O oitavo Weasley filho



Disclaimer: Os personagens de Harry Potter pertencem a J.K, só por que eu não tive a criatividade de criá-los antes é claro! Essa história não tem fins lucrativos, mas se você quiser fazer uma doaçãozinha não faz mal! Brincadeira!!!!! Bemmm, vamos parar de enrolar! Boa leitura! De novo!





Cap. 2 – O oitavo Weasley filho





Quando deu por si, o garoto que sobreviveu estava estatelado no chão da sala dos Weasleys. Além de sentir seu corpo todo doer, efeito da queda, sentia sua face queimando de vergonha. Odiava viajar via flú. Sempre por causa desses pequenos acidentes de percurso que aconteciam com ele. Rony ajudou o amigo a levantar. Já Hermione entregou seus óculos que foram parar do outro lado da sala.

-Er... oi pessoal...- disse muito sem graça.

-Harry! Você está ok?- perguntou preocupada.

-Estou Mione. Foi só um pequeno acidente.

-Cara, você deu um susto na gente. Saindo daquele jeito da lareira. – disse Rony com uma mão no coração e com a outra pegou a gaiola de Edwiges do chão.

-A propósito Harry. Feliz aniversário!- desejou Hermione abraçando o amigo.

-Parabéns cara!- disse Rony. – Gostou dos presentes?

-Claro que sim! Obrigado mesmo.- Harry se sentia feliz pela primeira vez nessas férias.

-Hum...Harry...- Antes que Hermione pudesse terminar de falar, o Sr. Weasley saiu da lareira junto com o malão de Harry.

-Seus tios estão esquisitos Harry. Não disseram uma palavra quando perguntei mais sobre a “tebelivão”.

-televisão, Sr. Weasley.- corrigiu Hermione.

-Não esquenta Sr. Weasley. Eles são esquisitos por natureza. – disse enquanto agradecia mentalmente pelo Sr. Weasley ter aparecido e interrompido Hermione que estava demonstrando que queria tocar no assunto “Sirius Black”.

-Hum...”tevelisão”? ok...ok...

Hermione ia corrigir novamente o pai de Rony, mas antes que pudesse fazê-lo o Sr. Weasley se dirigiu apressadamente para a cozinha.

-Harry... bem, eu e o Rony...

-Não me meta nisso, Mione.- disse se sentando no sofá.

-Certo...-continuou depois de lançar um olhar de reprovação à Rony.- Eu queria conversar com você sobre...

-Ah! Ai está você! Chegou na hora certa.- disse Fred descendo as escadas, e junto ao ruivo estava seu irmão gêmeo, Jorge e a caçula dos Weasleys, Ginny.

Hermione bufou. Odiava ser interrompida.

-é Harry amigão! Que tal você nos ajudar em uma coisinha.- disse Jorge com um sorriso maroto.

-Que tipo de ajuda vocês querem?- perguntou com medo da resposta.

-Nas nossas invenções é claro!- Essa era a resposta que Harry menos queria escutar. E Jorge continuou:

-Nós precisamos de uma cobaia. Mamãe nos proibiu de testarmos as invenções na Ginny.- Harry olhou espantado pra ruiva.

-Pois é. Na última vez, fiquei verde por duas semanas! – disse sorridente. – Mas mamãe me proibiu de ajudá-los. – completou dando um sorrisinho amarelo.

Harry ia recusar de cara a oferta dos gêmeos, mas a Sra. Weasley apareceu na sala interrompendo a conversa.

-Harry, que bom que veio!- falou puxando o garoto para um abraço.- Feliz aniversário querido.

Harry já estava vermelho e com falta de oxigênio devido ao abraço apertado da Sra. Weasley. Mas não se incomodou, continuou abraçado a Molly. Queria aproveitar, pois aquele seria o mais próximo de um abraço materno que o garoto ganharia na vida.

-Mamãe...Harry precisa de ar.-disse Rony soltando gentilmente os braços de sua mãe do corpo do amigo.

