A Aceitação
HUHU! E finalmente, essa pessoa atualiza sua fic com um capitulo imenso e feliz!
EU JURO QUE TENTEI! Mas não consegui deixa-lo menor! Foi aquilo que eu disse para alguns... se eu fizer capítulos com apenas duas ou três paginas de Word, pelos meus cálculos, a fan fic terá cerca de 63 capitulos! Acho que muita gente iria desistir assim que chegassem no cap 35! Rs... mas eh a pura verdade... por exemplo, os cap 1 e 2, seriam um só, mas achei que sera melhor ter cap menores e melhores! Porém eu descobri que eu tinha o dom de escrever muito (todos me odeiam por isso na escola.. até hoje a professora Aline repudia minhas redações ^^’) ----- AAA! Este capitulo esta muito bom, e vale a pena gastar o seu precioso tempo lendo-o! ele esta um pouco menor que o anterior, mas quem gostou do Portal de luz, ira adorar este daqui!
Outros motivos da demora: não sei se vocês perceberam, mas eu estive lendo o novo livro da JK! Eh muito bom! (eu demorei a ler mais que o normal [uma semana] mas foi pelo fato de ser no PC, e eu uso óculos, acho que soh as pessoas que usam óculos irão me entender! Fica tudo embaçado!... ai eu tive que parar de escrever um pouco! EU JURO que não fiz spoillers! Eu já estava escrevendo a algum tempo, e quando eu comecei a ler vi que algumas coisas eu havia acertado! Tipo a ligação entre os Malfoy e Snape ^^.
Vamos aos agradecimentos: EEEE! Primeiramente eu estarei agradecendo a minha mais fiel leitora! A SELENE PAULINE! EU REALMENTE AGRADEÇO PELA FORÇA QUE VOCE ESTA ME DANDO! Mesmo vc tendo lido parte do cap em primeira mão, quero que termine-o!
Agradeço também a ANGELINA MICHELLE (novamente) eu realmente te adoro! E agradeço aos meus pais!
UM MONTE DE BJUS PRA TODOS, E EU JÁ COMECEI A ESCREVER O DECIMO PRIMEIRO!
EEEEEE DIVIRTAM-SE!!
Ivan-snape
Capitulo 10
A Aceitação
“Tudo o que existe é simplesmente a obra de Deus!”.
Draco leu em um livro na ultima semana de junho. Já era férias das aulas particulares que seu padrinho Snape dava a ele desde os quatro anos de idade. Porém, seu padrinho ainda estava dando as lições para Draco não se esquecer de nada no dia em que ele fosse para a escola de magia.
Snape era muito áspero, duro, um homem rígido e severo, nada sugestivo, pois seu primeiro nome também era Severo! Um bruxo que não se vergava, inflexível, inexorável, implacável, indiferente, impassível... Mas Draco amava seu padrinho de todo o coração, principalmente quando era seu aniversário ou natal, ele lhe dava presentes maravilhosos, muito úteis e a maioria das vezes presentes que necessitavam do uso da magia! Quando ele soube que iria freqüentar uma escola de Magia e Bruxaria, se animou perdidamente. Não importava mais que escola freqüentaria e sim, que ele freqüentasse e se desse muito bem em todas as aulas, principalmente nas aulas de Artes das Trevas, que era a aula que ele se interessara mais.
Desde o momento em que ele soubera que seu padrinho Snape era diretor da casa da Sonserina, Draco pensara que seria muito divertido se ele fosse para Hogwarts e caísse na casa em que seu padrinho dirigia, não queria mais ir até a tal Durmstrang que seu pai mencionara, porém, sentia a obrigação de ir para lá, para poder orgulhar ainda mais seu pai e sua família.
Ele fechou o livro com um pouco de força e disse entediado:
- Para que serve essas coisas afinal? – disse para seu padrinho que estava sentado em uma cadeira muito confortável de frente a uma mesa de mogno escuro muito bem polido, e estava de costas para uma lareira que tinha um fogo ralo, mas muito aconchegante.
- Para que serve essas coisas? – repetiu um homem muito pálido com cabelos compridos até a altura do queixo, tinha a voz muito arrastada e fria, e um olhar ríspido.
- É, eu não irei usar nada disso na escola de magia! – disse Draco apontando para uma montanha de livros que se erguia a um canto.
- Deixe me explicar uma coisa – disse se levantando com um salto, o homem usava capas pretas muito largas e esvoaçante, era um bruxo alto e magro e tinha uma aparência de dar medo – na escola em que eu leciono essas coisas são importantes, porém, para a sua vida cotidiana, isso não lhe servirá para nada! – disse pausadamente – contudo – continuou quando viu a expressão de entusiasmo de Draco – se você quiser se dar bem em qualquer escola de Magia e Bruxaria da Europa precisara ter um mínimo de cultura, e isso – disse apontando para a pilha de livros – é simplesmente cultura!
- Eu quero me dar bem em qualquer escola que eu vá! – disse pensativo – mas não tem uma outra maneira?
- Outra maneira? – disse abrindo um sorriso forçado, seus dentes eram finos e amarelados, e seu rosto macilento se esticou como a pele de uma cobra – você quer se dar bem de outra maneira? – seu tom de voz mudou bruscamente, de um simples deboche para uma coisa ameaçadora - era só o que me faltava! Tenho um afilhado preguiçoso!
- Eu não sou preguiçoso – se defendeu.
