Entrada para a câmara
-Jorge... Mas como assim? - Rony disse baixinho a Harry. Não estava acreditando que seu irmão havia sido levado.
-James também foi levado... Temos que resgatá-lo, vamos atrás do Lockhart.
-Mas a McGonagall deve estar lá avisando-o que ele tem que resgatar os meninos, não acha? - Rony tinha razão. Não havia nenhum meio legal de se passar pela McGonagall. Mas havia um meio ilegal.
-Temos a capa de invisibilidade do meu pai! - Harry sugeriu. Ele e Rony então foram rápido até o dormitório e saíram de lá quando já não havia mais ninguém na sala comunal. Foram até a sala de Lockhart cobertos pela capa e viram Minerva saindo dali. Esperaram-na passar, tiraram a capa e atravessaram a sala falando.
-Lockhart pode ser imprestável, mas ele vai tentar entrar na câmara. Podemos contar a ele o que sabemos. - Harry disse subindo as escadas.
-Professor, nós temos algumas informações para o senhor. - Disse Rony, abrindo a porta. Viram Lockhart fazendo as malas.
-Está indo a algum lugar? - Harry o questionou.
-Hã... Chamado urgente, não pude ignorar, tenho que partir!
-Mas e os nossos irmãos? - Rony disse, um tanto nervoso.
-Realmente uma coisa triste, ninguém lamenta mais do que eu. - Ele disse, agora apressando a fala.
-Mas e as coisas incríveis que fez? - Harry disse. - Suas aventuras nos seus livros?
-Meu caro rapaz, tente usar o bom-senso! Meus livros não venderiam nem a metade se as pessoas não acreditassem que eu havia feito tudo aquilo!
-O senhor é uma fraude. Está levando crédito pelo que outros bruxos fizeram. - Harry disse, agora em tom ameaçador.
-Pelo menos sabe fazer alguma coisa? - Rony perguntou.
-Sim, já que perguntou. Sou muito bom com feitiços de memória. De outra forma, já teriam me desmascarado.
Os dois meninos estavam bravos com o professor por ter enganado a todos, mas a preocupação relativa a seus irmão não passara.
-Já que vocês descobriram meu segredo... - Disse Lockhart, puxando a varinha tentando não ser notado. - Precisarei fazer o mesmo com vocês! - Ele agora apontava a varinha para os meninos, mas os dois já empunhavam as suas na direção do professor.
-É melhor nem pensar nisso. - Harry disse, gesticulando com a outra mão para o professor descer as escadas. Os dois o conduziram até o banheiro da Murta Que Geme. E lá, Harry começou a perguntar algumas coisas para Murta.
-Olá meninos, o que querem? - Murta disse.
-Quero saber como você morreu. - Harry indagou.
-Ah, foi pavoroso... - Ela parecia realmente animada com essa indagação. - Eu vim correndo para este banheiro pois Olivia Hornby estava caçoando de meus óculos. Entrei naquela cabine - Ela apontou uma das cabines. - E comecei a chorar. Então... Eu ouvi uma voz. Alguém entrou no banheiro também, e falava uma língua diferente. Mas eu notei que era um garoto. Abri a porta para o mandar ir embora e... Morri.
-Foi só isso? Não aconteceu mais nada? - Rony perguntou.
-Eu só me lembro de ver dois olhos bem grandes e amarelos. Bem ali, perto da pia. - E dito isso, ela sobrevoou as cabines e sentou-se na janela.
Harry andou em direção a pia, observou-a com calma, e tentou abrir uma das bicas. Mas não saía água dali. Então ele notou que havia uma pequena cobra gravada na bica.
-É isso, essa é a entrada pra câmara. - Harry concluiu.
-Harry, diz alguma coisa em língua de cobra! - Rony sugeriu.
-"Abra". - Harry disse, e as pias começaram a se separar. Uma delas começou a descer, crinado uma espécie de entrada. A câmara havia sido aberta.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!