Encontros desagradáveis

Encontros desagradáveis



Disclaimer: Nada me pertence...Por enquanto! Hahahaha (^ risadinha malvada...^) Tia Jô que me aguarde!!!!


Cap.3- Encontros desagradáveis.

--E então? – perguntaram em uníssono para Hermione.
O ar ficou tenso a essa hora. Hermione estava estática com as notas e por isso não respondeu, apenas deu um sorrisinho e se sentou entre Rony e Harry. Os três trocaram as notas, Hermione pegou a de Rony, o ruivo pegou a de Harry e este a da garota. Os três liam atentamente as notas. Harry foi o primeiro a falar.

--Hermione Granger...você foi excepcional! Você quase tirou a nota máxima.

--Como assim?- perguntou Rony tirando a carta das mãos de Harry.

--Eu perdi um ponto em runas antigas. Tudo por causa daquela idiota tradução errada!- Hermione estava revoltada. Como era possível que ela, a garota mais inteligente de Hogwarts poderia ter feito uma traduçãozinha errada.

--Mas, estou orgulhosa de vocês! Vocês foram muito bem...tirando o fato de terem tirado zero em adivinhação. Bem que eu avisei para vocês se dedicarem a adivinhação.-
Esse zero seria o motivo perfeito que os dois queriam para desistir das aulas da morcega velha.

--É, o Snape vai ter um treco quando nos vir em sua sala.- disse Rony olhando a farra que os gêmeos estavam fazendo.

--Esse é o nosso Roniquinho.-disse Fred bagunçando os cabelos do irmão mais novo.- Cuidado heim Hermione. Ele vai acabar ficando pior do que você! – As orelhas de Rony começaram a ficar vermelhas. Fred e Jorge começaram uma dança comemorativa e jogavam confetes no trio. Ginny ria da cara de Rony, que não era uma das melhores, sentada numa poltrona ao canto da sala. Horas depois, quando a Sra. Weasley chegou, quase caiu pra trás ao encontrar sua sala na maior bagunça.

No outro dia, Molly fez os garotos acordarem cedo para irem ao Beco Diagonal. E como sempre foram via flú, o que Harry detestou. Ele não via a hora de poder aparatar e se livrar de vez do pó-de-flú. Já no Beco Diagonal, a Sra. Weasley distribuiu os afazeres.

--Ginny querida, este ano você comprará seus materiais.- Ginny sentiu um alivio enorme, assim poderia procurar por Dino tranqüilamente sem sua mãe por perto.- Vocês três, cuidem das suas coisas. Tenho mais o que fazer.- disse apontando para Harry, Rony e Hermione.

--Mas...espere um pouco...Mamãe, onde a senhora vai? Por que de todo esse mistério?

--Tenho coisas a resolver em Gringotes.

--Mas...-insistiu Ginny.

--Nada de mas...Já estou atrasada. Nos encontraremos no lugar de sempre.- e saiu apressadamente, sumindo na multidão.

--Isso é muito estranho.- disse se virando para o trio que cochichavam entre si.- Vocês vão com a gente?- perguntou para os gêmeos que também conversavam e olhavam para os lados.

--Não vai dar maninha...-disse Fred.

--Temos que ir para a loja...muita coisa para arrumar.- completou Jorge nada convincente. Antes que a ruivinha pudesse contestar Fred puxou seu irmão gêmeo e saíram quase que correndo na mesma direção que Molly.

--Loucos.-disse se virando muito seria para encarar o trio.- E qual vai ser a desculpa de vocês?

--Desculpa? Que desculpa? É que...nós...nós vamos fazer outra coisa primeiro.-disse gaguejando. Era assim que o ruivo ficava quando tentava inventar uma desculpa e ginny sabia muito bem disso.

--Que coisa?- A garota já estava começando a ficar irada. Odiava quando ficavam escondendo algo dela. E odiava mais ainda ser deixada pra trás por seus irmãos.

--Coisas...-disse olhando para Hermione, como que pedindo ajuda.

--Poções para o bichento, ele não está se sentindo muito bem...

--É, poções para o bichento...tadinho dele...-concordou Harry.

“Ah é?! Vamos ver até onde a imaginação de vocês vai.”-pensou a ruiva, já meio vermelha.

--Tudo bem...eu vou com vocês.

--Não!- gritaram os três em uníssono. Ginny arqueou as sobrancelhas.

--Quer dizer...não precisa ginny. Vai comprar suas coisas, depois a gente se encontra na
sorveteria, ok?- disse Harry.

--Ok, então tchau.-disse emburrada. Eles saíram correndo na mesma direção que Molly e os gêmeos.

