Capítulo IV



- Que ódio! Que sujeitinho mais desagradável... desprezível... irritante – pensou Hermione.

       A atitude de Ronald Weasley a tinha deixado transtornada. Como ele podia ter sido tão... tão irônico a ponto de fingir não conhecê-la?

       Naquele momento, Hermione percebeu que sua estadia naquela casa seria desgastante, mas estava disposta a enfrentar aquele homem frio e terrível, faria isso por Lucy e Ben, e também para tinha de dar uma lição a Rony Weasley.

       - Pensei que teríamos macarrão com molho de tomates para o almoço – disse Rony à mesa. Hermione se segurou para não dar a ele uma boa resposta. Ah, se pudesse... mas não queria ser deselegante com a sra. Wealey. Ela não tinha culpa de ter um filho como aquele... E pensando bem era até melhor, não daria esse gostinho, não mesmo.


- Sim, mas os tomates não estavam bons, péssima safra... - respondeu a senhora – E, acho que esse assado não está nada mal, não?

       A tentativa de Rony Weasley de deixá-la sem graça fracassara. Ele permaneceu calado. Ah, ele merecia aquilo, a mentirinha contada para sra Weasley sobre o que tinha acontecido com os tomates, valeu muitíssimo a pena.Ver as orelhas dele ficarem vermelhas, não tinha preço.... só faltava sair fumaça, riu-se Hermione com seus pensamentos.

       - Eu ajudo com os pratos – pôs-se de pé antes de ouvir os protestos de Molly Weasley.

       - Largue isso ai.

       - Eu quero ajudar...

       - É eu também vovó.

       - Sim, queremos ajudar.


   - Crianças, por que não vão brincar com a Hermione, hein?

       - Não. Quero mexer na cozinha, por que nunca me deixa, vovó?

       - Eu disse não, Lucy - Molly acarinhou o pequenino queixo da neta.

       - Puxa, vovó – resmungou Lucy.

       - Estou de saída, mamãe e – disse Rony carrancudo -, obrigada pelo almoço, estava ótimo como sempre.

       - Obrigada, querido - Rony beijou o rosto de sua mãe e de seus filhos. Hermione não soube o porquê, mas se sentiu estranha. Os olhos dele e de Hermione se cruzaram por algum tempo, sem dizer qualquer palavra Ronaldo saiu.


- Por que não gosta do meu papai, Mione? – perguntou Lucy, escovando uma boneca que era quase de seu tamanho. Hermione corou levemente, e se perguntava se era tão óbvia a antipatia que nutria por Rony Weasley.

       – Sabe, Bichento adoraria ser escovado assim.

       Ignorando o comentário de Hermione a menina completou:

       - Vocês dois nem se falam... papai é legal, às vezes é meio ranzinza, mas...

       - É... muito, muito ranzinza, ele nem me deixa jogar xadrez – resmungou Ben, cruzando os braços, fingindo estar emburrado. Hermione riu, e juntou-se ao garoto em sua brincadeira de piloto de Fórmula 1.

       Lucy já não escovava a boneca, olhava Hermione e Ben brincarem, séria.

       - Você é casada, Mione?

       A cor avermelhada voltou aparecer nas maçãs do rosto de Hermione, mas ela nada falou. Então Lucy continuou:

       - Sabe, papai é viúvo e... e, e há muito tempo não namora ninguém...


 


____

- Vruuuuum... Bii Bii... CRASH! – Hermione aturdiu-se de tal maneira que nem percebeu o pequeno Ben, que insistentemente puxava-lhe a blusa para mostrar-lhe que o carrinho de Hermione havia sido jogado fora da pista. – Bati em você, você tá fora, Mione.

        - Como disse? Ah!, Sim. Eu tô fora – ela ressaltou suas palavras como se respondesse ao comentário de Lucy. Era impressão ou a menina queria jogá-la para cima do pai? Não, não. Se fosse, seria algo inútil... ridículo. Nunca se relacionaria com esse sujeito daquele tipinho, não mesmo.

        - Vamos de novo, Mione? - perguntou Ben. - Dessa vez procure dirigir com cuidado, viu! 

        O pequeno Ben havia falado com tanta graciosidade que Hermione não pode deixar de sorrir. Os olhos atentos e presos aos da morena, ele estava sério e não entendia o porquê de Hermione ter rido dele, cruzou as mãos miúdas na cintura e emburrou-se. Hermione segurou um outro riso para não magoar o grande ego do pequeno. 