- Não é? – disse se debruçando em frente à mesa onde Draco deixara o livro que ele estava lendo – então leia – ele abriu o livro e o colocou na frente de Draco – e rápido, você tem apenas algumas semanas para o inicio do ano letivo e tem que ler todos aqueles ainda! – disse apontando para uma estante enorme, que ia até o teto e estava abarrotada de livros.
- Todos eles? – disse olhando desapontado.
- Sim! Você não os leu quando lhe mandei ler, agora, se quer ser O melhor aluno da escola de Magia, então comece a ler – disse selvagemente, e deu meia volta e se sentou de frente para a lareira, deixando Draco com um livro imenso, de duas mil paginas, e ele ainda nem estava na metade!
- Tudo bem então! – disse com tédio, ele virou a pagina e continuou a ler o livro interminável.
Draco leu algumas linhas:
“Deus, o criador do universo, é um elemento importantíssimo para a vida, pois sem ele, nós não existiríamos...”
Draco bocejou...
“O todo poderoso é o gerador da energia da felicidade e da alegria...”
Sono...
Draco tentou continuar, mas o que ele lia ali, era uma coisa tão inútil, que ele se sentia extremamente entediado. Ele se deitou encima do livro para criar coragem pra continuar lendo aquela “porcaria”. Ele levantou a cabeça e leu mais uma frase, porém ela estava muito embaçada:
“Deus está a nossa volta...”
Draco abaixou-se novamente no livro e cochilou.
Ele estava naquele mesmo jardim em que ele sonhara em uma noite turbulenta, o dia estava praticamente o mesmo e as flores não tinham mudado nada, ele correu entre as centenas de flores no jardim plano e imenso; correu e correu, da mesma forma que ele havia corrido da ultima vez, ele não conseguia parar, estava enjoado, não queria correr daquela forma tão infantil e saltitante, suas pernas se moviam sem ele mandar, ele estava descontrolado, tentou segurar as pernas, mas continuou correndo por entre as flores de todas as cores e tamanhos; porém, quando chegou perto daquela vassoura flutuando, aparentemente nova, ele finalmente conseguiu parar, mas não porque quis e sim por que ali, parada perto da vassoura flutuante, estava uma garota pequena, com os cabelos extremamente ruivos, tinha a pele do rosto muito branca, apesar das sardinhas que haviam em suas bochechas, vestia uma roupa de estilo medieval, com a gola alta e babadinhos por todos os lados; ela estava parada, imóvel olhando Fixamente para Draco, como se o secasse... Draco começou a andar em direção a menina ruiva, ele não queria, mas já percebera que não mandava no sonho, ele parou em frente à vassoura com aspecto novo e tocou nela. A vassoura não se moveu ao toque, mas a menina virou o rosto para Draco e o olhou com desprezo. Ele tirou a mão da vassoura e inesperadamente a menina caiu no chão com um leve som de deslocamento de ar, Draco foi tentar socorre-la, mesmo ele não querendo, pois ele pensou que a menina havia caído de maduro, ele queria rir, mas não conseguiu; foi socorrer a garota que estava encolhida no chão, chorando como um bebê. Ele puxou o braço da menina, mas ela fez força e tapou o rosto; Draco se ajoelhou no chão e esmagou algumas flores, mas não se importou, sentiu vontade de abraçar a menina, e foi isso que ele fez, sentiu um calor no coração, queria beija-la, mas quando ele virou o rosto da menina, viu aquela cara inchada e vermelha de choro, seus olhos estavam lacrimejando, ele sentiu repugnação, e saiu de perto da menina, porém a menina não estava mais chorando, ela se levantou e correu atrás de Draco, Draco correu tentando fugir do monstro que a garota se tornara. Ele olhou para trás e viu que ela havia trocado de roupa, estava usando vestes muito negras e largas, e um chapéu cônico surrado, a vassoura que estava imóvel veio na direção da menina e ela montou nela, o que fez a garota ficar muito mais rápida e ágil, ela pegou no colarinho das vestes de Draco e o levantou do chão...
Draco acordou com um susto, seu padrinho Snape estava segurando-o pelo colarinho das vestes cor de anil, e o balançava pra faze-lo acordar:
- Draco acorde menino preguiçoso – disse sacudindo o menino – vamos, acorde!
- Eu, eu estou acordado – disse chateado e aliviado.
- Ah! – falou com severidade – está acordado? A mim não pareceu isto!
- Eu, eu só cochilei alguns minutos, qual é o problema? – perguntou Draco com sarcasmo.
- Alguns minutos? – disse abrindo um sorriso maligno – há, há, há! – riu debochadamente – você não cochilou alguns minutos, você simplesmente dormiu três horas inteiras!
- Três horas? – perguntou com duvida.
- Três horas! – respondeu com audácia.
- Mas, mas eu tive um sonho estranho... – disse pensativo.
- Eu sei!
- Sabe?
- Sim, eu sei tudo o que passa na tua cabecinha oca! – disse se virando.
- Não sabe não!
- Há sei sim!
- Ok, mas fale o que significa tudo isso então? – perguntou cortando a discussão.
- Você está apaixonado! – disse com desprezo.
- Apaixonado? – perguntou rindo debochadamente.
- Isso é normal Draco, sabe, eu já tive sonhos assim! – falou pensativo – mas isso não é da sua conta, é?
- Não!
- Quem é a garota? – perguntou fazendo-se de desinteressado.
- Eu não sei! – mentiu, mas na verdade ele não sabia mesmo, ele só sabia seu sobrenome: Weasley.
