Ignorando os Fatos



Ignorando os fatos



And everytime I see you in my dreams



(E toda vez, que te vejo em meus sonhos)



I see your face, it's haunting me



(Eu vejo seu rosto, está me assombrando)



I guess I need you baby



(Eu acho que preciso de você baby)







- Bom dia, Virginia! – Madame Pomfrey disse satisfeita ao ver a menina com os olhos perdidos na parede. – Se sente melhor?







-Ahn? Ah, sim... – disse ainda abobalhada com pensamentos – Bem melhor. Só um pouco enjoada.







-Nada mais normal – a enfermeira disse, servindo-lhe um chá – aquela flor do sono deixa isso como ‘sequela’. Mas nada que uns bons dias de repouso não melhorem. – a mulher lhe ofereceu um sorriso vago – Bom, - abaixou um pouco como para fazer segredo – está melhor que o menino Malfoy – Gina segurou o ar – Não consegue mexer nenhum músculo do corpo.







“Um... Malfoy??” Havia beijado um Malfoy? Era tão impossível de acreditar quanto imaginar elfos domésticos correndo atrás de sua liberdade!



“Impossível! Não posso ter beijado um Malfoy!”







- Hum, quer dizer que quem esta ai nesse leito é um Malfoy? Draco Malfoy?







-Sim, sim, sofreu um acidente na aula de poções.







Gina se tornou pálida, tão pálida quanto o lençol que a cobria. “Merlin! Um Malfoy!”.







-Ah, não se preocupe – Madame Pomfrey disse ao ver a brancura de Gina e assimilar a preocupação - ele logo ficara bom, tem acordado várias vezes no dia, tem tido progresso todas as vezes que acorda. Já consegue até mesmo abrir os olhos e falar.







“Ela não deve nem saber que ele já tem força o suficiente até para me beijar... Ah, ótimo! Antes estivesse cego e mudo! Assim não iria me humilhar!”







-Vou ao salão principal, o café da manha já deve estar sendo servido. Até. – e saiu tão eficiente quanto entrou.



**



Draco abriu os olhos, mas uma vez se deparando com a Ala Hospitalar. Virou de leve a cabeça para o leito esquerdo. Nada. Leito direito. “Weasley”. Algumas mexas do cabelo dela se arriscavam a cair da cama, escorregando de pouco em pouco, revelando um cabelo tão vermelho que parecia... “Esse sonho ta mesmo de deixando louco Draco Malfoy”







De repente ela se virou. Seus olhos se encontram. Os dele demonstrando raiva e repulsão. Os dela constrangimento e...Culpa?







- Até que enfim um Weasley aprendeu – ele disse, não deixando transparecer a dificuldade que fazia – Se quer consegue me olhar sem ficar constrangida.







Gina levou um susto com o comentário, mas não deixaria sem resposta.







- Nenhum Weasley nunca se rebaixou a um Malfoy. – “pelo menos não o deixe sem resposta”







As sobrancelhas dele se arquearam, estava pronto parar responder aquela tirada infantil dela, quando pequenos fragmentos da noite anterior lhe vieram à memória.







Uma possibilidade estranha lhe passou pela cabeça. Virou-se devagar para olhar os outros leitos. Ninguém. “Só nós dois aqui. Não... não poderia ser ela... Só uma maneira de saber...”







-Ontem de noite – Gina sentiu seu sangue gelar – alguém – a ruiva prendeu a respiração – veio - “Calma, Gina. Calma!” – aqui?







Ela ficou atônita alguns momentos antes de responder.







-Ahn.. – “Será que ele não lembra de mim? Será que estava tão escuro assim?” – Alguém além de mim e de madame Pomfrey?







- Ah, não Weasley! Quero saber se você veio aqui ontem de noite. Ou quem sabe madame Pomfrey que trabalha aqui – o loiro (que por sinal estava com seus cabelos desgrenhados) revirou os olhos – Francamente.







- Embora sua educação não tenha sido o ponto forte desse seu argumento – ela se pegou dizendo – Eu não vejo motivos para não lhe responder, Malfoy. – “Céus porque esta sendo tão fácil dizer essas coisas pra ele?” – Não, não houve ninguém aqui ontem de noite – e tomando mais coragem ainda fez a pergunta – Por quê?







-Por nada, por nada.- mentiu, nitidamente frustrado com a resposta dela.







“Ela esta mentindo. Mas e se estiver falando a verdade? Seria ela? Será que foi ela ontem de noite? Não mesmo! A morte antes de dedicar um beijo meu a uma Weasley nojenta”.







- O que é? – Draco perguntou rispidamente quando notou que ela o olhava disfarçadamente.







