THE FUCK ITS MINE! (LOL)

 

 Vou começar a narrar com umas notícias ruins. RUINS?! Ora essa, eu sou uma notícia ruim?! Hãã, sim. LOL ela te odeia! E você também. :(
Antes de mais perguntas, não. Não é a minha voz irritante e fofa. Primeiro: a minha voizinha favorita sumiu enquanto eu estava sendo perseguida por ursos. É, ela estava berrando algo como ''EU AVISEI PARA NÃO ROUBAR A COMIDA DELES!'' ai ela sumiu. Eu despistei os ursos e larguei a comida no chão. Eu não comia há séculos, então estava faminta. Então quando eu ia dar uma mordida naquela bela refeição uma voz masculina e adorável disse na minha cabeça ''você realemtne vai comer algo que roubou dos pobres ursos?'' ai outra totalmente diferente disse ''achado não é roubado, coma se quer sobreviver''. Moral da história: Fodeu. São duas vozes ao invés de uma. DUAS! E o pior é que eu conheço elas. De um belo sonho de uma época nem tão distante. Pessoal, eu apresento o anjinho mais diabólico do mundo EI! Isso é uma ofensa! Eu sou um cara legal! e o diabinho mais bondoso de todos COMO VOCÊ OUSA?! Ah, me poupe disso, ok? Eu tenho que agüentar vocês 24h por dia e eu não mereço ficar ouvindo chilique de duas voizinhas desprezíveis. Pegou pesado.
 Ok, outras notícias!
 Bem, eu passei por aquela maldita área enorme e vazia em... dois dias? Por ai. Fui vista por um casal de o que me pareceu mendigos, que ficaram gritando ''RAPOSA GIGANTE! O FIM ESTÁ PRÓXIMO!''... mas no final eu roubei um pacote de comida trouxa deles. Ponto para mim!
 Eu cheguei numa área rochosa que eu nunca nem ouvi falar na minha vida e eu estou com medo de ter saído da minha querida Inglaterra. Bem, desde que eu consiga uma varinha não ligo nem se eu for parar na América! Ah ia ser legal! As gangues de lá são super demais! Você e sua agressividade! Eu gostaria de ir para a Disney, tudo lá é tão sorridente e alegre! CALADOS! NÓS NÃO VAMOS PARA A AMÉRICA! Poxa... Magoei!
 Não são uns amores? Continuando...
 De acordo com os meus cálculos o outono está no fim. Ou seja, o frio está cada vez pior. E o meu único agasalho é um casaco de tricô. Tá, eu tenho a forma de raposa que é um casaco de pele ambulante, mas eu acho que se eu ficar mais um segundo na forma de uma raposa do tamanho de um pastor alemão, vou pirar. Eu só sei que estou começando a pensar como um animal. Estou perdendo a minha humanidade! Estou desevoluindo! Ok, eu estou numa situação onde preciso fazer o necessário para sobreviver, mas mesmo assim! E se eu chegar em casa e sei lá, morder a perna de alguém? Ia ser completamente fora de cogitação.
 E ainda tem mais. Eu andei pensando e me toquei que eu mal sofri pela perda do meu pai. Ok, eu explodi uma mansão, saíram uma ou duas lágrimas, mas assim que eu saí daquele lago super hiper ultra mega gelado eu nem pensei nele. Eu sinto uma vontade de chorar, de parar tudo e pelo menos sofrer a perda de meu pai por um minuto, mas não. As lágrimas não saem. Eu devo ser a pior filha do mundo! Com licença, você já parou para pensar que você está em risco de vida e isso pode ser uma simples defesa que você tem enquanto está em perigo?
  ... Não. Então? Sei lá... Talvez? 
 Epa! Ok tem uma sombra se movendo na minha direção. Mesmo odiando e correndo o risco de pirar completamente, virei a big raposa novamente. Meus olhos não paravam. Eu olhava para todos os lados, incluindo para cima. Então uma voz muito fofa. Tipo, mais fofa que a letra do Remo no segundo ano (yeah, eu ainda me lembro disso) disse:
- Quem ousa invadir o meu território?
 Não agüentei e soltei um ''Owwwwwwwwwnnn''. O dono da voz fofinha ficou irritado.
- Acha a minha voz fofa? Como ousa?!
 Parei por um minuto. Eu estava na forma de raposa. Um humano não teria entendido o que eu disse.
- Saia daí logo. - Eu disse tentando parecer confiante
