Campeonato de Quadribol



- Acordou atrasada de novo, madame. – Sirius riu-se quando fui a última a me juntar a eles no Salão Principal.


- Deixe Lílian em paz, Almofadinhas. – Tiago disse, antes que eu respondesse. – Ou você acha que para ter uma beleza como essa não precisa de uma boa noite de sono?


- Fico honrada com o elogio. – eu ri, entre admirada e corada. – Por que tanta animação?


- Simplesmente porque os treinos estão melhores que nunca, esses dias estão ótimos pra um jogo e acho que dessa vez vamos ganhar o Campeonato. – ele falou contente.


- Que bom! – respondi.


- É. – ele concordou entusiasmado. – O jogo de amanhã está no papo. Mulciber foi suspenso e pelo que eu ouvi, o novo batedor é um fiasco.


- Se eu fosse você não se animava tanto Pontas. – Maria disse. – Nem sempre pode-se garantir vitória tão fácil.


- Maria MacDonald, você é muito pessimista. – ele reclamou.


- Não, só sou realista. Nunca subestime um sonserino.


Todos a fitamos de sobrancelhas erguidas. Ela levantou os olhos do prato para nos encarar e suspirou.


- Eu estou me referindo àquilo que aconteceu no quinto ano. Não me esqueci que por pouco eu quase fiquei com uma perna a menos por conta de Avery.


- Bom, isso não vem ao caso. – Sirius suspirou, se espreguiçando. – Concordo com o Pontas. Acho que o jogo de amanhã vai ser moleza.


- Moleza é a palavra que te resume, Almofadinhas. – Aluado riu. Ele apenas deu de ombros.


Pelo resto do dia Tiago passou comentando sobre o jogo, na aula de Feitiços, Herbologia e também na de Transfiguração. McGonagall nos surpreendeu entrando no assunto do jogo, desejando boa sorte pra Tiago.


Para falar a verdade, McGonagall não fora a única. Todos que passavam por ele nos corredores o desejavam sorte ou gritavam ofensas para os sonserinos. E, como sempre, tive problemas com essas desavenças. Mulciber e sua turma estavam piores do que nunca com as provocações: estavam realmente exagerando nos feitiços.


- Conte para Slughorn. – Maria aconselhou. – Ou para McGonagall, não sei.


- Acho melhor não. Vou deixar eles serem pegos sozinhos.


Porém ficou difícil resistir enquanto eu via Mulciber e Avery transformando um aluno da Grifinória em uma lesma. Por sorte o Professor Beery estava por perto e lhes aplicou uma detenção.


- Bem feito! – Maria exclamou, olhando fixamente em Avery.


Outro fato que estava me irritando por mais que eu tentasse me conter ou não ligar, era que praticamente todas as garotas da escola lançavam olhares furtivos a Tiago ou então ficavam dando risadinhas. Isso já estava passando dos limites quando uma garota do terceiro ano da Corvinal pediu que ele autografasse sua nuca.


- Er... – Tiago respondeu sem graça. Pelo visto alguma coisa em meu olhar o intimidou.


Soltei um leve pigarro.


- Por favor! – ela insistiu. – Eu sempre te admirei, pois você joga bem de verdade. Já pensou em entrar para os Tornados?


- Não, eu sou Cannons. – ele riu.


- Bom, que seja. Minhas amigas duvidaram que eu conseguiria um autógrafo seu.


Tiago ergueu as sobrancelhas.


- Mas tem que ser justamente na nuca? – perguntei tentando controlar a voz. Acho que saiu razoável.


A garota pareceu ter notado agora minha presença.


- Vocês... namoram? – ela indagou.


- Sim. E ele pode te dar um autógrafo se quiser, mas não em alguma parte do corpo. – respondi, a voz decididamente irritada. – E para uma menina da sua idade, está meio obtusa, não acha?


Ela corou.


- Tudo bem. – ela falou com a voz baixa, tirando um pergaminho da mochila.


Tiago o assinou, e sem dar mais uma palavra tornou a sair pelo corredor.


