Capítulo III



        Por mais que tenha discutido com Susan, por ter detestado que um assunto tão íntimo e pessoal viesse à tona, Hermione acabou aceitando a proposta que Harry Potter fizera. Susan soube muito bem como persuadi-la.

       E, agora Hermione estava ali, no carro compacto em que Susan lhe emprestara, com destino a Sheffield.

       Sheffield se localizava no condado de South Yorkshire, a 267 quilômetros de Londres. Levaria em torno de três horas, ou um pouquinho mais, para chegar até lá.

       Mas valeria a pena, pensou Hermione. Mal podia esperar em conhecer toda a cidade. Sheffield era interessantíssima! Era antiga ( idade do Bronze ou antes), foi lá onde surgiu o primeiro time de futebol do mundo e... era a cidade mais verde de toda Inglaterra.


Logo avistou a Igreja de Sta. Maria, estava perto, muito perto. Dirigiu alguma quadras e parou em frente à uma casa vitoriana, que destoava das demais residências de Handsworth.

      Quem lhe atendeu foi uma senhora rechonchuda de cabelos volumosos e avermelhados, devia ter uns quarenta a cinqüenta anos.

      - Sim?

      - Oi...er... eu procuro a Sra. Weasley.

      - Achou. - disse com cortesia.

      - Sou Hermione Granger, eu...


- Ora, por que não disse antes, querida? Vamos entre!

     - Eu... – disse virando-se para olhar o carro.

     - Hum, peço a Harold que guarde seu carro e pegue suas coisas depois, ao menos, que queira fazer sua toalete...

     -Sim, eu gostaria muito de um banho, Sra Weasley.

     A mulher fez uma careta e disse:

     - Me chame de Molly, sim?

     Hermione sorriu.


 


 


Tomou uma ducha rápida e, em instantes, desceu as escadas. Encontrou Molly Weasley de pé, à pia, descascando batatas para o almoço.

      Ela parecia ser bem simples e amorosa. Não podia entender o porquê de seu filho ser o que era. Hermione, sem ao menos conhecê-lo, o detestava.

      Era cruel saber que um pai ignorava os filhos, que não dava amor, carinho, atenção, enquanto ela daria tudo para ter seus filhos.

      No fundo, foi por isso que ela aceitou a proposta. Sentia que aquelas crianças precisavam dela tanto quanto ela precisava delas. Faria de tudo para que elas fossem felizes, mesmo precisando passar por cima de... como era mesmo o seu nome? Ah, sim. Mesmo que tivesse de passar por cima de Ronald Weasley.


 


 - Quer ajuda?

     A mulher se virou e fitou Hermione por um segundo e disse:

     - Sim, sente-se – apontou a cadeira com a faca que estava na mão. - , e descanse bem. Meus netos não são fáceis... Você precisará de muita energia para cuidar deles.

     - Muito gentil, mas não agüento ficar sentada sequer um minuto! – riu-se.

     - Bom, se prefere assim – limpou as mãos no avental florido de algodão. – poderia dar um pulinho até a mercearia e comprar algumas coisinhas para o almoço...

     - Claro.

     Não foi difícil encontrar o local. Quando entrou um sininho posto acima da porta denunciou sua chegada, logo, uma senhora levemente corcunda, mas de aspecto bondoso a cumprimentou.

     - Preciso de tudo isso. – disse estendendo uma lista que Molly lhe entregou antes de sair de casa.

     - Tomates, cebolas, hum, cenouras, ervilhas... Aqui está tudo. – sorriu entregando uma sacola de feira.


 


Hermione procurou no bolso algum trocado, mas recuou, pois ao que parecia os Weasley costumavam fazer o acerto depois. Agradeceu a mulher.

     Teria terminado de atravessar a rua se um carro não tivesse quase a atropelado. Com o susto, a sacola derrubou a sacola. Havia verduras e legumes espalhados pela rua. Os tomates, estes nem serviriam para preparar sequer um molho.

     O motorista saltou do carro.


Hermione procurou no bolso algum trocado, mas recuou, pois ao que parecia os Weasley costumavam fazer o acerto depois. Agradeceu a mulher.

     Teria terminado de atravessar a rua se um carro não tivesse quase a atropelado. Com o susto, a sacola derrubou a sacola. Havia verduras e legumes espalhados pela rua. Os tomates, estes nem serviriam para preparar sequer um molho.

     O motorista saltou do carro.


 - Ora, seu... desagradável. – sal de lá o mais rápido que pode. Como poderia existir alguém tão absurdamente inconveniente quanto aquele homem?


                                                           ***

       Hermione não achou que as crianças fossem terríveis, muito pelo contrário... Lucy era um encanto e fez questão de mostrar toda a casa para Hermione. Ben era um pouco agitado, é verdade, mas sua atitude era compatível com a idade que tinha: três, era cinco anos mais novo que Lucy.

       - Eles gostaram de você – disse Molly ao retirar a mesa. – É um começo.

       - Fico feliz por nos darmos bem.

       - Você tem jeito com crianças, mas por que cuidar de crianças dos outros e não ter seus próprios filhos?

       - PAPAI!- ouviram a vozinha de Lucy. E Hermione deu graças a Deus por ter escapado daquela pergunta, pois não estava preparada para tanto, talvez outro dia, talvez...

       - Mione – disse uma voz aguda à suas costas – este aqui é o meu papai.


Hermione mal podia acreditar. A tensão dominou-a. Estava um pouco sem jeito ao vê-lo, enquanto ele sorria para Hermione como se nada tivesse acontecido, ou melhor, como se nunca a tivesse visto antes.

       Ele estendeu a mão para cumprimentá-la e disse:

       - Muito prazer, sou Rony Weasley, o
desagradável.





                                                               






                                                                          ...



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