- Weasley? – disse virando-se bruscamente como se ele lesse a mente de Draco.
- Como o senhor sabe? – disse assustado.
- Eu sei de tudo! – gabou-se – então, a garota é uma Weasley?
- Acho que sim!
- Tome cuidado com essa família, meu pequeno! – avisou – você vem de uma geração de primeira linhagem, herdara uma imensa e incontável fortuna, já essa garota Weasley, faz parte da escoria do mundo dos Bruxos, são extremamente pobres e sujos, diria para você não se misturar...
- Mas foi só um sonho, ou um pesadelo! – disse se estressando.
- Eu sei meu garoto, mas às vezes os sonhos viram realidades! – disse num tom de assombro.
- Esse não virará! – disse se levantando da cadeira que estava sentado – eu não deixarei! Eu não quero! – completou muito decidido.
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Na manhã seguinte, Draco acordara muito bem disposto, pois além de não ter tido nenhum outro sonho com aquela garota Weasley, ele sabia que uma carta de aceitação em uma escola de Magia e Bruxaria chegaria por uma coruja.
Ele desceu as escadarias de mármore polido muito alegre e cumprimentou vários quadros que estranharam essa rara felicidade, e foi direto para a sala circular de Café-da-Manhã, que hoje parecia estranhamente aconchegante e familiar.
Na mesa grande e redonda estavam sentados tomando distraidamente seus habituais chás, o Sr. e a Sra. Malfoy, que já haviam se trocado do pijama; usavam roupas de bruxos muito elegantes; mas ali, havia uma pessoa que raramente sentava-se para tomar café da manhã com eles, Severo Snape com seu rosto pálido e carrancudo, estava tomando em uma xícara de porcelana fina, um chá muito borbulhante; sentava-se muito reto e duro, como se sentisse desconfortável. Draco entrou na sala circular e cumprimentou com um beijo no rosto todas as pessoas que ali estavam. Ele cumprimentou por ultimo seu padrinho, e quando se sentou em uma cadeira paralela a da sua mãe e a de seu pai, de frente para Snape disse:
- Padrinho, o que o senhor faz aqui tão cedo? – disse numa voz de duvida.
- Bem, estou aqui para ver em que escola você entrara no mês que vem! – respondeu em um tom de voz de tédio.
- Ah! – disse entusiasmado – então é hoje que a carta chegara?
- Sim meu filho! – disse a mãe – e você entrara para Hogwarts, como todos nós! – completou com ironia, olhando feio para o marido.
- Por que essa demora? – Snape perguntou interessado.
- Demora? – Lucio respondeu com duvida, provavelmente já sabia do que se tratava, pois olhou para a esposa com os olhos cerrados – demora de que?
- As cartas de Hogwarts ainda não chegaram. E o menino ainda não sabe o que tem que comprar! – completou Snape – achei estranho, pois a maioria dos novos alunos deste ano, bruxos ou não, já receberam uma boa parte das cartas no começo do mês passado!
- Bem meu caro Severo - disse Narcisa – as cartas de Hogwarts chegariam no começo do mês, se meu querido esposo não decidisse inscrever Draco em Durmstrang em cima da hora! – terminou fitando o marido.
- Então você realmente o inscreveu em Durmstrang! – disse Snape olhando para Lucio.
- Sim, meu caro! – respondeu suntuosamente – acredito que as condições da escola de magia e bruxaria de Hogwarts estejam precárias com a direção de Alvo Dumbledore!
- Admito que as coisas não estão tão boas por lá! – disse Snape num tom de assombro – mas o que posso fazer? Eu trabalho lá! – riu-se.
- Então as coisas não andam bem? – perguntou Lucio muito interessado.
- Não! – respondeu Snape.
- Hum... – sussurrou num tom perigoso.
O Sr, Malfoy ia continuar o que estava pensando em falar, mas fora interrompido. Dezenas de corujas de todos os tamanhos e cores entraram pela vidraça aberta a um canto. Todas traziam cartas em envelopes grossos e pesados, feitos de pergaminho amarelado e endereçado com tinta verde-esmeralda, vieram na direção de Draco, e uma chuva de envelopes pesadíssimos começou a cair sobre o centro da mesa vazia.
Draco se animou, não só pelas cartas caindo pesadamente em cima da mesa, mas também pelas caras de espanto tanto da parte do padrinho, que tinha uma expressão de “o que, que é isso?”, da parte da mãe, que exibia uma expressão de “que maravilha!”, quanto da parte do pai, que tinha uma cara de espanto, de desaprovação e de aborrecimento.
Draco puxou uma carta muito grossa e pesada do monte, deu uma olhada nas vinte corujas que ainda deixavam cair varias cartas no amontoado, e leu o remetente da carta:
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“Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts”
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Draco se sentiu muito feliz e ao mesmo tempo derrotado, pois quando olhou para o pai e viu que ele via aquele monte de cartas como se quisesse tacar fogo, parou e pensou: “Meu pai queria que eu entrasse para Durmstrang, e não para Hogwarts!”.
Talvez tivessem se enganado, e mandado as corujas para ele por engano.
Ele virou o envelope e leu o destinatário:
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Sr. D. Malfoy
A mesa circular de café da manhã
Castelo De Pedra da Família Malfoy
(cidade desconhecida)
Inglaterra
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Ele murchou!
Como eles poderiam estar errados, sendo que eles sabiam onde Draco morava e o pior de tudo, onde ele estava no momento em que recebeu as corujas!
