A caminho de um fim
– Hermione! Você precisa ir ao St. Mungus , seus pais... Meus pais... os guardas norueguese vão... – disse Gina a abraçando com muita força.
– Que guardas noruegueses? – perguntou Hermione confusa.
Os corredores do St. Mungus estavam lotados de guardas do Ministério e de outros países. A notícia sobre a morte de Patrick começava a se espalhar. Harry e Rony estavam muito feridos; Harry com o enorme corte infeccionado na perna, clavícula e costelas quebradas; Rony com também com um corte profundo no ombro que o deixou com febre; estavam sendo tratados, mas os dois só queriam saber de Hermione e Gina.
– Vão ajudar as pessoas que estão presas na floresta a sair! – disse Kingsley aos guardas espalhados pelo corredor – Não a necessidade de todos estarem aqui!
Ele também não se furtou de abraçar Hermione.
– Que guardas noruegueses são esses? – perguntou Hermione confusa.
– Longa história! – disse Gina a abraçando novamente. – Você precisa ver seus pais, meus pais... Oh meu Deus achamos que a perderíamos!
No que restou da floresta as pessoas estavam sendo conduzidas pelos guardas para fora. Muitas nem sabiam o ano ou sequer lembravam o próprio nome.
O corpo de Patrick estava onde o deixaram; Airene deitada sobre ele e o punhal cravado no próprio peito. Um dos guardas abriu suas vestes e destruiu todos os frascos de poção; a varinha de Patrick e da mãe foram partidas na hora; os corpos dele, Airene e de Chattar embalados. Um saco com as partes do corpo de Etien Louer foi lacrado e enviado para o St. Mungus. Alguns guardas noruegueses deixaram os corpos e entraram no que restou da torre de mármore procurando o ouro que Patrick acumulara. Reviraram tudo; alguns aproveitaram para surrupiar pequenos pertences antes de levarem os corpos. O ouro nunca foi encontrado e depois desse dia muitos aventureiros passaram a tentar descobrir aonde Patrick escondera sua fortuna.
– Tem certeza? – perguntou Rony ao pai enquanto um curandeiro tratava seu ombro.
– Ele está morto. – afirmou o Sr. Weasley. – Declarado oficialmente pelos três Ministérios que tomaram posse do nosso.
– Eles não conhecem Patrick! Eu o vi levantar depois ter o corpo atravessado... Quero ver o corpo dele!
– Calma Rony! – pedia a mãe.
– Eu também! – disse Harry.
– As coisas estão meio confusas aqui. Há guardas dos outros Ministério e o diretor está fulo da vida. – explicou o Sr. Weasley.
– E Kingsley? – perguntou Harry.
– É ele ainda é o nosso Ministro graças ao apoio dos comerciantes! Graças a você Harry! Só precisamos de mais conselheiros que estão sendo reunidos nesse exato momento. Não se preocupem com isso agora!
– E Hermione! – disse Rony ignorando todos. – Era pra ela estar aqui!
– Ela está bem! Vocês dois tem que se cuidar. Principalmente você Harry; sua perna está bem feia.
– Gina onde está? Quero vê-la!
– Tenham um pouco de paciência! – gritou a Sra. Weasley. – Elas logo estarão com vocês!
No quarto ao lado Rebecca se preparava para partir. Draco estava com ela.
– Acabou... – disse ele.
– O Ministério vai deixá-lo em paz Draco, mas é melhor irmos embora antes que esses outros idiotas que falam enrolado se reúnam e mudem de idéia!
Hermione entrou no quarto.
– Sabia que não era loira de verdade. – brincou.
– Engraçada. Você é engraçada Hermione. – disse Rebecca vestindo o casaco. – Desculpe pela surra que te dei.
– Não me deu surra nenhuma!
– Claro que não... – disse Rebecca rindo debochada. – Você sabe quem sou agora, sabe que sou uma bruxa das...