“Que pressa de me deixar sozinha!”- pensou. “Eu não ia seguir vocês! Não que não seja uma má idéia, mas prefiro ficar aqui mesmo... Estou com preguiça demais pra correr atrás de vocês...”

--Que ótimo, sozinha no Beco Diagonal...tudo o que eu queria. Só falta o Malfoy aparecer...-dizia andando em direção a Floreios & Borrões. Já estava a um bom tempo entre as estantes da loja procurando os livros.

--Ai mamãe...se você estivesse aqui, já teria tudo que preciso.- se lamentava olhando livro por livro.-Será que não tem ninguém aqui para me ajudar?-disse levantando um pouco a voz, para que algum dos atendentes ouvisse.
Seus pensamentos foram interrompidos pela visão que teve. A garota estava entre as últimas estantes de livros e pode ver ao fundo da loja um livro solitário ao canto da estante que lhe chamou a atenção. Ficou hipnotizada pelo livro, era como se ele a chamasse. Olhou para os lados e constatou que estava sozinha. Hesitante, se aproximou lentamente do livro, parecia que havia uma força que a atraia para o livro. Observou-o por segundos pensando no que fazer e resolveu pega-lo, afinal, que mal faria um simples livro velho e desbotado. Segurou-o vacilante e abriu na primeira página. Nada aconteceu, estava tudo em seu devido lugar. Então decidiu folheá-lo, o livro estava todo em branco, as folhas amareladas e algumas até amassadas. Achou estranho, aquele livro não deveria estar ali, na seção de livros usados sobre História da Magia.

“Hei livrinho, você não deveria estar aqui.- pensou com o livro aberto em suas mãos.- Livro...você está mais para di...”

--Oh, não! Um diário...
Suas mãos começaram a tremer, sua pernas bambearam. Ela não tinha um bom relacionamento com diários desde seu primeiro ano em Hogwarts. A ruivinha não sabia o que fazer, se o jogava fora, se o devolvia a estante, se tacava fogo ou se...

“Nem pense em ficar com ele! Isso é uma ordem.”

--Oi.- disse uma voz atrás da garota.

--O que...-deu um pulo jogando o diário no chão.

--Te assustei?- perguntou o garoto gentilmente.

“Que pergunta idiota! Claro que você me assustou!”

--Hã? Ah...não Dino, que isso.- disse com a mão no coração. Dino Thomas deu uma boa olhada na garota a sua frente. Olhou-a de cima a baixo. A ruiva usava uma calça jeans desbotada e o suéter weasley rosa claro com um “G” bordado em rosa escuro.

--o que você faz aqui?- perguntou envergonhada com a secada que acabou de levar.

--O que você acha? Comprando meus materiais é claro.

--Certo...- falou colocando uma mexa de cabelo atrás da orelha. Dino para Ginny era apenas uma paquerinha da escola no ano passado. Mas parece que ele ainda não tinha percebido isso.

--Gostei do cabelo.

--Sério? Mamãe quase me matou quando viu.- Ginny tinha deixado de lado o corte de sempre. Agora seu cabelo estava bem mais curto, acima do ombro, e seus cachos estavam bem mais presentes agora.

--Claro. Você fica linda de qualquer jeito. Aliás, onde está o Rony? Harry?

--Ah, estão por aí...me largaram sozinha aqui.- disse fazendo biquinho.- Por quê?

--Ótimo. Assim não morro se fizer isso.- disse puxando a garota pela cintura para um beijo rápido.

--E então. Quer me fazer companhia?

--Adoraria.-disse entrelaçando sua mão na mão da ruiva. – Não esqueça seu livro.- Se abaixou pegando o diário e entregando para Ginny que rapidamente colocou-o junto aos seus livros.

--Onde você gostaria de ir? Quer um sorvete?

--Claro! Tenho que encontrar meus irmãos lá. Mas antes quero dar uma passadinha na “Gemialidades Weasley”.-disse puxando Dino pelo mão, indo em direção a loja n° 93.

--Ginny, espera. Você vai dar viajem perdida. Passei por lá para comprar bombas de bosta mas estava fechada.

--Sabia que estavam mentindo. Aqueles cretinos!- seu rosto já estava mais vermelho que seus cabelos. O que deixou Dino um pouco receoso.

(***)

O trio que seguia de longe Fred e Jorge, viram-os entrando em um prédio afastado da rua principal do Beco Diagonal. O prédio abandonado estava quase caindo aos pedaços. Algumas janelas estavam com os vidros quebrados e outros com pedaços de madeira tampando-os. Pararam em frente a porta por onde os irmãos mais velhos de Rony entraram. A porta aparentava ser mais velha que o prédio, porem era bastante resistente. Estava presa a varias correntes que se juntavam e eram prendidas por um cadeado muito velho e enferrujado.