-Ah, me desculpe querido.- disse um pouco emocionada. – É que estou contente que mais um de meus filhos esteja aqui conosco comemorando uma data tão importante.

-Filho?- repetiu Harry incrédulo.

-Claro Harry! Você já faz parte da família há muito tempo! – disse Ginny passando o braço ao redor do ombro do garoto.- Assim como você Mione!- Hermione deu um largo sorriso para a ruivinha. – Não oficialmente, ainda... mas, só falta o Rony querer isso.- E todos riram, menos Hermione que estava muito corada e Rony que não tinha entendido nada.

-O que você quer dizer com isso?- disse muito vermelho.- A Hermione é minha amiga, assim com o Harry. Então ela também faz parte da família.- Hermione sorriu, mas bem lá no fundo queria que a resposta de Rony fosse diferente.



“Até parece Hermione. Ele só te vê como uma amiga, no máximo como uma irmã”.-pensou triste com aquela reação.



-Chega de conversa. O jantar está pronto. Querido, você não se importa de só fazermos um jantar para comemorar seu aniversário, não é mesmo?-disse virando-se para Harry. – É que com tantas coisas da Ordem para resolver, não tive tempo de preparar uma festinha.-disse decepcionada.

-Claro que não, Sra. Weasley. Um jantar está ótimo! Meus tios nunca fizeram um jantar ou coisa do gênero para mim.

-Então chega de conversa e vamos comer. – Todos se dirigiram para a cozinha e se acomodaram em seus devidos lugares.

-Ah, querido. O prof. Lupin me mandou uma coruja dizendo que não poderia comparecer ao seu jantar, estava ocupado. Sabe como é né, essas coisas de transferên...

-Ham, ham...-pigarreou o Sr. Weasley. Molly arregalou os olhos, sabia que tinha dito coisas demais, e se calou.

-O que você estava dizendo mamãe?- perguntou Ginny curiosa.

-Nada. Agora comam.-tentou disfarçar. Mione lançou um olhar significativo para Rony e Harry. Um olhar que os dois conheciam bem. Aquele olhar de “precisamos conversar”. Os dois concordaram com a cabeça e voltaram sua atenção para o prato.

O jantar transcorreu muito bem. Harry estava mais feliz do que nunca. Na hora da sobremesa, o Sr. Weasley recebeu uma carta e saiu apressadamente da mesa. O que deixou além do trio, Fred e Jorge intrigados. Segundos após a Sra. Weasley sair da cozinha, Ginny puxou conversa.

-Vocês sabem de alguma coisa?- perguntou no seu tom curioso habitual para eles.

-Não!- responderam em uníssono.

-Não mesmo Ginny.- disse Rony.

-Claro que vocês sabem de alguma coisa! Vocês têm permissão para participar das reuniões da ordem! É a ordem, não é?

-Nós não sabemos de nada Ginny.- disse Fred.

-E mesmo que soubéssemos, não diríamos!- disse Jorge.

-Eu sei, eu sei! Eu sou muito nova para saber de certas coisas.- disse levantando-se irritada. Fred esperou ouvir a porta do quarto da irmã bater com força para falar com o pessoal.

-Vocês acham que era alguma coisa da Ordem?

-Não, não. Seria muito arriscado passar informações da Ordem por carta.- disse Hermione pensativa.- Deve ser alguma carta do Ministério.

-Eles devem ter uma maneira de se comunicarem sem levantar suspeitas.-completou Harry.

-é...Eu só queria saber qual.- A morena estava cogitando diversas maneiras diferentes dos membros da Ordem se comunicarem. No segundo andar, Ginny estava deitada em sua cama e pensava sobre tudo que tinha acontecido na cozinha.

-O trio maravilha sempre me deixaram de lado, mas agora até Fred e Jorge estão escondendo as coisas de mim.- pensava tristemente.- Até parece que eu não sou dessa família...- e com esse pensamento pegou no sono.



