As não seguiriam as turmas normais, mas todos teriam que comparecer uma hora, ou perderiam pontos e receberiam detenção.
Na mesa do café da manhã havia uma infinidade de bombons.
Os Filhotes de Maroto decidiram ficar todos na mesa da Grifinória. Na verdade, Logan não ia desgrudar de Cris, então estava com ela naquela mesa. Dani não aguentava as suas colegas falando sobre meninos, ainda mais que ela tinha visto alguns mais bonitos e desejáveis em suas viagens pelo mundo com o esquadrão dos caçadores.
Uma segunda bandeja de bombons surge na frente deles, e o primeiro a se servir foi Logan.
- Estes são os melhores. – disse ele fazendo Rony, Gina e Neville pegaram um. – A poção do amor que está dentro, salva o desastre que eles fizeram no preparo do recheio.
Gina soltou o que estava na sua mão como se tivesse tomado um choque. Rony parou com o bombom preso entre os dentes sem, no entanto, deixar marcas, esperando que ele dissesse que era uma brincadeira. Neville deixou o seu cair no chão.
Logan se serviu de mais um.
- Nas férias, vou colocar um pouco no brigadeiro para você provar, Fada. – disse ele.
- Você está pensando em dar poção do amor pra minha irmã? – perguntou Harry irritado.
- Sim. – disse o menino se servindo de mais um bombom. – As poções do amor geram uma ilusão do amor, não o amor. Mas quando ele já existe entre a pessoa que oferece e a que recebe, o efeito é outro, dependendo da intenção. A minha será apenas carinho, não se preocupe.
- Como você não é afetado? – disse Mione. – Você sente o gosto, deve sentir o cheiro, mas não demonstra nenhum sintoma.
- Poções podem parecer muito com a alquimia não bruxa, ou a química trouxa, mas continuam sendo magia. – disse ele mordendo mais um bombom e liberando seu recheio e todos puderam sentir o cheiro característico para cada um da poção. – E tem algumas situações que uma poção do amor não funciona, assim como o feitiço de uma veela. Se eu estiver completamente apaixonado por alguém, um bombom não me afetaria, uma caixa sim. Qualquer um de nós precisaria de pelo menos três destes para sentir o primeiro sintoma. Isso só o faria comer mais. Eu estou comendo por que sou chocólatra, e esse está muito bom.
- Isso quer dizer que alguém quer que um de nós se apaixone por ele ou ela. – disse Tony.
- Acho que o alvo deve ser o Harry. – disse Fernanda.
- Ou alguém que quer causar uma briga entre a gente, pois logo alguém ia se manifestar e pelo jeito que vocês comem, era certo que mais de um o fizesse. – disse Flávia.
– Certamente era para Harry e o Logan brigarem e deixarem as ruivas desprotegidas. – disse Rony.
- Muito descuidado. – disse Dani. – Se fosse realmente obra de algum demônio seria melhor executado e não seria uma bandeja diferente do restante.
- Vamos levar para os professores. – disse Cris. – Mamãe deve identificar com precisão a poção e os outros devem poder descobrir quem mandou.
Eles seguiram para o salão dos aurores, enquanto Fernanda dava o recado.
- Qual o problema? – perguntou Tiago, ao entrar com os outros no salão, juntamente com Dumbledore e Minerva.
- Esse. – disse Logan pegando mais um bombom e mordendo, enchendo a sala com o cheiro da poção.
- Você tem que parar com isso. – Ralhou Cris.
- Poção do Amor. – disse Tonks.
- Pelo que eu entendi foi direcionada para vocês. – disse Sirius.
- Sim. – disse Rony. – Apareceu somente na nossa frente. Ou já teríamos brigas por todo o salão.
- Você está certo. – disse Lilian. – Existem várias poções do amor. Cada uma age diferentemente. O amor pode ser gerado entre quem a recebe e quem a faz, entrega ou que contenha alguma parte do seu corpo, como um fio de cabelo. Essa é de quem entrega, ou que impossibilita que eu consiga identificar quem fez isso.
Ela já havia analisado o meio bombom que Logan mostrou para eles.
- Como faremos para identificar quem fez isso? – perguntou Mary.
- Podemos ver com os elfos quem entregou os bombons para eles. Como não são humanos, a poção não os identifica como alvos do amor. – disse Dumbledore.