- Ah, me desculpe. – falei constrangida.


- Desculpar o quê?


- Por isso que acabou de acontecer.


Ele sorriu.


- Eu adoro ver sua cara de ciumenta. – ele disse me abraçando pela cintura.


- Não acha meio idiota?


- Não.


- Não me acha uma namorada meio... grudenta?


- Não.


Dei um último olhar descrente a ele.


- Lílian, você não entende que já estar namorando você é uma benção dos deuses? – ele perguntou. – Te ver com ciúmes de mim é melhor ainda. Sinceramente acho que consigo me acostumar com isso.


- É melhor não. – respondi e ele riu.


- Você é a ciumenta mais linda que eu já vi. – ele me beijou.


- Considerei isso como um elogio. – respondi.


- Ah, com certeza isso é um elogio.


- Fico satisfeita então.


Ele sorriu, mas logo fomos interrompidos por um novo grupinho de garotas querendo autógrafos. Suspirei. Lá vamos nós outra vez.


- Essa é nova. – Maria riu-se, mais tarde na sala comunal. – Pedir autógrafos. Até imagino qual sua situação agora.


- Não é uma das melhores. Mas dá pra suportar.


Ela riu novamente e passei o resto da noite contando os fatos do dia de hoje, que cá entre nós, não foram muito agradáveis.


O dia amanheceu claro e ensolarado, com uma fraca brisa. Tiago deveria estar satisfeito com o tempo.


Do dormitório dava pra ouvir a agitação na Sala Comunal abaixo. Todas garotas já haviam acordado, então desci sozinha.


A sala estava abarrotada de gente, vestidas de vermelho, segurando cartazes, usando cornetas e não dava pra duvidar que todos estavam confiantes.


Não localizei Tiago em nenhuma das poltronas, só vi a um canto Almofadinhas, Dougie, Aluado e Rabicho.


- Onde está nosso capitão? – perguntei.


- Bom dia pra você também. – Almofadinhas riu. – Ele já foi pro campo, voar um pouco com a equipe.


- Ah.


- Maria disse pra te encontrar no Salão, Lílian. – Dougie disse.


- Obrigada, vou pra lá.


Maria era uma das poucas que ainda estavam tomando café. A escola inteira parecia estar nas salas comunais para se dirigirem ao estádio um pouco mais tarde. Ela estava com Joanne e Laura, conversando entusiasmadas.


- Bom dia, garotas. – cumprimentei quando me sentei. - Animadas pro jogo de hoje?


- Muito! – Joanne exclamou. – Espero sinceramente que ganhemos.


- É claro que vamos ganhar. – Maria respondeu.


- Nossa, que mudança de opinião de um dia pra outro, Maria.


- Acordei inspirada. – ela comentou, rindo.


Depois do café, nos encontramos com os garotos no saguão de entrada, que por acaso estava cheio de alunos das quatro casas.


Todos estavam entusiasmados, apesar dos alunos da Sonserina ficarem jogando ofensas para os da Grifinória.


- Ah, vocês vão calar essas bocas sujas quando forem derrotados! – Laura gritou para uma aluna com ar rabugento e ligeiramente irritante da Sonserina.


- Vocês da Grifinória estão acostumados a perder. – a garota respondeu com desprezo. – Faz dois anos já que vocês não ganham nenhum campeonato de tão péssimos que são.


- Esse ano vai ser diferente. – Laura retrucou. – Tiago é capitão agora.


- Potter sempre esteve no time e não vi muita mudança.


- Ora, cale a boca sua balofa irritante!


- Do que me chamou? – a garota disse entre os dentes, seus olhos faiscando. Laura não pareceu se intimidar.


- Balofa irritante. – ela respondeu sem hesitar. Maria e Joanne sufocaram o riso. – Quer que eu repita ou vocês sonserinos são burros o bastante para não entender nossa língua?


- Você vai engolir essas palavras. – ela ameaçou.


- Que medo. – ela disse com sarcasmo, enquanto a menina se afastava.


