Capitulo 5



Capitulo 5


 


Percy chamou todos da Grifinória para segui-lo, agora que ele é monitor está mais metido ainda, mas até que é engraçado, ele está tentando ser mais vaidoso. Ele está sempre usando um gel no cabelo, que fica horrível e ainda não tem um cheiro muito agradável. É incrível como que ele pensa que usando todos esses produtos vai ficar mais bonito.


Andamos por várias escadas, até que chegamos no fim do corredor, onde havia um retrato de uma mulher gorda, na verdade ela era muito gorda mesmo, nunca tinha visto uma mulher tão gorda como aquela.


-- Senha, por favor – falou ela.


Percy pigarreou e estufou o peito.


-- Cabeça de Dragão – disse metido, sério isso já está me irritando.


Assim que ele terminou de falar o retrato se inclinou para dentro, como se fosse uma porta, entramos todos para a sala comunal da Grifinória, era um salão grande e cheio de sofás, pufes e almofadas vermelhas e douradas fofas.


Percy apontou para duas escadarias em forma de caracol, uma era para o dormitório das meninas e a outro era dos meninos.


Quase todos os meninos ficaram na sala conversando e se conhecendo, só eu e Harry fomos para os nossos dormitórios. Havia cinco camas, e nossas malas já estavam lá.


-- Nossa, minha barriga está até estufada de tanto que eu comi! – falei sentando em minha cama.


-- Ah Perebas sai daqui! – falei colocando ele na gaiola.


Deitei na minha cama e fiquei repassando o dia todo na minha cabeça. Como foi tão rápido! De manhã eu estava em casa, nunca tinha vindo para Hogwarts, e agora estou deitado na minha cama na escola, ao lado de Harry Potter, que agora é meu amigo. Adormeci nos meus pensamentos.


No outro dia acordei cedo, fui ao banheiro que ficava do lado dos dormitórios, me vesti rápido e fui para sala.


-- Bom dia Harry!


-- Oi Ron.


-- Vamos descer para o café da manhã, mal espero para saber o que tem para comer, estou faminto! – disse pensando nas tortinhas de abóboras, torradas e tudo de bom que podia ter para comer.


Quando eu e Harry chegamos ao salão principal escutamos vários cochichos, tinham pessoas que até apontavam. Harry estava sem jeito e até confuso.


Sentamos-nos à mesa da Grifinória, que já estava cheia. Como eu pensava tinham coisas muito gostosas! Comecei a pegar uns bolinhos, tinha uma comida macia, que eu não sabia o que era, só sei que era muito gostosa.


A Professora Minerva passou dando um pedaço de pergaminho para cada aluno, eram os horários das aulas. A primeira é Transfiguração.


Eu e Harry acabamos de comer rápido e fomos para a sala de Transfiguração. A Professora Minerva já estava lá. Esperou todos os alunos entrarem e começou a falar.


-- A transfiguração é uma magia muito difícil e perigosa que vão começar a aprender agora. E já avisando, qualquer aluno que não estiver interessado e fizer besteiras vão sair dessa sala e nunca mais voltar! – falou seria, deu até medo.


Para demonstrar a Professora transformou a mesa dela em um porco. Fiquei muito impressionado, mas percebi que Harry ficou mais, acho que é porque ele nunca tinha visto nada parecido.


A professora passou algumas anotações e copiamos até que ela, usando sua varinha,  distribuiu um fósforo para cada um.


-- Agora de acordo com as anotações vocês deverão transformar esse fósforo em uma agulha.


Fiquei um tempão lendo e relendo as anotações e tentando, só que não consegui, o máximo foi uma tremida no fósforo. No final só Hermione Granger, a menina chatinha conseguiu transformar o fósforo.


A aula acabou, olhei para Hermione e ela estava toda sorridente. Como essa menina me irrita, só porque ela foi a ÚNICA pessoa da sala que conseguiu, não precisa ficar toda animadinha!


Tivemos aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, o professor era o Quirrell. Sinceramente eu esperava mais dessa matéria, a sala cheirava a alho. Ele disse que era para espantar um vampiro que ele encontrou certo dia. O turbante que ele usava na cabeça, ele disse que foi um presente de um príncipe africano, de agradecimento por ter livrado ele de um zumbi. Não acreditei muito nessas historinhas não, mas daí eu só balançava a cabeça.


O final do dia foi normal, a janta foi muito boa, tinha uma sopa de mandioca, também bolinhos de fígado apimentado, e claro um delicioso suco de abóbora. Aproveitei a hora que não tinha ninguém olhando e guardei alguns bolinhos em meu bolso, não sou guloso só me previno, vai que de madrugada me dá fome. Fred e George me disseram que sabem o caminho da cozinha, mas até eu descobrir, preciso sempre andar com alguma coisinha no bolso.


Na quinta consegui encontrar o caminho para o salão principal sozinho, isso é muito bom, e tive que comemorar comendo bastantes pães de queijo.


Hoje tenho duas aulas de poções com os alunos da Sonserina, o professor é o Snape, ele tem um nariz enorme, e parece que nunca lava o cabelo, e se lava deve ser com óleo, só pode!


Eu e Harry não sabíamos muito bem como chegar às masmorras, então seguimos alguns alunos da Grifinória para conseguimos chegar lá.


