A vida na mata

 

  n/a: LOL o  título rimou com Hakunamatata :D

 

 
  

 

 

 Vou dar uma dica para o futuro: se você for seqüestrada pro comensais, torturada, seu pai morrer na sua frente, ser humilhada, explodir tudo e se jogar NA PORRA DE UM LAGO GELADO e ter que ir para casa a pé like a fox; tenha uma varinha á mão ou um kit de acampamento. Ou uma faca! Ou alguma fonte de fogo! Ficará tudo bem mais fácil para você.
 Eu perdi a noção do tempo. Não sei se estou tentando chegar em casa há uma semana ou um mês. Eu tenho estado na forma de raposa quase o tempo todo. É mais prático viver sobre quatro patas. Ser uma raposa tamanho família é bem mais ameaçador do que uma humana desnutrida e suja de lama. Tenho caçado pequenos animais para me alimentar. Lebres, pássaros, um texugo de vez em quando... Um dia achei um cervo e quase o matei, mas não tive coragem. Não seria justo com o espírito de James. Durmo (quando durmo) entre árvores e arbustos. Tento beber o máximo de água o possível. Já devo ter todo o tipo de verme dentro de mim, mas eu cuido disso depois.
 Sempre que eu tinha tempo (isso significa- sempre que eu não estou fugindo de seres maiores que eu, caçando, procurando água, me aquecendo ao fogo ou fugindo de um inseto gigante) eu tentava entrar em contato com Remo pelo colar. Mas não. O feitiço tinha acabado. Eu não entendia como. Avery pisou no pingente, como uma pisada pode ter quebrado um feitiço? Falando nisso, Avery deve ter muita raiva de mim mesmo. Ele destruiu o meu pingente! Eu AMO o pingente. Eu me sinto segura com ele. Como se Remo estivesse ao meu lado, segurando minha mão. Mas agora eu me sinto mais vulnerável do que um bebê. A dobradiça que junta uma parte com a outra está moldada num ângulo estranho e a área onde antes era o focinho do lobo está amassado. Por sorte as esmeraldas que ficavam do lugar dos olhinhos continuavam ali. Eu guardava aquele colar com mais cuidado do que me escondia. Se eu o perdesse... Acho que eu seria capaz de voltar até a mansão comensal só para achá-lo.
 O pior é que eu sei por que eu estou tão obsessiva com o colar. Saudades. Saudades de Remo. E angústia pela última vez que nós nos falamos. A forma com que ele me tratou... Mas ele se desculpou quando viu que tinha te magoado Eu não te entendo voz. Você não o odiava? Eu? Não, eu odeio a voz dele. Ela ficava me enchendo quando nós tínhamos outros chefes, então eu tento te afastar do Lupin. Mas ninguém pode negar que vocês formam o casal mais lindo do mundo. Formávamos você quer dizer. Ele mesmo se deu o trabalho de deixar bem claro que nós não éramos nada. Julieta não seja tão teimosa! Você o irritou e ele acabou falando coisas da boca para fora. Ele te ama, July. Voz, para. Eu posso tê-lo irritado, mas não foi a minha intenção. Eu só queria aquela vadia o mais longe dele o possível. Ele não percebeu que aquilo em outras palavras era '' destruirei todas que chegarem perto de você, por que eu te amo, preciso de você e te quero só para mim. Agora quer fazer o favor de me beijar?''. Mas ele é muito teimoso para perceber que alguém pode amá-lo. Ele nem deve ter notado a minha falta. Deve estar se agarrando com a Tonks agora. A senhorita só se esqueceu que ele tentou te ligar pelo colar, que ele te ama e que ninguém em sã consciência trocaria você pela Tonks. ... E então? Eu não te devo uma resposta! Ela sabe que eu to certa... CALADA! 
 É maravilhosamente lindo, não? Eu aqui lutando pela vida enquanto a minha voz fica me irri...
- ... Ande mais rápido! - Uma voz grossa disse grosseiramente alguns metros a minha frente
 Meu sangue paralisou. Eu não reconheci a voz, mas eu sabia que se me visse isso significaria problemas (mesmo eu estando transformada). Andei sorrateiramente até atrás de um arbusto. Olhei por entre as folhas. Um grupo de homens estava aparecendo por trás de uma curva na trilha. Deviam ter entre 20 e 40 anos, eram feios, muito feios, muito feios mesmo Eles já entenderam Giucci Tá, mas eles são horríveis! Dane-se a aparência, continua narrando! Grosseira! Ok, eles eram uns 6, usavam roupas sujas de terra e arrastavam alguém com eles. Era um... Duende? Sim, era um duende. O coitado estava amarrado o todo cheio de hematomas. Olhei para o grupo mais atentamente. Não eram comensais. Comensais são emos sexualmente reprimidos que só usam roupas pretas e máscaras. Eles estavam usando roupas bruxas normais e sujas, rostos descobertos e feios, sem contar que não tinham aquela pose '' eu sou o mais fodão'' dos comensais. Eram seqüestradores.