Arranjamos bons lugares nas arquibancadas quando chegamos, mas pro nosso desagrado, um grande número de alunos da Sonserina se acomodou atrás de nós.


- Se esses idiotas aqui atrás me irritarem muito, não vou me refrear. – Sirius alertou.


- Nem eu. – Dougie concordou.


- Mantenham a calma, rapazes. – respondi. – Isso é apenas um jogo.


O estádio estava mais lotado que o normal. Supus que visitantes foram convidados para assistir a partida. Em certo ponto das arquibancadas distingui a barba branca e cumprida de Dumbledore junto aos outros professores.


- Bem vindos ao jogo final do Campeonato de Quadribol: Grifinória contra Sonserina! – narrou Kingston no megafone, seguido pelos gritos entusiasmados dos espectadores.


- E aí vem nossos jogadores! – ele continuava, embora tivesse perdido um pouco do entusiasmo. – Equipe da Sonserina: Verny, Singh, Berry, Aninston, Lemmet, Fane e Madson!


A arquibancada verde e prata, inclusive a que estava atrás de nós, rugiu de palmas, gritos e assobios. O resto, porém, vaiou quando os jogadores de verde entraram enfileirados no estádio.


- Lembrando que Paul Mulciber foi expulso do time, mas foi substituído por Eduardo Singh. O novo capitão agora é Berry. – Kingston informou em meio às vozes que ecoavam das arquibancadas.


- Ele esqueceu de citar que Mulciber lançou uma Maldição Cruciatus no capitão do outro time. – Sirius resmungou.


- Suponho que ele não quis entrar em detalhes. – Aluado disse.


- E agora a equipe da Grifinória! – Kingston narrou animado. – Vance! Bones! Meyer! Borttin! Meadowes! Ericson e... Potter!


O estádio ecoou de gritos, assopros de cornetas e assobios; as vaias sonserinas eram quase inaudíveis.


Os sete jogadores de vermelho entraram no campo velozes, seguido com as palmas e logo depois veio Madame Hooch com a habitual caixa debaixo do braço.


Vi Tiago apertar a contragosto a mão de Berry.


- O balaço e o pomo já foram soltos – a voz de Kingston ecoou, agitada -, Madame Hooch lança a goles... e COMEÇA O JOGO!


As catorze vassouras levantaram vôo e passaram como borrões pelo ares. Como era comum, logo perdi Tiago de vista. Imaginei se tinha sido assim também quando voei com ele.


- E Fane da Sonserina está com a goles – passa para Madson, que é atrapalhado por um balaço de Bones. Vance com a goles – Meadowes – Ericson – de volta para Meadowes, que marca... PONTO PARA GRIFINÓRIA!


As arquibancadas rugiram de gritos e vivas. Os alunos atrás de nós ficaram calados.


Uma vez ou outra eu avistava Tiago voar veloz, mas não parecia ter avistado o pomo.


- Verny com a goles – Madson – de volta para Verny, que passa veloz por Vance. Ela voa em direção a baliza – desvia de um balaço muito bem lançado por Meyer – e marca, ponto para Sonserina!


Dessa vez os alunos atrás de nós gritaram o mais alto que conseguiram. Jurei ter visto os punhos de Sirius se fecharem.


- Caramba. – Maria murmurou.


- Vance com a goles – passa para Meadowes, que é interferida por um balaço de Berry. Fane passa para Verny – que voa até Borttin e marca... ponto para Sonserina!


- Droga! – Dougie exclamou, quando a arquibancada verde novamente festejou.


O jogo prosseguia, e agora os sonserinos inventaram uma música que era realmente irritante: "Grifinória já perdeu, Sonserina já venceu!". Foi assim o tempo todo. O refrão contínuo ainda ecoava no estádio, quando o jogo estava setenta a quarenta para a Sonserina.


- Não acredito. – Maria falava. – Não acredito.


- Calma Maria. – consolei (Grifinória já perdeu, Sonserina já venceu!). – Logo o time vai se recuperar e...


