A Pior Festa de Aniversário.
Draco havia perdido a coragem, ficou sem em quem se espelhar, seu ídolo havia morrido, virou um menino triste e sem humor.
Seu pai voltou na noite em que a noticia da morte do Lorde havia se tornado a principal coisa do mundo bruxo e estava muito acabado, com uma aparência terrível.
A cozinheira da casa ouvia a radio bruxa, que a cada musica que tocava, falava um pouco das mais variadas novidades desde: “realmente o mestre se foi, desapareceu” e “seu corpo evaporou, acho que foi direto para o inferno ser devorado por lesmas comedoras de bosta” até: “lojas de cosméticos se fecharam por falta de quem comprar, todos não ligam mais de suas aparências após a morte de você-sabe-quem!”. E nas revistas que a senhora Malfoy lia semanalmente, sempre se via fotos das mulheres que supostamente foram seduzidas por Aquele-que-não-deve-ser-nomeado. E outro anuncio no Profeta Diário, que dizia:
ASSASSINO MATA EM SÉRIE!!!
Na última noite, em uma rua movimentada em Londres, um mago muito conhecido no mundo bruxo, mata doze trouxas e um bruxo. Isso mesmo, a repórter Rita Skeeter acaba de nos informar que o assassino foi Sirius Black:”naturalmente ele estava louco, perseguindo o pobre Pettigrew daquele jeito, bem na hora que eu estava entrevistando ele, e na pergunta que não quer calar: você esta namorando?”,nos conta a repórter mirim Rita Skeeter com muitos detalhes. Mas porque Sirius Black?”talvez por que ele seja o ultimo de sua família”,nos informa uma bruxa local.A conclusão que o Profeta Diário tirou, foi de que ele enlouqueceu depois da noticia de que seus melhores amigos Lílian e Tiago Potter foram assassinados por você-sabe-quem e queria atacar alguém com fúria, o primeiro que visse na sua frente talvez.”acho que a nossa repórter mirim teve sorte de não ter sido ela” disse o editor do jornal com desapontamento na ultima noite. Agora QUEM Sirius estava perseguindo quando explodiu a rua inteira? Nada menos do que Pedro Pettigrew, um de seus melhores amigos na escola. “Tudo o que restou do pobre Pettigrew foi um dedo, apenas o dedo anelar, ou popularmente conhecido como dedo de limpar ouvido”, conta os bruxos que foram vasculhar o local totalmente devastado. Sirius conseguiu escapar, mas logo os Dementadores o pegaram e levaram-no para Azkaban, onde aguardara sua sentença.
E o que mais estressou o senhor Malfoy foi quando ele leu no J.B.R.C. (jornal dos bruxos realmente cultos) que quinze Comensais da morte, os principais seguidores do Lorde das Trevas foram mandados para Azkaban, e no jornal havia uma lista com fotos que se moviam – em uma dessas fotos estava a irmã de Narcisa, Belatriz Lestrange, que foi a terceira a ser capturada naquele dia por Alastor Moody, o maior Auror que o mundo já viu.
O senhor Malfoy explodiu, jurou que se vingaria, mas sua esposa não deixou, disse que não queria ver seu marido preso em Azkaban, com aqueles dementadores terríveis rondando por lá. Lucio concordou em fingir que nada estava acontecendo e que nada aconteceu. Draco ao ouvir as palavras do pai chorou denovo, mas de incredulidade. Seu pai ficou impressionado com a cena, nunca ouvira o filho chorar antes. O menino virou a cara para o pai e fugiu, engatinhando para seu quarto, onde Ekans (que crescera quase 30 centímetros desde que a ganhou) estava tirando um cochilo, o garoto pegou a cobra no colo sentou em seu berço e chorou, chorou por dias e por dias não comeu, não quis ver ninguém, e assim foi durante uma ou duas semanas.
Draco deixara de ser aquele bebe esperto, bonito e com um humor invejado por todos, virou um garotinho mal-educado, metido e esnobe. O mal que o mestre dizia estar correndo em suas veias, agora estava em seu coração, em forma de raiva, rancor e desprezo.
O senhor Malfoy, que trabalhava no Ministério de Magia, trabalhou muito , pois o mundo havia mudado e por isso passou algumas semanas fora de casa, e conseqüentemente não viu seu pequeno herdeiro virar um pequeno monstrinho.
