As Travessuras Irresistíveis



Três anos se passaram e Draco crescera quase 40 centímetros, o que era muito abaixo do normal para sua idade. Ele fizera amizades muito boas até então, Crabbe e Goile eram seus únicos amigos, ou capachos. Os dois pequenos gigantes tinham a mesma idade de Draco e eram três vezes maiores que ele, apesar de Draco não ser nenhum gênio, seus amigos eram cinco vezes mais idiotas, e Draco sabia usar esse pequeno defeito para o próprio bem. E havia também Pansy Parkinson, uma menininha muito pequena com cabelos negros e curtos cortados em forma de tigela.

Crabbe, Goile e Pansy sempre iam visitar Draco em seu Castelo com suas mães, e ele sempre aprontava alguma com eles.

Em um dia em que os três vieram brincar com Draco houve uma situação muito hilária, especialmente para Draco.

Havia um tempo que Draco ganhara um kit de poções de seu padrinho Snape, mas Draco deixara de lado por um tempo em um canto do quarto. O kit era gigantesco, possuía varias opções de poções e não precisava repor os ingredientes, sempre que se usava um ele se “regenerava” e assim, nunca acabava.

Draco chamara os amiguinhos para ir ao seu quarto visitar a Ekans, que era o grande orgulho de Draco. Eles subiram as escadarias de mármore polido, entraram em um corredor comprido e largo cheio de portas altas, iluminado com archotes de luz vermelha como o sangue, entraram em um outro corredor comprido, porém havia somente uma porta alta no final do corredor. Eles entraram no aposento majestoso, retangular com teto muito alto e janelas compridas e finas cobertas por cortinas verde-esmeralda. O quarto de Draco era totalmente coberto por detalhes prateados e, era cheio de coisas interessantes. No centro do aposento havia uma cama larga e de espaldar alto, que ficava bem embaixo de um lustre enorme que pendia do teto e iluminava todo o quarto. Em uma jaula de vidro estava Ekans, a cobra que atingira seis metros de comprimento e uma cor esmeralda muito brilhante. Todos ficaram impressionados com a imensa serpente que estava estrangulando uma galinha gorda, a cobra engoliu o bicho de uma vez como se fosse uma bala de mascar. Todos observavam a cena horrenda, menos Crabbe que estava olhando os objetos empoeirados com muito interesse e como se fosse coincidência ele parou para admirar o kit de poções de Draco. O herdeiro Malfoy vendo o pequeno deslize de seu amigo, foi logo perguntar o que ele estava fazendo ali:

- Crabbe! O que é que você esta fazendo aqui? – perguntou Draco com um risinho de sarcasmo.

- Aaa, só, só tou olhando! – gaguejou o menino que levara um susto com a chegada inesperada de Draco.

- E está olhando o quê? – perguntou Draco com deboche.

- Es, estou só, só olhando – gaguejou ele novamente tentando se explicar.

- Claro que está, eu percebi! – falou Draco olhando para cima – vejo que se interessou pelo meu kit de poções?

- A, a sim, me interessei muito! – respondeu Crabbe com entusiasmo.

- Conheço poções muito legais – disse Draco com um tom de ingenuidade – quer experimentar algumas?

- Sim, sim quero! – disse Crabbe quase dando pulinhos de alegria.

Há essa medida os outros já tinham se juntado a Draco, que estava retirando o pó de cima do objeto.

- O que é isso? – perguntou Pansy com sua voz fina.

- Não está vendo Pansy? – falou Crabbe muito excitado – é um kit de senões!

- Não é senões, idiota – disse Draco virando os olhos, e falando silaba por silaba sarcasticamente – é PO ÇÕ ES !

- Há é verdade! – falou Crabbe ficando vermelho.

- Nossa que legal! Faz uma “poções” pra mim? – perguntou Goile com interesse.

- Ai! Que besta! Agora se fala poção! – respondeu Draco – e não, Crabbe pediu primeiro... Acho que vou fazer uma poção pra inteligência!

Draco mexeu em algumas gavetas a procura de alguma coisa, e finalmente encontrou. Um livro grande e grosso de capa dura. Como Draco não sabia ler ele simplesmente inventou.

- Hum... vejamos – disse passando o dedo sobre uma das paginas fazendo cara de concentração – acho que encontrei! Para ser muito mais inteligente...

- Isso, isso! – falou Crabbe dando pulinhos de felicidade – faça-me ficar menos burro!

- Claro que farei! Mas antes preciso dos ingredientes, vou precisar de um pouco disto, um pouco disto, uma “pitadinha” disso daqui, e muito dessa coisa gosmenta!

Draco foi pegando qualquer coisa que via pela frente, desde ervas verdes que tinham um cheiro estranho de podre, umas plantinhas roxas que se moviam e pinicavam, perninhas de aranhas que ainda estavam se mexendo dentro de um pote, e asas de morcegos secas até uma gosma verde que cheirava enxofre e um pouco de um liquido preto que estava escondido atrás de tudo.