- Ponto pra Sonserina!


Almofadinhas resmungou um palavrão.


- Onde será que está Tiago? – Aluado perguntou olhando para cima.


"Grifinória já perdeu, Sonserina já venceu!"


- CALEM A BOCA! – Sirius berrou para os alunos atrás.


- Ora, não aceita perder Black? – um dos alunos disse.


- Não é isso. Não agüento essas vozes desafinadas de vocês! Calem a boca!


- Ah, não mesmo. – o garoto sorriu, malicioso.


- Dorcas Meadowes com a goles – passa para Ericson – Vance, que voa até Lemmet e marca: PONTO PARA A GRIFINÓRIA!


O estádio comemorou e Sirius lançou um olhar desafiador ao aluno que antes discutira.


- Setenta a cinquenta! – anunciou Kingston. – Jogo difícil para Grifinória.


- Eu e minha boca. – Maria resmungou.


Quanto mais gols saia, mais o jogo ficava violento. O apito de Madame Hooch soou várias vezes e o maior número de faltas eram marcadas pela Sonserina.


O jogo parecia estar durando uma eternidade. Depois de um tempo, estava cento e dez a noventa para a Sonserina, apesar de várias faltas que Grifinória havia ganhado.


- Porque Tiago não pega esse pomo logo? – perguntei apreensiva.


- Por que simplesmente ele é um péssimo apanhador. – uma garota respondeu atrás de mim.


Me virei pra ela com as sobrancelhas erguidas. Era a mesma que havia discutido com Laura.


- Não me lembro de ter de chamado na conversa.


Maria riu.


A garota nos fuzilou com os olhos e se juntou aos outros na música "Grifinória já perdeu, Sonserina já venceu!". Maria cobriu os ouvidos teatralmente.


- Ericson com a goles – passa para Meadowes – Vance, que voa rapidamente para a baliza... ai! Quase se choca com Fane. Deixou a goles cair – Madson pega e passa para Verny... que marca: ponto para Sonserina!


- Mas que porcaria... – Maria começou, mas foi interrompida por um grito as nossas costas.


Sirius e Dougie avançaram em dois alunos da Sonserina, que afinal participavam do coro; Aluado e Rabicho o puxavam.


Maria começou a rir.


- Vai Dougie! – ela exclamou.


Enfim Aluado puxou Almofadinhas e Rabicho puxou Dougie. Outros alunos da Sonserina também seguraram os dois que também brigavam.


- Você cala a boca! – Sirius disse, com uma gota de sangue escorrendo da boca.


- Não tenho culpa se sua equipe é um fracasso!


Sirius avançou novamente, mas Aluado o segurou firme.


- Estamos perdendo o jogo, Almofadinhas. – ele disse.


Sirius limpou a boca agressivamente e deu as costas.


O tempo se prolongava e eu nunca me lembrara de um jogo tão demorado como esse.


- Estou cansada e com fome. Mais um pouco vou voltar pro castelo. – Maria disse, embora fosse a única que estivesse reclamando. As pessoas pareciam animadas com o jogo longo.


- Cento e noventa a cento e setenta para a Sonserina! – falou Kingston. – Madson com a goles – passa para Verny, que é atrapalhada por um ótimo balaço de Bones. Vance com a goles – passa para Meadowes que encara Lemmet e é PONTO PARA GRIFINÒRIA! Madson rapidamente recupera a goles, dá um mergulho para fugir do balaço que logo é rebatido pra outro lado por Singh. Acho que foi o primeiro que ele rebate na partida...


Kingston parara de falar. De repente uma figura vermelha e uma verde dispararam para baixo. Todos observavam surpresos e agitados Tiago e Aninston emparelharem. Os jogadores no alto pararam no ar para observar eles voarem velozes para o chão.


- Eles vão bater! – exclamei.


Pro espanto de todos Tiago e Aninston se chocaram e caíram da vassoura, com um baque surdo.


Os dois ficaram no chão por um tempo, até reforços chegarem até eles. Houve um murmúrio nas arquibancadas.