Ou pior, talvez eles não te queiram nesta família, minha pequena. Eles não gostam de garotinhas más, como você minha doce Virgínia.- dizia uma voz dentro da cabeça de Ginny, que se mexia desconfortavelmente na cama, provavelmente tendo pesadelos.- Encare a verdade...Cedo ou tarde você será minha! – Uma risada de congelar a alma ecoou pela cabeça da garota. Que a fez acordar ofegante.



(...)



Apesar do calor, o dia estava maravilhoso. O céu, com poucas nuvens, exibia uma cor azul-claro. As poucas nuvens, de acordo com o vento tomavam várias formas. Era cedo e o trio inseparável já conversava no quarto de Rony. Harry tinha chegado a conclusão que já estava na hora de seus melhores amigos saberem de algumas coisas.

-E aí, cara? O que você queria nos contar?- perguntou Rony, sentando-se em sua cama ao lado de Hermione.

-Bem...é que outro dia, eu...

-Fala logo Harry...-disse sem paciência. Estava muito incomodada com Rony assim tão perto de si. “Desde quando o Rony perto de mim me incomoda? Você está louca!” –er..desculpa Harry. Continue...- apertava cada vez mais uma mão na outra. A presença do ruivo estava deixando-a nervosa.

-ok...eu tenho sonhado muito com Sirius ultimamente.

-Isso é normal. Não é Mione?- perguntou buscando apoio da morena.

Hermione concordou com a cabeça, não conseguia emitir nenhum som com Rony olhando-a daquele jeito. “Hermione sua doida, diz alguma coisa...”- pensava desesperada.

-Não é esse o problema Rony.

-Então qual é?- a morena perguntou com certa dificuldade. Suas bochechas já estavam ficando levemente rosadas.

-Primeiro: é sempre o mesmo sonho. Nele...- Harry descreveu detalhadamente os sonhos/pesadelos com o padrinho.

-Isso é horrível Harry.- exclamou.- ele te culpa por ter morrido?- repetiu assustada.

-Não foi sua culpa! Foi aquela Belatriz. Aquela Comensal miserável.

-Não sei...-disse, Harry se sentando.- Não tenho tanta certeza assim. Se eu tivesse praticado com mais vontade oclumência, Voldemort – Rony arregalou os olhos ao ouvir o nome daquele-que-não-deve-ser-nomeado.- não teria conseguido me manipular daquele jeito. – cobriu o rosto com as mãos por causa de sua negligencia.

-Olha Harry, eu sei que é difícil. Mas agora não adianta lamentar. Isso é passado. Agora você... nós, temos que...

-Passado? – levantou-se da cama com um pulo.- Passado?! Você está dizendo que a morte...desaparecimento do meu padrinho é passado?-levantou o tom da voz.

-Calma Harry! A Mione tava querendo dizer que...-defendeu Rony.

-CALMA NADA! ELE N-Ã-O MORREU MIONE! – o moreno tentava se convencer mais que a amiga.- NÃO MORREU!- gritou mais uma vez e saiu que nem um foguete do quarto.

-Não fica assim Mione.- murmurou o ruivo. A garota estava encolhida na cama, com os olhos marejados.- Ele ainda está um pouco abalado com a morte de Sirius e ainda por cima começou a ter esses sonhos, também.- o ruivo se sentou ao lado da amiga e passou o braço em volta dos ombros dela.

-Eu só queria dizer que agora, nós tínhamos que nos concentrar em procurar Sirius e não ficar chorando pelos cantos. Também não acredito que ele tenha morrido.

-Eu sei Mione... eu sei.- disse confortando a amiga. Continuaram minutos daquele jeito, o silêncio estava se tornando constrangedor para ambos.

-Rony? – chamou Mione baixinho.

-Diz.

-Obrigada.-disse com um sorriso sincero.

-Pelo quê? – as suas orelhas já estavam vermelhas de vergonha.

-Por ter ficado do meu lado.-se afastou um pouco do ruivo e lhe deu um beijo na bochecha e saiu do quarto completamente corada. Já no quarto um certo ruivinho se encontrava abobalhado com a mão onde tinha ganhado o beijo.



