Perigos fora do Castelo
Capítulo 44 – Perigos fora do Castelo.
Agora podia se falar que eles tinham uma aula de poções. Antes eles tinham tortura nas masmorras. Lilian era severa como Minerva, mas conseguia passar a matéria de forma eficiente.
Quem não gostou muito foram os sonserinos, que perderam privilégios, tanto em sala quanto fora dela.
Uma das grandes diferenças entre ela e o antigo professor, era que ela impedia erros dos alunos. Ensinava e corrigia, não censurava, nem humilhava ninguém.
Ela estava muito feliz com sua nova atribuição. Além de permitir que ela visse como estavam os Filhotes de Maroto e os brasileiros nas aulas.
A ruiva estava corrigindo algumas redações antes do jantar. Geralmente ela dava um dever com uma matéria nova, para que os alunos pudessem pesquisar por conta própria, ao corrigir ela percebia onde estavam tendo mais dificuldades para que ela enfatizasse na hora de explicar.
Ela olhou para o relógio e percebeu que estava quase na hora da refeição, então terminaria esta última redação e iria ao encontro do marido.
Mas uma coruja entrou pela janela de seu escritório e deixou uma carta na sua mesa e partiu. Intrigada ela abriu a carta, mas quase se arrependeu ao ler.
“Sua Sangue ruim
Você destruiu muitos sonhos anos atrás. Agora chegou a hora de destruir sua felicidade.
Espero que se lembre como seus pais eram, pois eles não serão os mesmo depois que acabarmos com eles. Não se preocupe você ainda conseguirá se despedir deles.
Mas este não será o fim.”
Lilian entrou em choque, e mal percebeu alguém a abraçando. Só então começou a chorar.
Tiago percebeu que algo errado estava acontecendo com a esposa, por isso foi até a sala dela. E a encontrou em choque. Sem pensar a abraçou e deixou que chorasse em seu peito.
Percorreu a mesa para ver se descobria algo e acabou avistando a carta. Conseguiu segurar suas emoções para não prejudicar mais ainda Lilian.
Mary chegou correndo.
- Sirius me falou que você saiu correndo do nada, achei que era algo ruim. – disse para Tiago.
Este mostrou a carta.
- Vai. – disse a loira para o auror, o substituindo no abraço.
- Vou mandar Harry e Cris para a enfermaria. Cuide deles. – disse o moreno aparatando em seguida.
- O Ti vai cuidar de tudo Lily. Vamos, você precisa de uma poção calmante. Sei que não vai dormir enquanto não tiver notícias. Mas confie em mim, Tudo vai dar certo.
Harry e Cris já estavam no quarto reservado quando as duas chegaram. Os dois cuidaram da mãe, sem saber o que realmente estava acontecendo, enquanto Mary explicava para Poppy tudo, em meio a lágrimas, pois gostava muito dos Evans.
- Onde estão os outros? – perguntou Lilian depois que a poção fez efeito.
- Estão na Sala Comunal com o tio Almofadinhas e Tia Mel. A Nimpha está com o Tio Aluado. – disse Harry.
- “Não vejo o Logan desde o almoço.” – disse Cris mentalmente, para não aborrecer o irmão, nem mesmo se preocupar.
Somente três horas depois, Tiago apareceu. Ele estava com um semblante cansado e preocupado.
- Tiago, meus pais eles... – começou a falar a ruiva.
- Eles estão vivos e bem, Meu Lírio. – disse ele abrindo um sorriso. – Estão assustados, mas não sofreram nada. Mas por segurança estão com os meus pais.
- O que aconteceu? – perguntou Mary.
- Dois comensais tentaram invadir a casa deles, mas não conseguiram. Encontrei os dois caídos no quintal. O mais estranho foi isso. Estava nas costas dos dois.
Ele tira do bolso, uma flecha de caça.
- Infelizmente não conseguimos descobrir nada. Alice e Frank estão cuidando do caso. Mas duvido que descubram algo mais. Isso é algo totalmente não mágico. – disse ele apontando para a arma. – Vou avisar a Dumbledore, que eles estão aumentando seus alvos e ficando mais ousados. Devemos proteger nossas famílias, isso inclui também os Weasley.
O clima fora do castelo ia esfriando com a aproximação do inverno, enquanto dentro do castelo ele esquentava com a aproximação do primeiro jogo de quadribol. Era o primeiro jogo em mais de um ano e ainda era o clássico Grifinória versus Sonserina.