--Vamos Mione, diga um feitiço para abrir a porta.- disse Harry. Hermione puxou sua varinha, apontou para o cadeado, mas antes que pudesse proferir o encantamento a porta se abriu.

--O que você fez? Essa foi rápido.- exclamou Rony.
A garota deu de ombros e entrou no prédio. Seu interior estava bem mais danificado que por fora. Dava a impressão de que desmoronaria a qualquer momento. Os poucos móveis estavam cobertos por lençóis empoeirados e cobertos de teias de aranha.

--Será que estamos no lugar certo?- perguntou Harry hesitante.

--Psiu.- disse Hermione.- Vocês ouviram isso?- Vários sussurros saiam de uma sala ao fundo do cômodo. Os três pararam frente a porta. Hermione levou a mão a maçaneta da porta.

--Eles estão atrasados...-disse alguém atrás da porta.

--Quietos! Vocês ouviram isso?- disse uma voz rouca.
Hermione girou a maçaneta e abriu a porta, ignorando o pedido de Rony. (- Não faça isso Mione!). A porta abriu e uma luz muito forte saiu da sala, impedindo que os garotos por segundos enxergassem dentro da sala.

--Ah. Aí estão vocês!- disse uma voz feminina.

--Desculpem o atraso.-disse Harry entrando dentro da sala, seguido por Rony e Hermione.

--Certo, certo. Sentem-se. Nós já perdemos muito tempo.-disse uma mulher baixinha e ruiva.

--Desculpe mamãe. Foi um trabalhão nos livrarmos da Ginny.- disse Rony se sentando.

Harry estudava atentamente a sala. Era uma sala grande, diferente de todo o edifício, estava bem conservada. Havia uma mesa retangular no centro, com vários papeis e mapas espalhados por sua extensão. Sentando-se ao lado de Hermione pode olhar melhor para cada uma das pessoas presentes. Estavam em vinte pessoas, a maioria aurores pertencentes à Ordem, a Sra. Weasley, Fred e Jorge (que agora faziam parte da Ordem definitivamente.) e outras tantas que Harry não soube identificar. Pela porta em frente ao moreno surgiu Dumbledore seguido por uma senhora.
Rony arregalou os olhos assim que viu a mulher. Essa não, Molly iria pirar quando percebesse quem havia acabado de entrar. Sentando-se a direita de Dumbledore, a mulher misteriosa percebendo os olhares de Rony lhe deu um sorriso bondoso. Ela aparentava ter no máximo cinqüenta anos, mas Rony sabia que ela tinha muito mais que cinqüenta anos. Para sua idade era bem conservada, possuía cabelos compridos e muito lisos, eram loiros quase brancos. Possuía um olhar firme, intenso e profundo. Tinha expressões suaves, apesar da idade, e um andar delicado. Dando a impressão de ao se mover, estar flutuando. Todos os seus gestos eram delicados, dignos de rainha. Ao exato momento que a mulher se sentou, Molly parou de arrumar os papeis espalhados pela mesa, levantou os olhos e olhou diretamente nos olhos da senhora sentada a sua frente. Todos perceberam os olhares fulminantes que a Sra. Weasley lançava a mulher sentada a sua frente.

--Bem...-começou Dumbledore chamando a atenção de todos.- Como todos vocês sabem, estamos aqui para uma reunião da Ordem da Fênix. Porém, antes tenho o prazer de apresentar o mais novo membro da Ordem. A encantadora senhora de todas as Magids. Helizabeth Prewett, Rainha das Magids.

--Pensei que as magids fossem lenda!- sussurrou Hermione para Rony, que lhe deu um sorriso amarelo. Molly não desgrudava os olhos de Helizabeth.

--Ora... ora...Molly Weasley.- disse dando um sorriso para a ruiva.- Quanto tempo não é mesmo?

--Quinze anos, para ser exata.- As duas se olhavam nos olhos. Molly tremia de raiva.

--E você não vem cumprimentar sua mãe, querida?

--Olá mãe.- O clima entre as duas era horrível. Harry e Hermione olharam espantados para Rony ao saber que Helizabeth era avó do ruivinho.- O que você está fazendo aqui?

--Molly, creio que está não seja a melhor hora para esse tipo de conversa.- Molly apenas concordou com a cabeça.- Nós não temos muito tempo, aqui é muito arriscado para uma reunião, teremos de ser breves.
A reunião transcorreu tranqüilamente por quase duas horas, tirando é claro, os olhares hostis trocados por mãe e filha.

