Capitulo 4
O trem foi diminuindo a velocidade, quando finalmente parou. Meu estômago revirou. As pessoas se empurravam para sair, foi um alivio quando Harry e eu conseguimos chegar na pequena e escura plataforma. Tremi com o ar frio.
Avistei um homem enorme, tinha mais ou menos o dobro de altura de um homem normal, e o triplo de largura, tinha barbas e cabelos longos e cheios.
-- Alunos do primeiro ano, primeiro ano aqui! – falou o homem enorme.
-- Olá Harry – falou o homem quando chegamos perto dele.
-- Olá Hagrid – falou Harry com um sorriso enorme no rosto.
-- Oi – falei sem jeito.
-- Sigam-me, alunos do primeiro ano, sigam-me – falou Hagrid agora para todos.
Caminhamos por alguns minutos por uma estrada estreita, úmida e fria, até que ela foi se abrindo. Meu queixo caiu. Estávamos perto da margem de um lago largo e escuro, havia vários barcos enfileirados. Um pouco adiante se via um campo enorme de quadribol, e atrás do lago podia-se ver um enorme castelo, tinham varias torres de todos os tamanhos.
-- Chegamos! – disse Hagrid.
Olhei para o Harry e ele estava com os olhos brilhando, tão maravilhado como eu.
-- Vamos chegar ao castelo com esses barcos – disse Hagrid, apontando para o lago – Cada barco tem a capacidade de quatro pessoas, vamos.
Eu e Harry entramos no mesmo barco que Hermione e Neville.
-- Encontrou seu sapo Neville? – perguntei
-- Encontrei sim – disse pegando o sapo dentro do bolso de sua calça – o Trevor estava escondido na cabine de Simas.
-- Fico feliz que tenha encontrado ele – disse Harry sincero.
Acabamos de atravessar o lago e paramos na frente do castelo, uma grande porta se abriu e uma bruxa alta de cabelos negros e vestes verde-esmeralda, que tinha um rosto muito sério aparece.
-- Alunos do primeiro ano, esta é a Professora Minerva McGonagall – informou Hagrid.
-- Obrigada Hagrid, eu sigo com eles daqui em diante.
Ela abriu toda a porta com um simples movimento em sua varinha. Agora podíamos ver um grande salão, as paredes que eram feitas de pedras estavam iluminadas com archotes flamejantes, o teto era alto demais.
Acompanhamos a Professora McGonagall pelo grande piso de pedra, dava para escutar varias pessoas conversando atrás de uma porta, acho que os outros alunos já estavam lá. Mas a Professora McGonagall mudou de caminho e levou os alunos da primeira série.
-- Bem vindos a Hogwarts! – disse – Vocês serão selecionados para suas devidas casas antes do banquete de abertura, a seleção é muito importante, pois enquanto estiverem aqui, sua casa será uma família. Vão assistir aulas com os alunos de sua casa, dormirão e vão passar o tempo livre na sala comunal. São quatro casas, a Grifinória, Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina. Enquanto estiverem em Hogwarts os seus acertos renderão pontos para a sua casa, e seus erros farão perder. No fim do ano, a casa com maior pontuação receberá a Taça da Casas. Fiquem ai, já volto para levá-los para a cerimônia.
Estávamos esperando a professora Minerva, até que eu dei um pulo, só eu não, todos nós demos um pulo, uns quinze fantasmas passaram, eram quase transparentes, branco-perolados, os fantasmas nem tinham percebidos que estávamos ali, passavam conversando sobre um tal de Pirraça.
-- Harry sou só eu que estou vendo esses fantasmas? – sussurrei amedrontado.
-- Não, eu estou vendo também Ron – disse gaguejando.
Até que a Professora Minerva volta, todos os fantasmas saíram na hora.
-- Façam fila e me sigam! – disse a Professora.
Obedecendo a Professora, entrei na fila atrás de Harry. Meu estômago dava voltas. Começamos a andar, atravessamos o Salão de entrada, até atravessar as duas portas que davam para o Salão Principal.
Com tudo que já tinha visto aqui, pensava que não veria nada mais bonito, mas estava enganado, era um lugar maravilhoso, era iluminado por milhares de velas que flutuavam no ar sobre quatro mesas compridas, onde os outros estudantes já se encontravam sentados. Nas mesas haviam os pratos, taças e talheres douradas, com desenhos de flores. No fundo do salão havia mais uma mesa onde se sentavam os professores. A Professora nos levou até ali. Estava aflito, Fred me disse que o teste para as casas dava dor de cabeça.