- O pessoal da Sonserina está desesperado. – disse Angelina. – Desde que perderam o apanhador, eles estão enlouquecendo. Aqueles batedores, que viviam ao redor dele, estão perdidos. Isso pode ser bom ou muito mau.
- Como assim? – perguntou Rony.
- Eles estão querendo se vingar do Harry, e de toda Grifinória. – disse a capitã. – Eles podem fazer uma campanha pior do que a de dois anos.
Ela estava certa toda a casa se uniu para tentar atrapalhar. Mas os aurores estavam espertos e impedia isso, e também a retaliação da casa dos leões.
O dia do jogo amanheceu claro, com um céu perolado, sem vento. Podia se ouvir a grama gelada quebrando sobre os pés.
Durante o café, Harry recebeu duas cartas, mas ele não abriu. Dino e Simas riram e abriram já que estava escrito que foram enviadas por duas meninas. Dino acabou com as mãos inchadas por pus de botulas. Simas recebeu um feitiço de esquecimento.
Agora era Harry quem ria. Rony nem prestava atenção em nada, estava se remoendo. Ele ainda não acreditava que tinha feito essa loucura.
- Rony, vai dar tudo certo. – disse Mione. – Você é um excelente goleiro.
- Não sou não. – disse o ruivo.
- É sim. – disse Mione. - Eu vi.
Um esboço de sorriso apareceu na cara dele.
-Vamos. – disse Harry, vendo que o amigo não conseguiria comeria mais nada e o levou para o campo.
O resto do time acabou seguindo os dois, já que Angelina achou uma excelente ideia.
A torcida estava quase toda de vermelho e dourado. Até mesmo Logan estava no meio da torcida, apesar de não gostar do jogo.
A partida começou nervosa e bem violenta. A Sonserina parecia não se importar em jogar, mas em atacar os jogadores adversários.
Fred e George faziam o possível para evitar que os balaços acertassem os outros, mas os sonserinos não se importavam em usá-los, partiam para agressão com o próprio corpo, ou os bastões.
Rony estava com o lábio sangrando depois de um soco de um artilheiro, o que rendeu um pênalti para equipe vermelha. Kátia estava com um braço quebrado, mas isso não impedia que fizesse gols.
Até mesmo a madame Hoock tinha sido atingida e estava com um olho roxo.
Os gols que Rony estava tomando pelo seu nervosismo estavam equilibrados pelos gols feitos pelas artilheiras através de jogadas normais e de penalidades.
Harry também tinha seus problemas, já que o novo apanhador não estava nem ai para o pomo, somente para atrapalhá-lo. E também era o alvo principal dos balaços, quando eram utilizados.
Quando o moreno encontrou o pomo, sentiu que devia terminar com o jogo antes que alguém saísse seriamente ferido. A bolinha de ouro alada estava próxima a arquibancada em frente à torcida da Grifinória. Ele então apontou sua vassoura em direção ao chão, tentando uma Finta de Wronski.
Foi bem sucedido quando o adversário só tentava atrapalhá-lo ao em vez prestar atenção ao chão. Acertando com força o solo.
Se aproveitando de sua velocidade, ele voou em direção ao pomo se livrando de todos que se punham em seu caminho. Pegando firmemente a bolinha.
Comemorando a vitória, não viu o balaço lançado por Goyle em sua direção após ele pegar o pomo. Foi atingido no meio das costas, sendo arremessado para fora de sua vassoura.
Por sorte, estava a poucos metros do chão, não sofrendo nada na queda.
Ele se levantou e mostrou o pomo para todos. A vitória pertencia a eles.
Algumas pessoas estavam preocupadas, que as corujas ainda não tinham aparecido. Olhavam para cima, para ver se conseguiam ver alguma coisa.
Foi quando uma ave maior que uma coruja entrou sendo seguida pelas próprias. Ela sobrevoou o salão e encontrou seu dono.
- Oi, Vênus. – disse Logan. – O que você tem pra mim hoje?
- Você não consegue ser normal. – disse Cris. – Uma Flamecat e uma harpia.
- Sim, mas fazer o que eu não sou normal mesmo. – disse ele dando de ombros. – Eu ainda tenho que apresentar a Pumyra pra a Vênus.
- De quem é a carta? – perguntou a ruivinha ao ver que ele leu a carta e franziu a testa.
- Do meu irmão, Rafael. Ele quer se encontrar comigo.