– Não, não diga isso! Não é verdade! Não quer acabar como Lena Kessler ou a mãe de Patrick! Não quer definhar até morrer!
– Não, claro que não! Eu sou muito bonita para acabar assim.
Hermione deu uma gargalhada e a abraçou.
– Aquela floresta é um lugar horrível. – disse segurando Rebecca. – Um lugar onde o tempo não passa e as pessoas esquecem quem realmente são. Não acredito o tempo que passou lá...
– Dei um jeito de me fazer notar.
– Lógico que deu... – disse Draco esboçando um sorriso.
– Não pude te contar sobre Patrick quando nos encontramos... eu realmente queria, mas... era arriscado.
– O que me disse sobre Rony querer voltar para mim era verdade. Você ajudou muito a todos nós! Não vou esquecer.
– Eu vou. Não me procurem mais! Vou me mudar hoje mesmo!
Rebecca saiu apressada para o corredor antes que Hermione perguntar seu verdadeiro nome e alertasse pra que tomasse cuidado com Pansy Parkinson no futuro, mas depois pensando bem talvez fosse Pansy quem realmente devesse se cuidar.
– Filha... – disse o Sr. Granger a porta – Rony precisa vê-la ou não deixará ninguém medicá-lo.
– Um momento papai; tem uma pessoa com quem preciso falar.
– Vai ver o bebê? – perguntou Draco.
– Melhor você ir também! Rebecca tem razão sobre os outros ministérios cancelarem as ultimas decisões de Kingsley.
– Não é filho do Weasley caso ainda não saiba. – disse Draco antes de sair.
– Obrigada a você também Draco!
– Esqueça... Vamos todos esquecer o que aquele desgraçado nos fez passar. Adeus.
Quando Hermione voltou à sala de espera viu Córmaco desajeitado carregando o garotinho com alguns fios castanhos encaracolados espalhados pela cabeça. Emily os deixou para falar com ela. Abatida e muito cansada; tão cansada quanto à própria Hermione.
– Ele nasceu na Toca; sua mãe me ajudou.
– Parabéns...
– Convidei Rony para ser padrinho e espero que você seja a madrinha.
– Eu?
– Emily! Deixe Hermione descansar.
– Desculpe! Primeiro aquela mulher querendo que você entrasse para o clube das Trevas dela e depois ficar presa naquela floresta... Descanse e depois pode me dar uma exclusiva sobre toda essa historia!
– Claro... – disse Hermione olhando o bebê no colo de Córmaco. Ela se precipitou e abraçou Emily. – Sinto muito...
– Não houve um dia que ele não dissesse que a amava. – sussurrou Emily.
– Serei madrinha do seu filho. Será uma honra. – afirmou Hermione rindo e chorando ao mesmo tempo.
– Olhe o tamanho das mãos dele! – disse Córmaco orgulhoso. – Mãos de goleiro!
– O que você fez como ele? – Hermione perguntou baixinho a Emily quando saia do quarto de tão gentil que Córmaco havia se tornado.
– Só diga não por um tempo...
– Só isso? – disse Hermione rindo.
– Acredito que as pessoas podem mudar. Você não?
– Sim, acredito!
– Vá vê-lo agora!
– Estou nervosa!
– Vai passar...
Rony se levantou da cama quando Hermione entrou no quarto. Ele tinha um olhar adolescente e ansioso pensou ela; muito longe do homem que ela vira enfrentar o pai de Patrick. Ambos sabiam que não podiam ignorar o que tinham passado; era parte da historia dos dois. Mesmo assim Hermione sentia-se tão feliz como no dia que ele a tirou para dançar no casamento de Gui e Fleur; correu até ele e abraçou. Harry reparou que Rony relaxou pela primeira vez desde que se reencontraram.
O Sr. Granger também abraçou Rony e o agradeceu muito. Harry trocou um rápido olhar com Hermione; sabia que ela precisava repor as energias, mas que ficaria bem. Harry pegou a mão de Gina e apertou.