- O que será que aconteceu?


- Quem pegou o pomo?


Vimos Madame Hooch caminhar apressada até eles. Seria uma cena bem engraçada se eles não corressem o risco de terem se ferido. Ela parou um pouco pra observar, assoprou o apito e apontou para Tiago estatelado no chão.


O estádio explodiu de gritos, vivas, cornetas, palmas e o que mais que fizesse barulho. Eu e Maria pulávamos freneticamente, Almofadinhas e Dougie irritavam os sonserinos as nossas costas, Aluado e Rabicho comemoravam.


- E Grifinória vence o jogo! – Kingston comemorava no megafone. – Ela é campeã! Vence o campeonato de quadribol!


A multidão de alunos desceram correndo as arquibancadas.


Tiago parecia estar intacto quando chegamos até ele, apesar de todos esquecerem Aninston largado onde havia caído.


Os jogadores estavam sendo abraçados por todos e bagunçavam-lhes o cabelo.


- Ah, Tiago, parabéns! – me atirei nele quando, depois de um tempo muito corrido, conseguira chegar próximo o bastante, meus olhos marejados. – Você está bem? Você se machucou? Quebrou alguma coisa?


- Não, Lil, eu tô bem. A grama amorteceu a queda... – ele riu, mas logo foi afastado para os outros saudar-lhe também.


Depois de um tempo transcorrido, onde o time continuava a receber parabéns e mais saudações, Tiago e os outros foram até a arquibancada receber o lustroso troféu entregue por Dumbledore.


Os alunos não cabiam em si de felicidade e Maria começara a soluçar do meu lado. Não pude achar exagero, eu também havia me emocionado um pouco quando Tiago ergueu a Taça do ar e os alunos começaram a vibrar ainda mais.






A música "Grifinória já venceu, Sonserina já perdeu!", finalmente editada por Dougie, cessou tarde daquela noite. A festa durou o dia inteiro e teve mais comida que o normal, sendo que já se passava da hora do almoço quando o jogo terminara.


Restavam poucos alunos na Sala Comunal ainda. O troféu dourado localizava-se a um canto onde ficava visível a todos, depois de passada de mão a mão pelo resto do dia.


- Pena que vai ser colocada na sala de troféus. – Dougie comentou, ainda admirando a aba brilhante do objeto. – Ficaria muito mais bonita aqui, vocês não acham?


- E mais fácil para algum engraçadinho roubar, devo acrescentar. – Almofadinhas respondeu.


- Ainda não acredito que vocês arranjaram briga com a turma da Sonserina. – Tiago riu. – Queria ter visto.


- E eu queria ter visto a cara de Mulciber. – Sirius destampou mais uma garrafa de cerveja amanteigada e entornou. – Não o vi dia inteiro.


- Deve estar se escondendo na sala comunal da Sonserina de vergonha ou os alunos o espancaram porque ele foi o responsável pela derrota. – Dougie arriscou.


- Dá pra vocês pararem de só pensar em coisa ruins? – Maria resmungou. – Quero dizer, ganhamos a Taça e a única coisa que vocês falam é sobre Mulciber.


- Concordo com Maria. – falei.


- Mas Mulciber é igual à Sonserina que é igual ao jogo que é igual à Taça. – Sirius disse.


Maria revirou os olhos.


E foi assim. Passamos o resto da noite aproveitando a vitória. Era bom ver Tiago feliz, e não pude deixar de ficar feliz também.


E me lembrei do primeiro jogo da Grifinória nesse ano letivo. Maria dissera "Acho que queria, mas acabou não conseguindo, ficar sozinho com você por uns minutos". E agora ele conseguira. Fora o tempo que os alunos pediam detalhes da captura do pomo ou o tempo em que ficavam elogiando o jogo, ele estava ali, junto comigo. E, agora que percebo, Tiago conseguiu mais que um objetivo seu aquele dia; e também não podia deixar de notar que sua satisfação estava cada vez mais evidente em seu olhar.

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