(***)

--Eles estão demorando.-disse Ginny olhando o relógio de Dino pela terceira vez.

--Ótimo. Assim posso ficar com você por mais tempo.- A ruiva deu um sorrisinho amarelo. Será que o garoto não se tocava que ela não estava nem um pouco a fim de ficar beijando-o! Dino passou a mão pelo ombro da “namorada”, quando estava chegando perto o suficiente para beija-la, ouviram uma voz sonhadora na frente deles.

--Olá.- disse Luna Lovergood parada em frente ao casal.

--Luna!- “Minha salvadora!” pensou alegre levantando e indo abraçar a amiga.- Pensei que estivesse na Suécia.

--Também estou feliz em te ver. Papai encurtou a viajem.- a loira puxou uma cadeira e sentou-se à mesa da amiga.- Olá Dino.

--Oi.- disse não muito satisfeito.

--Atrapalho?- perguntou levantando as sobrancelhas.

--Não. Claro que não, fique a vontade.- disse o moreno com um sorriso forçado.

--Mas me conta, como foram as férias? Conta tudo! Não esconda nenhum detalhe! –perguntou lançando um olhar reprovador a atitude do garoto.
Teria que depois agradecer a Luna por ter salvado sua vida. Estava sendo um pouco dramática, mas a amiga a tinha salvado de uma baita enrascada. Beijar Dino não era tão ruim assim, mas os pensamentos da ruivinha teimavam em pensar como seria beijar um certo moreno de olhos verdes que insistia em não reparar nela.

--Foram ótimas. Ficamos apenas algumas semanas na Suécia. Papai foi convocado com urgência a Paris.-Luna contou cada detalhe sobre Paris e Suécia. Ginny ficava cada vez mais encantada e Dino aborrecido.

Já passava das quatro da tarde e nada do trio ou a Sra. Weasley aparecer. A demora já estava incomodando a ruivinha, se tivesse que ficar mais dez minutos ao lado de Dino tomaria medidas drásticas! Para sua sorte e azar do moreno, Luna não desgrudou um segundo do casalzinho.

--Vocês querem alguma coisa?- perguntou Luna levantando-se. Ginny e Dino balançaram a cabeça negativamente.- Ok. Vou buscar um sorvete e já volto.

--Espera, eu vou com você!- Ginny quase derrubou sua cadeira tanto era o seu desespero. Dino a segurou pelo braço.

--Oras coração, ela pode ir sozinha. Você fica, temos coisas a conversar.-disse puxando a garota para junto de si. Luna deu de ombros e saiu, deixando os dois sozinhos. Essa era a oportunidade que Dino tanto queria.

--Em fim sós, gatinha!

--O que você queria conversar mesmo?- Ginny tentava de todas as maneiras se separar de Dino, mas este a segurava pela mão.

--Nada, só queria ficar sozinho com a minha gatinha. Agora vem aqui.- Dino se aproximava lentamente da ruivinha.

--Olha Dino...-Ginny tampou a boca do garoto, a fim de impedi-lo de beijar-la.- Eu vou ser sincera, isso não está...

--Relaxa coração.- Ginny bufou, odiava que o garoto a chamasse de coração. Que apelido mais piegas. Jurou mentalmente, que se ele a chamasse de “coração” outra vez, meteria um belo soco na cara bonitinha dele, sem dó nem piedade, como aprendeu com seus irmãos.- Aproveita que o Rony não está aqui.- Essa não, dessa vez não teria escapatória.
Dino aproximava cada vez mais seu rosto do rosto da garota. Encostaram os lábios, o moreno pousou sua mão na cintura de Ginny. Quando começou a puxa-la para mais perto ouviram alguém pigarreando em suas costas.

Certo, Ginny já estava anotando mentalmente que mais tarde teria de rezar para seu anjo da guarda. Beijaria e agradeceria de joelhos seu salvador.

--Ham...ham...o que vocês pensam que estão fazendo?
Separaram-se rapidamente e o moreno quase caiu da cadeira, tal seu desespero. Aquela era a voz que Dino menos queria ouvir naquele momento. Ginny cerrou os olhos para o irmão. Quem ele pensava que era para ficar se metendo na vida da ruivinha. Tá bom que ela não queria beijar Dino, mas isso já era demais. Rony não tinha o direito de se meter em sua vida.

--Hum...beijando meu namorado?- respondeu calmamente.