Mas, ele gostou da novidade. Estaria em Hogwarts, junto com seu padrinho daqui a poucos meses! Ele se levantou da cadeira e começou a pular pela sala circular gritando: “entrei em Hogwarts, entrei em Hogwarts!”.
Narcisa e Snape também se levantaram para dar os parabéns para o garoto, mas o pai, ficou sentado na mesa, olhando para a montanha de cartas, (que não parava de crescer), desolado e derrotado. Porém, depois de alguns minutos de alegria e frustração, Lucio se levantou da cadeira de encosto alto e foi dar um abraço no filho. Draco aceitou o abraço e disse olhando nos olhos do pai:
- Desculpe-me papai? Me desculpe! – disse quase chorando – eu não queria, eu juro que não queria!
- Não te preocupa meu filho! – disse o pai num tom agradável – não te preocupa, que o melhor para você é mesmo ir para Hogwarts, como todos nós fomos um dia! – deu um grande beijo no filho e terminou – bem, vamos começar a ler todas essas cartas, será uma tarefa dura, mas acredito que em poucas horas, terminaremos com todas elas! – disse muito satisfeito com sigo mesmo, e pegou uma carta que estava caída no chão, abriu-a e começou a ler. Narcisa abraçou o marido e sussurrou em seu ouvido, Lucio deu um sorrisinho e começou a ler a carta de papel amarelado:
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Prezado Sr. Malfoy,
Temos o prazer de informar que Vossa Senhoria tem uma vaga na Escola de Magia e bruxaria de Hogwarts. Temos certeza de que o senhor esta a par com as informações necessárias para a vinda pra cá! Mas se não estiver, estamos enviando tudo o que será necessário para a sua “sobrevivência” e adaptação em Hogwarts, desde listas com livros e objetos, até informações sobre criação, fundação e conclusão do castelo de Hogwarts.
O ano letivo começara em 1º de setembro. Aguardamos sua coruja até 31 de julho, no mais tardar.
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Draco sorriu, foi aceito em Hogwarts com êxito, e recebera todas as informações necessárias. Ele virou-se na direção da porta onde estava seu padrinho Snape. Ele tinha uma expressão rara de alegria, mas não parecia muito afim de ajuda-los a ler as cartas. Narcisa se levantou e foi na direção do amigo, Draco não pode ouvir o que eles falavam, pois as ultimas trinta corujas que deixaram os envelopes grossos estavam sobrevoando em direção a vidraça aberta à direita, e saiam voando pelo céu azulado, fazendo um estardalhaço de asas batendo. Quando finalmente uma coruja das torres saiu pela janela, Draco pode ver que seu padrinho Snape não estava mais lá, havia sumido.
Ele ficou triste, mas estava muito ocupado para se preocupar e perguntar para sua mãe por que Snape havia saído sem se despedir. Ele olhou para a montanha de cartas e envelopes e se animou novamente, ele não se importaria de passar o dia inteiro lendo e entendendo sobre a escola em que estudaria em setembro, mesmo que o dia de verão estivesse alegre e ensolarado lá fora, ele não se importava com mais nada, apenas com as cartas que deveria ler até 31 de julho.
Já era noite, e Draco ainda não terminara de ler nem metade das cartas que recebera pela manha.
Mesmo sendo sábado, Lucio teve que ir trabalhar, pois surgira um imprevisto no ministério. A mãe ficara ajudando-o até o anoitecer, mas se irritara quando lera que trouxas também estavam sendo aceitos em Hogwarts, e resmungava a cada frase: “na minha época não era assim!” ou “se papai soubesse, se mataria!”.
Draco se divertira muito lendo algumas cartas. Ele ficara sabendo que poderia fazer magia de verdade em Hogwarts, mas se entristecera quando soube que só poderia usa-las dentro da escola. Claro que ele já sabia alguns feitiços, mas eram encantos bobos e sem graça, iria aprender coisas novas lá.
Descobrira que tinha muitas chances de entrar na casa da Sonserina. Dentro de um dos envelopes havia um teste muito interessante que possibilitava ao estudante saber qual das casas combinava mais com ele. Era assim:
...TESTE DAS Quatro CASAS DE HOGWARTS...
SAIBA EM QUAL CASA VOCÊ PROVAVELMENTE ENTRARÁ!
Responda sem mentiras:
1- Você é?
a-) inteligente;
b-) confiante;
c-) corajoso;
d-) honesto:
Draco pensara um pouco para responder. O que ele realmente era? Bem, ele era muito inteligente; confiante? Talvez. Corajoso, um pouco! Honesto, nenhum pouco! Ele riu... Pegou a pena esverdeada e muito fina, molhou no tinteiro e riscou a alternativa “b- confiante”.
2- Seu animal preferido é um (a)?
a-) águia;
b-) cobra;
c-) leão;
d-) texugo;
Essa ele nem precisou pensar muito, ele já respondeu a alternativa “b” na lata. Ele adorava cobras, tinha até uma de estimação!
3- Sua cor favorita é?
a-) azul;
b-) verde;
c-)vermelho;
d-) amarelo.
Draco olhou a sua volta, e viu que quase tudo ali era verde, ou esverdeado. Até que ele gostava de azul, mas não era sua cor favorita. Ele adorava a cor preta, mas como esta opção não existia ali, ele assinalou novamente a alternativa “b-) verde”...
