Capítulo XI

N.A.: Liiiindas do meu coração...

Eu não disse que ia voltar? Não diiiisse?

Aqui estou, com um cap novo pra vocês. Espero que gostem, tomara que eu não tenha perdido a mão... rsrs

Deixem reviews, PLEASE?

Beijos enoooormes e mil perdões pela demora!

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Capítulo 11

Marlene sentiu que, por um segundo, seu coração saltara uma batida. Os olhos de Sirius ainda estavam presos nela, e a menina não conseguia entender o sentido de sua frase: seria aquilo uma brincadeira ou uma verdade? O sorriso no canto dos lábios tentadores do moreno lhe diziam que sim, ele brincava. No entanto, algo em seus olhos, uma certa seriedade desesperada lhe indicava que ele queria lhe dizer algo. Que aquelas palavras realmente significavam algo.

_Hm... Si-Sirius. – ela pigarreou, brincando com a ponta da toalha do piquenique, evitando os olhos dele fingindo grande interesse no padrão xadrez. "Vermelho, branco, vermelho, branco...", era o que forçava sua mente a raciocinar, para não perder o controle no azul daqueles olhos – Até parece. – murmurou, estalando os dedos de uma das mãos.

_Hey, hey. – Sirius segurou a mão que Lene movimentava nervosamente, acalmando-a. A menina não ousou erguer os olhos, sabendo que aquilo seria fatal. Aproveitou que Ninphadora a olhava para brincar com a menina, fazendo caretas. Tudo para não olhar para Sirius naquele momento... Não enquanto seu coração não voltasse a um ritmo aceitável – Dora, por que você não vai brincar um pouquinho, hein? – ele perguntou à priminha, que saltitou para longe alegremente, sem esperar uma segunda sugestão. Assim que a menina estava longe, ele se voltou para a morena sentada ao seu lado – Marlene, olha pra mim. – ele pediu, deslizando dois dedos pelo contorno da mandíbula de Lene, puxando seu queixo para cima com uma delicadeza que a surpreendeu. Ela tentou não encará-lo, mas a atração que tinha por aquele olhar era quase magnética. Permitiu-se um olhar, e foi o suficiente para que não conesguisse mais desviá-lo.

_Por quê? – ela perguntou com a voz entrecortada, sem saber ao certo sobre o que queria explicação. Queria uma explicação sobre tudo: por que Sirius se interessara por ela? Por que tinha tanta necessidade de evitar seus olhos? Por que os dois?

_Porque se você tá sentindo o mesmo que eu, eu acho que vale a pena... – Sirius disse, e novamente aquele tom de desespero estava presente, como se ele estivesse travando seus instintos, controlando seu íntimo.

_E o que você tá sentindo, Sirius? – ela ainda teve forças para perguntar, sentindo o ar sumir de seus pulmões quando Sirius de repente estava mais perto, e mais perto, até que seu nariz se encostasse ao dele com delicadeza, e o ar das palavras dele se chocassem contra os lábios da menina.

_Eu sinto que você é a mulher mais extraordinária que eu já conheci. – ele disse, tomando o rosto de Marlene entre as mãos antes de roçar os lábios nos dela por um átimo, sorrindo – E que tudo o que eu quero é um beijo seu. – completou, terminando com a distância que os separava enquanto encaixava os lábios de Lene nos seus.

E então Marlene sentiu as malditas borboletas no estômago, e soube que se estivesse de pé, seria como a Anne Hathaway em "Diários da Princesa", a perna levantando-se ao receber o beijo incrível daquele por quem era... apaixonada? Era isso, por fim. Marlene McKinnon, gênia do colégio, menina prodígio, fã de Literatura e séries de TV, apaixonada por Sirius Black, o astro do colégio, modelo perdido da Calvin Kleintamente ela, o cara mais cobiçado e maravilhoso da escola... E subitamente ela precisava de fôlego. Pressionou as mãos contra o peito de Sirius, e ele entendeu, afastando-se depois de enchê-la de selinhos entrecortados por sorrisos.

_Eu... Nós... – ela murmurava, incerta e um pouco constrangida. Sirius, que ainda mantinha as mãos em torno dela, apertou o abraço, apoiando a testa na de Lene.

