Além do que se vê Rony/Mione
Além do que se vê
por Miss Granger
Hermione entrou em sua sala exausta. A audiência que participara havia sido especialmente irritante e cansativa. Como a promotoria podia ser tão burra? Não viam que todos tentavam incriminar o elfo, por que ele era um elfo?! Largou a pasta em cima da mesa e sentou-se em sua cadeira. Ainda havia o relatório. O maldito relatório. Tinha que terminá-lo até terça-feira. Quando levantou a pasta com os arquivos da audiência viu que a jogara em cima de um envelope. Pegou-o com um leve sorriso em seus lábios.
“Ron...” pensou divertida. Abriu o envelope e tirou de dentro um pedaço de pergaminho dobrado. Desdobrou-o e deu de cara com a letra rabiscada de Rony.
“Moça, Olha só, o que eu te escrevi
É preciso força pra sonhar e perceber
Que a estrada vai além do que se vê
Sei, que a tua solidão me dói
E que é difícil ser feliz
Mais do que somos todos nós
Você supõe o céu
Sei, que o vento que entortou a flor
Passou também por nosso lar
E foi você quem desviou
Com golpes de pincel
Eu sei, é o amor que ninguém mais vê
Põe mais um na mesa de jantar
Porque hoje eu vou "praí" te ver
E tira o som dessa TV
Pra gente conversar
É bom te ver sorrir”
Amor, só para te dizer que te amo, e pedir para me esperar para jantar tudo bem? Estou chegando e levando uma surpresinha para o Bichento. Fala para sua mãe que estou levando a torta de melado da minha mãe que ela tanto gosta.
Com todo amor que uma colher de chá pode conter, (não reclame você que definiu)
Ronald
ps: Amor, preciso confessar uma coisa. Lembra dos quadros que você pintava? Era eu quem roubava. Me desculpe, mas eu os queria muito. Mas não fique brava! Estão comigo e estou guardando-os para nossa casa. Falta apenas três semanas!
Hermione ficou sentada na cadeira sorrindo. Lembrou-se de tudo que passara ao lado de Rony, de como estava sendo maravilhoso agora. Sua vida estava perfeita. O trabalho ia bem, Ronald era um amor, só faltava uma coisa para que ela fosse extremamente feliz. Mas essa ultima alegria havia chego naquela manhã.
Foi até a lareira e jogou pó de flu.
– Casa dos Potter! – gritou para o fogo. Sua cabeça rodou um pouco e logo ela se viu olhando para uma sala que lembrava muito A Toca.
– Gina? – chamou.
Gina veio correndo até a frente da lareira.
– Oi, Mione. – falou sorrindo.
– Vou contar hoje. – Hermione sorriu de volta.
– Isso! – Gina sorriu – Ele vai ficar muito feliz!
– Espero! – falou Hermione – Gina, se lembra dos meus quadros que desapareciam?
– Rony os roubava. – disse Gina simplesmente.
– Você sabia?! – exclamou Hermione.
– Sim. Desculpe não contar, mas era importante para ele. – explicou Gina.
Hermione riu.
– Tchau Gina!
– Me conte como foi depois. – disse Gina enquanto a cabeça de Hermione girava de volta.
Hermione começou a arrumar suas coisas para ir embora. Um fim de semana de descanso seria maravilhoso.
Alguém bateu à porta.
– Entre.
A porta se abriu e a metade do corpo de Rony surgiu por ela sorrindo.
– Oi, posso entrar? – perguntou ele.
Ela caminhou até ele e o beijou.
– Ladrão de quadros. – acusou. Ele sorriu constrangido. – Adorei o bilhete.
– Ah, eles eram lindos. – disse ele.
– Também tenho uma coisa para confessar. – disse ela se pendurando no pescoço dele.
– O que? – ele pareceu intrigado.
Ela o soltou e foi até a gaveta. Tirou de lá uma manta branca bordada com pequenas estrelinhas coloridas. Ela foi até ele e mostrou-a.
– Isso é a manta dos Weasleys... – disse ele confuso.
– Sua mãe me deu. – Hermione sorriu largamente – Parabéns papai.
Rony ficou alguns segundos a fitando até que a abraçou com lágrimas nos olhos.
– Pai? – murmurou.
– Sim.
Ele gargalhou erguendo-a do chão. Ele girou segurando-a e Hermione fechou os olhos quando ele escondeu o rosto no seu pescoço. Naquele momento não havia ninguém em todo o universo que pudesse ser mais feliz do que ela. Ninguém.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!