Sequestrada



 


  


 


 


 


 

 Acordei com uma dor agonizante. Era como se eu fosse perfurada no corpo inteiro por milhares de pedaços de aço flamejantes. Soltei um berro. Ouvi risadas e a dor parou. Respirei ofegante e abri os olhos. Eu estava numa espécie de... Mansão? Bem, era uma sala bem chique, tirando a quantidade de comensais que estavam por lá, me olhando e rindo. Deveriam ser uns vinte. Era um aposento lindo. Paredes de mármore, grandes janelas, que iam do chão ao teto com enormes cortinas; dava para ver uma floresta por elas. Quadros de pessoas que olhavam reprovadoras para a situação estavam pendurados nas paredes. Estátuas de mulheres estavam destribuídas nos quatro cantos da sala. Então olhei para cima. Eu estava amarrada pelas mãos em uma estrutura bruta que não deveria fazer parte do cômodo. Então uma mão virou o meu rosto agressivamente. Avery. Ele estava com um sorriso desdenhoso no rosto de feições brutas. Ele até poderia ser atraente... Se fizesse uma plástica.
- A mestiça acordou! - Ele disse divertidamente - Já não era hora, não? Três dias.
 Ouvi alguns risos maliciosos vindos da multidão comensal. Fechei a cara.
- Vejo que tem se divertido. - Eu rugi
- Você está amarrada e desarmada. Eu tenho uma bela varinha nas mãos e meus colegas ao meu lado. Tem como não se divertir com isso? - Avery disse sorrindo
- O que você quer? - Perguntei grosseiramente
- Informações. - Ele respondeu com simplicidade - Mas o Lorde das Trevas disse que eu estou autorizado a me divertir com você. E você não sabe por quantos anos eu quis torturá-la até a loucura. - Ele completou com um olhar meio malicioso, meio maníaco.
 Eu soltei uma risada.
- Informações? - Eu disse desdenhosa - O senhor sabe muito bem que eu não sou uma traidora. Matem-me, mas eu não vou dizer nada a não ser o quanto vocês são ridículos.
 Alguns murmúrios irritados do grupo que nos circundava.
- Você está indefesa, se fosse você seria mais respeitosa - Ele disse irritado
- Corrigindo: Eu estou indefesa, vou morrer de qualquer jeito. Pelo menos vou me divertir vendo a expressão de babaca que vocês fazem quando eu digo Voldemort. - Eu disse divertida
 Deu certo. Eles fizeram a expressão de babaca. Adoro essa expressão mano. Mas então Avery me deu um tapa. Merda, doeu. Covarde dos infernos.
- Respeite o Lorde das Trevas, mestiça. - Ele vociferou
 Eu olhei para ele. Cuspi na sua cara.
- Não, mas obrigada por oferecer - Eu disse
- Isso já tá cansando, Avery - Um comensal rugiu. Era Rookwood - Torture-a, mate-a, tanto faz. Só faça logo.
 Olhei em volta divertidamente.
- Ora Avery, por que tantos comparsas? O seu chefinho sem nariz sabe que eu te derrotei uma quinze vezes em duelos e quis ter certeza que eu não iria escapar? - Eu perguntei sorrindo
 Avery ficou com uma expressão assassina e me deu outro tapa.
- Crucio - Ele disse
 A dor novamente. Mordi minha língua para não gritar. Ela sangrou. Não agüentei e soltei um grito. Ele parou e levantou o meu rosto para ficar bem próximo ao seu.
- Tem certeza que você não vai falar nada? - Ele disse com um olhar maníaco
 Eu o encarei friamente
- Você sabe a resposta. - Eu disse com a voz fraca
- Ótimo. - Ele disse entre os dentes então largou meu rosto - Crucio.
Dor, dor e dor. Dessa vez foi ainda pior. Eu agüentei para não gritar, mas soltei um gemido estrangulado.
- Nada ainda? - Avery perguntou fazendo a dor parar
Eu estava suando frio, minha cabeça latejava. Mas eu olhei para ele e balancei a cabeça negativamente.
- Bem, então vamos nos livrar de dois em um dia! - Ele disse alegremente - Tragam o lobisomem!
 Meu sangue gelou. O lobisomem pode representar três pessoas: meu pai, Remo ou Greyback. Com todas as opções, a minha coragem resolveu dar uma volta no bosque.
 Então dois comensais apareceram empurrando um homem. Alto, levemente careca, cicatrizes finas no rosto levemente enrugado, sujo de poeira e terra, várias feridas abertas... Pai.
 Ele estava com as mãos atadas às costas. Os comensais o ajoelharam e puseram a varinha em seu pescoço. Meu pai deu um olhar indignado á eles e me olhou.
- Oi filha. - Ele disse tristemente
 Fiquei desesperada. Eu queria achar minha varinha e aparatar para um lugar feliz, levando meu pai junto. Mas eu estava desarmada e amarrada; sem contar que havia vários comensais nos circulando.
- Solte-o. - Eu pedi - Por favor, faça o que quiser comigo, mas solte-o! 
 Os comensais riram.
- Bem vamos começar! - Avery anunciou - Onde está Potter? A Ordem está o protegendo, certo?
- Não vou dizer nada a você. - Eu rugi