4- Sua pedra preciosa favorita é a?
a-) safira;
b-) esmeralda;
c-) rubi;
d-)diamante;
Ele pensou mais um pouco, mas logo respondeu a alternativa “b- esmeralda”, Draco já se acostumara com a pedra, pois a maior parte dos adornos de decoração de sua casa era feito de esmeralda, então, nada mais honesto do que assinalar a alternativa que lhe convinha!
5- Seu metal precioso favorito é o?
a-) bronze;
b-) prata;
c-) ouro;
d-) não gosto de metais preciosos;
Draco adorava o ouro, significava poder, prosperidade. Toda a sua mesada era dourada (galeão), mas ele achava que o ouro não combinava com o seu quarto. Então nada mais correto do que, novamente assinar a alternativa “b- prata”.
Quando ele tirou a pena do pergaminho, as letras se misturaram, e formaram uma serpente prateada, muito bonita. Era um brasão, escrito “sonserina”. A serpente prateada se mexia e contorcia graciosa e perigosamente.
Draco se animou profundamente e pendurou o pergaminho com o desenho do brasão da sonserina em seu quarto.
Era meia noite, quando Draco finalmente conseguira dormir. Estava muito animado com toda aquela situação, que ficara pensando como seria estudar lá em Hogwarts, e principalmente, como seria ter amigos para brincar e conversar todos os dias do ano. Realmente, era muito chato ficar em casa, sozinho estudando o dia inteiro durante toda a sua vida! E Snape não ajudava muito... Ele vivia insistindo que Draco lê-se todos aqueles livros daquela prateleira maldita! Snape era muito rígido e severo, “acho que a mãe dele já sabia como ele seria quando crescesse” pensou Draco em uma noite chuvosa.
Nada melhor do que acordar em um dia ensolarado, com os pássaros voando e cantando alegremente ao nascer do sol!
Draco acordara pela manha muito satisfeito consigo mesmo, pulou da cama e foi contar as novidades para sua família. Ele correu até a sala circular de café da manha, mas eles não estavam lá! Simplesmente ele correu e percorreu por todo o castelo a procura de um ser vivo, mas não encontrou ninguém... Achou que estava sozinho naquele castelo imenso e idiota, “caramba, ele não poderia ser um pouco menor?” Pensou quando se sentara no degrau da escadaria do Hall de entrada.
Ele olhou toda a sua volta e viu que os retratos de pessoas velhas estavam dormindo em seus quadros pendurados nas paredes de pedra e cascalho. Draco se levantou e seguiu em direção a um dos quadros mais próximos. Era o retrato de um velho bruxo de aparência hostil e selvagem. Ele puxou uma cadeira muito confortável e subiu nela para alcançar a moldura que ficava muito alta. Ele cutucou a tela com o dedo branco e fez “cosequinhas” no bruxo velho, que acordou assustado:
- Quem esta ai? – gritou assustado em um sotaque alemão – quem ousou me acordar?
- Sou eu! Draco Malfoy! – respondeu num tom bem calmo para a situação.
- Draco Malfoy é? – disse o velho virando-se para ver melhor – e como saberei que não é uma farsa?
- Eu não sou uma fraude – defendeu-se ficando vermelho.
- E como saberei que esta falando a verdade? – insistiu o velho.
- Ah cala a boca, velho ranzinza! – gritou se irritando, e quase caindo da cadeira perguntou – você sabe onde meus pais se meteram?
- Seus pais? – disse ofendido – eu não responderei por que além de o senhorzinho ser uma criança muito mal-educada para um Malfoy, eu ainda acho que você é uma farsa, seu, seu MAL-EDUCADO! – gritou irritado.
- Não tem problema! – disse pulando da cadeira – eu perguntarei para outros quadros! – disse virando-se para o retrato de uma moça de aspecto jovem, porém, nervoso.
- Farei com que nenhum outro retrato deste castelo fale com você, sua peste! – disse se levantando da poltrona esverdeada que se sentava – ou eu não me chamo Sir Arboc!
- Sir Arboc? – Draco perguntou se virando repentinamente a procura do bruxo velho – o senhor é Sir Arboc? – disse alto para o bruxo ouvir, ele não estava mais em sua moldura, que agora estava vazia.
- Hahaha! – Draco ouviu alguém rir.
Ele não fazia idéia de quem seria Sir Arboc. Mas decidiu fingir que estava interessado no velho bruxo alemão.
Ele procurou pelos quadros imensos presos as paredes e encontrou Sir Arboc escondido atrás de uma velha bruxa gorda. Draco foi até ele e disse:
- Nossa o senhor é Sir Arboc? – perguntou com sua voz de criança inocente.
- Sim! Eu sou Sir Arboc! – disse untuosamente – guerreiro do século XIV, participei da Guerra dos cem anos em Berlim, contra os trouxas!
- Que legal! – disse com falso interesse.
- Não é legal! – disse aparecendo na frente da mulher gorda, que dormia levemente – é extraordinário!
- Foi isso que eu quis dizer – respondeu virando os olhos – o senhor sabe onde estão meus pais? É que eu quero pedir permissão para me alistar no exercito antitrouxa! – mentiu.
- Serio? – disse em duvida – não sabia que esse exército ainda existia!
- Mas é claro que existe – mentiu denovo.
- Já que é assim eu lhe direi! – disse num tom de entusiasmo – mas antes terei que procura-los pelo castelo! Espere na escadaria! – e desapareceu se virando.
Draco foi até o primeiro degrau da escadaria de mármore e esperou alguns minutos... Onde será que seus pais se meteram? Por que o deixaram sozinho? Seus pensamentos foram interrompidos pela chegada de Sir Arboc:
- Garoto Malfoy? – perguntou a procura de Draco.
