Uma história estranha
-A senhora foi muito boa em nos acolher em sua casa – expressou Lílian, com sinceridade e admiração por aquela mulher.
- Não foi nada. É sempre um prazer poder ajudar outras pessoas.Mas me digam,porque vocês vieram pra cá,já que quase ninguém sabe onde nós moramos?E também eu nem conheço vocês.
- Bem – começou Harry – a idéia foi minha.
-Como você sabia onde nos achar?
- Eu sei que pode parecer estranho, mas eu sou amigo de um de seus filhos.
-Pode ser – disse senhora Weasley pensativa – Fred e Jorge tem muitos amigos, principalmente da escola.
- Não. Eu não me refiro a eles. – falou Harry que não sabia como poderia dizer o que havia de verdade.
-Então a quem?Você não poderia ser amigo do nosso filho mais velho, já que você aparenta ter idade para freqüentar Hogwarts.
- Eu sou amigo do outro filho seu. O Ronald, ou Rony como é chamado.
A senhora Weasley deu um risinho, mas estava também um pouco nervosa com o rumo que a conversa tinha tomado.
- Você quer dizer – começou ela- que é amigo do nosso pequeno Rony,que tem apenas um ano e meio de idade?
Com tudo o que tinha acontecido, ele se esquecera completamente que Rony ainda era um bebê, assim como ele também era. Achava esquisito se ver em uma forma tão pequena e inofensiva. Pensando em cada palavra que iria dizer,olhou para a senhora Weasley e respondeu:
- Eu seu que pode parecer absurdo, mas eu vim do futuro.
Todos olharam pasmos para ele. Não acreditavam que fosse verdade.
-Bem – disse Lílian – eu acredito em tudo desde que descobri que era bruxa. Talvez seja verdade. Mas se você realmente veio de algum futuro, o que você está fazendo aqui?Por que apareceu em casa?Você sabia que Você-Sabe-Quem viria atrás de nós? Mas por que nos salvar, sendo que nem conhecido nosso você é?
Harry sabia que essa hora iria chegar, mas não sabia o que dizer.
- Em uma noite quando eu era apenas um bebê com pouco mais de um ano, Você-Sabe-Quem atacou a casa dos meus pais. Ele pretendia me matar, por causa da profecia. Ele usou a maldição da morte em meus pais. A casa despencou e Voldemort se foi. Eu fui criado por minha tia, Petúnia, seu marido e seu filho, que era uma peste comigo. Eles me deixavam trancado em um quartinho fedorento, era como se eu não existisse pra eles. Até que tudo mudou,eu recebi uma carta de Hogwarts,que foi onde eu encontrei meu verdadeiro lar.
- Olha a sua história é muito triste, mas eu não vejo o que isso tem a ver com a gente. – disse Lílian.
- Eu não acredito. Você disse que é do futuro, mas a profecia é da nossa época. O nosso filho é que seria cassado por Você-Sabe-Quem, porque ele achava que o nosso pequeno Harry pudesse ser o garoto que a profecia apontava. – disse Tiago, que até agora ficara calado não acreditando no que ouvia.
- Exatamente. Mas o garoto da profecia cresceu. – disse Harry não agüentando mais as lágrimas que teimavam em rolar de seu rosto. – e após tanto tempo, o garotinho, o pequeno Harry achou uma maneira de voltar no passado e evitar que seus pais morressem...
As palavras foram sumindo de sua boca, e ele não mais suportou toda a emoção. Foi quando Lílian se levantou da cadeira em que estava sentada e foi para perto de Harry.
- Meu filho! – foi o que conseguiu exclamar. Ela começou a chorar com ele e se abrassaram.
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