(***)



Ginny se encontrava sentada embaixo de uma das árvores no jardim da Toca, folheando um livro sem interesse. Sua mente estava longe. Pensava no sonho da noite anterior. Por Merlim, não posso estar sonhando novamente com Tom. Não posso, não quero... Hermione surgiu do nada parando em frente à ruiva.

-Posso me sentar?- perguntou trazendo Ginny de volta a realidade.

-Tanto faz...- deu uma resposta seca a morena. Ainda não tinha esquecido que a amiga não fez nada para apóiá-la no jantar de ontem.- o que você quer?

-Bem..eu..-começou meio sem graça.

Sabia que a ruiva estava chateada com ela. Ginny vendo que a garota estava preocupada, resolveu deixar de lado todo o ressentimento e escutar o que a morena tinha a dizer.

-O que aconteceu Mione? Você está bem?- perguntou dando um sorriso doce para a garota a sua frente.- Pode me contar.

-Bem..é o Rony...

-O que aquele trasgo fez?

-O Harry, Rony e eu estávamos conversando e eu acabei brigando com o Harry. E o Rony me defendeu! Ele ficou do meu lado...

-E isso é ruim?- perguntou com um sorriso.

-Não! Quer dizer,sim! Ah Ginny...-disse abraçando a ruiva.- Eu estou confusa!

-Mione, não estou entendendo.

-Ontem recebi uma carta do Vítor.- suspirou soltando a ruiva.

-Agora eu que estou confusa.

-Ele me pediu em namoro...- Ginny que olhava atentamente Hermione, arregalou os olhos de surpresa.

-E o que você respondeu?- perguntou preocupada com a resposta da amiga.

-Nada ainda. Disse que iria pensar e sugeri que nos encontrássemos na primeira visita a Hogsmaed.

-Mas Mione... e o meu irmão?- perguntou franzindo a testa.- Ele pode negar...mas eu o conheço. Ele gosta de você.

-Esse é o problema! Hoje ele foi tão fofo comigo...-suspirou.- Estou em dúvida. E se não der certo? Tem horas que ele é tão..tão..idiota! Fica brigando comigo por coisas bobas, mas tem horas que ele é tão gentil...carinhoso...E se ele não quiser nada comigo além de amizade? – Ginny sorriu, Hermione estava gostando de Rony e não queria admitir.

-Mione...-disse sorrindo- Você está gostando de verdade do Rony?

-Claro que não Ginny! Não seja boba! Eu gosto dele como amigo. Só isso.

-Hum...sei. – disse uma Ginny incrédula – E por que você não aceitou logo o pedido do Vítor?

-Por que? Porque...oras! Porque não!- disse arrancando um pouquinho de grama e jogando fora.

(***)



Rony estava sentado no sofá tentando jogar xadrez bruxo sozinho, pois os gêmeos estavam desde ontem a noite trancados no quarto aprimorando os logros que haviam inventado no verão. Eles não viam a hora de inaugurar mais estas novidades na “Gemialidades Weasley”. Que por sinal está rendendo bastante dinheiro. O publico dessa loja era, em sua maioria esmagadora, alunos de Hogwarts.

Harry observava o amigo e sentiu um nó se formando em sua garganta. Se sentia mal por ter brigado com seus melhores amigos. Resolveu se aproximar de Rony, pediria desculpas primeiro ao ruivo, pois sabia que a conversa com Hermione Granger teria um melhor resultado na presença de Rony.

-Oi..-disse sentando-se ao lado do amigo.

-Oi..-disse distante. Sua cabeça estava em uma certa morena. Precisamente no beijo recebido da morena.

-Olha Rony.. eu queria pedir desculpas...

-Tudo bem Harry...Você não foi grosso comigo e sim com a Mione.

-É, eu sei...mas eu queria..

-Você quer falar com ela agora ou depois dela não querer mais olhar na nossa cara?- perguntou dando um sorriso amigável para o menino-que-sobreviveu.

-Você sabe onde ela está?- falou retribuindo o sorriso.

