Fatos e Sonhos
Fatos e Sonhos
He's dreaming of somebody new
Ele está sonhando com alguém
His someone for to hold
Alguém para abraça-lo
He's praying the dream will come true
Ele está rezando para que esse sonho se torne realidade
-Ahn? O que...- antes que pudesse completar seu pensamento se recordou de tudo, como num filme passado na velocidade máxima. Aula na estufa. Dia quente. A Flor do sono. Picada. Lago. “Péra ai! Lago? Então como foi que cheguei aqui?”.
Gina abriu o olho bem devagar. Primeiro abriu um, espionando o lugar com um olho apenas. “Ala Hospitalar”. Estava de noite. Uma faixa de luz entrava pela janela ao seu lado, iluminando borradamente um corpo deitado no outro leito.
A menina ficou a admirar o corpo por alguns minutos. Não se recordava de ninguém com aquele porte. Era um garoto, disso não tinha duvidas, tinha um cabelo...Cinza?, Não, talvez efeito na luz da lua...Era alto, um porte não muito musculoso, porém bem definido. “Ah! Merlin, será o apanhador de alguma casa?” o porte do menino mostrava isso claramente. Gina conhecia melhor do que ninguém o porte dos jogadores de quadribol, havia jogadores o suficiente em sua família para lhe garantir que acertara.
Vários nomes vieram a sua cabeça, recordando dos jogadores de várias casas...mas nenhum se enquadrava perfeitamente no físico daquele! “Só tem uma maneira de descobri...” Gina pensou, olhando para o lado da porta para ver se estava sozinha mesmo.
Com cautela se levantou, estremeceu ao tocar o chão frio. Foi andando de vagarinho até ficar de lado ao leito. “Ah!”, quando se aproximou mais o garoto puxou a coberta para perto do rosto. “Vamos lá! Deixe-me ver quem é!” Gina puxou com delicadeza o lençol. “Só mais um pouquinho”. Quando tornou a puxar o garoto segurou seu dedo. Gina levou um susto. Aproximou seu rosto do rosto do menino, estava quase decifrando aquele pequeno mistério, “Só... mais um pouquinho”. Gina sem querer foi bruta ao puxar seu dedo, e o garoto levantou a cabeça rapidamente. Sem se dar conta do quanto estavam próximos, seus lábios acabaram se tocando.
O susto de ambos durou apenas segundos, e o pequeno encontro de lábios se tornou em um beijo. Beijo este que estava deixando as pernas de Gina bambas. Ela tentou se separar dele, mas ele parecia necessitado daquele beijo e estava fazendo com que ela também sentisse necessidade de manter seus lábios unidos.
Com delicadeza ele se separou dela. Seus olhos se encontraram, a meia escuridão do quarto proibindo-os de se identificarem. Porém, Gina notou uma coisa estranha na imagem dele.. um gesto que...que..mexeu com ela?
“Ele..está sorrindo?” Sem compreender muito sorriu de volta. Sem pensar muito se afastou dele, e deitou novamente em sua cama. Os olhos fixos no teto. “Nem em mil anos vou compreender o que aconteceu aqui.” . Ela tinha razão, mas não queria pensar muito em porque havia feito aquilo, só uma coisa passava em sua mente “Foi perfeito.”
**
Aquele sonho... Vinha acontecendo várias vezes desde que havia se consagrado Comensal.
Um sonho cheio de tudo que Draco sempre desprezou.
Havia uma floresta. Uma floresta fora do comum. Nessa floresta havia flores de todas as cores, umas mais exóticas que as outras. E Draco não se recordava de ter visto nenhuma delas antes. Porém havia uma que lhe chamava atenção.
De pétalas de um azul-anil, folhas verdinhas, com gotas de orvalho prestes a cair. Encontrava-se em destaque perto das outras. Protegida por um vidro, tão transparente que chegava a enganar os olhos.
Ele andava até a flor, tentava tirar o vidro e nunca conseguia. Quando se cansava de tentar tirá-la dali, escutava pássaros voando de uma clareira e se levanta assustado, esperando o pior.
“Ela esta chegando”.Uma voz no seu interior lhe avisava. Uma sensação de felicidade lhe tomava por completo e ele aguardava a chegada dela com expectativa.
E ela aparecia, sempre aparecia. Sempre linda. Caminhando sorridente para se juntar a ele. Seus olhos de um brilho incomum. Seu vestido era tão proporcional a ela, que parecia ser mágico. Era de um azul..conhecido. Era do mesmo tom de azul das pétalas da estranha planta. E parecia brilhar com forme ela andava.
Quando a mulher chegava próximo dele sussurrava em tom de tristeza:
-Será que sempre iremos errar nisso? – o tom dela o magoava muito. – Draco, por que você nunca me escolhe?
A mão dela encostava-se em seu rosto e acariciava, Draco fechava os olhos aproveitando o toque dela.
- Promete que você vai me escolher? – ela perguntava, os olhos brilhando – Promete Draco?
Sim! Claro que iria a escolher! Não entendia porque ela dizia aquilo. Ele... “Como é possível?”.
Ele se afastava um pouco dela, a olhava nos olhos. Estava preste a dizer alguma coisa. As palavras estavam vindo, seus lábios se entreabriram esperando as pronuncia...
**
Um rosto perfeito estava a olhá-lo. Ele segurava seu dedo. Não queria que ela fosse. Um beijo. Vários sentimentos se confundindo. Se afastaram. O ar lhe faltou. A encarou. Queria saber quem era. Não. Ela se foi...
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