Conflitos Internos e Externos
Capítulo 73 – Conflitos Internos e Externos
- Bom agora está tudo terminado. – disse Sirius, ainda rindo da situação.
Os adultos estavam um pouco afastados dos alunos.
- Nem tudo. – disse Lílian. – Logan ainda está com a poção no organismo. Ela pode não ter efeito, mas enquanto ele não metabolizar ela, não vai poder se afastar do castelo.
- Ela tem razão. – disse o caçador cabisbaixo. Não é uma sensação boa não poder confiar em seus próprios atos. Ele se afastou, juntou-se aos outros adolescentes e abraçou Cris.
- Mas como podemos manter ele aqui, não existe magia que o segure. – disse Mary, ao ver com o menino estava. – E nada mais pode ser feito.
- Mesmo que fiquemos de vigia ele pode sumir sem problemas. – disse Mel.
- Eu acho que eu tenho uma solução. – disse Tiago. – Se ele for algemado com alguém. E a algema funcionar como uma chave de portal ativada com a deslocação espacial dele.
- Mas quem seria a pessoa que ficaria com ele? – perguntou Tonks.
- Teria que ser alguém que poderia controlar ele, caso ele apareça em um ambiente mágico. – disse Tiago. – O que nos deixa poucas opções.
- Deve ser a Cris. – disse Lílian. – E não adianta fazer cara feia para mim, Tiago. Você sabe que ela é poderosa, e a tendência dele para protegê-la pode manter ele dentro do castelo, mesmo que exploda uma guerra. Hoje ainda é dia dos namorados, e não quero ficar longe de você, nem atrapalhar o Harry e a Gina, nem Logan e Cris. Então Dani também está fora de cogitação. Só sobra a nossa filha, que também seria a única que ele não atacaria caso controlado pela poção.
- Ela tem razão, Pontas. – disse Sirius. – Sua filhinha vai ficar amarada ao namorado.
- Não fique com esse sorrisinho no rosto não, eu tenho meios de saber o que está acontecendo com os meus filhos onde quer que eles estejam. Você, no entanto...
- Ele tem toda razão. Almofadinhas. – disse Remo.
- Se teu filho sumir com a minha filha, ele vai ver comigo. – disse Sirius.
- E mais fácil sua filha sumir com o Tony que ao contrario. – disse Mary. – E eu já autorizei a Flavia e a Fernanda a irem a Hogsmeade hoje. Depois das aulas, claro.
Tiago e Lílian se aproximaram dos meninos.
- Logan, Cris. Precisamos falar com vocês. – disse o auror.
O quarteto se afastou um pouco.
- Temos uma solução para o problema da poção. – disse Lílian. – Vamos manter vocês dois juntos, com uma espécie de algema. Ela levará a Cris para onde você for.
- Sem problemas. – disse ele.
- Quanto tempo teremos que ficar juntos? – perguntou a ruivinha.
- A poção vai perder sua eficiência em um dia, mas para garantir acho que devem ficar juntos até amanhã à noite. – disse Lílian.
- Vocês terão que dormir juntos como fizeram em Avalon. – disse Tiago. – Você como grifo, e Cris como humana.
Os dois concordaram.
Tiago realizou o feitiço, e uma pulseira metálica apareceu no pulso direito de cada um, ligados por uma fina linha de luz que foi desaparecendo.
- Vocês poderão ficar longe um do outro por apenas três metros, o que evita alguns problemas logísticos. – disse o maroto.
- Mas e as aulas? – perguntou Cris.
- Hoje vocês terão aulas em turmas livres, e poderão ficar juntos. – disse a medibruxa. - Já amanhã, acho que os professores não se importaram em ter um aluno a mais nas aulas do quinto ano.
*Os Filhotes de Maroto assistiram às aulas juntos e sem mais ninguém por perto. Ninguém teve coragem de se meter com eles, depois do olhar assassino que as meninas lançaram a Vance depois que eles puderam sair do salão principal, após o incidente com o zelador.
O dia passou tranquilo depois disso. Alguns estranharam no dia seguinte que Logan estivesse nas aulas do quinto ano, mas ninguém ousou perguntar nada.