- Estou aqui Sir! – disse se levantando e indo à direção da moldura de mogno onde Sir Arboc estava – encontrou meus pais?
- Sim, encontrei! – disse untuosamente – mas você não poderá ir até eles agora! – avisou.
- Por que não? Eu quero vê-los agora – bateu os pés.
- Eles estão com uma visita... – falou assombrado.
- Visita? – perguntou – deve ser meu padrinho Snape!
- É uma mulher! – disse – e muito feia! Haha – riu-se.
- Uma mulher? – repetiu – e feia! Mas quem será?
- Acho que é do ministério! – disse ainda rindo – estava vasculhando algo...
- Vasculhando? Mas onde?
- Nas masmorras – disse em tédio.
- Masmorras? Mas o castelo não tem masmorras! Ou tem? – disse surpreso
- Claro que tem! EU SABIA! VOCE NÃO É UM MALFOY, MENTIROSO! MENTIROSO! – gritou ele.
- Eu sou um MALFOY! Seu velho burro, eu só não sabia da existência de masmorras neste castelo – falou aborrecido.
- Você não é um Malfoy, não é um Malfoy! – gritou tentando se acalmar.
- Eu sou um Ma...
Mas foi interrompido, ouvira uma voz diferente. Era a voz de uma mulher, mas soava estranhamente como a voz de uma criança de cinco anos. Ele virou as costas para o retrato de Sir Arboc, que ainda discutia se Draco era ou não era um Malfoy, e foi à procura do local de onde vinha a voz da mulher. Ele desceu as escadas e parou no primeiro degrau, onde estava sentado antes, e esperou. A voz da mulher estava cada vez mais próxima, mas Draco não sabia de onde vinha, parecia que vinha detrás dele, mas não havia ninguém ali. Ele sentou-se na escadaria e encostou o ouvido no degrau de mármore gelado. Inexplicavelmente a voz da mulher ficou mais alta, e ele pode ouvir barulho de gente andando. Ele apertou a cara no degrau frio e pode ouvir a mulher dizer com sua voz infantil:
...Lucio Malfoy, após esta procura, percebemos que não há nada aqui embaixo. As suspeitas sobre a família Malfoy ficaram muito grandes após a queda de Você-sabe-quem, e por isso estamos fazendo Blitzes nas casas de pessoas que supostamente estiveram ligadas a ele...
Ela fez uma pausa...
...Creio que mais alguém do Ministério venha para fazer algumas perguntas, nada demais, mas você deverá responde-las e mostrar que não há nada em seu castelo, basicamente o que fizemos hoje... É por aqui não é?... Porém, se encontrarem algo suspeito, creio eu que não há nada desse gênero, eles serão obrigados a levarem o senhor preso... Acredito que é só por hoje...
Draco se levantou, a voz infantil estava próxima demais e ele achou que a mulher já estava chegando. Ele ouviu o som de paredes se movendo e móveis se arrastando. Correu na direção da barulheira e viu três pessoas saindo das sombras da parede. Uma mulher alta e magra vestia roupas muito luxuosas e verdes, bordadas de diamantes, era a sua mãe. Um homem também muito alto, com os cabelos lisos até a cintura, usava vestes negras cintilantes, era o seu pai. E por fim, uma mulher muito baixa, que perto dos dois parecia uma criança muito gorda. A mulher tinha um rosto muito engraçado e feio, como Sir Arboc havia dito. Usava um laço de veludo preto, preso na cabeça, o que lembrava estranhamente uma mosca gigante, isso contrastava muito bem com a sua cara de sapo preste a engoli-la. Ela parecia com a tia solteirona de alguém: atarracada, com os cabelos curtos, crespos, castanho-acizentados, presos por uma horrível faixa verde florescente à Alice que combinava com o casaquinho verde florescente peludo que trazia sobre as vestes.
Draco se assustou com a cena e perguntou para os pais:
- Onde afinal vocês se meteram a manha inteira? – disse com as mãos na cintura, como se tivesse esperado por eles durante horas.
- Oi filho, bom dia – falou Narcisa dando-lhe um beijo carinhoso no rosto.
- Draco, o que está fazendo aqui? – Lucio perguntou olhando feio para o garoto – você não deveria estar na sua cama? É domingo e ainda está cedo!!!
- Mas eu não consegui dormir! – defendeu-se – e eu estava com fome, como eu não encontrei nenhum de vocês, eu fui procura-los, e veja só... Encontrei!
- A meu pobre bebê! – disse Narcisa abraçando Draco.
- Mas você não deveria estar aqui agora! – falou Lucio com fúria.
- Deixe o garoto, Lucio – disse a mulher com cara de sapo, ela abriu um sorriso feio e ele pode ver uma fileira de dentes serrados e amarelos.
- Está bem então! – disse aborrecido – Draco, esta é Dolores J. Umbridge!
- Bom dia Senhorita Dolores! – disse falsamente – como você vai?
- Ahhhhh, que gracinha!!! – disse apertando a bochecha branca do garoto, Draco pode ver bolsas sob os olhos saltados – é tão educado! E tem a sua cara, Lucio!
- É sim, obrigado – disse Lucio levantando os olhos – Draco, Umbridge esta aqui, para... Para... Para ver se nosso encanamento está adequado as novas regras do Ministério – disse tentando disfarçar.
- Mas, por que ela disse que você poderia ir preso? – perguntou.