_Nós...? – ele a incentivou a falar, sorrindo. Podia ver as bochechas coradas da menina, e não pôde conter o impulso de tomar seus lábios mais uma vez, fazendo-a rir – Você é a criatura mais fofa desse mundo! – completou, sorrindo enquanto acariciava o rosto dela com afeição – E eu nunca pensei que fosse chamar nada nem ninguém de "fofo" nessa vida... – murmurou, rindo – E você, vai ficar quietinha assim, vai? Por acaso não gostou do meu beijo? – perguntou, apertando de leve a cintura de Lene, fazendo-a soltar um gritinho, seguido de uma gargalhada interminável. A gargalhada infantil que só ela tinha.

_Seu beijo? Ele é ok. – ela disse, aproximando-se de Sirius, piscando – E se você discorda, acho que vai ter que me convecer do contrário, Black. – completou com o tom de voz baixo, percebendo os olhos de Sirius grudados a seus lábios, bebendo cada palavra proferida.

_Você é surpreendente. – ele sussurrou, antes de segurá-la pelos pulsos, empurrando o corpo de Marlene até que as costas da menina tocassem o chão. Ela ria abertamente, fazendo com que Sirius percebesse a singularidade daquela criatura. Qualquer outra mulher teria feito um gesto sedutor, e Marlene gargalhava no desconhecimento de que aquilo o tentava mais que tudo. Aproximou seu rosto do da garota lentamente, dando tempo para que ela controlasse as risadas, e logo estavam a centímetros de distância, e Marlene o encarava, sorridente.

_Vai me beijar ou vai ficar só olhando, Black? – ela brincou sem saber de onde tinha tirado coragem para aquilo. De repente, parecia a coisa certa. Parecia que Sirius era o cara certo, com quem ela podia ser ela mesma, sem restrições – Porque eu posso...

Mas no instante seguinte não havia mais o que ser dito: Sirius estava sobre ela, seus lábios experientes selados aos dela. Sirius ignorou a tentativa de Lene de intensificar o beijo. Sorriu, afastando-se.

_Meu beijo é ok? – perguntou, controlando-se para não rir da expressão frustrada da menina, que muxoxou quando ele quebrou o contato de seus lábios – Só ok? – murmurou, mordendo o queixo dela de leve, enquanto contornava sua mandíbula com o nariz, sorrindo. Marlene murmurou um "uhum" ronronado, tentando não puxar o rosto de Sirius e beijá-lo de verdade – Tem certeza, tem? – ele insitiu, agora mordendo o lábio inferior da menina levemente.

_Oh, para de ser estúpido! – Marlene sussurrou, quando não mais suportou, puxando a nuca de Sirius, forçando os lábios dele contra os seus, beijando-o finalmente. Sentia-se enfim, como a Julia Roberts em "Uma Linda Mulher".

E quando o ar tornou-se mais importante, Sirius afastou-se contra sua vontade, retirando parte do peso de seu corpo de cima de Marlene. Encarou os lábios avermelhados da menina e sorriu. Quem diria, duas semanas antes, que aqueles dois estariam assim? Que ele estaria sentindo tudo aquilo por aquela linda nerdzinha que o encantara com seu jeito de menina.

_Como eu não te descobri antes? – ele perguntou, afastando alguns fios de cabelo dela que cobriam os olhos incrivelmente azuis de Marlene. Ela enrubesceu, mas deu-lhe um sorriso de canto.

_Eu sei me camuflar muito bem. – brincou, apertando o nariz dele, brincando.

_Não devia. Você devia chamar a atenção de todos... Não sei como isso não acontece. – disse com sinceridade, examinando o rosto perfeito da morena.

_Eu não gosto de chamar atenção em nada, Sirius. – ela riu, revirando os olhos.

_Sabe que isso é até bom, por um lado? – Sirius disse, suas intenções denunciadas pelo olhar preso aos lábios rosados de Lene – Porque eu te tenho só pra mim. – murmurou, antes de beijá-la novamente com um sorriso.

_E eu posso saber quando nós assinamos um contrato de posse? – perguntou, brincando com os cabelos dele.