--NAMORADO?!- Rony começou a gesticular e gritar.- VOCÊ NÃO TEM IDADE DE NAMORAR! E VOCÊ...- apontou para Dino que estava meio encolhido em sua cadeira.-PENSEI QUE FOSSE MEU AMIGO!- As orelhas de Rony a essa altura já estavam pra lá de vermelhas.

--Mas...mas...R-rony...eu...s-sou...-Dino gaguejava.
Não era pra menos, o ruivo a sua frente tinha uns dez centímetros a mais que ele. Harry e Hermione que haviam entrado em uma loja para comprar penas, saíram correndo ao ouvirem os gritos, que reconheceram imediatamente como sendo de Rony.

--AH, CLARO! E na primeira oportunidade você agarra minha irmã?

--Rony, eu também estava agarrada com ele!

--Não se mete Ginny. Isso é conversa de homem para homem.- Rony puxou Dino pela gola da camisa, ficando cara a cara com o garoto.


--O que está acontecendo aqui?- perguntou Luna, que havia acabado de chegar.

--O Rony está tendo um ataque de ciúmes ridículo!- exclamou ginny.- Solta ele Rony! Você vai machuca-lo.- Ginny tentava em vão fazer seu irmão largar Dino.- Eu sei me cuidar sozinha! Não preciso que você fique me protegendo.

--Hum... irmão ciumento é um problema...- disse Luna se sentando e observando calmamente a briga.
A essa altura já havia uma rodinha de curiosos ao redor deles para saber o que estava acontecendo. Harry e Hermione passaram pela barreira viva com muito custo. Hermione vendo seu amigo quase matar estrangulado Dino se meteu na briga, segurando o braço de Rony, que ao sentir o toque delicado da amiga afrouxou as mãos da gola do moreno.

--Essa é a primeira e última vez que eu falo. Não quero te ver perto da minha irmãzinha de novo, ouviu Thomas?- Dino apenas concordou com a cabeça, estava assustado demais para falar alguma coisa.

--Rony, larga o garoto.- suplicou Hermione, puxando o braço do ruivo.

--AGORA VAI!- gritou. Dino saiu apressado da sorveteria, sem se despedir de Ginny.- O QUE ESTÃO OLHANDO?- As pessoas ao redor deles foram embora rapidamente.

--Rony! Você não deveria ter feito isso! Ele nunca mais vai querer falar comigo!- O que seria um alivio para a ruivinha, mas ela não iria dar esse gostinho de vitória ao irmão.

--O que houve aqui?- perguntou Fred, surgindo atrás de Harry.

--A gritaria dava pra ouvir lá das Gemialidades.- disse Jorge.

--Bem...o ruivinho ai quase matou o namorado da Ginny enforcado.- disse Luna, antes que Rony pudesse falar qualquer coisa.

--Namorado?- exclamaram os gêmeos em uníssono. Ginny rolou os olhos. Só faltava essa, agora até os gêmeos se intrometeriam em sua vida amorosa.

--Que namorado?-perguntou Jorge olhando ao redor da sorveteria.

--O safado do Dino Thomas!- disse Rony indignado.

--Dá pra vocês pararem de falar da minha vida amorosa, como se eu não estivesse aqui?

--Que vida amorosa? Você não tem idade para isso!- disse Fred sentando-se à mesa.

--Dino Thomas? Sabia que ele tinha uma cara de safado. Mas não pensei que seria tão cara de pau assim para paquerar nossa irmãzinha.- disse Jorge acompanhando Fred e sentando-se também.- Roniquinho, você é mesmo um incompetente! Para que direção aquele descarado foi? Eu mesmo acabarei o serviço!

--Eu conheço um lugar ótimo pro serviço Jorge, lembra daquele galpão onde testamos as bombas de bosta nova versão?- Fred lembrou-se do galpão, que está situado numa rua deserta do Beco Diagonal. As faces de Fred e Jorge pareceram se iluminar. Ambos adquiriram um sorriso travesso nos lábios.

Ginny levantou indignada. Como pode? Nenhum dos seus irmãos tinha o direito de decidir a vida dela. Não era eles que a deixavam de fora de tudo? Pois bem! Agora era a sua vez de por um basta nessa interferência da vida dela.

--Faça-me o favor! Até vocês? EU NÃO SOU MAIS CRIANÇA!- os copos de refrigerante em cima da mesa começaram a rodar e estouraram. Voando cacos de vidro por todo o lugar. Todos do grupinho, com exceção de Ginny, arregalaram os olhos. Realmente o sangue Weasley da ruivinha estava quente, bem quente!