Sua mãe Narcisa havia chamado o padrinho de seu filho Snape para tentar conversar com o pequeno Draco. Snape trouxe-lhe de presente um pequeno caldeirão e alguns vidros com diversos líquidos luminosos e gosmentos para fazer poções do sono, da energia, do crescimento e do encolhimento, cujo Draco usou em Dobby, que encolheu até ficar do tamanho de um polegar, mas isso não fez o pequeno nem dar um sorrisinho se quer, ele simplesmente fez cara de tédio, que deixou seu padrinho meio constrangido. Severo Snape era um bruxo muito poderoso e como o senhor Malfoy admirava o Mestre das Trevas. Era um pouco mal-humorado, isso Draco não discutia, mas era como um irmão que consola os deprimidos, no caso o pequeno Draco.
Os anos haviam se passado, e Draco havia esquecido dos acontecimentos que o deixaram deprimido (afinal toda criança esquece das coisas de que era bebe), mas Draco nunca esquecera de um nome: Harry Potter. Era verão novamente, e seu aniversario estava chegando. Draco ia completar quatro anos de vida e sua mãe lhe preparou uma grande festa, a maior que Draco já vira na vida, e era somente sua!
Muitos bruxos foram convidados, desde parentes desconhecidos, até amigos íntimos da família e seus filhos, que tinham a mesma idade de Draco que foram à festa com a finalidade de animar o pequeno. E realmente, isso funcionou no começo. Draco sempre brincava com crianças diferentes dele, tinha alguns amigos, claro, mas eram trouxas que deixavam o pequeno entediado, afinal nenhum deles tinham uma cobra de estimação, uma varinha destruidora e não moravam em um castelo gigantesco, apenas eram crianças anormais que iam se aventurar na floresta do castelo, acabavam se perdendo e eram convidadas pela senhora Malfoy para tomar um lanche, Draco nunca entendera por que as crianças tinham aquela cara de medo, mas sempre fazia elas ficarem com mais medo do que antes, principalmente quando começava a atirar fagulhas que davam coceira da varinha. Mas as novas crianças bruxas eram exatamente como ele, tinham pais que trabalhavam com outros bruxos no Ministério da Magia, tinham varinhas como a dele, vestiam roupas iguais as dele, e tinham bichos de estimação normais que todo mundo deveria ter: aranhas gigantes, cobras e serpentes de dois metros de comprimento, ratos que mudavam de cor e baratas que mudavam de forma. Draco brincou tanto com seus novos amigos que pela primeira vez em anos havia sorrido, mas um sorriso frio e debochado, quando um de seus novos amigos, Crabbe – que era um garotinho de quatro anos, porem era duas vezes maior que Draco e cinco vezes mais tapado – caiu no poço de lesmas que o jardineiro da casa criava para atacar os gnomos que invadiam os jardins do castelo, Crabbe ficou todo sujo e com alguns furúnculos no rosto. E quando mandou outro de seus novos amigos Goile – era um garoto como Crabbe só que três vezes maior que Draco – entrar na cozinha e atacar o pobre Dobby - que estava tentando ascender o fogo do fogão com magia, mas não conseguia, pois seus dedos estavam todos enfaixados e provavelmente cheios de cortes profundos que soltavam um pus amarelado – mas Goile caiu dentro do fogão e ficou cheio de cinzas de carvão.
Quando todos foram cantar parabéns para Draco, ele pediu para tirar uma foto com Pansy – uma garotinha pequenina com cabelos negros e cara de emburrada – e a empurrou em cima do bolo de quase um metro de altura, e a menina quase se afogou no glacê, deixando a senhora Parkinson (a mãe da garota) desesperada. E novamente Draco riu debochadamente como nunca rira antes. Seu pai o senhor Malfoy ficou muito orgulhoso e lhe agarrou nos braços e o abraçou, viu que seu filho voltara ao normal, e lhe dera de presente uma vassoura de corrida que voava. Draco ficou muito contente e se sentiu livre voando pelos jardins, mas quando levou um tombo de pouco mais de um metro de altura, chorou tanto, de dor e de raiva de seu pai, que fez sua festa acabar como magia, mas sem usar nenhum feitiço – o choro foi tão alto que ninguém agüentou ficar nem um minuto a mais com o pequeno, mas muito chato Draco.
Draco novamente se trancou em seu quarto, e ficou por lá com sua cobra – que agora atingira três metros de comprimento – por alguns dias.
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