A ameaça tem cabelo rosa

n/a: Primeiro eu queria dizer obrigada pelos comentários. Vocês estão no meu coração leitores :3)

 Abri os olhos. Luz novamente. Droga de seres humanos que põem luzes fortes no meu olho! Abri os olhos novamente enquanto a imagem ganhava nitidez. Eu estava num quarto no St. Mungus. Eu reconhecia as paredes verde-limão e as cortinas brancas que serviam para separar um paciente do outro. Sentei-me coçando os olhos. Olhei para os lados. Remo estava sentado numa cadeira ao lado da minha cama, com a cabeça entre os braços cruzados em cima da mesa de cabeceira. Por um alucinante momento achei que ele estava chorando, então percebi que estava cochilando. Ri internamente quando ele soltou um ronco leve. Estiquei a mão e cutuquei seu braço. Remo acordou instantaneamente.
- Bom dia Bela Adormecida - Sorri
- Digo o mesmo. - Ele comentou coçando os olhos.
 Então ele me olhou seriamente.
- Julieta, por que sempre que eu perco você de vista por mais de dez minutos você vai me aparecer no hospital?
 Eu ri
- Como se sente? - Ele perguntou
- Como se eu não me mexesse há dias - Disse me espreguiçando - Há quanto tempo eu estou aqui?
- Dois dias, sem contar o dia do confronto no ministério. - Ele explicou com um leve ar de tédio
- E há quanto tempo você está aqui? - Perguntei
- Dois dias com algumas pausas. - Ele sorriu
- Por isso que eu gosto de vir para o hospital. Você fica plantado aqui até eu sair. - Eu comentei
- Pelo amor de Merlin Julieta! Se quiser a minha companhia me chame! Ir para o hospital desacordada não é uma forma muito legal de me manter por perto, sabe? - Ele disse seriamente
- Você não pode negar que é uma boa forma. - Eu provoquei
- Você me deixou preocupado. - Ele disse simplesmente
 Peguei sua mão e a beijei
- Desculpe. - Sussurrei
 Ele apertou a minha mão e sorriu.
- Tudo bem. - Ele disse - Você tem alguma noção do que aconteceu?
 Neguei com a cabeça e ele começou a explicar que eu tinha acertado Bellatrix e blábláblá. Eu ouvi a história novamente. Eu sabia o que aconteceu, mas se eu dissesse que me encontrei com James Potter na estação de Kings Cross branca e ele me disse tudo, provavelmente Remo me mandaria para aqueles hospitais trouxas para loucos, como se chama mesmo? Gospicio? Algo assim.
- E o que aconteceu depois? - Perguntei
- Harry ficou furioso e saiu correndo atrás de Bellatrix. - Ele disse - Então Voldemort apareceu, Dumbledore duelou com ele e no final os aurores chegaram junto com o ministro. Fudge viu Voldemort. A guerra está declarada abertamente no momento. - Remo soltou um suspiro cansado - Sirius é que teve problemas. Foi apanhado.
- E-ele voltou para Azkaban? - Gaguejei
- Não. Ele está no julgamento agora.
- E por que diabos você não está com ele?! - Eu perguntei incrédula
- Bem, primeiro, eu tentei ir com ele ontem e não me deixaram entrar. Segundo, Dumbledore está com ele. E terceiro você está no hospital. Sirius entendeu perfeitamente.
- E como ele está? - Perguntei ignorando as minhas bochechas que aqueceram quando ele falou de mim
- Eternamente grato por você ter salvado a vida dele. - Remo disse com simplicidade 
- Eu não fiz nada... - Resmunguei - Sirius deveria agradecer ao Avery e ao Lestrange. Eles que salvaram a vida dele
- Acho que Sirius não vai ficar mais feliz se ouvir isso. - Ele comentou
- Provavelmente não. - Sorri
- Bem, vou chamar a curandeira. - Disse Remo se levantando
- Até mais. - Sorri
- Até mais. - Ele respondeu saindo do aposento