(***)

--Molly, nós temos que conversar.- disse Helizabeth segurando o ante-braço de Molly, impedindo-a de sair.

--Não tenho nada que conversar com você!- puxou o braço com força.

--Claro que sim! Eu te devo explicações, sobre o que estou fazendo aqui.

--Eu não tenho nada a ver com isso. Agora se você me dá licença, tenho que encontrar meus filhos.- A Sra. Weasley saiu apressadamente do prédio abandonado. Helizabeth, sem se dar por vencida seguiu Molly. Aquela conversa não acabaria até que ela lhe dissesse tudo que estava entalado em sua garganta.

Não demorou muito Molly alcançou os garotos. Todos estavam sentados numa mesa a espera dela. Os gêmeos já haviam se dirigido a “Gemialidades Weasley” e os restantes conversavam animadamente, tirando o fato de Rony e Ginny trocarem olhares fulminantes. Esse tipo de olhar era marca registrada dos Weasley quando estavam com raiva.

--Aqui estão vocês.- ofegou a Sra. Weasley.

--E então mamãe? Como foi com os duendes?- Era agora que iria pegar sua mãe na mentira.

--Duendes? Que duendes querida?- perguntou distraída. Bingo! Como suspeitava Ginny, sua mãe caiu direitinho. O trio maravilha olharam assustados para a mulher a frente.- Ah! Os duendes de gringotes? Foi bem... muito bem...-disse olhando em todas as direções, estava morrendo de medo que sua mãe a tivesse seguido. Segundos depois Luna apareceu com um sorvete de abóbora que soltava pequenas fagulhas.

--Ah, olá Luna.- deixou escapar ao ver Luna parada atrás de si.

--Olá Sra. Weasley. – disse com seu característico ar sonhador.

--Vocês se conhecem?- Ginny teve que admitir. As coisas estavam ficando estranhas. Primeiro, as saídas misteriosas de sua mãe. Segundo, sua mãe mentindo. Desde quando a matriarca da família mentia? A ruivinha já viu muitas vezes sua mãe brigar com seus irmãos e até com ela quando eles contavam uma mentira. E por último, desde quando sua mãe conhecia Luna? Não lembrava de ter-las apresentado.

--Nós,bem...c-claro filha.-gaguejou.

--De onde? Quando? Como?- Ok, sua filha era uma gracinha, mas sua curiosidade já estava dando nos nervos. Molly começou a ficar ligeiramente vermelha.


--Meu pai!- disse a loira de repente.

--Mas...

--Nada de mas...está tarde. Vamos.- disse levantando os garotos das cadeiras.

--Não tão depressa.- “Oh não!” pensou Molly. Péssima hora para sua mãe aparecer. O que faria com Ginny? Ela a bombardearia de perguntas, que Molly não estava nenhum pouco afim de responder.

--O que você quer?- perguntou ficando cara a cara com Helizabeth.
Rony arregalou os olhos, Harry olhou para o cardápio e Hermione começou a achar sua mão muito interessante para se observar. A ruivinha não deixou de perceber que Luna se mexia desconfortavelmente na cadeira. Mas deixou passar, afinal, Luna não poderia conhecer aquela senhora, poderia? Ginny balançou a cabeça afastando tal pensamento e voltou a prestar atenção à conversa de sua mãe e a senhora. Pode notar que aquela mulher possuía uma boa situação financeira. Suas vestes eram maravilhosas, usava um vestido longo verde musgo, com vários bordados a fio de ouro.

--Nós não terminamos aquela conversa Molly.

--Sim, nós terminamos. Crianças, vamos embora.- disse tentando tirar Ginny do campo de visão de Helizabeth. Mas sua tentativa foi em vão. Quando percebeu, sua mãe olhava atentamente para a ruivinha sentada ao lado de Luna.

--Quem é você criança?- perguntou a Rainha das Magids sentindo um nó se formar em sua garganta.

--Virgínia Weasley.-disse sorrindo e levantando para apertar a mão da senhora. Quando as mão se tocaram, foi como se o tempo tivesse parado. Molly levou a mão a testa. Um vento forte surgiu do nada, fazendo os cabelos de ambas balançarem graciosamente. Ginny sentiu um frio percorrer todo seu corpo em questão de segundos, seu coração acelerou. A mulher a sua frente sorria bondosamente com os olhos marejados.- Mas meus amigos me chamam de Ginny. E a Senhora, quem é?

--Oh, me desculpe querida.- Soltou a mão de Ginny e seus olhos percorreram o rosto da ruivinha. Helizabeth achou que ela era sua cópia perfeita. Parecia estar se vendo novamente com 15 anos.- Eu me chamo...