– Não importa o que aconteça Gina; eu sempre voltarei para você. – sussurrou ele. – Seremos felizes agora... Eu prometo!
– Sim, seremos. – respondeu ela o beijando.
Contrariando a Sra. Weasley, mas com apoio de todos; Jorge abriu algumas garrafas de cerveja amanteigada.
– Qual é? Não comemoramos o ano novo!
– Gina pegou uma e passou para Harry e ele ofereceu para Rony. Ele olhou a garrafa e acabou pegando os dois fizeram um brinde sem palavras, mas muito significativo.
Um curandeiro os avisou que devido terem sido atacados por criaturas de sangue contaminado Harry e Rony não poderiam ter relações mais intimas com as garotas por um bom período.
Harry não fez uma cara muito feliz.
– Ei! – disse Rony batendo na testa de Harry. – É na minha irmã que você está pensando!
– Você sabe que odeio sentir dor na testa! Xadrez?
– Sim, pode ser... Sem minhas peças você pode ter uma chance.
De madrugada depois de muito insistirem com o Sr. Weasley e perturbarem os curandeiros Harry e Rony desceram até o porão para uma ultima olhada no corpo de Patrick. Havia apenas um curandeiro cercado de guardas fazendo algumas anotações. Um dos guardas tentou barrar Harry.
– Não podem entrar aqui.
– Queremos ver os corpos. – disse Harry.
– Não é permitido. Ei!
Rony se adiantou e abriu o saco preto que guardava o corpo de Patrick. O corpo parcialmente queimado sem a metade da garganta não foi fácil de olhar. Em outro saco estavam os restos de Etien Louer.
– Olhe Harry! O sangue dele queima tudo, mas não queimou esse saco?
– Secou. – respondeu o curandeiro sem olhar.
– Mesmo assim não toque! – disse Rony.
– Pode deixar...
Um homem entrou e apertou a mão do Sr. Weasley.
– Harry, Rony... este é Jefford Appleyard, diretor do St. Mungus.
Apesar da barba e cabelos brancos o Sr. Appleyard não tinha uma aparência envelhecida. Harry se sentiu bobo por nunca pensar que o St. Mungus tivesse um diretor.
– O corpo só é para ser tocado se ainda puder ser feita alguma coisa pelo bruxo; depois de morto é uma violação.
– A esse homem? Uma violação? – perguntou Harry.
– Ele foi um bruxo!
– Só queremos saber se ele está realmente morto! – disse Rony.
– Foi atestada a morte; eu atestei a morte. Ele não respira e nem o coração bate.
– Isso num ser humano normal. Ele não é normal. – se exaltou Rony.
– Meu hospital está cheio de guardas que falam línguas estranhas! Até trouxas estão aqui por causa desse homem e de vocês!
– Ele está falando dos pais de Hermione?
– Fique calmo Rony! – advertiu o Sr. Weasley.
– O que podemos fazer pra ter certeza absoluta que ele está morto? Enfiar uma estaca no peito dele? – perguntou Harry.
– Ou cortar a cabeça dele! Eu faço isso!
– Rony... Harry – disse o Sr. Weasley os afastando do corpo de Patrick. – Há uma grande chance do Sr. Appleyard ou algum de seus parentes comporem novo Conselho da Magia; não criem caso com ele. Ele pode ajudar Kingsley a voltar.
– Há algum meio de termo certeza que esse homem está realmente morto? – perguntou Harry tentando parecer mais calmo.
– Vita Revelio. – disse o Sr. Appleyard apontando a varinha para o corpo e para o os outros sacos pretos.
Todos olharam em volta e nada aconteceu. Os corpos continuavam inertes.
– Como eu disse senhores: morto. – disse o diretor do hospital.
– O que farão com os restos de Etien Louer?
– Serão enviados ao mausoléu em Lecroux. Era um direito dele.
– Sim, claro ele merece tanto... – comentou Rony. – Onde vão enterrar Patrick?