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 Caro exemplar de Homo sapiens que está lendo isso neste momento eu tenho uma coisa MUITO importante para informar. Sirius Black. Sabe aquele cachorro sem-vergonha? Pois é... Ele está livre. Tá eu vou parar de ser tão insensível: YAY IUUUUUUUUUUUUUUUUUUUPIIIIII! UHUUUUUUUUUUUL! RIARIARIARIARIA! Tá parei. Bem, acabou que Dumbledore explicou tudo para o povo do Ministério e com certa retulância... Ele está livre. E mais famoso que o normal, por que agora ele e Voldemort ficam disputando a primeira página de tudo que é jornal. Mas Sirius ganha por que até os jornais trouxas falam dele. É claro que ele está extremamente feliz e como Remo disse ''eternamente grato'' a mim, e se nega a acreditar que eu não fiz nada. Tudo bem. Já estava na hora dele demonstrar mais respeito mesmo... Bem, continuando...
 Eu saí do St. Mungus um dia depois. Com a guerra abertamente exposta, ficou perigoso até sair de casa sozinha. Agora Harry é chamado de O Eleito. Sirius estava comprando uma casa no momento (ele não agüentou ficar na antiga sede nem por um dia). O Largo Grimmauld 12 estava sendo abandonado aos poucos pelos membros da Ordem. O fato é que precisamos de uma nova sede por que agora que os comensais sabem que Sirius está conosco, eles podem invadi-la. Sabe, Bellatrix pode entrar lá. Eu ofereci minha casa como sede: ela é grande e eu sou solitária. Mas eles acharam melhor não. Moral da história: a casa continua grande e eu continuo solitária :(.
 Bem, Dumbledore convocou uma última reunião da Ordem na antiga sede. Cheguei lá bem na hora (pontualidade britânica, essa arte eu domino).
- Muito bem, como sabem a guerra está exposta. Todos vocês devem se lembrar do massacre que foi a primeira guerra. Não vou esconder nada de vocês, será ainda pior. Voldemort tem mais seguidores, há mais espiões no Ministério... - Dumbledore começou - Mais nós também estamos mais fortes. Nosso número cresceu muito desde a última guerra. Alguns que estão aqui podem confirmar, não? Nós éramos menos e a maior parte era jovem e com pouca experiênica em magia, sem ofensas, é claro. - Ele acrescentou com um sorriso - Mas agora somos pelo menos o dobro do tamanho e todos aqui tem uma boa experiência. É claro que devemos tomar muito cuidado. Comensais da Morte não precisam de motivo para matá-los ou sequestrá-los. Tentem evitar sair de casa sozinhos e mantenham-se unidos. A união é uma das nossas maiores vantagens. Não briguem, não discutam. Mantenham-se em paz o maior tempo o possível. Muito bem, as missões...
 E ai ele começou a distribuir missões. Eu (graças aos céus) continuo fazendo rondas na Travessa do Tranco. Agora, eu só queria saber por que diabos Dumbledore ficou falando para a gente ficar amiguinhos uns dos outros. Tipo, nós já não somos amigos o suficiente? Mano, sou só eu que acho que Dumbledore sabe de muito mais coisa que aparenta saber? Tá, a distribuição de missões acabou com ele dizendo que Remo iria conviver com seus colegas de raça para descobrir se Voldemort usará lobisomens novamente. Lembrete: os parceiros de raça de Remo são animais imundos, sanguinários e eles me dão medo. Não como os alunos me dão medo, eles me dão medo de verdade, as vezes tenho pesadelos com eles.
- Bem, agora eu gostaria de avisar que talvez demore um bom tempo até que nos encontremos novamente. A procura por uma nova sede procura, se acharem alguma avisem, por favor. - Dumbledore continuou - Bem, até mais
 Ai veio veio a lotação de seres humanos querendo sair da cozinha.Depois de um tempo eu consegui sair (por último --´). Já que eu provavelmente nunca voltaria para o Largo, fui pegar os meus poucos pertences que deveriam estar no quarto. Acertei. Um casaco, uns desenhos, umas anotações e um brinco sem par. Imaginando que Monstro roubou um de meus brincos, desci as escadas . Me lembrei que talvez houvesse algo no escritório e fui lá checar.
 Foi o maior erro da minha vida. Pois lá no centro do quarto, Remo Lupin e Ninfadora Tonks estavam se beijando. Tive vontade de berrar, explodir alguma coisa ou sei lá. Mas eu simplismente recuei e desci as escadas para ir embora daquele lugar. Meus olhos já ardiam com lágrimas, eu estava tremendo, mas continuei andando. Sirius estava abrindo a porta quando eu cheguei no térreo.
- Giucci? O que...
 Não ouvi o resto. Me esgueirei pela porta e saí do apartamento, já aparatando. Quando cheguei na porta da minha casa dus lágrimas já estavam rolando pelo meu rosto. Abri a porta agressivamente e a tranquei. Acendi a luz e joguei as minhas coisas no chão. Andei até um dos armários da sala e o abri com um solavanco. Peguei a primeira garrafa que achei e a abri. Dei um gole enorme no que me pareceu whisky de fogo. Deixei as lágrimas correrem livremente. Eu tinha metade do meu coração arrancado naquela noite. Tudo graças a uma vadiazinha de cabelos coloridos.

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