*Os dias se passaram normalmente. Os professores começaram a apertar nos estudos, com a aproximação do fim do ano e dos NOMs para os alunos do quinto ano, o que deixou Gina, Cris e as gêmeas sem muito tempo livre.
- Não vejo a hora deste ano acabar. – disse Fernanda.
- Você quer é tempo para namorar. – disse Flávia.
- Eu se fosse você ficava quietinha. – respondeu a gêmea. – Seu namorado é estudioso e ano que vem tem NIEMs, e você não conseguirá mais tempo que esse ano.
- Não só eu. – disse a morena. – Nossas amigas ruivas vão ter esse mesmo problema.
- Viva cada dia como se fosse o último. – disse Gina. – Então vamos comer que estou com fome, e se mais alguém falar em provas vai passar um tempo com a Lílian e a Poppy.
Elas se juntaram com o resto dos Filhotes de Marotos. Com exceção de Cris que seguiu para a mesa do namorado.
O jantar estava seguindo de forma rotineira, sem nenhum problema. Quando um patrono se dirige para a mesa dos professores e para em frente aos aurores, mas não disse nada.
- E uma mensagem privada. – disse Dumbledore. – ele não falará nada na frente dos alunos.
Logos os aurores saíram do salão.
Assim que ficaram sozinhos, a patrono falou.
- Os comensais estão atacando Newcastle. Precisamos de reforços. Eles têm companhia indesejada.
Era a voz de Alice.
- Temos que ir pra lá. – disse Tiago.
- Eu estou pronto. – disse Sirius.
- Acho que Remo deva acompanhar. – disse Dumbledore que os seguiu. – Três Marotos é melhor que apenas dois.
- Mas não podemos deixar o castelo desguarnecido. – disse Tonks.
- Temos os professores, e os Filhotes de Maroto. – disse o diretor. – Sem contar que as proteções do castelo estão muito fortes. Ainda mais depois de Lord Gryffindor ter se revelado novamente.
*- Aquele é o patrono da minha mãe. – disse Neville. – Não deve ser coisa boa.
- Vamos ver. – disse Harry.
- Acho que não devemos. – disse Mione.
- Corta essa Mione. – disse Gina. – Nós já estamos no meio disso.
Eles seguiram e ficaram um pouco afastados. Escutando tudo.
- Eu quero ir junto. – disse Harry.
- NÃO! – disseram Tiago e Lílian ao mesmo tempo.
- Vocês sabem que eu posso fazer isso. – disse o menino. – Quero ver vocês me impedir.
Ele estava quase aparatando quando uma luz vermelha bate nas costas dele, o fazendo desmaiar.
- Você tem que aprender a ouvir. – disse Logan que estava com uma mão apontada para Harry.
- O que você fez? – perguntou Cris, correndo para o irmão.
- Ele não deve sair do castelo. – disse o menino. – Essa era a única forma.
- Vão - disse o diretor. - Vocês são necessários na batalha.
Tiago abre os braços para que os amigos, Tonks e Mel pudessem segurar nele e eles irem para o combate.
- Você não podia fazer isso. – disse Cris partindo para cima de Logan.
- Eu fiz o que tinha que fazer. – ele respondeu, sem olhar para ela.
- Você tinha que evitar que ele fosse para que sempre você fosse o herói da historia. – disse ela.
- Não fale coisas que você pode se arrepender depois. – disse ele, olhando fundo nos olhos dela.
- Eu vou resolver isso. – disse ela. – ENERV...
Mas ela também caiu desacordada, mas Logan a segurou.
- Vou levá-la para a enfermaria. – ele disse. – Seria bom fazerem o mesmo com o Lobinho.
Quando os Filhotes de Maroto, Lílian e Mary chegaram à enfermaria, encontraram somente a menina deitada em uma das camas.
- Acho melhor acorda-los apenas quando os outros retornarem. – disse a enfermeira.
- Eu sabia que ele teria que tomar uma decisão difícil, mas não sabia que era essa. – disse Dani ao ver a menina dormindo.
- O que você quer dizer com isso? – perguntou Luna.
- Eu só vi isso. – disse a loirinha. – Conversei com a mamãe e ela me disse que uma batalha se aproximava e que apenas três cavaleiros voltariam. O Tio entendeu o que quer dizer, eu não.