– No cemitério aqui mesmo; na parte reservada aos desconhecidos e criminosos. – respondeu o Sr. Appleyard aborrecido.
– Ele não pode ser enterrado no mausoléu da família também? – perguntou Harry.
– Não. A menos que alguém queira dar um funeral a esse homem. Sr. Potter, o senhor pagou por um tumulo de um guardião de Artes das Trevas talvez queira...
– Não. De jeito nenhum. – respondeu Harry.
– Muito bem. Agora saiam.
– Mas quero vê-lo sendo enterrado.
– Ele será jogado em uma cova e é só. Nesse tipo de enterro não é permitido acompanhantes. Aqui não é Hogwarts ou o Ministério; temos regras e não abrimos exceções.
Harry olhou o corpo mais uma vez. Sentiu a mão do Sr. Weasley em seu ombro; ele também abraçava Rony.
– Não deixem que esse homem roube mais do tempo de vocês.
Harry voltou para a cama e apoiou a perna sobre o travesseiro. Aproveitou para contar a Rony sobre sua estadia na Bulgária. Contou também sobre Heckett tentar seduzi-lo.
– Então se não tivesse acordado a essa altura um pequeno Harry já estaria a caminho. – disse Rony.
– Foi muito real.
– Escute Harry também lhe devo desculpas. Eu sempre disse que entendia você e Hermione, mas na verdade eu só tentava entender, mas agora que conheci...
– Emily.
– Sim. Sei como se sente.
Voltar a conversar com Rony deixou Harry mais calmo e ele até conseguiu dormir um pouco, mas teve um pesadelo com o rosto deformado e vermelho de Patrick rindo todo queimado tentando estrangulá-lo. Harry se levantou de madrugada varias vezes.
Numa das vezes Rony examinava o cauda de uma das arraias que recolheu.
– Isso daria uma ótima arma não acha?
– Sim...
– O que foi?
– Uma coisa que Patrick me disse... sobre nossas mães.
– Nossas...
– A minha e a dele. Elas nos protegeram.
– Mães fazem isso...
– Sim... fazem.
As visitas recomeçaram logo cedo Emily e Córmaco vieram se despedir.
– Esperamos vocês para o batizado do pequeno Fulton; Emily encontrou a família dele e ficaram felizes com a homenagem. – disse Córmaco.
Córmaco apertou a mão de Rony.
– Obrigado por cuidar de Emily e do meu filho.
– Ela sempre disse que tudo daria certo... – respondeu Rony.
– Vou sentir saudades. – disse Emily o abraçando.
– Eu também.
Hagrid, Kingsley e a Srta. Dale conversaram um pouco com os rapazes e ouviram a Sra. Weasley discutindo com um curandeiro no corredor. O mesmo que estava presente no necrotério de madrugada.
– É apenas um minuto.
– Senhora... meu horário já acabou.
– Pode só dar uma olhada no ombro do meu filho.
– Mãe! Esta tudo bem já fui medicado. – disse Rony.
– Precisamos ter certeza! É só um minuto.
O curandeiro se apressou a olhar o ombro de Rony sem olhar para mais ninguém no quarto.
– Continue fazendo o que mandaram fazer. – disse secamente.
– Viu? Está tudo bem. Relaxa mamãe.
– De uma olhada na perna de Harry.
– Não é necessário Sra. Weasley! Estou muito bem. – disse Harry ficando de pé. Ainda mancava, mas a dor diminuíra consideravelmente.
– Ótimo. Tenham um bom dia.
– Esses curandeiros estão cada dia mais difíceis de conversar.
Para provar que estava bem Harry deu alguns passos até a porta. Viu o curandeiro ser parados por um colega.
– Está perdido?
– Meu turno acabou...
– Por que vai sair por aí? Quer andar pelo hospital? Vamos!
Harry viu os dois entrando em um elevador.
– Pra onde vai esse elevador? – perguntou a outro curandeiro que passava.