-Lá fora com a Ginny. Papo de mulher entende?- disse num tom divertido.

Os dois levantaram e se dirigiram para o jardim. Harry precisava conversar com Hermione. Precisava pedir desculpas para a sua amiga.

(***)



-Você quer falar sobre a briga de vocês?- perguntou Ginny, quebrando o silêncio.- Eu sei que isso está te corroendo por dentro...Então?

-Nós...bem...eu queria muito falar com Harry sobre Sirius.- Ginny balançou a cabeça pedindo que a morena continuasse.- Mas, Rony achou melhor deixar que ele nos procurasse quando estivesse pronto para tocar no assunto.

-Nossa Mione! Meu irmão está evoluindo. É a influência de vocês.-disse risonha.

-Eu sei! Ele está mais maduro, bonito...bonito não...lindo, o quadribol o deixou mais forte...-parou de repente se dando conta do que deixou escapar. Ginny ria da situação. Hermione estava com os olhos arregalados e com as duas mãos tampando a boca e completamente vermelha.

-Tá Mione, eu sei que meu irmão é lindo.- Ginny não agüentava mais segurar o riso, a cara de assustada de Hermione era hilária.- Mas eu queria dizer mentalmente! Mas continue...vocês conversaram hoje?- Mione concordou com a cabeça. E continuou:

-Aí estávamos falando sobre Sirius...e Harry disse que..que...-Mione estava sem graça de contar sobre os sonhos de Harry. Não sabia se o garoto concordaria ou não de Ginny saber sobre os pesadelos.

-Mione...Não precisa detalhar a conversa. E muito menos me contar alguma coisa que talvez Harry só queira que vocês saibam. – Mione aumentou o sorriso. Realmente aquela ruivinha tinha mudado, estava mais compreensiva em relação ás “conversas secretas” do trio maravilha.

-Certo... eu disse uma coisa que ele não gostou muito. Mas não me deixou terminar de explicar e foi logo brigando comigo. Eu acabei estragando tudo.

-Mione, o Harry passou por muita coisa ano passado. É compreensível que ele esteja com os ânimos a flor da pele.

Depois de mais algum tempo conversando, as duas se levantaram e foram para o balanço perto do canteiro de rosas vermelhas. Em volta do balanço estavam várias rosas, algumas subiam pelas cordas do balanço, enfeitando-o. Das diversas flores do canteiro, as vermelhas eram a paixão da Sra. Weasley, que tinha um extremo cuidado com elas. Cada uma sentou em um balanço e começaram a conversar sobre assuntos banais. Mione já ia dizer pela terceira vez que estava muito ansiosa por causa das notas do NOM’s, mas fora interrompida por Harry e Rony.

-Será que posso falar com você Mione?-perguntou Harry.

-Ah...claro Harry.- disse dando um sorriso fraco para o garoto de olhos verdes.

-Er...vou andar um pouco. Até mais.- disse ginny sentindo que estava sobrando. Afinal, nunca conseguiu ser um membro da turma de seu irmão.

-Tenha cuidado.-disse Rony enquanto a garota se afastava deles.

Ginny não respondeu, apenas deu um sorriso e saiu do jardim indo em direção a um pequeno bosque perto de sua casa. Harry se sentou no balanço onde Ginny estava há poucos segundos.

-Olha Mione...-respirou fundo, buscando as palavras certas.- Eu...queria pedir desculpas por ter sido grosso contigo. É que me descontrolei...-começou sem graça.

-Olha Harry, eu é que tenho que me desculpar. Fui uma insensível...

-Não Mione, tudo bem.- disse sorrindo.

-Só quero que você saiba que eu...eu estou do seu lado. Vou te ajudar a encontrá-lo.- Harry sentiu uma felicidade imensa. Hermione puxou Harry para um abraço.

-Faço das palavras da Mione as minhas. Harry você pode contar comigo pro que der e vier.- Os dois puxaram Rony para um abraço coletivo. Harry se sentia completo. Seus melhores amigos o apoiavam e o ajudariam a encontrar seu padrinho.