Lílian estava chocada, ela entendeu bem o que estava acontecendo. Minerva tinha lhe contado que o apelido dos quatro marotos entre os professores era “Cavaleiros do Apocalipse”. E agora esse mesmo apelido era usado para Harry, Rony, Tony e Logan.
O Brasileiro preferiu ver seu namoro desmoronar a permitir que alguém morresse. Possivelmente ele não iria até a batalha para não ser o quarto. Ou iria...
- Dani, cadê o Logan? – perguntou a professora preocupada.
- Eu não estou conseguindo falar com ele, sua mente está parecendo um furacão. – disse ela receosa. – Mas posso sentir que ele está usando magia. O que não é bom.
-“Ti, você está vendo o Logan por ai?” – perguntou ela para o marido.
- “Não. Espero que ele não tenha vindo aqui depois de ter impedido o Harry.” – respondeu o auror.
- “Também.” – disse a ruiva.
- Ele não está na batalha. – disse Lílian ignorando que os outros não sabem como os Potter se comunicam.
- Então ele está se esgotando, para não precisar pensar no que fez. – disse Dani.
- Sala precisa. – disse Gina, se concentrando para ver o que ele via, ao invés de ‘ver’ seus pensamentos.
- Quando ele se cansar, entramos lá e cuidamos dele. – disse Poppy, insatisfeita por não poder impedir isso.
*Os aurores aparataram em uma praça de guerra literalmente. Feitiços voavam de um lado para outro. Espadas eram vistas, mas poucos combates com elas eram vistos, somente Frank usava pelo lado dos aurores, o resto tentava se defender ou atacar com varinhas.
Alice estava sobre um prédio com um arco, atirando flechas naqueles que ela identificava como não humano.
- Cuidem dos Comensais. – disse Tiago assumindo o controle dos aurores. –Nós cuidamos do resto.
- Vocês o ouviram. – disse Kim, que era agora o chefe dos aurores. – Eles sabem o que fazem.
Alguns hesitaram, mas quando viram que os aurores que estavam no castelo sacaram espadas, viram que era melhor não mexer com eles.
- Quem vocês pensam que são? – gritou um demônio ao perceber a nova resistência.
- Somos os MAROTOS. – bradou Sirius cravando a espada no peito do demônio.
Alguns comensais fugiram ao ouvir isso. Mas o que restou começou a lutar com mais afinco. Os demônios riram.
- O que meia dúzia de humanos podem fazer contra uma horda de demônios? – perguntou um antes de ser decapitado pela espada de Mel.
- Muita coisa. – disse Remo derrotando outro.
O número de flechas que acertava os demônios dobrou, quando Frank que já estava cansado se juntou a esposa e sacou uma besta.
- E esse pessoal ainda reclama dos caçadores. – disse ele. – Sem os treinos deles, já teríamos perdido metade do esquadrão.
Os Marotos estavam em vantagem, mais da metade dos demônios já tinha sido derrotadas. Mas eles sabiam que isso não era nada. Um grupinho não tinha entrado na briga ainda, e Mel, que tinha sido ensinada por Dani a identificar o poder dos demônios, informou que aqueles eram de uma classe alta.
Quando só restavam os demônios de alta classe, Tiago parou para analisar o cenário. Restavam apenas dois ou três comensais de pé. Alguns aurores no chão, mas ele precisava se manter focado.
- Vocês lutam bem para meros humanos. – disse o que parecia ser o chefe. – Seriam excelentes hospedeiros para alguns demônios, mas infelizmente nosso chefe mandou matar a todos vocês. O que não será difícil, já que bruxos normais não podem nos vencer.
- Quem disse que somos bruxos normais. – disse Sirius se juntando a Tiago.
- Somos bem mais que isso. – disse Remo. – Seus aliados deveriam ter informado isso.
- Como já dissemos antes somos os Marotos. – disse Tiago.
Tonks e Mel se afastaram. Elas poderiam lutar contras esses demônios também, mas no estado que estavam os três elas só atrapalhariam ou tirariam a concentração. Ficariam na retaguarda, evitando ataques pelas costas ou aos aurores que estavam assistindo.