- Posso ir junto? – perguntou a menina com um ar maroto.
- Desde que você não conte para Dani, nem pro Lobinho.
- Eu sou péssimo, não sei como Angelina não me mandou embora ainda. – disse Rony depois de voltar de mais um treino.
- Você não é péssimo, só estava nervoso no jogo. Hoje você pegou muito bem. – disse Harry tentando animar o amigo.
- Não sou não. – disse o ruivo de novo.
Ali na sala comunal apenas Harry, Hermione, Rony e Gina. Flávia e Fernanda estavam em detenção por atacar alguns sonserinos que não ficaram felizes com a derrota no jogo, sendo monitoradas por Tony. E Neville estava estudando com uma lufalufa que dividia a bancada de Herbologia com ele. Cris estava com Logan.
- Fred e George me contaram que você fez uma defesa espetacular com os pés que atravessou o campo todo e acertou os aros contrários. – disse Gina.
- Aquilo foi sem querer, eu tinha escorregado da vassoura e acertei a goles quando me ajeitei.
- Sorte também conta para um bom jogador. – disse Harry.
- Acho que devíamos encerrar essa discussão. – disse Hermione olhando pela janela. – Hagrid Voltou.
- Vamos visitá-lo. – disse Gina feliz pela mudança de assunto.
Os quatro seguiram para a cabana do Hagrid, que depois de meses dava sinais de vida.
Bateram na porta.
- Eu não esperava visitas tão cedo. – disse o meio gigante, que apresentava um olho roxo.
- Nos vimos você chegar e viemos. – disse Hermione.
- Obrigado. – disse ele corando. – Parabéns por entrar no time, Ronald. E pela vitória.
- Obrigado. – responderam os dois jogadores.
- Como foi sua viagem à França? – perguntou Gina.
- Maravilhosa. Olímpia é uma mulher espetacular, forte e tem conhecimento. – disse ele meio divagando.
- E quando será o casamento? – perguntou Harry.
- Ainda é cedo, digo, Ela é só uma amiga. Isso uma amiga. – disse o professor.
- Certo se você não foi por causa da diretora da escola, o que você foi fazer lá? – perguntou Rony.
- Pesquisar sobre os Caçadores. – disse ele. – Eu não devia ter dito isso.
Antes que Harry falasse algo contra o namorado da irmã, Hermione perguntou.
- Por quê?
- Dumbledore acredita que tem algo por trás da aparição do Tiago. Certo que a mãe dele estudou aqui, mas é estranho ele vir só agora. Depois que os Comensais reapareceram. Não precisa se preocupar com a Cris, Harry. Pelo que descobri, ela está em boas mãos. Não vou comentar nada disso com vocês. Mas também da para ver isso ao olhar para os dois. Olímpia ficou admirada quando eu disse que era ele, sabe ele não passa muito despercebido com aquele cabelo, e ela lembra do Baile de Inverno. Ela me disse para não me preocupar com a Cris, ele já parecia apaixonado.
- Mas...
- Esquece isso, Harry. Eles se gostam. – disse Hermione.
- Sim, mas agora tenho que ir. Ainda tenho que conversar com Dumbledore.
No caminho de volta Hermione perguntou para Rony se ele já tinha terminado o dever de Feitiços, e saiu arrastando o namorado para terminar.
Gina e Harry ficaram sozinhos.
- Esquece o Logan. Ele está do nosso lado. Lembra do ele fez por nós?
- Sim, Foguinho. Lembro. – disse ele sem convencer muito. – Mas ele tem muito mistérios e ainda tem algo nele que me deixa um pouco ressabiado.
- Sua irmã está feliz. – disse ela carinhosamente. – Isso devia contar pontos para ele. E deixa isso dele ser um caçador para seu pai e os outros se preocuparem.
- Sim, você tem toda razão. – respondeu ele bagunçando o cabelo.
- Eu sempre tenho razão. – disse ela de forma convencida.
- Você está conversando muito com o Tio Almofadinhas. Essa frase é dele. – disse ele.
Ficaram namorando um pouco nos jardins internos.
- Parece que os gêmeos aceitaram melhor o nosso namoro. – disse Harry ao ver os dois passarem e não mexerem com eles.
- Sim, ou eles estão esperando juntar todos os ruivos. – disse Gina.
- Ótimo assim eu convenço todos eles de uma vez só. – disse Harry puxando ela para mais um beijo.
Passaram o resto da tarde toda assim.
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