- Porque, por que se não estiver tudo certo, o encanamento pode estourar, e... E... E encher a floresta de mogno de água! – tentou disfarçar novamente.
- E por que vocês saíram detrás da escada? – perguntou olhando para a parede que há alguns minutos estavam escancaradas.
- Meu filho, chega de perguntas! – disse Narcisa se irritando.
Draco parara de fazer perguntas constrangedoras e ficou olhando para as paredes da escadaria, um pouco interessado. Não era por nada não, mas percebera que seu pai não falava a verdade e aquela mulher com aquela roupa tão chamativa, não era nenhuma encanadora, e ir preso por afogar 300 hectares de mogno não era nada, quantos hectares tinham entalhado e cortados na sua casa? Praticamente tudo ali era feito de mogno, desde as portas e janelas até os moveis em geral! Draco achara tudo aquilo muito estranho, e quando seu pai percebeu que ele estava pensativo demais disse para a cara de sapo:
- Então, acho que é só! Você já pode pegar as suas coisas e ir embora – disse com frieza.
- Ah! – falou ofendida – claro, o ministério me espera... Adeus garotinho, foi um prazer conhece-lo, e até mais Lucio... Acho que não esqueci nada – ela olhou a volta e desaparatou, simplesmente sumiu da frente deles com um poff.
Draco fora carregado até a sala de espera que ficava ao lado da sala de café da manha. Ele não entendera muito bem, mas sentou-se no sofá muito confortável onde seu pai e sua mãe se sentaram do seu lado. Lucio puxou a varinha e conjurou uma bandeja com um bule e três xícaras de porcelana. Narcisa serviu o chá a todos e eles começaram a conversar:
- Então querido... - Narcisa perguntou a Draco – está preparado para as compras?
- Compras? – empolgou-se – onde?
- Amanha bem cedo nós iremos fazer compras no Beco Diagonal! – respondeu – compraremos o seu material escolar!
- Que legal! Eu quero tudo verde! – disse – descobri que eu tenho muitas chances de entrar na sonserina!
- Mas não se iluda Draco! – Lucio o Alarmou – é claro que você tem muitas chances, mas o chapéu seletor às vezes é uma caixinha de surpresas!
- Chapéu seletor? O que é...
Ele iria continuar, mas fora interrompido por alguma coisa que entrava na sala. Era Dobby, o elfo doméstico. Ele entrou despercebido de que alguém estava lá dentro. E começou a limpar os móveis de mogno polido, com um espanador muito distraído. Dobby cantarolava uma canção desconhecida em língua de elfo, e limpava os móveis com o espanador no ritmo da canção.
O Sr Malfoy se levantou repentinamente, com a varinha em riste e disse com muita fúria:
- ELFO!
O elfo que não tinha percebido a presença de seus donos se retraiu contra a estante, e entrou em pranto. Começou a se bater com o espanador de penas de urubu e tentou se explicar:
- Senhor! Dobby não viu! Desculpa senhor! Dobby mal! Mal! MAL!
- Pare elfo! Cale-se! E saia daqui antes que eu... – ele levantou a varinha.
- Dobby só estava! Só estava! Dobby estava apenas cumprindo com suas tarefas! Dobby mal! Dobby mal! MAL! MAL!
- Cala-se e saia! SAIA!
O elfo saiu com muita pressa, seus olhos estavam inchados e vermelhos.
Draco ficou pensando porque o elfo chorou daquele jeito, seu pai não tinha feito nada, só o ameaçou. Nada demais, Lucio fazia isso direto, ele pensou que já estava acostumado com isso.
Já era noite e Draco fora dormir. Mas antes ele foi procurar por sua cobra Ekans, que já estava sumida há alguns dias. A cobra estava mais uma vez trocando de pele, e quando isso acontecia, ela simplesmente sumia do mapa, e se escondia pelos encanamentos do castelo... Ele se deitou na cama muito fofa e ficou pensando o que poderia comprar no Beco Diagonal. Sentiu-se completamente ansioso com as grandes oportunidades que teria quando entrasse na escola de magia, e não via a hora de ser selecionado para a casa da sonserina, onde sua família havia estado há alguns anos. Ele fechou os olhos e adormeceu com as mesmas roupas do corpo.
Draco estava parado em uma longa fila de alunos no grande castelo de Hogwarts a espera de alguma coisa muito importante... Todos estavam muito ansiosos e Draco percebera que os alunos sentados nas quatro mesas compridas olhavam diretamente para ele. O tempo foi se passando e a fila diminuindo, Draco se esticou para ver um pouco melhor e viu que havia pelo menos cinco crianças a sua frente esperando como ele esperava, mas logo a primeira criança foi chamada “Vincent Crabbe”, e um dos melhores amigos de Draco andou até uma pequena escadaria de pedra e se sentou em um banco muito velho de três pernas; uma mulher de expressão severa colocou um chapéu muito velho e surrado na cabeça de Vincent, o chapéu a ser encaixado perfeitamente no cabeção gordo de Vincent, começou a falar por uma abertura na aba:
“ Humm, Vincent Crabbe... interessante... não muito esperto, mas ambicioso...” e gritou “SONSERINA!”