O Demônio chefe começou a rir, mas parou ao perceber ao olhar dos Marotos, que não era mais humano, era bestial. Então ordenou o ataque.
Os marotos lutavam contra dois ou três demônios de cada vez, e cada vez que um era derrotado, já tinha outro no seu lugar.
Ferimentos foram aparecendo no corpo dos três, mas nada os fazia parar. Até sobrou apenas um, o Chefe.
- Interessante. – disse o demônio. – Não esperava ter que entrar na luta. Normalmente eu já teria sumido, mas terei o prazer de destruir vocês antes.
Ele colocou as mãos paralelas na altura do peito. Uma pequena esfera de fogo apareceu ali. Era mais escuro que o normal, também mais quente. Aumentou até ter o tamanho de uma goles, sem tocar nela, então ele lançou contra Tiago, em tal velocidade que seria impossível para ele desviar, mesmo se o fizesse colocaria em risco todos atrás dele.
Todos os aurores que assistiam a cena ficaram horrorizados, aquele era o fogo maldito que destruiria a tudo que tocasse.
Tiago como bom artilheiro agarrou com firmeza a bola de fogo.
- Estúpido, esse fogo queima tudo a que toca. – disse ele numa gargalhada. – Você está morto.
- Estranho, eu me sinto muito vivo. – disse Tiago rodando a bola de fogo em um dedo. – Mas vamos ver se seu foguinho é tão poderoso assim, já vi mais fortes.
Tiago devolveu a bola de fogo na mesma velocidade que ela tinha vindo e acertou em cheio o peito do demônio que entrou em combustão na hora.
- Exorcismo instantâneo. – disse Tiago. – Acho que o Logan não consegue isso.
- Obrigado, Rapazes. – disse Kim se aproximando deles, mas ao ver a cara da Tonks e da Mel. – E, claro, Meninas. Se não fosse por vocês estaríamos mortos.
- Nada como uma briguinha na hora do jantar, para sair da rotina. – disse Sirius.
- Só vocês mesmo para fazer piada depois de uma batalha dessas, onde vocês saíram com vários ferimentos. – disse um auror descrente.
- As coisas já estão ruins por si só. – disse Tiago. – Temos que melhorá-las para suportar tudo. E o melhor é fazer graça.
- Melhor será voltarmos para Hogwarts. – disse Remo enquanto Tonks curava alguns ferimentos dele. – Tem muita gente esperando pela gente.
- Vamos logo, então. – disse Tiago abrindo os braços e levando os amigos.
- Eles nem esperaram a imprensa. – disse um dos aurores.
- Eles não precisam disso, e sinceramente, eu não ia querer ter que explicar nada disso. – falou o chefe dos aurores apontando para as cinzas dos demônios. – Acho que vou pedir transferência para Hogwarts.
- Entre na fila. – disse Frank, brincando. – Eu e a Lice estamos com a papelada pronta pra te entregar.
*Os Marotos apareceram na enfermaria. E quase foram derrubados quando Lílian pulou no pescoço do marido.
- O que aconteceu? – perguntou o moreno ao ver os filhos dormindo.
- Preferimos não acordá-los até que vocês estivessem de volta. – disse Lílian. – Harry não conseguiria ouvir a razão. E o Logan teve que fazer o mesmo com Cris. Ela queria acordar o irmão, e seria capaz de ir junto, pelo que o namorado fez.
- Como ele está? – perguntou ele.
- Veja por você mesmo. – disse ela, lançando o feitiço para acordar os filhos.
Harry acordou em guarda, sacando a varinha. Cris preferiu ficar deitada, apática.
- Eu pego quem fez isso. – disse o moreno.
- Pega nada. – disse Tiago. – Se Logan não fizesse isso, eu faria.
- Por que ele fez isso? – perguntou Harry.
- Porque era muito perigoso para você. – disse Lílian.
- Ele não precisava fazer o mesmo comigo. – disse Cris.
- Você ia acordar o seu irmão. – disse Lílian. – Eu mesma fiquei tentada com isso. E melhor vocês conversarem.
- Ele terá que vir até aqui para isso, - disse a ruivinha. – não vou correr atrás dele.
- Acho que isso vai ser impossível agora. – disse Gina. – Ele está tentando se esgotar pra não lembrar.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!