--Helizabeth...Olha, estamos com pressa. Adeus.- Molly interrompeu sua mãe. Aquela não era uma boa hora para apresentações. E se dependesse dela, Ginny nunca teria a chance de conhecer Helizabeth.

--Espere Molly. Precisamos conversar.-Molly se virou para o grupinho.

--Vão na frente. Eu já estou indo.- Ninguém teve coragem de contestar a ordem dela. Os garotos saíram de fininho.

--Hoje, às oito, na minha casa.- Helizabeth concordou e Molly saiu, indo na mesma direção que seus filhos. Ginny andava distraída, não escutava nenhuma palavra que Luna dizia. Pensava se perguntaria a sua mãe sobre aquela mulher. Não, aquela não era uma boa idéia, sua mãe já estava nervosa o suficiente.

--Ginny..ALÔ!!- gritou cutucando a amiga.

--Oi Loony...não precisa gritar, eu não sou surda!

--Bem...-disse meio sem graça.- É aqui que eu fico.-disse parando em frente a Olivaras.- Papai disse que eu esperasse aqui. Então, nos vemos no Expresso, 1° de setembro.

--Ok, poxa, nem conversamos direito.- Luna coçou a cabeça e olhou para Rony, dando um sorrisinho. O trio maravilha estava um pouco afastado das garotas e cochichavam. Hermione percebendo os olhares de Luna para Rony, não gostou nada.

--Já sei!-exclamou dando um susto em Ginny.- Por que você não passa essa semana lá em casa?

--Não sei...eu...

--Vamos... vaaaii...-disse Luna fazendo cara de cachorro sem dono.- Por favor!!!!!!!

--Está bem...mas tenho que pedir permissão.- Ginny se rendeu às suplicas de Luna.

--Isso!- Luna deu um pulinho e abraçou a amiga.- Vai ser tão divertido!

Molly, para o espanto de Ginny, não pensou duas vezes antes de permitir que ela fosse para a casa de Luna. As duas combinaram de se encontrarem n’A Toca mais tarde.

(...)

Ginny já estava a um bom tempo à espera de Luna. Sentados na sala, também se encontravam Rony, Harry e Hermione. Os garotos jogavam xadrez bruxo e Hermione lia um livro. Mas após cada jogada os três começavam a cochichar. Aquilo já estava deixando Ginny irritada. Com razão, é claro, pois já que queria conversar entre si, por que não procuravam um lugar isolado! A garota já estava pensando na possibilidade de ir na cozinha fazer umas perguntinhas a sua mãe, mas só de ouvir os gritos dirigidos aos gêmeos, a idéia de continuar ali sentada era muito atraente.

--Vocês não tem idéia do quão irresponsáveis foram ao largar Hogwarts daquele jeito.- gritava a Sra. Weasley. Essa era a terceira vez que ela discutia sobre o assunto. E tadinho dos gêmeos, haviam acabado de chegar e já estavam levando a maior bronca. Eles a cada palavra proferida pela mãe se encolhiam mais na cadeira.

--Mãe, nós somos de maior. Podemos tomar nossas próprias decisões.- Fred se levantou num súbito de coragem.

--E você calado!- Fred se sentou rapidamente.- Vocês podem ser maiores de idade, mas agem como crianças. Onde já se viu largar a escola para abrir uma loja de logros sem me consultar.

--Nós queremos o nosso próprio negócio. Não queremos trabalhar para ninguém, e a senhora não pode nos impedir. Terá que aceitar de um jeito ou de outro.- Jorge tentava explicar, mas Molly ficava mais vermelha a cada segundo. Dando-se por vencida, sentou-se numa cadeira em frente aos gêmeos.

--Vocês estão crescendo tão rápido.- suspirou em sinal de cansaço.- E não posso fazer nada. Não posso impedir que vocês sigam seus próprios caminhos.- Eles levantaram e abraçaram a mãe.

--Nós sabemos que a Senhora só quer o nosso bem.- disse Fred dando um beijo no alto da cabeça da mãe.

--Mas temos que escolher nosso próprio caminho, não a senhora.- Jorge deu um beijo na testa dela e saiu acompanhado por Fred, se dirigindo para o quarto. O trio percebendo que Ginny não estava prestando a mínima atenção neles, começaram novamente a conversarem.

--Rony...o que você acha que Helizabeth, ou melhor, a sua avó quer com sua mãe?- sussurrou Harry.

--Eu não sei...a última vez que vi a vovó eu tinha 6 anos.- disse sem emoção.