Ele jogou tudo dentro do caldeirão que estava na sua frente. O caldeirão era bem fundo, logo que começou a mexer os ingredientes totalmente estranhos, começou a formar um liquido azul que cheirava extremamente bem, um cheiro de rosas vermelhas, porém, logo o cheiro ficou muito forte, e Draco resolveu parar por ai. Ele pegou um pouco da poção fumegante e azul escuro e colocou dentro de um frasco redondo e deu para Crabbe experimentar. Crabbe fez cara de nojo, porém ainda estava muito excitado com a idéia de ficar mais inteligente. Todos no quarto pararam para olhar Crabbe beber a poção, que agora estava com um cheiro muito forte e enjoativo. Crabbe levou o frasco em direção a boca e hesitou um instante.

- Vamos Crabbe, beba logo! – insistiu Goile – eu quero ser o próximo a experimentar!

- É Crabbe bebi logo! – disse Draco empurrando o frasco para mais perto da boca de Crabbe.

Crabbe que era muito mais forte que Draco empurrou a mão do amigo e quase o derrubou, parou no meio dos companheiros e com uma expressão de coragem no rosto, tapou o nariz e tomou o liquido flamejante de uma só vez.

No primeiro momento parecia não ter acontecido nada, mas em alguns segundos Crabbe ficou mais rosado do que nunca. O menino abriu a boca e disse: “a terra é redonda e gira em torno do sol, que não é o centro do mundo”. Todos ficaram de boca aberta com isso, principalmente Draco, que pensou que tinha acertado a fazer a poção da inteligência. Goile também ficou muito feliz de ver o amigo ficar mais inteligente e quis tomar a poção imediatamente, mas Crabbe o interrompeu: “659 vezes 381 é igual a 251079”. Todos novamente ficaram impressionados com a precisão do resultado, porem quando Crabbe terminou soltou um arroto alto e agudo, e o tom rosado de seu rosto começou a aumentar. Em apenas dois minutos Crabbe ficou com seu rosto totalmente roxo e inesperadamente um soluço começou. Crabbe soluçou e soluçou, mas seu rosto continuou roxo e inchado como se alguém tivesse dado-lhes vários socos. E continuou soluçando cada vez mais alto até seu corpo inteiro começar a se inflar como um balão. Crabbe soltou outro arroto e o inchaço parou, porém ele começou a flutuar como um balão de festa perdido. Flutuou até o teto onde tentou dar um grito de socorro, pois suas roupas estavam apertadas, porem não conseguiu, pois seu queixo totalmente inchado tapou sua boca. Todos imediatamente caíram na real e começaram a rir, gargalhar e se curvarem segurando o estomago de tanta dor. Draco foi o que mais rira, e mais gargalhava e apontava, nunca rira tanto na vida, ou pelo menos não se lembrava. Crabbe tentou se movimentar pelo teto tentando descer, porém a única coisa que conseguira fora ficar girando em volta do próprio eixo, como se fosse a Terra.

Isso fez Draco rir ainda mais, e ele teve uma idéia. Foi até a janela fechada e abrira ela, a correnteza de ar começou a puxar Crabbe para o chão em direção a janela aberta. A principio a idéia era para uma boa causa, salvar Crabbe, porém quando Draco vira Crabbe gritar de desespero indo a direção a janela, Draco sentira um calorzinho no coração, que começara a bater mais forte e quando o amigo chegara perto da janela, ao invés dele fecha-la ele a abriu ainda mais, a escancarou. Crabbe foi puxado para fora do aposento, tentou se segurar nas bordas da janela alta, porem não conseguira e foi levado pelas ventanias para fora no jardim.

Os três desceram as escadarias rapidamente e viram Crabbe indo a direção da floresta próxima. As gargalhadas chamaram a atenção da Sra. Malfoy que estava tomando um chá com as mães dos garotos. A mãe de Crabbe, a Sra. Crabbe vira seu filho flutuando no céu e ficou desesperada, correu atrás do filho e puxou a varinha das vestes. A Sra. Crabbe era uma mulher muito gorda e corpulenta, e não conseguia correr muito e logo ficou para trás tentando acertar o filho com um feitiço convocatório, mas o feitiço não conseguia atingir o menino que estava muito longe. Mas a Sra. Malfoy conseguira atingir um feitiço em Crabbe, porém o garoto não descera, apenas dezinchou e voltou ao tamanho natural, o que não mudou muita coisa, o garoto apenas ficou mais confortável e isso o liberou a se movimentar e conseguir descer, mas quando ele estava quase chegando ao solo, parou e procurou algo nos bolsos, retirou uma maça muito vermelha de dentro de um bolso das vestes e começou a comer a deliciosa maça, e voltou a subir, mas agora como se estivesse deitado e relaxado. Todos lá embaixo gritaram e chamaram por Crabbe menos Draco que até agora estava rindo do amigo que ainda estava flutuando sobre a floresta do Castelo.





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