Encontro de Caçadores
Capítulo 45 – Encontro de Caçadores.
Distrair Harry foi fácil, como ele fazia matérias diferentes das dela, assim como das outras meninas também. O problema seria o pai dela. Mas Cris não ia desistir.
Seu pai tinha uma tendência a vistoriar o corredor onde Logan tinha seu quarto. E parecia que Tiago estava suspeitando de algo.
- “Fada. Preciso de você aqui na enfermaria.”- chamou sua mãe por telepatia.
- “Já estou indo.” – respondeu ela.
Estranhando o fato, ela seguiu até a enfermaria, no caminho encontrou com o pai.
- Onde você vai? – perguntou o moreno reforçando a sensação da ruiva de que ele sabia.
- Mamãe me chamou. – disse ela.
- Tudo bem. – disse ele com um breve sorriso.
A ruiva seguiu seu caminho, ainda se perguntando o que estava acontecendo, já que ela tinha ficado de se encontrar com Logan.
- Mãe, aconteceu algo?
- Não. Só te chamei pra ajudar. – disse ela apontando para Logan que estava deitado em uma cama.
- Seu pai está no meu pé. Colocou todos os aurores atrás de nós. – disse o brasileiro. – Aí, eu tive que contar pra sua mãe. Ela concordou em nos encobertar.
- Obrigada, mãe. – disse a menina.
- Se divirta, mas não se atrasem. – disse a ruiva-mãe em um tom maroto.
- Vamos. – disse Logan oferecendo a mão para Cris.
- Como vamos? – perguntou ela aceitando a mão.
- Tchau, Lírio. – se despediu ele. – Chegamos.
Cris pode ver que se encontrava em frente ao Três Vassouras.
- Como? Pensei que você não pudesse aparatar em Hogwarts.
- Não era para você falar que era impossível aparatar no castelo?
- Você não gosta muito de regras, magias não te afetam, apenas para bloquear sua magia, e aparatar é uma magia.
- Aparatar não é um feitiço, mas uma forma de manipular sua própria magia. Então eu posso aparatar em qualquer lugar, principalmente naqueles que impedem isso. Assim como seu irmão e seu pai fazem, e você fará assim que souber como.
Eles entraram no pub e Logan avistou o irmão, indicando para a ruiva.
Era um homem com uns 17 anos, alto e forte, com cabelos castanhos escuros quase pretos e olhos da mesma cor. Ao ver o irmão se levantou e bateu uma continência.
- Comandante Wolverine.
- Deixa de palhaçada Rafael. Estamos aqui como irmãos, não como caçadores. – disse ele olhando em volta pra ver se alguém tinha ouvido eles. – Esse maluco, é o Rafael, meu irmão. Essa é Cris, MINHA namorada.
- Vejo que continua com bom gosto, o que não posso falar da dama. – disse Rafael.
- Devo discordar de você. – disse a ruiva. – Posso afirmar que 95% das meninas da escola adorariam estar ao lado dele.
- O resto são as suas amigas? – perguntou o moreno espantado com a resposta da cunhada.
- Não, são algumas do primeiro ano que não ligam pra isso ainda. Mas por que você chamou ele de comandante?
- Essa é minha patente. – disse o menino de cabelo azul. – E por isso ele me deve respeito.
- Mamãe me mandou aqui para ter certeza que vocês dois estão bem. – disse Rafael para mudar assunto. – Ela ainda não se convence de não ter seus filhinhos longe dela.
- Parece minha mãe. – disse Cris.
- Depois você reclama quando eu falo que todas as mulheres mais velhas me tratam como se fosse um filho. Isso inclui sua mãe, suas tias, e as professoras.
- E a Dani, está gostando?
- Muito. Ela está na Corvinal, a casa da mamãe. Os professores sempre a elogiam. Principalmente a Minerva.
- E como está a Tia Minerva?
- Deixa ela te ouvir falando isso. – disse Logan. – Mas ela está muito bem. Pediu para falar com a mamãe para ela fazer uma visitinha, mas não quero colocar isso numa carta.
- Pode deixar que eu falo com ela. – disse Rafael.
- Você vai ficar muito tempo aqui? – perguntou Cris.