- Você não manda em mim. - Um deles rugiu - Eu ando no ritmo que eu bem entender.
 Ai um deles, o que estava na frente, parou de andar, o que fez o grupo todo bater um no outro. Ai o mesmo cara que parou se virou com a expressão enfurecida.
- Eu sou o líder. Respeite-me! Se nós nos atrasarmos nós podemos acabar sendo mortos. Agora ANDANDO!
 Fiquei olhando atentamente para eles enquanto andavam. O duende olhava de um lado para o outro até que o nosso olhar se cruzou. A criatura arregalou os olhos e, com uma expressão irritada voltou a olhar para frente. Eu sabia que os duendes podiam ver através dos feitiços, mas será que ele... me viu? Tá, isso foi retórico, o que eu quis dizer é que será que eles realmente vêem? Olhei para o grupo que se afastava. Se esse fosse um dos livros de ação que eu leio eu iria até lá, salvaria o duende e ainda daria uma boa porrada nos seqüestradores. Mas essa é a vida real.
 O grupo desapareceu por trás de uma curva. Eu andei até a trilha e olhei para direção em que eles acabaram de vir.
''Desculpe amiguinho'' - Pensei a comecei a andar
 Eu não sei por quanto tempo - umas duas horas talvez - até que eu cheguei na orla da floresta. Uma área enorme e deserta, com apenas uma fazenda aparentemente abandonada para enfeitar a visão. Sem pensar duas vezes comecei a correr naquela direção. De acordo com meus cálculos ficava há um quilômetro e deve haver algo comestível lá, não?
 Chegando lá foi bem fácil. Pula a cerca, vira gente de novo, arromba a porta (essa parte foi legal, descontei a minha raiva de mim mesma numa porta :D), entra na casa, desvia das teias de aranha, chuta um rato para longe (medo), vira raposa novamente, tenta farejar comida, acaba sem nada, vira gente de novo, vai para o quintal, acha um belo riacho que passava ao lado, raposa novamente, bebe o máximo que consegue, e saí de lá alegre.
 Você deve estar pensando ''Você acabou de sair de uma casa abandonada, imunda e cheia de ratos; não acha comida, só bebe um pouco de água e está feliz?'' Bem, sim. Eu posso sobreviver meses sem comida, mas sem água não. E chutar aquela porta foi muito legal! Bem o fato é que eu estou enlouquecendo pela falta de pessoas ao meu redor e estou achando legal chutar as coisas! PRONTO! EU DISSE! Feliz? ...Você está falando comigo? Não, voz, eu estou delirando, ME DEIXE DELIRAR EM PAZ! Epa, calma! Ok, eu deixo, bom delírio! Obrigada. ... Acho que eu estou mesmo delirando. 
 Bem, após isso eu saí da área da casa e fui andando na direção contrária da que eu vim. O faro da raposa pode não ser o melhor do mundo animal, mas é muito bom e eu sinto cheiro de civilização e vem daquela direção.


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 n/a: Oi! Desculpem pela demora... E pelo micro capítulo. A demora. Bem, eu estava esperando por comentários como eu sempre faço (vocês não percebem por que vocês comentam na velocidade da luz. Eu amo isso!) e depois, eu consegui alguém para fazer uma capa para a primeira fic, ai eu fiquei pesquisando fotos por UM SÉCULO. A inspiração não era a das melhores, então... É isso!
 Ah sim, tem mais uma coisa: O drama. Eu, particularmente odeio drama. Acho que fica muito repetitivo e blábláblá, mas então eu comecei a ler outras fics e vi que o que o povo gosta é o drama, até por que, o drama é algo muito comum na vida. Eu peço desculpas pela grande quantidade de drama, mas ainda temos uns... quatro capítulos dramáticos. Eu também não gosto, mas eu já repassei tantas vezes esses capítulos na minha cabeça que eu nem tenho a coragem de mudar.
 Até mais ^^

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