Confusões na Aula de Poções
Para mim e Abraxas, o caminho até as masmorras foi hilariante! Abraxas não parava de me fazer rir, eu realmente não sei a quem o seu filho Lucius puxou!
Mas enquanto para mim e Abraxas o caminho era de pura diversão, parecia que o do Riddle não era assim. Ele veio o caminho inteiro até as masmorras de cara amarrada.
Quando chegamos na sala, o Abrax já tinha escolhido o seu lugar e batia as mãos no banquinho ao lado num gesto para que eu fosse me sentar na mesma mesa que ele. Mas, para que meu plano saisse com devido sucesso, eu teria que me sentar com o Riddle.
Este já estava com a cara dentro do livro e, sentado sozinho na mesa da frente. nerd eu pensei. Caminhei lentamente até a sua mesa e, quando me sentei ao seu lado, parecia que ele nem havia notado a minha presença.
Minha idéia foi confirmada rapidamente. Pouco depois de me sentar, o Professor Slughorn apareceu e Riddle logo retirou o livro do rosto. Ele se assustou com a minha presença e deixou o livro cair no chão. Apanhei-o para ele e, logo vi como sendo o Mil Ervas e Fungos Mágicos.
Entreguei-lhe o livro e disse-lhe:
– Não era para você me ajudar no meu primeiro dia?? Então vai me ajudar na aula de Poções. - quando terminei ele me lançou um olhar de desprezo mas continuou sem dizer nada.
Estava distraída pegando o meu material e, quando levantei a cabeça, notei que o professor Slughorn estava parado bem na minha frente.
– Ora,ora se não é a nossa nova sonserina - ouviu-se um pequeno coro de desprezo vindo da Grifinória, no entanto o professor ignorou - Janesse Stone, não é?
Claramente ele sabia que esse era o meu nome mas eu apenas concordei com a cabeça.
Ele bateu palmas e depois se direcionou a turma toda:
– Bom, hoje nós iremos preparar a poção das cócegas. Só para treinarem - e logo depois de dizer isso, pode-se ouvir o barulho de vários alunos abrirem seus livros desesperados.
– Vá pegar os ingredientes. - Riddle disse para mim em um tom autoritário.
– E por que exatamente eu faria isso? - perguntei para ele desafiando-o.
– Porque essa nota também é sua - pela sua expressão ele já estava ficando um pouco impaciente.
– E por que, você não pode ir lá pegar os ingredientes enquanto eu começo a preparar a poção?? - perguntei á ele.
– Você acha mais seguro eu fazer a poção enquanto você pega os ingredientes ou, eu pegar os ingredientes enquanto você prepara a poção? - ele me perguntou sem na verdade querer uma resposta.
– Eu já estou indo - disse derrotada. Peguei o meu livro para verificar os ingredientes e, enquanto ia até o armário observei-o acender o fogo.
Depois de verificar várias vezes se havia pego todos os ingredientes, eu voltei para a mesa com eles em um pequeno recipiente.
Até ali, estava tudo bem e eu só olhava o Riddle preparar a poção com precisão.
Num momento de distração do Riddle, eu apanhei um ingrediente que eu não fazia idéia do que era e, sem que ele visse, coloquei-o no caldeirão.
Ele continuou a preparar a poção normalmente. Mas, quando foi colocar o líquido rosa de um pequeno frasquinho...
BUM!!!
A poção havia explodido na cara do Riddle e agora, o seu rosto estava queimado. A sala inteira estava rindo e eu os acompanhava. Até que, Riddle olhou para mim com um olhar acusador.
– Foi você! - ele disse apontando o dedo para mim.
– Claro que não, sabe Riddle, é muito feio acusar as pessoas sem provas! - eu disse-lhe em um tom divertido e com um sorriso desdenhoso estampado em meus lábios.
– Eu simplesmente sei que foi você!! - agora ele nem mais tentava se manter calmo, ele realmente berrava. Mas eu não fiquei com medo, muito pelo contrário...alcançei as minhas expectativas!
– Sabe Riddle, você devia se esfriar! - ele me olhou com uma cara de "ué?" e eu simplesmente apontei a minha varinha pra ele e murmurei "Aguamenti" . Um jato de água disparou pela minha varinha e um segundo depois, só via-se um Riddle totalmente encharcado.
– Que tal você provar um pouco da poção? - Riddle pegou a colher de madeira em cima da mesa, mergulhou-a no cladeirão e, antes que eu pudesse me esquivar, enfiou a colher com a poção na minha boca.
Eu sabia que cócegas eu não ia sentir. Além de alterada, aquela poção ainda não estava pronta. De repente, eu começei a suar demais, de um jeito que eu nunca suei em toda a minha vida! Quando me dei conta parecia que eu tinha acabado de sair do banho. Todos me olhavam com repulsa afinal, aquilo era suor.
"Por que o professor ainda não fez nada?" eu me perguntava. Um segundo depois, a minha pergunta foi respondida, o professor entrou na sala carregado de potes até a cabeça.
– O estoque de ingredientes tinha acabado, então eu... - a frase se perdeu, ouviu-se o barulho de vidro batendo no chão e todos os ingredientes estavam espalhados pela sala. Aparentemente isso não ocorreu por causa de um tropeço, ele se assustara com a cena que encontrou, seu melhor aluno brigando - pelas calças de Merlin, o que houve aqui??
Eu e Riddle começamos a gaguejar e por fim , Riddle disse:
– Nós tivemos uma briga senhor, mas já vamos arrumar tudo. - ele disse formalmente.
– De jeito nenhum, os dois vão visitar a sala do diretor Dippet. - ouviu-se mumúrios pela sala toda e eu e Riddle por fim, saimos cabisabixos. Não que eu estivesse, triste eu estava satisfeita!
Mas imagine a cena: Eu molhada de suor, tão molhada que meu cabelo pingava, e Riddle também encharcado em frente a Gárgula da passagem da sala do diretor.
Eu sabia que estava encrencada. E, também sabia que eu ia demorar um pouco pra saber a diferença do professor Binns morto e o professor Binns vivo ensinando!
Continua...
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