– Nossa sala de descanso.
– Tem uma lareira lá?
– Sim...
A porta do elevador estava quase fechando quando Harry teve a certeza que viu o curandeiro piscar pare ele.
– Parem! Rony! Rony! – Harry começou a gritar. Sem a varinha só pode tentar se mover mais rápido para tentar segurar a porta.
O ultimo olhar que Harry e Patrick trocaram durou um segundo. A porta se fechou e o elevador subiu. Quando chegaram à sala de descanso os outros curandeiros estavam no chão. Todos sem varinha e muitas roupas haviam sumido.
– Aquela neblina o envolveu, na verdade o protegeu... o manteve vivo. Eram as cinzas da mãe dele. Por isso ele as espalhou pela floresta! – disse Harry.
– O deixamos ainda vivo ou quase. – disse Rony nervoso. – Os imbecis dos noruegueses o deixaram sozinho. Ele passou os frascos da poção Polissuco para as vestes da garota. Ninguém teve a idéia de verificar o corpo dela... incompetentes!Ele estava aqui, parado falando com a gente! – gritou Rony.
– Ele ainda está ferido e não fica muito tempo com a mesma forma... O que ele tem é uma poção Polissuco normal – disse Kingsley. – O alarme foi dado!
– Hermione já está na Toca não é papai?
– Ela está protegida lá!
– Todos têm ordens para matá-lo se for preciso. Enviaram guardas para proteger Cragwitch como sugeriu Harry! Caso ele apareça pedindo ajuda para os ferimentos.
Harry sabia que Cragwitch não negaria se fosse procurado ainda mais sem saber o que acontecera e Patrick não o mataria para não deixar rastros. Nem adiantava falar com o amigo búlgaro; Patrick já devia estar em outro país aquela altura com já sabendo que a poção Polissuco que tomava tinha sido alterada que fora enganado...
– Vão encontrá-lo. – disse o Sr. Weasley tentando tranqüilizar os rapazes.
Harry ficou em silencio pensando que Patrick e ele sempre estiveram num jogo de xadrez. Lance após lance os dois passaram a se conhecer de um jeito impar; Harry sabia que Patrick não iria se mostrar tão cedo; ele não ligava para o tempo e nem era ansioso. Essa era sua próxima jogada: fazer Harry esperar por ele, mas estava enganado se pensava que ele fosse andar com medo ou olhando por cima do ombro. O Sr. Weasley tinha razão; não deixaria Patrick Rent tomar mais do seu tempo. Ainda mais que naquele momento tinha coisas mais importantes a fazer como ficar com Gina, voltar a ser amigo de Rony e viver da melhor maneira possível até que se reencontrassem novamente.
– Vamos pra casa Harry. – disse Rony.
– Sim, vamos.
Afastado do cargo até um novo Conselho ser formado Kingsley cedeu uma longa entrevista ao Profeta Diário esclarecendo não tudo, mas uma boa parte do que havia se passado; citou nomes como o de Roman Young morto por Patrick; Josh Savinnas o garoto preso por causar a morte de um cidadão bruxo que estava sob o efeito de um feitiço lançado por Patrick. O ex-Conselheiro Doyle Bertel morto no Bocadio para servir de bode expiatório. A mulher antipática e sem pescoço também deu uma entrevista contando como foi salva por Rony Weasley. A corrupção que assolava o Beco Diagonal veio à tona. Os comerciantes a pedido de Harry apoiaram Kingsley e isso salvou sua credibilidade como Ministro. Em um pronunciamento no Beco Diagonal Kingsley teve a companhia de Harry, Rony e Hermione e, além de participar os cidadãos bruxos de suas decisões para quando retomasse o cargo, também admitiu os erros que ele e outros antes dele cometeram.
