Os Dragões Estropiados
Draco Malfoy, o grande herdeiro de uma família pura, com avôs e avós bruxos, tios e tias bruxos, mãe e pai bruxos e de primeiro escalão. Com toda a certeza do mundo aquele menininho pequeno, com os cabelos muito loiros e com aqueles olhos cinzentos e frios era filho dos Malfoy, não só pela aparência, mas também pelo seu jeito de ser.
O garoto que morava no grande Castelo de Pedra, que para muitos (trouxas) era assombrado – mas se for ver bem, para aqueles que não estão habituados com o mundo da magia, realmente parecia ser dominado pelo mal – era apenas um garoto baixinho, bonitinho que todos adoravam, mas Draco Malfoy, na verdade era um garoto metido, mimado e muito egocêntrico tanto com seus criados (Dobby, por exemplo), quanto com seus amigos, que não eram muitos. Mas quando estava com seus pais e parentes, era simplesmente um garotinho lindo, para sua mãe, inteligente para seu padrinho Snape e para seu pai era o menino que ele pediu pra Deus, não que ele não via o que o filho fazia com os outros, mas ele adorava isso, se refletia em Draco como se estivesse olhando em um espelho que mostrava seu passado sombrio e ainda, toda vez que Draco era mau, ao invés dele castiga-lo ou falar que era errado, não! Ele simplesmente dava lhe os parabéns e dizia continue assim! E assim foi ate o resto da vida de Draco, que não era nada difícil.
Porém, essas qualidades ou “inqualidades” que Draco trazia, era assim, um tanto cansativo... O menino foi tão mimado pela mãe, que sempre que ele queria algo, que era sempre, mas não conseguia – não houve muitos casos desse fato, mas quando houve, Draco ficou dias, trancado em seu quarto sem querer falar com ninguém, e sempre colocava a culpa em seu pai – havia um estardalhaço no Castelo que dava para se ouvir até na vila mais próxima – que era pelo menos uns cinco quilômetros mais distante – e os moradores sempre achavam que era o fantasma do velho Coronel que estava zangado – na realidade o velho Coronel era o bisavô do pai de Draco, que quando foi passar as férias de inverno em seu Castelo levou um tombo na escadaria do saguão de entrada que estava coberta de gelo e deu um grito de dor, que todos da vizinhança ouviu e achou que ele tinha partido dessa para melhor – Draco gritava, esperneava e atacava as coisas em cima de seus pais com a varinha, mas nunca era castigado, ele sempre subia as escadarias de mármore polido batendo os pés e atacando as coisas escada abaixo e, depois se trancava em seu quarto, onde passava horas chorando e pensando que seus pais não o amavam o bastante para dar tal coisa que ele queria, mas ele sempre saia do quarto quando o pai trazia três vezes mais coisas do que ele pedira, por exemplo, vejamos alguns desses acontecimentos:
Draco estava em seu quarto havia algumas horas, estava com muita raiva de seu pai, e pensava - ele é um egoísta, tem tanto dinheiro, pode ter tudo, e me dar tudo, eu só pedi um dragão Húngaro, por que ele não me dá um dragão? Nem que seja uma miniatura!- até seu coração inchar e ele cair no sono, um sono pesado, daqueles que ninguém gosta:
Draco estava voando, livre e solto, como um pássaro, viajando o mundo, vendo vários lugares que nunca vira antes, como um deserto gigantesco, que não tinha fim, montanhas altas que tocavam o céu, mares extensos e oceanos escuros, florestas densas, verdes e úmidas e até cidades, grandes e barulhentas, quando estava passando por duas torres muito altas da cidade iluminada, ouviu um rugido, e logo depois viu um jato de fogo, que atingiu uma das torres altas que Draco estava admirando impressionado, Draco parara de voar para ver o que acontecera, era um Dragão negro gigantesco, que soltava jatos de fogo pela boca imensa, tinha olhos vermelhos e cruéis, e asas de pele duas vezes maiores do que o próprio corpo. Draco fugiu, conseguiu escapar de um jorro de fogo, e se escondeu atrás de uma das torres, a que não estava em chamas. O dragão o procurou, levantou vôo e o encontrou parado flutuando perto de uma das torres, o monstro gigantesco desceu em alta velocidade em direção a Draco, que conseguiu escapar novamente de um jorro de fogo que o dragão soltara. O jato acertou o prédio, deixando-o em chamas como o primeiro. Draco fugiu, se escondeu no meio das pessoas lá embaixo, que olhavam impressionadas, não para o dragão, e sim para a primeira torre alta, que acabara de desmoronar. Agito, correria e muitos gritos, fizeram Draco levantar vôo novamente. Draco procurou pelo dragão negro, mas não o encontrou, queria ir embora dali, sair do mundo dos trouxas, já estava sentindo coceiras. Quando não mais que de repente o dragão aparece, não perseguindo Draco, mas atacando a segunda torre que ainda não despencara. Draco riu, achou divertido ver o imenso dragão tentar morder a antena gigante que ficava no topo da torre. O dragão imenso conseguiu arrancar a antena que estava mordendo, mas quando Draco já ia embora em direção à sua casa pelo oceano, ouviu um rangido de metal, parou de supetão, e virou lentamente em direção a torre, que não estava mais lá, desmoronara como a primeira desmoronou e soterrara o dragão com seu entulho inútil.
Draco acordou assustado, olhou em volta e viu seu quarto retangular e verde – sua cama (longa e comprida, com lençóis de estampa de serpentes se atacando)estava agora no centro do quarto no lugar do berço prateado – viu Ekans que estava deitada em um canto trocando de pele, e viu que tudo aquilo não passou de um sonho. Alguém bate na porta, Draco se recorda porque estava em seu quarto deitado, e seu coração se encheu de ódio novamente:
- Draco, meu filho – a voz do senhor malfoy soou toscamente através da porta - abra a porta, eu tenho uma surpresa!
- Saia daqui, eu não quero falar com você – gritou Draco atacando uma almofada contra a porta que bateu pesadamente no chão.
- Vamos Draco, me dê outra oportunidade? – perguntou o Sr. Malfoy com meiguice.
- Já disse pra ir embora! – gritou ele de novo.
- Draco! Abra essa porta agora, antes que eu a boto no chão! – disse o Sr. Malfoy muito nervoso e decidido.
- Ta bem papai, eu abro a porta! – disse Draco calmamente e num tom de deboche se levantando e indo abrir a porta – pronto papai, diga o que você quer!
Dizendo isto Draco abrira um grande sorriso, o pai trouxera o que pedira, mas em miniatura é claro. Seis lindos dragõezinhos que se moviam de verdade e soltavam jatinhos de fogo pelas boquinhas pequenas e, ainda cabiam na palma da mão. Assim, Draco saíra de seu quarto e voltara a falar com seu pai normalmente, mas como tudo que Draco ganhava na vida, em alguns dias, dois dragões já estavam sem a cabeça, um estava sem o rabo e três estava no estômago de Ekans, que acabará de tirar a pele – dessa vez, estava exibindo uma pele verde quadriculada muito brilhosa – e estava com muita fome por causa do esforço.
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