 - Vem aqui, me dê um abraço – sentada, Hermione abriu os braços convidando o menino para um abraço conciliatório. Não demorou muito para que Ben desfizesse o bico. Abraçou-a, e ela o cobriu de beijos nas bochechas rosadas. – Perdoe-me, gosto muito de você sabia? Muito... muito... muito.

        - Verdade? – perguntou com os olhinhos brilhando.

        - Verdade. Gosto de você, de Lucy – a garota havia ficado quieta, olhava a cena, indiferente – e de Bichento...

        - Bichento? 

        - Sim - antecipou-se e completou: -, o meu gato.

        - Você tem um gato?

        - Sim! Eu tenho.

        - Puxa vida, mais que legal! Não é mesmo, Lucy – perguntou sorridente à irmã mais velha.

        - Eu ADOOOOORO gatos! - disse Ben, contente.

        - Por que não trouxe ele? – falou Lucy finalmente.

        - Porque este é o meu trabalho. Não poderia trazer Bichento.

        - Por que não? – indagou Lucy, curiosa.

        - É por quê?

Hermione não acreditava em que as crianças fizeram. Ficou sem jeito antes, durante e depois de terem pedido a avó permissão para Hermione trazer Bichento a Sheffield. Corou-se drasticamente e após inúmeras tentativas de desfazer tudo, desistiu, pois acabau se atrapalhando com as palavras. A sra Weasley dera consentimento. Mione agradeceu-a, sem jeito.

        - Quando o trará, querida?

        - Quando tiver um tempinho livre, na minha próxima folga, talvez.

        Molly sorriu-lhe. Hermione ficou a observá-la, era muito hábil na cozinha, em questão de segundos fatiou meia dúzia de batatas e outros legumes. Se ficasse por muito tempo naquela casa logo suas roupas não lhe serviriam mais, pensou.

...



        Ao contrário do almoço, a janta estava sendo muito agradável. Ronald Weasley não participava da refeição, o que para Hermione era um grande estímulo para manter seu bom humor inalterado. Agradeceu a sra. Wealey pela saborosa sopa que havia degustado, e foi colocar Lucy e Ben na cama.

        - Não estou com sono – reclamou o pequeno.

        - Nem eu. Quero esperar o papai chegar.

        - Não precisam dormir, ok? Esperem-no chegar, mas deitadinhos, quietinhos e quentinhos – riu-se – quando ele chegar vocês vão saber.

        - Tá bom – disse Ben – ‘noite, Mione.

        - ‘Noite – A morena beijou-o na testa e, em seguida, Lucy.
       
Apagou a luz e depois ela mesma foi arrumar-se para se deitar. Não demorou a pegar no sono. 

       Embora estivesse cansada, acordou no meio da noite, talvez estranhasse a cama, não sabia ao certo... 

       A casa estava escura e silenciosa, e ela tratou que assim ficasse. Andava na ponta dos pés, evitando fazer barulho e acordar as crianças, que acabaram pegando no sono antes de dar “boa-noite” ao pai. 

       Relapso, era a palavra que o definia, tinha filhos maravilhosos e simplesmente não dava à mínima...

       Hermione tomou um copo d’agua, e antes de subir , verificou se as portas realmente estavam trancadas. Atravessou a o corredor, mas deteve-se ao aproximar-se de um cômodo onde a penumbra vencida era pela luz do luar. 

Sentiu a brisa noturna a tocar sua pele preguiçosamente. Sentiu o cheiro da noite invadir suas narinas. Aproximou-se da janela aberta e ficou a contemplar a lua, sem perceber que não estava ali sozinha.

       Hermione ficou estática, sem ação, vê-lo... a toalha minúscula na cintura, peitoral nu e molhado. Seu coração disparou, e não demorou para que sua respiração ficasse pesada. Queria sair, precisa sair, mas suas pernas não obedeciam. Ele ria e seus olhos azuis faiscavam. Ele disse:

       - Ou fica ou sai.

________________________

Agora sim acabou, demorou, sinto mesmo, mas sempre demoro rs
mas não esqueço nunca que tenho fics em andamento, é que se eu não encontro um jeito de escrever o que eu quero eu não posto, demora até conseguir :p 

 será que disse q essa e minha primeira UA? Enfim^^

bjs beibes* 


 

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