A mesa de alunos a esquerda aplaudiu um tanto quanto educadamente, mas logo cessou o aplauso tediante, pois a mulher severa chamou outra criança: “Gregory Goile” – outro dos melhores amigos de Draco andou até o banquinho de três pernas, e o chapéu de bruxo surrado foi colocado em sua cabeça, Goile era um pouco maior que Crabbe e o chapéu ficara um pouco mais apertado do que o normal... a aba do chapéu se abriu novamente e ele recomeçou a falar brandamente: “Nossa! É a mesma pessoa? ...SONSERINA!” gritou sem dizer mais nem uma palavra. E mais uma vez a mesa a esquerda aplaudiu educadamente e Goile andou pesadamente até o banco mais próximo ao lado de Crabbe.
Draco se animou... Se Crabbe e Goile foram selecionados para a sonserina, ele, um Malfoy certamente seria selecionado para lá... Mas, uma garota fora chamada pela mulher severa, e ela foi mandada para a grifinória. A mesa a extrema direita aplaudiu animadamente e receberam a garota muito alegremente, como se ela fosse a melhor pessoa do mundo. Draco se indignara com a situação eminente, só faltava mais uma garota a sua frente, e ela fora selecionada para a Corvinal.
Seu coração começara a bater mais forte agora. Ele estava assustado; a mulher de ar severo chamou: “Draco Malfoy”, e Draco andou na direção do banquinho de três pernas. A mulher o olhou com ceticismo e colocou o chapéu surrado na cabeça de Draco. Como era de se esperar, o chapéu tapou seus olhos, deixando Draco completamente num breu. Ele sentiu uma vibração estranha, e ouviu uma voz rouca em sua cabeça:”AH! Um Malfoy! ...não me parece digno... Colocaria você na corvinal, mas me parece que não é tão esperto; talvez na grifinória, mas não é nada corajoso.” Draco ficou surpreso com o que estava acontecendo, ele parecia um idiota ali sentado desajeitadamente na frente de pelo menos quatrocentas pessoas, com aquele chapéu imundo na sua cabeça. Ele começou a pensar que finalmente ele seria selecionado para a sonserina, mas ainda faltava a lufa-lufa, e ele começara a ficar preocupado... O chapéu seletor continuou: “Hum... você realmente é muito ambicioso, mas a inteligência é inerte, então, a única casa que lhe sobra é a... LUFA-LUFA!”
Ele ouviu a mesa ao lado da Grifinória aplaudindo calorosamente. Ele não poderia ter ouvido corretamente, aquilo tudo era um engano! Ele não estava na lufa-lufa! Era ridículo!
Draco levantou-se bruscamente e arremessou o chapéu no chão. A bruxa de ar severo olhou-o com aquele mesmo olhar de ceticismo, mas não fez nada. Draco olhou a sua volta e viu aquele monte de sangues-ruins batendo palmas alegremente com caras de tolos. Ele queria sair dali imediatamente! Olhou para o chão e viu o chapéu seletor, imundo e surrado. Ele estava novamente imobilizado, como se nunca estivesse vivo, mas olhava fixamente para Draco com um ar de graça. Ele sentiu uma raiva subir em seu rosto, ele queria extravasar, ele queria destruir cada pedaço daquele chapéu imundo!
Ele pegou o chapéu do chão e o objeto inanimado começara a se mexer, cantarolando ironicamente: “Lufa-lufa, lufa-lufa... você esta na lufa-lufa!” draco se irritou mais do que deveria e rasgou o chapéu ao meio. Ele não era um lufa! E não queria mais estar em Hogwarts! E gritou com todas as forças que ainda lhe restavam: “eu não sou um LUFA! E nunca SEREI!” ele saiu correndo pelo corredor no centro das mesas compridas e saiu da escola gritando: “EU NÃO SOU DA LUFA-LUFA, EU NÃO SOU!”
“EU NÃO SOU DA LUFA-LUFA, EU NÃO SOU DA LUFA-LUFA!”
Draco acordara assustado. Ainda era noite, e ele não percebera que estava gritando. A porta do quarto se abriu com força, e Lucius e Narcisa entraram correndo. Narcisa vestia uma camisola de seda da cor do crepúsculo, e Lucius ainda trajava sus vestes do dia – provavelmente acabara de chegar do ministério – os dois correram na direção de Draco, que estava quase que totalmente suado, como se tivesse corrido vários quilômetros sem parar. Lucius puxou a varinha de dentro do bolso e disse um encantamento, fazendo com que Draco parasse de se agitar. Um pouco mais calmo Narcisa mediu sua temperatura com as costas das mãos e viu que o garoto estava com febre. O Sr. Malfoy balançou a varinha novamente, e sem dizer nada, um vidro com uma poção amarelada. Draco se lembrou da cor da Lufa-lufa e começou a se agitar novamente. O pai o segurou contra a cama, e a mãe forçou-lhe um gole da poção. Draco se acalmou. O calor havia cessado, e o suador parado. Ele respirou profundamente e tentou falar sobre o que acontecera, mas sua mãe não deixou. Disse que era muito tarde, e amanhã eles teriam um dia muito corrido. O senhor Malfoy conjurou mais um vidrinho com uma poção escarlate, e deu a Draco sem dizer nada. Quase que imediatamente, tudo ficou escuro e sombrio, e Draco dormiu a noite inteira sem sonhar com mais nada.
Espero que tenham gostado!
E a saga continuara!
EEEEEEEEEEE PESSOAS DA CASA DA LUFA-LUFA!!! MIL PERDÕES, EU JURO QUE NAO QUIS OFENDER, NÃO É NADA PESSOAL!! EH O JEITO DO DRACO! EU JURO ¬¬ LINA SORRY!!
E por MERLIN comentem!!!
Ivan-snape!
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