Vi todos olhando para cima, e resolvi olhar também. O teto era como um céu negro, salpicado de estrelas, não sabia se era o céu de verdade ou o teto.
-- É enfeitiçado para parecer o céu lá fora, li em Hogwarts, uma história – Ouvi Hermione cochichar para outra menina.
Ainda não conseguia acreditar que havia um teto ali.
Enquanto estávamos apreciando o teto, nem percebemos que a Professora Minerva colocou um banquinho diante dos alunos do primeiro ano. Em cima ela colocou um chapéu pontudo, não era muito bonito, ele era remendado, sujo e esfiapado. Não estava entendendo o por que daquele chapéu. Olhei para Harry e ele também parecia que não estava entendendo nada. Então o chapéu se movimentou, um rasgo junto à aba se abriu e o chapéu começou a cantar.
Ah, você podem me achar pouco atraente,
Mas não me julguem só pela aparência
Engulo a mim mesmo se puderem encontrar
Um chapéu mais inteligente do que o papai aqui.
Podem guardar seus chapéus-coco bem pretos,
Suas cartolas altas de cetim brilhoso
Porque sou o Chapéu Seletor de Hogwarts.
E dou de dez a zero em qualquer outro chapéu.
Não há nada escondido em sua cabeça
Que o Chapéu Seletor não consiga ver,
Por isso é só me porem na cabeça que vou dizer
Em que casa de Hogwarts deverão ficar
Quem sabe sua morada é a Grifinória,
Casa onde habitam os corações indômitos.
Ousadia e sangue-frio e nobreza
Destacam os alunos da Grifinória dos demais,
Quem sabe é na Lufa-Lufa que você vai morar,
Onde seus moradores são justos e leais
Pacientes, sinceros, sem medo da dor,
Ou será a velha e sábia Corvinal
A casa dos que têm a mente sempre alerta,
Onde os homens de grande espírito e saber
Sempre encontrarão companheiros seus iguais,
Ou quem sabe a Sonserina será a sua casa
E ali estejam seus verdadeiros amigos,
Homens de astúcia que usam quaisquer meios
Para atingir os fins que antes colimaram.
Vamos, me experimentem! Não devem temer!
Nem se atrapalhar! Estarão em boas mãos!
(Mesmo que os chapéus não tenham pés nem mãos)
Porque sou único, sou um Chapéu Pensador!
Tive um alivio, era só isso, só precisavamos experimentar o chapéu, eu mato o Fred.
A Professora McGonagall então pegou um longo rolo de pergaminho.
-- Vou chamar seus nomes, então vocês sentaram no banquinho e colocarão o chapéu para a seleção – Falou a Professora – Ana Abbott!
A garota loira saiu da fila e colocou o chapéu. Todos ficaram em silêncio esperando a escolha do chapéu.
-- Lufa-Lufa – anunciou.
Uma das mesas bateu palmas, enquanto Ana foi se sentar-se à mesa da Lufa-Lufa
-- Susana Bonés!
-- Lufa-Lufa! – anunciou o chapéu outra vez, Susana saiu e foi se sentar ao lado de Ana
-- Téo Boor!
-- Corvinal
-- Mádi Brocklehurst!
-- Corvinal.
-- Lilá Brown!
-- Grifinória.
-- Mila Bulstrode!
-- Sonserina.
-- Justino Finch- Fletchlev!
-- Lufa-Lufa
-- Simas Finnigan!
Dessa vez o chapéu seletor demorou um pouco para escolher a casa de Simas, as vezes parecia que murmurava alguma coisa, mas não dava para escutar.
-- Grifinória!
-- Hermione Granger!
-- Grifinória – nessa hora meu estomago revirou, não sei por quê.
-- Neville Longbottom!
O menino que não parava de perder o sapo, tropeçou na sua ida ao chapéu. O chapéu também demorou um tempo para decidir a casa de Neville, mas no final escolheu Grifinória.
-- Draco Malfoy!
-- Sonserina – não tinha duvidas que ele iria para Sonserina.
-- Harry Potter! – quando Professora Minerva falou, começou um burburinho no salão. A Professora McGonagall colocou o chapéu na cabeça de Harry, o chapéu seletor demorou muito, mais muito tempo para decidir a casa de Harry, que foi Grifinória também.
