A gárgula se moveu para o lado sem termos falado senha alguma. Logo, deduzimos que Dippet já tinha conhecimento da "visita" que dariamos ao seu escritório.

Eu na verdade não estava com medo, sabia que nada de muuito ruim poderia me acontecer. Riddle por outro lado parecia só um pouquinho nervoso. Tinha certeza de que aquilo tudo era novo para ele, visitar a sala do diretor.

Para mim, ou pelo menos na minha outra vida, era uma coisa natural eu visitar o diretor. Eu não era nem um pouco santa se é que me entende.

Subimos as escadas e Riddle tomou posição batendo na porta. Esta se abriu sozinha e vimos um homem de aparência velha, uma pequena barba já bem branca, olhos claros, usava vestes roxas com estrelas estampadas nela. Era no todo, um homem bem engraçado.

– Sentem-se - ele nos disse em um tom não muito amigável.

Eu e fui lentamente até a cadeira que ele apontara, enquanto Riddle se dirigiu a ela em passos apressados e logo se sentou eretamente como se fosse se sentar para tomar chá com a rainha.

Do mesmo jeito que me encaminhei até a cadeira, eu me sentei, feito uma tartaruga. Me larguei na poltrona e não fiquei nem um pouco reta.

– Bom, o professor Slughorn teve problemas com os dois então? O que aprontaram? - ele perguntou nos olhando severamente.

– Bom, a srta.Stone que estragou a nossa poção.- Riddle disse bem convincente pra dizer a verdade.

– Eu não fiz nada disso, não é minha culpa que você não sabe preparar uma poção. - uma coisa que eu me recusava a fazer, era admitir a minha culpa, em seja lá o que fosse.

– Eu sempre preparei poções muito bem, e por que será que de repente uma deu errado? Porque você estava metida no meio. - ele pela primeira vez perdeu o controle.

– Ahh, Riddle como pode jogar a culpa de um erro seu em mim? E só porque você errou a poção, fez eu beber ela! - eu disse parecendo chocada, eu na verdade estava me divertindo.

– Você fez ela beber a poção Riddle? Eu nunca esperaria essa postura sua! - o diretor Dippet disse-lhe - os dois vão levar detenção por uma semana, depois vão falar com o zelador Argus Filch para saberem o que terão de fazer.

Eu não estava nem ligando para o fato de que levaria detençao, já estava mais do que acostumada. Só estava assustada de saber que Argus Filch já trabalhava aqui.

– Isso é tudo culpa sua Stone, eu nunca levei uma detenção na vida! - ele parecia chocado com isso, o que me dava ainda mais divertimento.

– Ahh relaxa, já já você se acostuma. Vai começar a sentir a adrenlina quando aprontar alguma coisa e depois vai sentir a satisfação ao saber que foi uma arte boa o suficiente para levar uma detenção. - eu disse e ele me olhou perplexo.

– Você gosta de aprontar e levar detenção?

– Mas é claro que sim, é como deixar uma marca minha na escola.

– Você é muito esquisita Stone. - ele me disse e saiu andando para sei lá onde.

***

Agora eu já sei a diferença de ter aulas com o professor Binns morto e o vivo. O vivo tinha as vestes coloridas, e o morto tinha as vestes transparentes.

Ele falava no mesmo tom monótono e como sempre, só ficava lendo aquele livro gigante, sem fazer nenhuma interação com a turma.

Eu estava com a cabeça apoiada na minha mão, prestes a dormir. A minha dupla era o Abrax, ele já estava durmindo ao meu lado. Desde que eu cheguei aqui, ele tem sido o meu melhor amigo!

Ele era muito bonito, com aquele cabelo loiro e os olhos cinzas, além de ser bem musculoso.

De ontem para hoje eu havia virado a queridinha dos grifinórios por ter dado uma lição no Tom Riddle.

Finalmente o sinal do fim da aula bateu. Abraxas ainda babava em cima da cadeira ao meu lado. Estou até com dó de acordar, ele está dormindo em um sono tão pesado além de estar tãão fofinho.

– Ei, Abrax, precisamos ir pro intervalo. Acorda... - e nada, ele continuava roncando. Será que ele notaria seu eu mexesse em seu cabelo? Sempre quis saber se eram realmente macio como aparentava.

Passei meus dedos pelo seu cabelo, meu Merlin era realmente muito macio. Resolvi passar a mão em seu cabelo de novo. E quando eu percebi, meu anel havia prendido no cabelo dele. E agora, o que eu vou fazer?