- Que pena. Crucio - Ele disse apontando a varinha para meu pai, que ficou calado, mas com uma expressão de dor profunda.
- Pare com isso. - Eu pedi
- Quantos vocês são? - Avery perguntou
- Não é da sua conta. - Eu rugi
- Crucio. - Ele disse novamente apontando meu pai, que desta vez soltou um gemido estrangulado.
- Ora vamos! Ele é um homem de 68 anos! E eu sou uma mulher! Vocês não tem nem um pingo de cavalheirismo? - Eu exclamei
 Avery ignorou o comentário.
- Onde é a sede? - Ele perguntou
- EU NÃO VOU RESPONDER NENHUMA DA SUAS MALDITAS PERGUNTAS, ENTENDEU?! - Eu gritei tentando parecer mais confiante do que realmente estava.
- Muito bem, mate o velho. - Avery disse dando os ombros
- NÃO! - Eu gritei apavorada - Por favor, NÃO!
 Um dos comensais que o segurava pegou a varinha. O tempo passava em câmera lenta. Os lábios do comensal começaram a se mexer na primeira palavra da maldição. Meu pai me lançou um olhar triste.
- Me deixe orgulhoso. - Ele disse
- Avada Kedrava!
- NÃO! - Eu berrei fechando os olhos
 Quando os abri novamente meu pai estava caído no chão e o comensal sorria. Lágrimas correram por meu rosto. Avery se aproximou de mim sorrindo.
- Perdeu o papai, foi? - Ele provocou. Então ele olhou para meu pescoço com malícia e pegou meu colar. - Ora ora ora... Foi o Lupin que te deu, não?
 Eu fiquei olhando para ele furiosa. Esse homem vai morrer em minhas mãos, guarde minhas palavras. Ele não tem amor à vida. Mata meu pai na minha frente e ainda tema coragem de debochar do colar. Ninguém toca no colar.
- Tsc tsc. Se eu fosse você seria educada e responderia, Giucci. - Ele disse arrancando o colar de mim.
 Então Avery o jogou no chão e pisou nele.
- Agora eu acho que devo matar você. - Ele disse
 Mas eu praticamente não ouvi aquilo. Uma fúria gigantesca estava despertando dentro de mim. Uma fúria maior do que meu orgulho. Uma fúria maior do que meus sentimentos por Remo. O vidro das janelas explodiu. As paredes racharam. Os móveis se incendiaram. Os comensais gritaram e se viraram para se proteger dos pedaços de vidro que caiam. Senti as cordas que me amarravam se soltarem. Era minha única chance.
 Corri na direção da janela. Parei para pegar meu colar com pingente amassado no caminho e botá-lo no bolso, é claro. Cheguei lá e olhei para baixo. Wow. Eu deveria estar no terceiro andar da mansão e tem um lago gigante embaixo de mim. Que tipo de animal tem um lago circundando a casa?! Ouvi os gritos de Avery e um feitiço bateu na parede ao meu lado. Não pensei duas vezes e pulei.
 O vento batia em mim enquanto eu caía. Então uma imensidão negra e gelada involveu meu corpo. Fui afundando até um certo ponto, então comecei a nadar. De cima o lago não parecia muito grande, mas era. A minha sorte é que eu já namorei com Remo Lupin. E bem... Não tem como eu ter passado por isso ser ganhar de brinde um ótimo fôlego.
 Coemcei a nadar. Feitiços cortavam a água em volta de mim, mas nenhum me acertou. Então minhas mãos tocaram a lama da borda. Eu emergi ofegante e saí daquele lago gelado. Ouvi gritos e um feitiço bateu no chão ao meu lado. Eu saí correndo e adentrei a floresta. Eu estava congelando e sem ar, mas corri até uma distância segura - um quilômetro? Por ai - Então sentei na base de uma árvore para recuperar o fôlego.
 Tinha acontecido tudo tão rápido. Dor, pai, perde pai, explode tudo, pegua colar, pula no lago, corre como uma desgraçada. Então olhei para mim mesma. Minhas roupas (encharcadas por sinal) estavam sujas com rasgos. Eu tinha um casaco, uma blusa e uma calça jeans, além de botas de caminhada. Pus minhas mãos nos bolsos. O que eu achei era depressivo: meu colar pisado, um batom, uns dois galeões e um desenho amassado. Genial! Como eu vou sobreviver agora? Minha varinha foi tomada pelos comensais, eu não tenho nada para me defender, nenhuma fonte de alimento, nenhuma fonte de comunicação. Genial! Vou morrer.
 Então meu colar tremeu. O colar! Eu tinha me esquecido completamente dele! Epa, epa, epa! É o Lupin! Aquele que te magoou, lembra? Sim, voz, mas pelo menos eu não vou morrer, certo? Abri o pingente. Uma luz azul brilhou para fora dele. Eu pude ver o rosto de Remo se formando, então a luz piscou e apagou.
- Não, não, não! Volta luz, volta! - Eu resmunguei abrindo e fechando o pingente.
 Nada. Bem, ele soltou fumaça na minha cara, mas tirando isso, nada. Enfiei as coisas de volta no bolso. Sequei o rosto no casaco. Não deu muito certo, já que o casaco também estava molhado, mas diminuiu um pouco. Então me transformei na enorme raposa de sempre e comecei a andar pela floresta.
 Eu ia voltar para casa, isso já estava determinado.