-- Ronald Weasley! – Quando ouvi meu nome acho que meu rosto estava até sem cor, comecei a tremer – Venha Ronald, sente-se!
Comecei a andar, minhas pernas estavam duras, nunca pensei que sentar em um banco e colocar um chapéu na cabeça seria tão difícil. Quando finalmente sentei-me, o Chapéu Seletor começou a murmurar.
-- Hum, você tem uma boa mente Ronald, se usada bem se sairia bem na Corvinal, mas acho que ficaria melhor na GRIFINÓRIA. – quando ele terminou de falar quase desmaiei, era tudo o que eu mais queria, todos meus irmãos estavam lá, e agora Harry Potter, que é meu amigo está lá também. Sai praticamente correndo do banquinho e sentei-me ao lado de Harry.
-- Parabéns irmão. – disse George.
-- É parabéns, afinal a luta contra os trasgos não foi tão difícil né? – disse Fred rindo.
Nem dei bola para ele.
Alvo Dumbledore, diretor de Hogwarts se levantou, assim todos pararam de falar.
-- Sejam bem vindos a mais um ano em Hogwarts! Antes de começarmos nosso banquete, gostaria de dizer apenas umas palavrinhas: Pateta! Chorão! Desbocado! Beliscão! Obrigado.
Todos aplaudiram e deram vivas, eu sinceramente não tinha entendido muito o que ele quis dizer, mas também não queria perguntar a ninguém. Olhei para o resto do salão e todos ainda estavam aplaudindo, quando virei-me para a minha mesa, os pratos e taças vazias agora estavam cheios de comida. Minha mãe faz comida muito boa, mas essa estava com uma cara boa, acho que é porque tinha tudo que eu mais gosto junto, carne assada, frango frito, costelas de porco, pudim de carne, molho e um delicioso suco de abóbora.
Comecei a devorar tudo que via pela frente, estava faminto.
-- Olá, sou Nicholas, fantasma residente da torre da Grifinória – levei um susto enorme quando ele chegou, mas logo o reconheci.
-- Eu sei quem é você! – disse para ele – meus irmãos me falaram sobre você, o senhor é o Nick Quase-Sem-Cabeça.
-- Mas eu prefiro ser chamado de Nicholas – disse sem jeito.
-- Quase sem cabeça? Como assim? – perguntou Simas intrometido.
Agora Nick estava muito aborrecido.
-- Me chama desse jeito por causa disso – disse irritado puxando orelha esquerda, sua cabeça toda girou para fora de seu pescoço sobre o seu ombro, estremeci, estava muito espantado. Voltou sua cabeça ao lugar – Nos ajudem a ganhar o campeonato das casas este ano, Grfinória está a um bom tempo perdendo para Sonserina.
Nick saiu da mesa da Grifinória e foi rondar o salão.
Depois que comi tudo que agüentava, a comida desapareceu rapidamente e logo surgiram sobremesas e devoramos em um instante também.
Professor Dumbledore ficou em pé mais uma vez, e todos se calaram denovo.
-- Agora que todos estamos satisfeitos, queria dar alguns avisos para vocês. É proibido andar na floresta! – disse sério – Filch o zelador, pediu para lembrar que não devem fazer mágicas no corredor durante os intervalos de aulas. Os testes de Quadribol serão feitos na segunda semana de aulas. E também gostaria de avisar que o corredor do terceiro andar este ano esta proibido a todos que não quiserem ter uma morte dolorosa.
Tremi nesta hora, sinceramente quero ficar é bem distante desse corredor.
-- E agora antes de ir dormirmos vamos cantar o Hino de Hogwarts, escolham uma musica e cantem no ritmo – e como eu amo As Esquisitonas, escolhi uma canção delas.
Hogwarts, Hogwarts, Hogwarts, Hogwarts,
Nos ensine algo por favor,
Quer sejamos velhos e calvos
Quer moços de pernas raladas,
Temos às cabeças precisadas
De idéias interessantes.
Pois então ocas e cheias de ar,
Moscas mortas e fios de cotão
Nos ensine o que vale a pena.
Faça o melhor, faremos o resto,
Estudaremos até o cérebro se desmanchar.
Assim que terminamos todos aplaudiram, e fomos para os nossos devidos dormitórios.
Nao esqueçam de comentar, e lembrem-se tentei manter os dialogos e partes importantes!
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