Ali em baixo era muito frio, só de pisar o pé lá dentro me deu arrepios, e era pequena para acomodar duas turmas.


O Professor chegou com a cara fechada, e logo começou a fazer a chamada, mas parou bem no nome de Harry. Vários professores fizeram isso, mas também ele é o único que sobreviveu a uma maldição da morte.


-- Ah, Harry Potter, a nova celebridade.


A maioria dos alunos da Sonserina deram risadinhas irritantes, não sei por quê.


Quando terminou sua expressão estava fria.


-- Vocês vão aprender a ciência e a arte exata do preparo de poções – começou a falar com a voz baixa – Aqui nós não fazemos nenhum gesto com a varinha e sai um feitiço, é só a beleza de um caldeirão cozinhando em fogo lento, com a fumaça. Muitos não dão importância para as poções, mas um pouquinho de liquido pode enfeitiçar a mente, confundir os sentidos entre outras coisas. Todos estavam em silêncio.


-- Potter – dei um pulo quando falou o nome de Harry – O que teríamos se adicionássemos raiz de asfódelo em pó a uma infusão de losna? – Ai meu Deus, minha barriga revirou, eu nunca conseguiria responder a uma pergunta dessa, e se o professor perguntar pra mim? Fred sempre fala que as punições são muito severas, ainda mais com esse professor. Harry olhou para mim, pelo olhar ele também não sabia responder.


-- Não sei senhor! – disse Harry preocupado.


Logo Hermione Granger levantou a mão, o que? ela vai querer dar uma de espertinha em todas as matérias?


Snape pareceu nem ter visto a mão de Hermione e deu uma risada fria, que me arrepiou inteiro.


-- A fama não é tudo, não basta ser conhecido por todo o mundo bruxo sendo que não tem nada nessa cabeça oca. – disse lentamente – Vou perguntar outra, onde você buscaria bezoar?


Dessa vez Hermione estava quase em pé tentando chamar atenção do professor. Os alunos da Sonserina riam muito, mas aposto que se o professor perguntasse para eles não iriam saber responder também, mas como o Snape é o professor da Sonserina, nunca iria perguntar para seus aluninhos queridos.


-- Não sei senhor! – falou Harry outra vez inseguro.


Snape deu outra risada.


-- Você acha que os livros servem para enfeites, ou só para abrir na aula Potter? – disse frio – Qual a diferença entre acônito licoctono e acônito lapelo?


Isso já estava me irritando, parece que ele fazia isso só para Harry ficar sem jeito na frente de todos, ele podia acabar com tudo isso dando atenção para a espertinha da Hermione que continuava com o braço mais levantado o possível, mas ela não se agüentou e levantou-se.


-- Não sei senhor, mas acho que a Hermione sabe, pergunte pra ela.


Snape ficou bravo, olhou para a Hermione.


-- Sente-se,  disse com rispidez, e Potter, asfódelo e losna produzem uma poção para adormecer, o bezoar é uma pedra tirada do estomago da cabra e pode salvar da maioria dos venenos, e os dois acônitos são plantas do mesmo gênero. E já que você não sabe, e acho que a maioria de vocês também não, era para estarem copiando não?


Peguei um pergaminho e minha pena rapidamente e comecei a escrever como esse professor pode ser tão chato desse jeito?


-- Ah e esqueci-me de avisar, menos dez pontos para a Grifinória por Potter ter me respondido.


Olhei para Harry e ele estava com um olhar espantado que nem eu, já estou vendo o que vamos ter que agüentar.


O professor pediu para fazermos duplas e fazermos a poção para curar furúnculos.


Juntei-me com o Harry, e começamos a ler os ingredientes que pedia a poção, pegamos a quantidade necessária no armário.


Tentava ler atentamente cada passo para não errar, mas a poção não saiu muito boa, estava com o liquido pastoso e meio verde, mas tenho certeza que saiu melhor que de um menino da Grifinória que explodiu o caldeirão. Neville derreteu o caldeirão de Simas e o liquido da poção esparramou pelo chão da masmorra e por causa disso perdemos 10 pontos. Mas o que me dava mais raiva ainda, é que os alunos da Sonserina faziam coisas ainda piores e o Snape fingia que não via, ainda mais Draco, que qualquer coisinha que ele fizesse certo tinha questão de falar coisas como: “O Draco consegue e vocês alunos da Grifinória, não conseguem nem falar onde se encontra um bezoar.” Ou  “Menino idiota, você colocou cerdas de porco-espinho antes de tirar do fogo.” E qualquer coisinha errada que acontecesse em qualquer outra poção ele dava culpa no Harry.


Finalmente a aula acabou, desci as escadas antes de Harry. Ele disse que eu podia ir descendo que ele estava terminando de guardar o material, e já que eu estava morrendo de fome não pensei duas vezes.


Quando estava começando a comer o risoto de camarão, Harry chegou.


-- Acredita que o Professor Snape me fez limpar toda a poção que Neville derrubou – falou Harry bravo.


-- O que? Não acredito! – falei indignado. – As aulas desse professor vão ser horríveis!


-- Pode ter certeza!


Terminamos tudo e subimos para o dormitório. Nem ficamos conversando muito, alguns foram fazer lição e eu fui dormir.

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