--Mas sua avó disse que fazia quinze anos que elas não se viam.- disse Hermione tentando entender toda a historia.

--E faz. Quando conheci a vovó, mamãe não estava junto. Papai nos levou para conhece-la.

--Mas...por que ela agiu como se não conhecesse a Ginny?- Harry estava completamente confuso.

--E não conhece mesmo.- disse olhando de rabo de olho para sua irmã que estava distraída brincando com bichento e voltou a atenção para os amigos.-Antes de irmos ver a vovó, mamãe nos proibiu de mencionar a Ginny. Vovó não sabe que Ginny nasceu...

--Bem... agora sabe.- disse Hermione dando um sorrisinho amarelo.

--Deve ser sobre isso que Helizabeth quer falar com sua mãe.- disse Harry.

--Rony... por que elas não se viam a tanto tempo? E por que sua mãe ocultou o nascimento da Ginny?

--Eu não sei Mione. Mamãe nunca tocou no assunto. E quando perguntamos, ela desconversa.

--Que estranho...

--Deve ter acontecido algo muito grave, não é mesmo.- Hermione pousou sua mão sobre as de Rony.

--É...-disse o ruivo sem graça. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, alguém saiu muito desajeitadamente da lareira, derrubando um dos vasos de flores preferido da Sra. Weasley. Os quatro levaram um susto ao ver uma loira sair daquele jeito da lareira. Rony ajudou uma Luna toda suja de fuligens a levantar-se do chão.

--Você está bem, Luna?- perguntou Rony segurando-a pelo braço.

--Aham...Ah Sra. Weasley, me desculpe!- exclamou assim que viu Molly aparecendo na sala.

--Reparo!- murmurou olhando para o vaso quebrado.- Tudo bem querida. Está novinho em folha.- disse colocando o vaso em seu devido lugar. Hermione não estava gostando nadinha da proximidade de Luna e Rony.

“Como se ele fosse seu namorado...”- pensou amargamente.

--Está pronta Ginny?- Luna estava ligeiramente vermelha. Havia feito um estrago na sala do Weasleys. O tapete estava todo sujo de fuligens, sem contar o vaso quebrado.

--Sim, sim...vão logo! Está tarde e é perigoso viajar via-flú a noite. Era impressão da ruivinha ou sua mãe a queria fora de casa o mais rápido possível? Luna assim que a Sra. Weasley falou, começou a arrastar Ginny para a lareira.

--Papai está nos esperando. Ele tem uma reunião da...revista. Vamos.- As duas se apertaram na lareira para que coubesse o malão da ruiva. “Little Hanglinford”, disseram em uníssono. Antes que desaparecessem ouviram uma pequena explosão vinda do quarto dos gêmeos e eles comemorando.

A Sra. Weasley suspirou aliviada. Não queria de jeito nenhum que Ginny estivesse em casa quando Helizabeth chegasse. Sentou na poltrona perto da porta, respirou fundo.

--Meninos, subam.- disse levantando num pulo.- Eu preciso falar com Helizabeth sozinha.- Molly caminhava lentamente a porta.

--Mamãe, ela não chegou.- Rony franziu a testa e olhou para os amigos. Molly parou frente a porta e a abriu. A imagem de Helizabeth foi iluminada pela claridade que vinha da sala.

--Entre.- os três se olharam sem entender nada. Como Molly sabia que sua mãe já havia chegado.- Subam, os três. Agora!- Sem contrariar a ordem, os três subiram as escadas correndo.

--Que bom que você resolveu me escutar.-disse entrando n’A Toca.

--Sente-se. A Senhora aceita uma xícara de chá?- perguntou sentando-se também.

--Adoraria.

--Seraverto*.- disse Molly sem olhar para sua mãe. Uma bandeja com duas xícaras de chá e um bule de chá apareceram, do nada, em cima da mesinha de centro.

--Vejo que não perdeu o jeito...-disse Helizabeth levando a xícara com chá a boca e olhando atentamente cada pedacinho da sala.


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N/A.: Eu tenho plena consciência que o nome da Ginny é Ginevra, mas eu me recuso a usar esse nome! É podre! Acho que a Tia Jô devia ter bebido no dia que deu o nome a Ginny. Mas...o que posso fazer. Os gêmeos ficaram tão fofinhos né? Eu os fiz parecer ridículos, mas tudo bem. A historia ta podre? Então me manda reviews.

( * ) Bem, esse feitiço ai, eu inventei... no decorrer da história irá aparecer muitos outros! Intaum, como não sei latim, vai aparecer muitas palavras ridículas pela historia.
E queria agradecer a minha Beta! Te adoro miguxa!




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