- Já ta querendo mudar de irmão? Sim vou ficar um tempo por aqui. Vê como estou vestido de bruxo. Até varinha tenho.
- Você não tem amor a vida, né? – Perguntou Tiago em português.
- Mamãe não deixa você usar seus poderes em mim. – disse o moreno claramente gozando do irmão.
- Como se eu precisasse. – retrucou ele em um tom que amedrontou até mesmo a ruiva.
- São irmãos mesmo. – disse a menina para suavizar as coisas.
Depois disso ficaram conversando sobre as novidades, enquanto Cris fazia perguntas sobre a família deles, tomando cerveja amanteigada, servida por uma Madame Rosmerta que reclamava da facilidade que alguns alunos tinham de sair do castelo.
Cris se levantou dizendo que ia ao banheiro. Não que ela realmente precisasse, mas sabia que os irmãos tinham assuntos para tratar que não fariam na sua presença. Ela confiava em Logan, e quando ele achasse necessário contaria o que estava acontecendo. Já que ela mesma tinha segredo, que não contou para ele, nem mesmo para as amigas. Apesar de suspeitar que ele conhecia alguns, de alguma maneira.
- O que você realmente faz aqui? – perguntou em português Logan ao ver a namorada entrar no banheiro.
- Os pensadores me mandaram aqui para ver se estava tudo bem. Se sua missão esta indo conforme planejado.
- Está indo bem. Mas eles estão escondidos muito bem. E o boato de que bruxos se aliaram a eles é verdadeiro. Já encontrei com um deles, mas não pode fazer nada.
- Os anciões me contaram que você tem que matar a chave.
- Não tenho não. – disse Logan, com um ódio no olhar. - Eles acreditam que essa é a forma mais fácil de fazer as coisas, sem envolver ninguém. Só porque ela é bruxa. Mas se eu fizer isso, eles arrumam outra. E acumulam mais poder.
- Ela é a chave? – perguntou Rafael espantado. – Você está com ela para protegê-la? E vai usar o código pra isso?
- Eu estou apaixonado por ela. Desde o baile. Só depois me disseram esse absurdo de que teria que matá-la. Aqueles anciões precisam sair um pouco da toca, e viver a própria vida. E não, não usarei o código para proteger a Fada de minha própria espécie. Papai concorda comigo.
- Se acalme. Você vai destruir todo o vilarejo assim. Acredito em você.
- Desculpe, mas isso é muito ilógico. Querem destruir eles, mas quando surge melhor chance, se acovardam. E querem que inocente pague por isso.
- Você tomou a sua decisão. Eu estarei ao seu lado. Você pode não usar o código, mas eu usarei. Papai e mamãe ficaram muito orgulhosos de você.
Eles ficaram presos nos seus pensamentos até que Cris voltou. A ruiva percebeu que os semblantes deles estavam carregados e a conversa não deve ter sido boa.
- Desculpe a demora. Acabei me entretendo em uma conversa com Madame Rosmerta. – disse ela. – Papai adorava vir aqui, quando não era permitido. Então ele não tem moral nenhuma de me repreender.
- Seu pai? Como ele ficaria sabendo? – perguntou Rafael, apenas para puxar assunto.
- Ele foi designado para proteger a escola quando meu irmão entrou. Não sei se proteger para que ninguém atacasse a escola, ou proteger a escola do meu irmão.
- O Lobinho consegue ter mais visitas a ala hospitalar que um novato na caçada. – disse Logan. – Mas esse número só perde para o de pessoas que ele mandou para lá.
- Olha quem fala. – disse Rafael. – Ele já te contou como conseguiu se tornar comandante com sete anos?
- Não essa história não, Por favor? – pediu Tiago.
- Conta. Fiquei muito curiosa quando a Dani comentou isso.
- Foi durante uma refeição, no nosso QG. Ele era baixinho, sempre foi. Tinha o que pouco mais de um metro de altura. Tinha pego uma sobremesa para ele. Chocolate. Foi quando o comandante de um dos esquadrões esbarrou nele, derrubando o chocolate. E disse: “Olha por onde anda baixinho...” e ...
- Pode contar tudo. Ela sabe. – disse Logan resignado.
