A conversa Meticulosa



Os dois se dirigiram em direção as duas portas de entrada do quarto e saíram do aposento. Entraram em um corredor largo e comprido, iluminado com archotes de luz vermelha, foram até uma sala com uma porta muito alta da altura do teto entalhada e com desenhos em mosaico de vidro – dois dragões gigantes um na frente do outro com os rabos entrelaçados.

O aposento era grande e mal iluminado, tinha janelas muito longas e finas, porém estavam todas cobertas por cortinas verdes esmeralda. E como quase tudo na casa, havia uma abundancia de detalhes em prata, que era muito bonito e rústico e dava um ar de elegância ao aposento e a casa inteira.

- Sente-se Milorde – disse Lucio oferecendo a poltrona de espaldar alto em frente a uma lareira alta e larga que estava apagada, Lucio puxou a varinha e disse incendiu, e instantaneamente o fogo apareceu em abundancia, acendendo a lareira – vamos falar serio agora, eu já sei de tudo, não precisamos mais enrolar, conteme seu plano.

- Contarei cada detalhe, preste muita atenção, não direi novamente, essas informações não podem vazar e precisarei de sua ajuda de Comensal da Morte – disse o Lorde com sua voz fria, mas dessa vez muito mais fria do que quando estava na presença de Narcisa, parecia que tudo aquilo que acontecera no quarto era simplesmente um teatrinho para enganar uma recém mãe que estava muito fraca.

- Claro que estarei prestando atenção em cada palavra que disser. Diga o paradeiro dos Potter – disse Lucio se sentando na poltrona ao lado do Lorde das Trevas.

- O paradeiro dos Potter eu não sei, como já tinha dito, mas descobri muita coisa. Lembra-se de Pedro?

- Ah...Pedro? Pedro Vaticano? – disse Lucio com duvida.

- Não!! Pedro Pettigrew! – respondeu o Lorde com veemência e num tom de impaciência.

- Sim, aquele baixinho, gorducho que andava com Sirius Black, primo de Narcisa?

- Esse mesmo! – disse o Lorde num tom de incredulidade – esse é o meu mensageiro!

- Claro, mas o que ele tem haver com tudo isso?

- Ele é a chave de tudo!

- Mas como?

- Como você deve se lembrar, Sirius Black e Tiago Potter eram muito amigos nos tempos de escola, e Pettigrew os seguiam como se fosse sombra.

- Claro que me lembro! Eles viviam irritando o padrinho de meu filho, Severo Snape.

- Bem lembrado meu caro. Mas isso não vem ao caso.

- Claro que não...

- E você já deve ter ouvido falar que Tiago e Lílian Potter escolheram para padrinho justamente Sirius Black?

- Claro que ouvi falar, foi o casamento do ano! Até Dumbledore foi convidado!

- Pois é! Dumbledore, o mago do século – disse o Lorde em deboche – ele jogou a maldição em mim, não sei bem do que se trata, só sei que tenho que matar uma criança que tenha nascido no final do segundo mês de verão, se não essa criança me matara!

- Então, então essa criança é o filho dos Potter?

- Exatamente, e Dumbledore fez um tipo de pacto de silencio, um feitiço muito poderoso que faz com que a pessoa ou pessoas que tenham sido enfeitiçadas não seja encontrada por aqueles que querem fazer mal, mesmo que ela esteja debaixo de seu nariz! – disse o Lorde com aspereza.

- Já ouvi falar desse encantamento, muito útil. Mas deve ter uma falha?

- E tem meu caro, uma falha que deve ser evitada, e muito bem pensado para que não aja nenhum erro.

- E qual é essa falha?

- Uma pessoa amiga, que não seja do mesmo sangue da pessoa ou família enfeitiçada, mas que seja de extrema confiança.

- E quem é essa pessoa?

- EU NÃO SEI! E É ISSO QUE ME IRRITA! – respondeu o mestre com muita impaciência, seus olhos negros como a noite mas vazios como uma cova aberta quase saltando das órbitas oculares.

- Calmo Mestre sente-se, descanse, acredito que esteja com fome?

- Não Lucio, não quero nada obrigado! Só quero sua ajuda.

- Diga Mestre, diga que farei o que o senhor quiser – Lucio disse isso saindo de sua poltrona e ajoelhando aos pés do Lorde, no tapete persa esverdeado.

- Sim Lucio, irei dizer – o Lorde abaixou a voz, e disse num sussurro para que apenas Lucio pudesse ouvir – quero que me ajude há procurar e encontrar os Potter, e matar Harry Potter!

Nesse instante ouviu-se um barulho, o Lorde das Trevas levantou-se rapidamente, deixando Lucio aos seus pés ajoelhado no chão, o Mestre respirou como se estivesse farejando, mas de um jeito ofídico, e disse com muita fúria:

- Elfo!

Instantaneamente Lucio levantou-se olhou profundamente nos olhos do Lorde e saiu correndo com a varinha no punho, e com um olhar raivoso. Foi atrás do elfo domestico, estava com uma fúria em seu andar que ninguém jamais vira. Foi gritando o nome do elfo pelo castelo, mas nada. Foi até a cozinha e o encontrou. O pobre elfo estava acuado em um canto preparando pães doces, todo sujo de farinha e melado de mel, assustado e gaguejando perguntou:

- Oooo que houve, meu senhor?

- Você, seu maldito elfo domestico! – disse Lucio com fúria nos olhos, a varinha erguida – ouviu minha conversa?

- Não meu senhor, Dobby não meu senhor, nunca! Dobby nunca – disse o elfo com seus olhos enchendo de lagrimas.

- Claro que foi, eu sinto, eu sei – o senhor Malfoy fez um movimento com a varinha, e já ia dizendo: avad.... quando.

- NÃO LUCIO, não faça isso, não foi ele! – o Lorde das Trevas apareceu na cozinha com um back surdo – não foi esse elfo... Dumbledore.

- Sim meu senhor, não foi Dobby meu senhor. Dobby estava preparando pãezinhos doces para a senhora, Dobby não fez nada! – disse o elfo tentando se explicar e novamente seu nariz escorria e bolhas amarelas saiam a cada palavra, Dobby olhava o Lorde com um certo receio, mas estava agradecido.

- Vai elfo inútil! Saia da minha frente! – disse Lucio dando um chute no elfo, jogando-o para o outro lado da cozinha – Dumbledore milorde? Mas como?

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