 Ai uma doninha super linda saiu de trás de um arbusto. Merlin, depois do Harry bebê e da letra do Remo no segundo ano essa foi a coisinha mais linda que eu já vi na minha vida! Pera ai. Eu falei com uma doninha? Espera ai denovo. Doninhas não habitam a Inglaterra.
 Olhei para os lados nervosa procurando alguma saída além de falar com um animal. Nenhuma. Ok, vou enlouquecer, me desejem sorte!
- Você é um carinha desse tamanho e quer me intimidar? - Eu perguntei cautelosa
- Você não é uma raposa. - Ele disse
- Não, eu não sou. Onde eu estou? - Eu cortei
- Por que eu confiaria em você? - Ele disse mostrando seus pequeninos dentinhos
 Avancei perigosamente dele com um olhar feroz.
- Eu não como nada há dias. Se você não quiser virar o jantar de uma bruxa, me diga onde eu estou e onde eu encontro seres humanos.
 O bichinho estava apavorado. Coitado, traumatizei a doninha.
- N-não vamos apelar para a violência sua m-majestade!
- Me poupe disso e me diga! - Eu rosnei. Hm. Aff, ok! - Por favor? - Bem melhor.
 A doninha pareceu mais confortável com a situação. Bem, eu não sou especialista em ler a expressão de pequenos roedores, mas ela me pareceu menos apavorada.
- Sim. Hã, estamos na Inglaterra. Num rochedo em Ipswich, perto do rio. - Ele explicou
 Cheguei o mais próximo que uma raposa poderia de franzir a testa.
- E o que você faz aqui? - Perguntei
- Fugi de um zoológico. - Ele respondeu
- E o que diabos é isso? - Eu perguntei
- É um lugar onde os humanos prendem os que não são de sua espécie para nos fazer de enfeite - Ele disse com os pelos arrepiando - É um terror. Eu fugi de um em Londres, achei aqui legal e fiquei. Tem umas lontras legais aqui.
- Ok, eu não quero saber de outros animais! - Eu exclamei com o pensamento apavorante de conversar com outros não seres humanos - Onde tem pessoas?
- Bem, tem um grupo acampando há uma milha daqui. - Ele disse - Mas eles são estranhos, fazem fogo com um pedaço de madeira estranha. Eles falam umas coisas estranhas e coisas estranhas acontecem... Se eu fosse você não iria para lá.
 Madeira estranha? Coisas estranhas? Palavras estranhas? Achei o meu povo!
- Quantos são? Eles são extremamente feios? Eles usam roupas pretas? Máscaras? - Perguntei
- Epa, calma humana! - Ele disse - Eu te mostro!
 Cerrei os olhos.
- Como vou saber que não é uma armadilha? - Perguntei
- Ata, eu sou uma doninha minha senhora, o que eu poderia fazer? Morder a sua enorme ameaçadora pata cheia de garras? Não obrigado, prefiro a minha morte rápida e indolor.
 Suspirei.
- Se tiver algo de suspeito, você vira jantar. - Eu adverti
- Sim senhora - Ele disse assustado
- Senhorita - Resmunguei
- Senhorita! - Ele afirmou e começou a andar
 Ok, estou seguindo uma doninha que fugiu de um tal de zoogógilo, estou em Ipswich e sou uma raposa. Eu sabia que deveria ter seguido a carreira de curandeira!
 - Ali senhorita. - Ele sussurrou
 Mas não foi preciso de seu aviso para eu saber dos caras. Os idiotas nem fizeram feitiços de proteção! Por sorte não eram comensais. Eram seqüestradores. Eram três, mas pela quantidade de mochilas, deveria ter mais deles em algum lugar. Um deles dormia, sua varinha no bolso da capa; os outros dois discutiam sobre o por que deles estarem na área do país com menos bruxos. Para ser mais fácil era só eles me darem a varinha de presente com um bolinho de brinde.
- E então madame? - A doninha me tirou de meus pensamentos.
 Olhei para ele
- Muito bem, você acabou de salvar a minha vida e garantir que eu vou ver o meu povo novamente. - Eu disse alegremente
 A doninha me lançou um olhar esperançoso
- Não vou ser devorado? - Ele disse incrédulo
 Vamos lá! Você não come nada há dias? O que uma última refeição fará de mal? Não dê ouvidos a ele, ele só quer ver sangue! CALADOS!
- Hoje não meu caro ser vivo. - Eu respondi
- Meu Deus, obrigado! - Ele disse com aquela voz fina e fofa - Muito obrigado, você é um ser maravilhoso!