Gina levou um susto, afinal ele não estava a olhando. “Ele deve ter pacto com alguma força sobrenatural!”.







- Sobre ontem de noite – Draco se voltou rapidamente para ela – bem, -Gina respirou fundo, iria dizer a verdade – Bom, - “E porque eu devo contar pra ele?” – Meus irmãos vieram ontem aqui. – disse de pressa. “Gina sua burra!".







- E daí? – Draco perguntou carregando as palavras com desinteresse.







- Eles vieram aqui ontem, Malfoy! Você não queria tanto saber? Pois bem, eles estiveram aqui ontem.







- Perguntei se alguém veio aqui. Ou seja, alguém considerável, não seus irmãos – Gina se empenhou para responder – Já chega, Weasley, suas respostas são tão vazias e pouco aproveitáveis que me fazem perder a paciência e a vontade de manter uma conversa com você. O que eu poderia esperar de um Weasley, não? – e fechando os olhos encerrando a conversa.







Os olhos de Gina estavam cerrados de lágrimas. “Não, Gina! É isso que ele quer! Não dê esse gosto a ele!” Mas já era tarde, algumas lagrimas já haviam escorrido.



**



- Já esta liberada, Virginia. – Madame Pomfrey lhe disse assim que a viu acordada na manha seguinte. – Se quiser pode ir para seu dormitório agora mesmo. Pedi para seus professores te liberarem dessas suas ultimas aulas.







“Mas...já?” se perguntou, estranhando o próprio pensamento. “Bom, Virginia Weasley, não vê que isso é um alivio? Não terá mas que aturar a presença de Draco malfoy ao seu lado!” tentou argumentar para si mesma. E indo em direção a porta sentiu um aperto dentro do peito.



**



- Onde foi a Weasley? – Draco perguntou a enfermeira, quando esta leh enfia líquidos e mais líquidos guela abaixo.







- Já foi liberada. – Madame Pomfrey deu um meio sorriso, enrugando ainda mais os cantos de sua boca – Ela é uma menina de ouro! – “Uh, se os pais dela descobrirem isso na certa a vendem no mercado negro para comprar comida” Draco pensou ignorando o comentário positivo da enfermeira - Sempre disposta a ajudar-me quando há jogos de Quadribol. Deixa de ir aos jogos para ficar aqui me ajudando quando um jogador se machuca. Se fosse eu apenas não daria conta.







- Sorte a minha então. – o loiro disse, enxugando o canto da boca, já que madame pomfrey havia lhe empurrado a colher e derramado um pouco no canto de sua boca.







- Sorte? Por quê?







- Acho que ficaria mais doente se tivesse de ser tratado por aquela Weasley.







Madame Pomfrey nem o respondeu. Fez cara feia, e meteu-lhe a colher na boca.



**







- Gina! – hermione disse de repente. Rony deixou alguns pergaminhos caírem no chão tamanho foi o susto.







- Ah, oi! – a ruiva disse, olhando de rabo de olho para Harry.







- Já esta melhor? – Hermioen perguntou se aproximando da menina – Ah, Gina! Deveria ter tomado mais cuidado! Aquela flor parece apenas uma florzinha! Mas tem a capacidade de adormecer um gigante! Sorte que elas ainda estavam bem novinhas...







Gina sorriu apenas. Estava cansada, queria arrumar seus pensamentos. E sabia que iriam trocar idéias inúteis se continuasse ali na sala comunal.







- bem, eu vou subindo... Madame Pomfrey disse que devo descansar mais um pouco.







- Claro, deve estar cansada de ter dividido aquele espaço com Malfoy! – Rony disse meio pensativo, dividido entre zoar Malfoy e adiantar suas lições.







- Até mais. – Gina disse se afastando. Não estava nem um pouco afim de ouvir Rony falar de Malfoy.



O quarto estava totalmente escuro. “Ah! Que sorte. Todas as meninas estão em aula!” Gina correu até sua cama e se jogou nela, abraçando seu travesseiro.







“O que será que passou pela cabeça de Malfoy para me beijar? Talvez ele quisesse me constrangir...não...Malfoy não beijaria um Weasley para conseguir tão pouco...Oras, Gina! Você não está achando que ele QUIS te beijar, né? Malfoy não faria nada para dar vantagem a outra pessoa que não fosse ele mesmo... Quem sabe ele não estivesse sonhando? Não...improvavel demais...e comigo é que ele não estava sonhando! Há! Malfoy poderia estar tendo um sonho erótico! Ung! Que nojo!” e foi indo de suposições a suposições que Gina acabou pegando no sono. Se ela pudesse se ver dormindo notaria um pequeno sorriso.



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