- Isso não vai dar certo. – disse Tiago. – Se a pessoa pediu para eles não contarem, nem mesmo você poderá fazer com que falem.
- Claro que posso. – disse o diretor. – Eu sou mestre deles.
- Na verdade, se não tiver nenhum elfo que pertence ao senhor, na cozinha. – disse Lilian, que havia estudado a magia dos elfos para ver se podia libertá-los, sem sucesso. – Todos pertencem a escola, e eles devem respeitar as ordem dos alunos, se não for nada grave. Pra eles, colocar uma bandeja de bombons na mesa, no dia dos namorados, é uma coisa normal.
- Então alguém deveria comer o bombom. – disse Remo.
Todos olharam para Logan.
- Nem vem. Para que eu pudesse sentir os efeitos da poção, eu teria que sair do castelo. – disse o brasileiro.
- Mas assim que voltasse, passaria. – disse Dumbledore. – E você poderia nos contar.
- Não sabemos o que a poção pode fazer com ele. – disse Dani. – Ele pode simplesmente convocar a pessoa para onde ele estiver.
- Então, o que faremos? – perguntou Lilian, e ela reparou no olhar dos Marotos. – O que vocês vão aprontar.
- Daremos a alguém menos perigoso. – disse Sirius.
- Alguém sem poderes. – disse Tiago.
- Filch. – completou Remo.
- Vocês só podem estar brincando. – disse Minerva.
- Não. – disseram eles.
- Faz sentido, Minerva. – disse o diretor. – Essa poção é forte, e parece que pode interferir nos poderes de alguém. Não quero arriscar nenhum dos professores, nem mesmo aluno.
-Sem contar que será uma grande lição para não usar os conhecimentos levianamente. – disse Tonks, adorando a ideia.
Dumbledore pegou um bombom e foi ao encontro do zelador.
Os marotos não iam perder essa por nada, pediram o mapa para Harry. E Localizaram Filch.
Como ele estava no Hall de entrada se assegurando que nenhum aluno saísse do castelo, o grupo aparatou com auxilio dos que podiam para a escada, onde poderiam ver a cena.
Dumbledore chegou alguns minutos depois, se xingando por não ter pensado em pedir ajuda a eles, e ter decido todo o castelo a pé.
- Argo, tenho algo para você. – disse o ancião, entregando o bombom.
Meio desconfiado, ele comeu.
Imediatamente ele mudou sua expressão para apaixonado.
- Diretor, você poderia ficar no meu lugar. – disse ele. – Tenho um encontro.
Ele nem esperou para resposta e seguiu correndo, ou mancando rapidamente para o salão principal, e procurando por alguém, até que a encontrou.
- ROMILDA MEU AMOR. – berrou ele, se dirigindo para ela entre as mesas.
A menina ao ouvir seu nome ser gritado pelo zelador, ficou branca e quando viu que ele corria em sua direção, correu também, mas na direção contrária.  
Eles deram duas voltas completas no salão, antes da menina se cansar e correr para fora, encontrando com Dumbledore.
- Me ajude. – ela suplicou para o professor. – Eu não queria isso. Era para o Harry se livrar do encantamento que a Weasley lançou nele.
Gina quase lançou nela uma maldição quando ouviu.
- Minha querida, por que foges de mim? – disse Filch saindo do salão, muito tentaram sair junto, mas as portas se fecharam antes. – Você queria falar com Dumbledore do nosso amor, eu entendo.
Romilda Vance estava estática. No momento que ele ia encostar nela, caiu desacordado.
Todos olharam para Minerva que empunhava a varinha.
- Se ele encostasse nela, mesmo sobre o efeito da Poção, seria assédio. – disse ela.
- Aqui está o antídoto. – Disse Lilian. Entregando um frasco para o diretor.
- Srta Vance, eu espero que tenha aprendido que não se deve mexer com o sentimento dos outros. – disse Dumbledore. - Mas infelizmente terei que descontar pontos de sua casa, além de retirar a sua autorização para Hogsmeade, e deixar você em detenção por algum tempo.
- Mas professor. – disse ela.
- Eu posso simplesmente relevar e deixar que a Srta Weasley se encarregue de você. – disse ele.
 A menina olhou para Gina e tremeu de medo.
-Foi o que pensei. – disse ele.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.