O pequeno herdeiro e a Visita
Em um dia cinzento, com nuvens grossas e neblina espessa, um pequeno menino nasce.Muita alegria e choro, muitas comemorações, gritos de “vivas” e “urras”.O herdeiro Malfoy nasceu! Branquinho, loirinho com seus olhos cinzentos – a cara do pai diziam.
Após a comemoração e os vários comprimentos todos foram embora, ou melhor, todos desapareceram.
Algumas semanas se passaram, e a alegria que se seguiu na mansão dos Malfoy não se vira há muito tempo, apesar do castelo gigantesco onde morava ser um pouco longe do vilarejo mais próximo, todos que passavam por ele estranhavam os festejos, as luzes e as musicas que se ouviam muito alto ate do outro lado da floresta que se situava nos domínios do terreno plano.
Não era tarde, mas ao longe se viu um lampejo de luz vermelha. Alguém bate no portal de três metros de altura do castelo, que em questão de segundos é aberto com uma explosão e um lampejo azul claro. Alguém entra e sobe as escadarias lenta e levemente como se não a pisasse.
Uma pessoa, alta , magra e incrivelmente branca e pálida, usando longas vestes negras entra no quarto onde estava a pequena família de três pessoas, e diz:
- Então seu filho nasceu Lucio? – disse o homem magro com uma voz fria, mas calma.
- Sim meu senhor, Lorde das trevas – disse o pai do garotinho, com uma pequena reverencia e com uma voz confiante. Lucio, um homem alto, magro, com cabelos muito longos e extremamente loiros e lisos.
- Deixe-me vê-lo.- disse o homem pálido.
- Claro meu senhor.
O homem, que o pai chamava de Lorde Das Trevas, foi em direção ao berço onde estava deitado, porem acordado o pequeno bebe loiro. Segurou-o em suas mãos geladas extremamente branca de dedos compridos, e disse em tom de sinceridade:
- O menino é a sua cara Lucio, é sim, porem tem a boca de Narcisa. Como você se sente Narcisa?
- Muito bem obrigada – disse a mãe do garoto, que estava deitada em uma cama grande e larga com quatro pilastras e forrada com lençóis extremamente brancos, com bordados prateados como quase tudo no quarto. Era uma mulher pálida (por causa do esforço do parto talvez) e exatamente como o pai e o filho, tinha os cabelos muito loiros, porem ondulados. – e você Lorde, como se sente?
- Havia muito tempo que eu não me sentia tão feliz! Sabe Narcisa, Lucio. Acabo de receber uma noticia incrível, é claro alem dessa de seu pequeno herdeiro – disse o Lorde colocando o bebe no berço, que dês de que nasceu ainda não tinha chorado, e por incrível que pareça, estava escutando a conversa atentamente.
- Serio meu senhor! Deixe-me adivinhar, tem haver com os Potter? –disse Lucio em tom de agrado.
- Vejo que esta bem informado, meu caro! Deixe-me contar tudo. Há algumas semanas eles também tiveram um filho, Harry, e há um mês senti uma angustia, soube por um mensageiro secreto que , uma magia poderosa foi jogada sobre mim. Não sei direito do que se trata, mas pelo que sei a pessoa que me informou não mentiria. – o Lorde se sentou em uma poltrona com assento verde escuro.
- Pode se sentar – disse Lucio em um tom de desagrado na voz , parecia que ele não queria que o Lorde das Trevas se sentasse.
- Muito obrigado pela gentileza Lucio... – disse o Lorde em tom de desafio e com sua voz muito mais fria do que de costume.
- Continue meu Senhor – disse Narcisa com muito interesse.
- Claro, mas antes – ele puxou uma vara negra e comprida dos bolsos internos das vestes negras e longas que vestia, fez um movimento com a varinha e em um instante uma bandeja prateada flutuava com três xícaras e um bule de porcelana com emblemas de serpentes prateadas – vocês estão servidos? Licor de nassania, muito revigorante e animador...
A bandeja que flutuava pelo quarto foi em direção ao Lorde, que fez outro movimento com a varinha, o bule se ergueu da bandeja e despejou um liquido azul, gosmento com cheiro de enxofre. O Lorde se serviu e a bandeja foi seguindo em direção as pessoas que estavam no aposento e quando terminou de servir todos, parou em cima do berço prateado e desapareceu com um poff e o pequeno bebe deu uma risadinha gostosa e alegre, porem parou logo, pois a conversa continuava.
- Agora eu tenho um plano, mas não sei onde os Potter estão no momento - disse o Lorde com desapontamento.
- Meu senhor, Lorde das trevas – falou Lucio em tom de graça – posso lhe perguntar uma coisa?
- Lucio, você sabe que eu posso ler mentes com uma certa facilidade – respondeu o Lorde com deboche.
- Oh, claro meu senhor mas é claro. Então por que o senhor não sabe onde os Potter estão?
- Mas você é um inútil mesmo Lucio, não sabe quem esta por traz de tudo isso?
- Não, não sei, posso tentar imaginar – disse Lucio com um pouco de frieza.