- Certo. Ele disse : “Olha por onde anda baixinho mestiço.” Como você sabe, ele não gosta disso. E provocou: “Sua mãe não te deu educação. Peça desculpas, você que esbarrou em mim. Eu estava parado.” O cara era um dos mais fortes guerreiros que tínhamos, mas sem muita inteligência, pois retrucou: “Educação eu tenho, mas não preciso de gastar com você. Você não consegue nem mesmo ser digno de respeito.” Ele não devia ter falado isso. Seu namorado se arrumou todo, para dar um chute, quase todos acreditaram que ele ia acertar a canela do cara, coisa de criança sabe. Mas ele deu um impulso e acertou o chute no rosto dele. Destruiu metade do rosto dele. Nem mesmo a mamãe conseguiu arrumar. O cara é chamado agora de Mandíbula de Aço. E perdeu seu posto para o Wolverine.
- Muito engraçado. Espero você ter uma namorada, que eu conto como você ficou perdido no meio da floresta.
- Mas eu tinha só oito anos.
- Sim, mas foi encontrado pelo seu irmão de cinco.
- Olha não está na hora de vocês irem. – disse Rafael.
- Bom, não podemos exagerar. – disse Cris. – Foi um prazer te conhecer.
- Foi mesmo? – perguntou ele de forma sedutora.
- Sim, mas nem tanto. Prefiro olhos esverdeados. – disse Cris, arrancando uma gargalhada de Logan.
- Podia ser pior, ela podia não gostar de subalternos. – disse Rafael conformado.
- Nos vemos em um passeio pela vila. – disse Cris.- Assim posso apresentar meu Cunhado para minhas amigas.
- Já entendi. Você gosta de demônios. Tchau.
- A conta é por sua conta. – disse Tiago antes de sair.
- Sabia que quando mamãe me perguntou se eu queria um irmãozinho ou irmãzinha, devia ter respondido um dragão. – disse o moreno frustrado.
Quando se viram sozinhos, aproveitaram para namorar um pouco sem ninguém incomodando. Depois aparataram de volta para a ala hospitalar.
- Foi tudo bem? – perguntou Lilian ao ver os dois voltando.
- Sim. – disse Logan.
- Posso ver, pelo batom na sua boca. – disse a medibruxa marotamente.
Cris conjurou um lenço para limpar o namorado e também para se ajeitar. Quando terminou escutou vindo de fora da enfermaria.
- Eu te disse que ela está aqui. – era Tiago. – Lilian a chamou.
- Tem certeza? – disse Sirius. – Ela puxou algumas de suas características.
- Quer ter certeza. Olhe. – disse o auror abrindo as portas.
Lilian e Cris estavam do lado de uma cama, onde um paciente estava todo coberto.
- Viu? – disse Tiago para Sirius. – O que aconteceu com esse aluno?
- Acidente com uma planta na aula de Herbologia. Ficou com a cara toda deformada. Mas amanhã tudo vai estar bem e não terá nenhuma seqüela.
- Isso é comum. – disse Sirius, que torcia para algo mais.
- Fada, acho que está na hora de você ir. Amanhã a Poppy vai estar de volta e não vou precisar de sua ajuda, Obrigada.
- Não foi nada, mamãe. – disse a menina saindo. – “Obrigada, você”
- E vocês dois para fora ele precisa descansar. – disse Lilian de forma mandona.
- Ela nunca deixa esse lado certinho, não?
- Eu gosto assim. – disse Tiago saindo com o amigo. – Vamos importunar o Aluado, ele está combinando de conhecer sua prima.
- Esse eu quero ir também. – disse Sirius.
Quando a voz dos dois sumiu pelo corredor, Logan saiu da cama.
- Você não precisava fazer isso. – disse Lilian.
- Precisava, Lírio. Se não tivesse ninguém aqui, eles não acreditariam que você precisava da Cris aqui.
- Fico feliz de ver você com a minha menininha.
- Fico feliz de estar com ela. Agora tenho que ir, ainda quero que aqueles dois me vejam nos corredores.
NA: Esse Capítulo vai em homenagem ao meu amigo Kawa Potter.
Ele escreve fics muito boas com a Jewel Potter. Passem em suas fics para ler.
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Mago Merlin
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