_Então você quer formalidade? – ele sorriu enquanto se sentava para encará-la melhor, respirando fundo. Era isso: Sirius Black estava a ponto de perder o pouco que lhe restava de sanidade e fazer o inimaginável – Você, Marlene McKinnon... – ele sorriu, entrelaçando os dedos da menina com os seus – Não, acho que isso é pra casamento. – murmurou, fazendo Marlene gargalhar, no meio de um olhar incrédulo para ele – Eu acho que eu nunca fiz isso antes porque... Porque não me pareceu certo em nenhum momento. – ele disse, incerto com as palavras.

_Sirius... – Lene murmurou, em choque – Sirius, não, não é possível, você não vai... Vai?

_Te pedir em namoro? – ele sorriu de modo carinhoso – É o que eu tô tentando fazer. – confessou, apertando as mãos dela, enquanto seus olhos recaíam sobre Lene.

E Sirius viu não só o maior sorriso que alguém já lhe dera. Mas o mais sincero. Marlene bagunçou a franja de Sirius, brincando, enquanto tentava controlar seus dedos trêmulos.

_Namorada? – ela murmurou, sem saber se entendera corretamente – É isso que eu entendi?

_Se você quiser... – Sirius deu de ombros, subitamente envergonhado. Que diabos de encantamento era aquele que ela exercia sobre a sua mente?

_Eu quero, Six. – ela sussurrou, roçando os lábios nos dele docemente – Eu quero.

E Sirius sorriu com a mesma sinceridade que vira a pouco, estampada no rosto de Lene. Beijaram-se por muito tempo sem dizer nada, aproveitando a aura de conto de fadas que se instaurara no lugar. Foi quando uma risada infantil e musical os interrompeu, fazendo com que Lene e Sirius se afastasse, aquele divertido, esta embarassada.

_O que foi, pestinha? – Sirius brincou, puxando a prima para o seu colo.

_Eu molhou minha blusa, ó. – a pequena mostrou a manga da blusinha de mangas compridas que usava, agora molhada pela água do lago.

_Ahhh, mocinha, o que você arrumou? – ele perguntou, fingindo-se de bravo.

_Minha bolinha caiu, e eu tentou pegar. – ela explicou, um biquinho de tristeza se formando.

_Ahh, princesa, eu pego pra você. – ele sorriu, tranquilizando-a com um beijinho na testa – Fica aqui com a namorada do primo, agora. – sorriu, agora para Lene, antes de se levantar e andar até o lago para recuperar a bolinha da prima.

Marlene riu da expressão desentendida da menininha, que há pouco perguntara se Lene era namorada de Sirius, recebendo um "não" como resposta.

_Você é namorada do Six agora? – a pequena perguntou, frazindo o cenho.

_Sou, pequenininha. Sou sim. – Lene disse encarando o namorado, que voltava para perto das duas. Ela sorriu para ele, ainda incrédula de que a vida lhe estivesse sendo tão boa.

_YEEEEEEEEY! – Ninphadora deu um gritinho de felicidade, abraçando a morena pelo pescoço, feliz com a possibilidade de brincar mais vezes com ela.

_Hey, hey, pequena. – Sirius interrompeu, sorrindo – Vai roubar assim a atenção da minha menina, é? – perguntou, abraçando Lene pela cintura ao sentar-se ao lado da morena. Dora riu, e logo pegou a bola das mãos do primo, saindo para brincar mais uma vez.

_Sobra um pouquinho de atenção pra você, ainda. – Lene piscou – Mas só um pouquinho...

_Ah, mas então eu vou te beijar só um pouquinho... – Sirius rebateu, dando-lhe um selinho – Nada mais...

_NÃOOOOO! – Lene protestou, rindo alto – Muuuita atenção pra você!

_Então eu posso reconsiderar o seu caso, princesinha. – ele piscou, um segundo antes de beijá-la longamente, reconsiderando muito, muito bem o caso.

_Atenção ilimitada me renderia...? – ela perguntou, assim que pararam para respirar.

_Beijos intermináveis. – Sirius informou, ofegante.

_Feito.

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