Ginny via a cena de longe, por um lado estava feliz pelo trio estar unido novamente. Mas por outro lado sentia uma pontinha de inveja. Ela nunca teve uma amizade assim, como a do trio. “Só Tom foi meu amigo de verdade...” pensou triste. Se sentou em um tronco de árvore caído em frente a uma pequena lagoa. Observou duas fadinhas brincando na margem do lago. Aquela cena a fez se lembrar de Luna Lovergood. Se lembrou de todos os momentos felizes com a amiga, principalmente a força que a loira deu para ela quando decidiu esquecer de vez Harry Potter. Só a loira conseguia fazer Ginny sorrir quando ela tinha umas recaídas e ficava horas e horas em seu dormitório chorando por causa de sua paixonite não correspondida. É, aquela amizade estava se fortalecendo a cada dia. “De onde tirei que Tom foi meu amigo? A Loo sim, isso é amiga de verdade. Ela sempre esteve por perto meio avoada, eu confesso, mas quando precisava ela estava ao meu lado”,/i>.-sorriu com a lembrança da amiga.



(***)



O trio relembrava as diversas vezes em que arriscavam seus pescoços nas aventuras, porém sempre juntos. Harry sentado no balanço, Mione em outro e Rony empurrava a morena no balanço. De vez em quando os dois se olhavam e trocavam sorrisos tímidos. Quando percebiam que Harry os observava cada um olhava para um lugar diferente. Já o moreno na terceira vez que os pegou trocando olhares e sorrisos, se tocou que estava sobrando. Deu a desculpa que procuraria Ginny e saiu rapidamente, deixando seus dois amigos sozinhos.

-O que deu nele?- perguntou parando o balanço de Hermione confuso.

-Não sei...mas balança aí!- disse rindo. O ruivo retribuiu o sorriso e voltou balançar a morena. Harry não demorou a achar Ginny.

-Oi, posso sentar?- perguntou cordialmente.

-Claro Harry.- Ginny chegou um pouco para a direita dando espaço para o moreno se sentar. Harry pegou algumas pedrinhas e tacava no lago. Ginny passou a observar um sapo que tentava de todas as maneiras possíveis e impossíveis tirar duas fadinhas de cima de sua folha, uma bela vitória régia. Estavam em silêncio, mas nada constrangedor. Os dois estavam muito a vontade. Harry estava contente, e diríamos, aliviado por saber que Ginny só via-lhe como um irmão, pois era assim que ele a via. E Ginny estava feliz por não mais corar furiosamente perto do moreno de olhos verdes. “É...eu o esqueci...” Mas será mesmo que nossa querida ruivinha tinha esquecido de vez um certo garoto de lindos olhos verdes? O silêncio agradável, na concepção de Ginny, estava se tornando meio constrangedor.

-Por que tudo tem que ser tão complicado? – suspirou tirando Harry do transe.

-O que?- perguntou sem entender. Logo depois olhou na direção que a ruiva olhava.

-Veja o Rony e a Mione, por exemplo.-disse apontando para seu irmão e a morena no balanço.- Se gostam mas não admitem.

-Só eu sei o que tenho que agüentar quando o Rony tem um ataque de ciúmes e os dois brigam. Eles são feitos um para o outro...

-Eles se completam. Mesmo que não admitam, um não vive sem o outro.- disse se virando para Harry e dando um sorriso.

-Como a pena e a tinta.-Harry soltou sem querer.

-Essa foi horrível, Harry!- disse soltando uma gargalhada.

-Eu sei!- Admitiu acompanhando a ruiva na gargalhada.



(***)



Já estava anoitecendo quando os dois voltaram do bosque. Sentaram juntos no sofá. Rony foi o primeiro a falar.

-Por que demoraram tanto?-falou com seu ciúme rotineiro.- O que estavam fazendo?- Harry abriu a boca para responder, mas Ginny foi mais rápida.

-Nada demais...conversávamos sobre umas coisinhas.

-Que coisinhas?- Rony começava a ficar vermelho.