– Uma ex-Conselheira envolvida na pratica de Artes das Trevas e Gregory Raiker sobrinho de Solomon Bluter, foi chefe dos Revistadores. O Ministério também tem lições a aprender. – admitiu. – Começaremos a nos organizar mais uma vez! Mais atentos e exigentes. Serei orientador de um novo grupo de guardas; não serão mais aceitos jovens saídos de Hogwarts! Todos serão treinados para no futuro termos novos Aurores. As medidas que tomei em relação aos impostos continuarão valendo.
– Graças a você Harry. – disse a Srta. Dale.
– No fim – Harry refletiu mais tarde em uma reunião a sós com Kingsley – também mereci a lição. Afastei-me de Rony e me deixei impressionar e influenciar por Patrick.
– Você aprendeu muito sobre você mesmo.
– Envergonhei Dumbledore e tudo que ouvi dele... Meus pais, Sirius e até Snape. Não fui um bom amigo. Passei longe disso; minhas escolhas foram as piores possíveis.
– Harry, o que aconteceu entre você e Rony foi o ultimo passo para vocês dois amadurecerem. Vocês têm que confiar um no outro sem duvidas. Então os dois estarão prontos.
– Prontos?
– Não achou que foi convidado para o Ministério para ficar atrás de uma mesa, achou?
– Continuarei a ser um “papa galeão” o salário é menor, mas é um pouco mais seguro.
– Bom, você será chefe de todo o departamento dos papa galeões isso já ajuda!
– Obrigado. Kingsley, e quanto ao dinheiro? O acordo que Patrick forçou o filho de Duke Duralumínio a fazer com o Ministério?
– Está em análise.
– É muito ouro não é?
– Política é política, mas será usado para compensar as mortes, os danos causados por Patrick. Especialmente para honrar o acordo com os comerciantes.
– O novo líder dos duendes vai aceitar usar ouro tocado por varinhas?
– Pensarei em alguma coisa para convencê-lo afinal...
– Ouro é ouro! – exclamou Harry.
– Honrarei minha palavra a Bunko; as peças feitas por ele ficarão guardadas em Gringotes. Infelizmente ele morreu com muito mais segredos guardados além do que contou a você.
– Ele quase conseguiu, mas não queria viver.
– Você tentou. Essa é a diferença; é o que faz você ser quem é Harry. Bem, você está saindo de férias! Não vou tomar mais seu tempo com seus amigos. Tenho que começar a me entender com Strickland e o governo trouxa, os outros Ministérios e conseguir novos conselheiros... Depois que voltar do seu merecido descanso pode mudar de sala se quiser.
– Sabia que diria isso. Não sei por que diria, mas eu sabia.
– Sinto-me bem lá.
– Está bem então... Boas férias! E muito obrigado Harry! – disse Kingsley o abraçando.
– Inclua em suas atividades fazer a Srta. Dale voltar a ser a Sra. Shacklebolt.
– Eu disse a você que o Ministério e casamentos não andam juntos.
– Então isso é a primeira coisa que você Kingsley precisa mudar! Não o Ministro.
Harry encontrou o Sr. Weasley, a Sra. Twitch e McGonagall pelos corredores do Ministério. Traziam uma foto de Waxflatter.
– Não é a melhor foto dele – comentou o Sr. Weasley – mas faremos o nome dele voltar ao quadro de funcionários do Ministério.
– Obrigado Harry – disse McGonagall o abraçando – você é a única pessoa que não estava lá e sabe de tudo. Sabe da honra de Waxflatter.
– Quem sabe um dia mais alguém saiba a historia toda.
– Quem sabe...
– Sr. Weasley aquela foto...
– Fomos estúpidos em tirar aquela foto e depois acreditar em Umbridge para assiná-la como lembrança; por isso eu lhe disse que não confiasse em um objeto mágico que pensasse sozinho... No caso uma simples pena foi o primeiro ato a condenar a verdade.
– Nunca me esqueço dos conselhos que me dá Sr. Weasley.
– Dolores Umbridge nunca mais dirá nada que faça sentido... – disse McGonagall e todos fizeram alguns segundos de silencio.