- Claro que pode! Claro que é Alvo Dumbledore, meu pior inimigo – o Lorde respirou profundamente e bebericou a xícara com o liquido azul gosmento com um pouco de amargura – ele não é tão poderoso quanto eu, mas com certeza é muito inteligente.
- Mas Lorde – disse Narcisa que estava sentada na cama, já tomara o liquido azul, e como o Lorde das Trevas disse, era muito revigorante, seu rosto não estava tão pálido quanto antes, estava começando a ter um tom rosado tímido – diga o que ele fez?
- Tudo em seu tempo querida! Alguém esta entrando...
Nesse momento a porta dupla de carvalho do quarto se abriu com um rangido e uma criaturinha pequena, com olhos muito grandes, orelhas pontudas e enrolado com um pano de chão surrado como se fosse uma toga, entrou e seguiu em direção ao berço prateado, onde estava deitado o bebe Malfoy. A criaturinha fez um movimento com as mãos e a fralda com que o bebe estava vestido foi retirada deixando um odor de fezes de neném, mas logo outra fralda apareceu e a criatura com olhos muito grandes recolocou-a com muita pressa e meio sem jeito, deixando a fralda torta e o bebe meio escondido, pois a fralda era muito grande para ele. Mas o bebe sorriu, pegou as orelhas pontudas da criaturinha e puxou-as, fazendo com que a criatura gritasse e tentasse se soltar do bebe. O senhor Malfoy ao ouvir os gritos da criatura , se levantou da poltrona prateada com estofado verde escuro, puxou a varinha, que como a do seu Mestre era negra e comprida, mas tinha uma pequena serpente entalhada de prata no punho da mesma, ergueu-a, falou um encantamento e uma luz vermelha jorrou da ponta da varinha, chicoteando o ar e acertando em cheio o peito da criaturinha que estava sendo agarrada pelo bebe, não pelas orelhas, agora pelo nariz fino e comprido que já estava vermelho e sangrando – sangrando não pela força do bebe, mas pelo impacto do feitiço, que o jogou contra a parede e caiu no chão com um estrondo oco. A criaturinha se levantou com esforço e muito, mas muito medo disse com uma vozinha tremula e esganiçada:
- Senhor, meu senhor, Dobby não queria senhor, Dobby não senhor.
- Calasse, você tentou sufocar o pequeno Draco – disse o senhor Malfoy com muita energia e fúria, (Draco era o nome do pequeno herdeiro) – será castigado por isso!
- Não meu senhor, Dobby não quis fazer mal ao pequeno Malfoy meu senhor, foi, foi o pequenino que me agarrou – disse Dobby chorando e secando o nariz no pano de chão, que não sangrava mais, mas soltava uma meleca amarela gosmenta, e a cada palavra que dava tentando se explicar fazia bolhas com o liquido amarelado.
- Já disse para calar-se – disse o senhor Malfoy erguendo a varinha e caminhando em direção a Dobby.
- Lucio, deixe-o – disse o Lorde das trevas com sua voz fria e congelante de traz da poltrona alta em que estava sentado.
A pequena criatura que se chamava Dobby parou de chorar e esganiçar no momento em que ouviu a voz do Lorde, parecia que tinha congelado, e Lucio como a criatura, também parou de ímpeto no chão com uma certa surpresa. O bebe Draco que desde que pegou e quase arrancou as orelhas de Dobby estava em gargalhadas em seu berço, e quando viu que o monstrinho foi atirado contra a parede deu muitas risadas de deboche, como se tivesse se divertindo e quisesse ver tudo denovo.
- Não faça nada o que eu não faria, este elfo domestico sabe demais – disse o Lorde com aspereza.
- Sim, como sempre o senhor tem razão – disse Lucio com rancor, e se retirando da frente do elfo domestico, e expulsando-o do quarto.
- Veja, como o pequeno Draco esta rindo querido – disse Narcisa se levantando da cama larga de colunas alta e decorada de prateado, era uma mulher alta e magra, mas tinha uma expressão no rosto meio entediado, retirou o pequeno bebe do berço e começou a brincar com ele fazendo caretas, mas o pequeno Draco não agüentou o balanço que a mãe fez com ele e acabou vomitando uma gosma verde em cima da camisola extremamente branca, e começou a rir como nunca.
- Vejo que seu filho tem senso de humor Lucio – disse o Lorde rindo-se educadamente.
- Oh meu deus, que vergonha – disse Narcisa acentuando o rosado de seu rosto – Draco mal, como você pode? – e colocou o garotinho no berço com um certo desprezo, puxou outra varinha do bolso agitou-a em direção ao próprio peito onde estava sujo, disse outro encantamento e o melado sumiu num passe de mágica, e a camisola ficou nova em folha como se nada tivesse acontecido.
- Venha Lorde, vamos conversar em outros aposentos – disse Lucio olhando para sua mulher que voltara para a cama com uma cara emburrada.
- Claro que sim – respondeu o Lorde com rapidez – boa noite Narcisa.
- Boa noite Mestre, e volte sempre – respondeu Narcisa com um tom de sarcasmo na voz.
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