 Ai o bichinho ficou de pé nas duas patinhas e balançou as patas frontais. Foi a coisa mais linda que eu já vi.
- Estou indo, obrigado! - Ele disse e saiu correndo
 Esperei cerca de um minuto.
- Nota mental: nunca mais falar com uma doninha. - Eu disse
 Olhei para o grupo de seqüestradores novamente. Agora outro tinha entrado numa tenda e só sobraram os dois: o apagado e o acordado, que por sinal tinha o bigode mais bizonho que eu já vi na minha vida. Andei cautelosamente por trás dos arbustos. A minha sorte é que ainda estávamos no outono, então tudo estava laranja e marrom. O pelo das raposas é laranja. Ponto para mim! Estou camuflada!
 Cheguei ao lado do sujeito. Ele roncava e fedia. Você está há meses sem tomar banho. NÃO CORTA O MEU BARATO! Tá, ele era feio, isso serve? Você já se olhou no espelho? Ignora-o e vai salvar a sua vida, ok? Eu não sou feia! Cara, se você soubesse quantas pessoas já pediram para eu ser modelo... Trouxas e bruxos. OK VAI PEGAR A VARINHA AGORA! Argh, ok.
 Passei por dentro do arbusto tentando fazer o mínimo de barulho o possível, mas ventava muito, então não dava para ouvir nada de forma nenhuma. Então pus a minha cara para fora do arbusto. A varinha estava há centímetros de mim. Me estiquei e peguei ela com os dentes. A puxei para dentro do arbusto. THE FUCK ITS MINE! MUAHAHAHAHAHAHAHAHA ta parei.
 Recuei mais alguns passos e saí da planta. Ai o cara acordou. G-E-N-I-A-L. Foi a minha deixa para sair correndo com a parada na minha boca.  Ouvi gritos, mas continuei correndo. Quando parei nem os gritos eram possíveis ouvir. Com a minha audição e meu olfato apurados eu tentei localizar alguém. Ninguém, hora de voltar a ser gente e dar o fora daqui.
 Larguei a varinha no chão e me transformei de volta. Então a peguei no chão e a girei. Reconheci a madeira como cedro. Ela era leve demais, não se encaixava bem na minha mão, muito flexível. Mas era a única forma de eu talvez voltar a ver algum amigo.
 Estava escurecendo, era agora ou nunca. Mas... Para onde? Eu preciso de um lugar onde sempre tenha alguém, um lugar onde eu sei que vão me receber, um lugar onde não tem a chance de eu ficar duas horas tocando a campainha.
 A Toca.
 Eu poderia ir para a casa da minha mãe, para a de Remo, para a de Sirius, para a casa de meus primos... Mas essa me parecia a melhor opção. Concentrei-me no ponto em que o feitiço de proteção acabava e aparatei.
 A sensação familiar de estar sendo transportado por dentro de uma mangueira e... Uma dor gigantesca no meu braço. Então o chão tocou meus pés.
 Olhei para meu braço direito. O casaco estava coberto de sangue. Não era um machucadinho. Eu estrunchei. Genial. Pera aí, cadê o chão? Tonteira, tonteira, tonteira. Recuperei o equilíbrio e pressionei o meu braço com força. Então comecei a andar na direção da colina vazia que estava na minha frente.
 Após alguns passos A Toca ficou visível, já que eu ultrapassei os limites dos feitiços de proteção, mas a minha visão estava ficando embaçada. Eu estava perdendo muito sangue e muito rápido. Eu não sei que parte de mim eu deixei em Ipswich, mas pela velocidade que o meu casaco verde ficava vinho, deve ter sido toda a pele de meu antebraço ou coisa pior.
 Cambaleando, cheguei à porta. Havia luzes acesas lá dentro, porém as cortinas estavam fechadas. Larguei meu braço ferido e bati na porta com o máximo de força que eu pude encontrar. Ouvi alguém perguntar quem era. Mas antes que eu pudesse abrir a boca para dizer algo, desabei no chão. A última visão que tive antes de desmaiar foi um vulto na porta.

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 (n/a: AEEEEEEEEEEEEE! Tentei deixar as coisas mais leves por causa da grande quantidade de drama. O título foi cômico, não? Adorei. Bem estou com sono, bye ;)

 

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