– Bem, estamos indo ao Cabeça de Javali comemorar! Molly já deve estar lá com Hagrid, ele representará Wax!
– Como nos velhos tempos!
– Ferdinanda está animada! – comentou McGonagall.
– Minha filha Anjelica aceitou sair com o filho de Kingsley! Parece serio! Espero que sim... não vejo a hora de ter netos!
– Também quero mais netos! – disse o Sr. Weasley olhando para Harry. – Só uma até agora, mas ela é linda! Tenho uma foto dela aqui.
– Deixe-me ver... – disse a Sra. Twitch colocando os óculos. – A mãe é Veela?
– Parte Veela, mas ela puxou o pai também. Gui é o meu filho mais bonito.
– Fleur Delacour foi uma das participantes do torneio Tribruxo. – disse Harry contente em ver os amigos animados e, principalmente, vivos.
– Eu me lembro! – disse a Sra. Twitch.
– Vocês sabem que Waxflatter andou um tempo pela França... – começou McGonagall.
– Não me diga que ele teve filhos por lá também? – perguntou o Sr. Weasley.
– Estávamos num jantar eu, Alvo e Madame Maxine anos atrás quando entrou uma mulher acompanhada do marido e dos filhos e eu juro! Um dos meninos era cara de Waxflatter!
– Eu sempre ficava de olho nele quando nos visitava; ele tinha uma queda por Molly. Quando Percy nasceu eu o segurei bem de perto...
– Ah, Arthur... – gargalhou a Sra. Twitch e Harry também não se conteve.
As duas bruxas continuaram a conversar e o Sr. Weasley puxou Harry a um canto.
– Aquela poção que você trouxe da Bulgária e que fez a gentileza de me emprestar...
– мощна ерекция!
– Não que eu precisasse... Eu e Molly nos reaproximamos. Achei que não poderíamos voltar a ser o que éramos depois de Fred ter morrido, mas quando Rony voltou eu senti... Você, Hermione e os Granger... Somos uma família.
– Obrigado por tudo Sr. Weasley e desculpe me afastar de todos; isso nunca acontecerá de novo. Eu prometo.
– Hermione me prometeu a mesma coisa e eu acredito.
– Diga a Sra. Weasley que passaremos pela Toca na volta das férias.
– Direi! Ela ficará mais do que feliz. – disse o Sr. Weasley prestes a entrar na lareira para acompanhar McGonagall e a Sra. Twitch
– Diga a ela também que vou me casar com Gina. Um dia...
O Sr. Weasley acenou contente.
Harry recebeu uma carta da Veela Anjla dizendo que continuaria sua busca por Patrick. A Veela e o centauro foram procurados por Mundugo a pedido de Harry e seriam os primeiros contatos não oficiais que Harry manteria sobre esse e outros assuntos no futuro. Durante o tempo que passou em sua minúscula sala Harry pensou no jovem Hayyan Zeelen; ele poderia ter sido o primeiro grande bruxo das Trevas muito antes de Tom Riddle. E Grimwig; o garoto poderia vir a se tornar o próximo, o sucessor de Voldemort. Quem os deteria? Os discípulos restantes dos Bruxos Zeelen nesse exato momento poderiam estar se reunindo em outro lugar sob uma nova liderança; as seguidoras de Lena Kessler também e quem sabe quantos outros bruxos das Trevas estariam sendo formados naquele exato momento.
– Qual é meu papel nisso tudo? – Harry se perguntou olhando sua mesa cheia de memorandos. Passou a mão pela testa; aquela cicatriz nunca mais tornaria a doer, mas a magia das Trevas nunca deixaria de existir.
Comentários (1)
adoreeeeeeeeeeeiiiiii o capitulo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!a resposta para a pergunta do Harry é simples:nenhum!!!!!!!!!!!!!! ta na hora dos herdeiros entrarem em ação!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
2012-09-25