“Lá vamos nós outra vez...”-pensou Hermione enquanto descansava um grosso livro nas pernas e observava atentamente o rosto do ruivinho, que estava tomando a cor de seu cabelo.

-Sobre como você e Hermione fazem um casal tão bonitinho.-E olhou para harry que tentava vencer a vontade de rir.

Se vergonha matasse, Rony estaria enterrado a muito tempo. Mione vermelha como um tomate lançou um olhar de desaprovação em direção a ruiva.

-Não seja ridícula Ginny. Hermione e eu somos apenas bons amigos. Fala pra ela Mione.- A garota apenas concordou com a cabeça e recomeçou a ler o livro.

Ginny sentiu-se mal pela amiga. Sabia muito bem como era gostar de alguém que só te vê como uma amiga.

(...)



Já estavam no finalzinho de agosto e nada das cartas de Hogwarts chegarem. Todos estavam ansiosos pelas notas do NOM’s, mas Hermione, é claro, estava uma pilha de nervos. Quase não comia, andava de um lado para o outro sempre com bichento nos braços. Rony tentava acalmá-la, mas só conseguia deixa-la mais nervosa. O dia que a tão esperada carta de Hogwarts chegou, Hermione parecia que daria um ataque de nervos. Os seis estavam na cozinha. Jorge pegou as cartas da pata da coruja marrom que pousou em cima da pia.

-Ginny...-jogou a carta nas mãos da ruiva.-Harry...Rony...Mione...-Leu jogando as cartas para seus respectivos donos.

-Ok. Ok... – respirou fundo. – Acho melhor cada um ver as suas notas, depois nos encontramos e mostramos as notas, certo? – Hermione tremia dos pés a cabeça. Os garotos concordaram e cada um foi para um canto da Toca.

-Não sei por que desse drama todo. São só umas notinhas.-disse Fred colocando um pedaço de bolo na boca. Ginny sorriu ansiosa para os irmãos. Jorge tentava, sem muito sucesso, fazer um macarrão para almoçarem.

A Sra. Weasley a cada dia ficava menos tempo em casa, dava saídas misteriosas sem esclarecer os motivos. Os gêmeos e o trio sempre que encontravam um bilhete de Molly dizendo que tinha que dar uma saidinha, trocavam olhares significativos. Ginny sempre ficava muito desconfiada das saídas da mãe, mas ninguém dizia nada para ela.

Vinte minutos haviam passado, Harry e Rony já estavam sentados na sala à espera de Hermione. Os gêmeos jogavam snap explosivos. O moreno e o ruivo estavam mudos, ainda não tinham mostrado as notas, esperavam Hermione. Ginny a todo custo tentava ver a nota do irmão, mas esse negava. Segurava a carta com as notas junto ao corpo.

-Ginny, já disse que não!-disse apertando mais ainda as notas contra o corpo.

-Só uma olhadinha Ron. Por favor!- Rony respirou fundo e balançou a cabeça negativamente. Esse gesto fez Ginny bufar. Cansada de tentar em vão persuadir o irmão, levantou e foi se sentar ao lado de Jorge. Passou o braço ao redor da cintura do irmão e ficou a observá-los jogando. Dez minutos se passaram, Harry e Rony já estavam tirando no par ou ímpar quem iria atrás de Hermione, quando ouviram o ranger da escada e avistaram-na no último degrau.

-E então?- perguntaram nervosos e em uníssono para a garota.



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N/A: E ae? O que tão achando esse treco aki?? Eu sei, eu sei!!! Ficou meio pequeno...mas tô sem inspiração... E como eu já disse...não se preocupem, pois fica pior. Gostaria de agradecer a três pessoas:

1-Eu;

2-O meu reflexo no espelho;

3-A minha foto.

Hehehe, reviews pessoal.

PS.: Eu gostaria de agradecer tbm a minha kerida beta. Karlinha, sem vc essa fic, estaria pior...Beeeeeeeem pior.

Beijinhux gente. Reviews por favor!!!!!!!!!!!!!!

.::Oráculo::.



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