Capítulo II
Quando Hermione voltou a si, a multidão não estava mais lá. Estava em um quarto que era quase seu apartamento inteiro. Era bem luxuoso. A cama era macia e estava forrada por um lençol perolado de seda, aas cortinas marrons arrastavam majestosamente pelo tapete em tom de creme. E o lustre. Aquele devia custar os olhos da cara, pensou Hermione.
- Vejo que a bela adormecida acordou – disse o homem moreno, risonho.
Ora, foi por causa dele que ela tinha desmaiado. Por quê? Ele não lembrava em nada a Alex. Como foi tola. Eram muito diferentes, só o sorriso lembrava vagamente ao do outro homem.
- Eu...eu
- Shhh... Está tudo bem. Creio que a culpa tenha sido minha não? Eu a distraí.
Hermione emudeceu. Cada minuto se sentia mal, envergonhada. E Susan? Se pelo menos, ela estivesse ali.
- Entre. – uma jovem apareceu comum uma bandeja repleta de petiscos, guloseimas, etc. – Obrigado, Alice, e como está sua mãe?
- Muito bem, senhor, o doutor disse que em breve ela estará de pé!
- Ótimo! Mande um oi meu a ela.
- Mandarei sim. – e saiu do quarto após deixar a bandeja em cima do criado-mudo.
- Fique a vontade.
- Não estou com fome. - Hermione respondeu sem fitá-lo.
- Não me faça lhe dar comida na boca.
- Não preciso de sua ajuda. – disse Hermione, enfurecida.
- Acho que é o mínimo, não? Não é sempre que uma mulher desmaia em me ver – rebateu.
- Hermione?! – Susan correu até Hermione. - O que houve?
- Ela desmaiou.
- Sério?
- Sim. Então a trouxe até aqui.
- Oh, obrigada, Harry. Como sempre, muito gentil.
- É o mínimo... como disse à sua amiga. Ela desmaiou em me ver.
Susan riu abertamente. Hermione, por outro lado, não achou graça em nada. Sentia-se cada vez mais boba na frente deles e para piorar Susan ria assim na frente daquele estranho.
- Bom, pode ir Harry, eu cuidarei dela.
- como quiser.
A semana passou rapidamente. Não conseguia parar de pensar em Alex, mas as lágrimas não voltaram a molhar sua face. Fazia de tudo para se manter ocupada: limpava casa, lavava as roupas dela e de Susan, etc.
Sentia falta e seu emprego, mas não podia ir lá e pedi-lo de volta a Sra. Jones como se nada tivesse acontecido. Por que ela teve de dar ouvidos ao que Alex dizia? Uma mulher é muito capaz de tomar contar da casa, família e trabalhar fora. Entretanto, o que lhe restava a fazer, era apenas o serviço doméstico.
Limpou suor que escorria pela testa. Céus, como precisava de um banho... sentir a água fresca caindo em seu corpo dolorido devido à faxina que acabara a pouco de fazer.
Ding-dong.
Bufou. Por que Susan tinha que sempre esquecer a chave?, pensou Hermione.
Mas não era Susan.
- Você?!
- Não vai me convidar para entrar? – perguntou Harry, sorrindo.
Hermione desejou muito ter tido a oportunidade de tomar um banho antes, ou melhor, nem ter começado a limpar a casa, pelo menos ela ainda estaria limpinha e cheirosa. Mas... não. Aquele homem, que pensou que nunca mais veria, apareceu à sua frente, batendo à sua porta e encontrando-a maltrapilha. Ela trajava uma camisetona branca e um shorts preto totalmente descolorado pelo tempo, além de um lenço vermelho de bolinhas brancas prendendo sua cabeleira castanha. Estava horrível!
- Então...?
- Oh, entre. Sente-se.
Harry não fez cerimônia nenhuma, se sentou na poltrona e logo relaxou.
- Então , Sr...?
- Potter, mas prefiro que me chame de Harry.
- Sem querer ser rude, mas o que o trouxe aqui?
- Vim me desculpar, você sabe, pela aquela noite...
- Não vejo necessidade disso.
- Como disse, me senti culpado. Me senti responsável, principalmente, depois que Susan contou sobre seu passado.
- Como disse? – levantou-se enfurecida do sofá. – Você não o direito de se intrometer, Susan não tem!
- Calma, eu não...
- Me acalmar? Só pode ser brincadeira... Um estranho...vem...minha...casa...e...me ...pede...pra ...me... ACALMAR? Susan não podia.
Pela primeira vez, Harry mostrou-se tenso com situação, se pôs de pé e falou:
- Olhe, não fique brava som ela, é sua amiga e minha também. Não foi a toa que me pediu que viesse... Não me olhe assim! Me deixa explicar, sei que quer trabalhar e tenho o que você precisa.
- Olhe aqui você – esbravejou. – Não preciso da sua caridade.
- Não é caridade! Eu preciso de quem faça o serviço e você de um emprego... Então, Você aceita?
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Bom acho que agora começa mesmo se desenrolar, os primeiros caps foram mais pra dar uma base, ok?
bjs!
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