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n/a: Hey! Eu acho que não expressei os sentimentos guiccianos muito bem nesse cap., mas digamos que ela estava bem... Arrasada? É, por aí. Ok, até logo :P


 

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Comentários (4)

  • Julieta Giucci

    >.<

    2012-01-24
  • Makenna Lestrange

    Estam mortas ou as outras autoras sequestraram elas ( e estão sendo torturadas por não falar qual seu segredo de escrever tão bem ponha Imaginação) kkkkkkkkkkkkkkk

    2012-01-24
  • Julieta Giucci

    Muito obrigada ^^ Um sonho com ela? Oh yeah! Estou invadindo a mente das pessoas! Meu plano para dominar o mundo está entreando em ação! Só preciso dos coelhinhos agora... Ops. Bem, voce não leu nada! Não, mas é serio, kuito obrigada. SEraula das escritoras de alguém é maravilhoso *-*Os personagens mandam recadinhos >.<Giucci: Bem... É. Valeu pela força. E sim, eu sou foda ^^ (n/a: ela não é um amor? Próximo.)Remo: Hãã? Como assim salva-lá? Sirius: O.O James: É nois! Quando o meu filho acabar com ele a gente vai lá ok?Lily: Hm. --'' Lembrando que ninguém sabe que a Giucestofo seqüestrada. Remo tinha acabado de notar que ela estava desaparecida a dias e tentouoligarquia para ela via relogio, mas como voce viu^^Valeu pelo comentário, as outras leitoras tão sumidas desde anteontem. Será que elas morreram O.O?? 

    2012-01-24
  • Makenna Lestrange

    Quando li o nome do capítulo fiquei tipo assim :T quando terminei de ler fiquei assim : O.O' , Julieta sua fic é muito perfeita garota, suspense, drama, romance, comédia, garota você me mata de rir as vezes, eu tive até um sonho com a Giucci, é sério. Você e a Jubs são minhas escritoras favoritas  da Potterish, não é a toa né ? Vocês duas são extremamentes perfeitas ! Ok recadinho para meus lindos personagens que me responderam eles são muito diwõs *-*. Giucci:  CARACA MANOLO TU FOI SEQUESTRADA E SAIU VIVA ? TU É MUITO FODA GAROTA, mas ainda estou chorando pelo seu pai minha Julieta. Conte comigo. ^^ Remo:  ONDE VOCÊ ESTAVA QUE NÃO SALVOU A JULIETA, LOBINHO ? Sirius: Ai meu amorzinho, que dia vai ser nosso casório ? James: Entendo ele é muito confuso né ?  DAR UM CHUTE NA BUNDA DO TIO VOLDY ? TO COM VOCÊ. Lily: É estar morta deve ser bem ruim...hm Bom é isso, beijos para minha autora favorita.                                                                              Kisses Grifanos(as).

    2012-01-24
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