Capitulo Doze
Capitulo Doze.
[Eu que falei nem pensar
Agora me arrependo roendo as unhas
Frágeis testemunhas de um crime sem perdão]
Chovia. Ela andava rápido, com o garoto atrás. A lama do campo agora sujava seus pés.
- Será que dá pra me deixar em paz?
*Lestat corria sem se importar com a chuva, com a lama e o frio q fazia. Vestia uma camisa preta fina, calça jeans com uma corrente presa caindo pela calça, seu coturno preto agora estava coberto de lama, a toca na cabeça já estava molhada assim como os cabelos que estavam fora da mesma e as luvas pretas na mão do garoto. Corria cada vez mais com esperança de alcançá-la*
-Não vou te deixar em paz até você me escutar Eve!
*Lestat parou na frente da mesma, mantinha os olhos dele nos dela*
-Não,desculpa Eve, não houve chifre algum! Me escuta...
- Ah...Não houve? Então aquele beijo que eu vi foi ilusão?
Ela deu um passo pra trás, cruzando os braços.
-Eve...Aquilo não foi um beijo, por favor, acredite! Foi Dyite...Por favor!
- Quando um não quer, dois não fazem. Você vem implorando que eu acredite em você faz um mês. Eu vi Lestat, não adianta se jogar aos meus pés agora. Você não pensou em mim quando fez aquilo.
-Eu pensei Eve eu pensei!
A impaciência começava a tomar conta dele, não era possível. Fazia um mês que tentava convencer Eve de q tudo aquilo fora um engano, mas ela não o deixava explicar. Lestat começa a andar de um lado para o outro olhando o chão enquanto falava e gesticulava*
-A única coisa que vinha em minha cabeça era você! Era em como você estava, onde você estava, queria sair de lá logo pra te encontrar, e quando Dyite se aproximou...a única pessoa...que me veio a cabeça...se aproximando de mim daquele jeito...foi você..
*Lestat se aproxima lentamente com o propósito de acariciar o rosto da garota, mas a mesma não retribui*
Virou o rosto.
- Então porque você beijou? Porque fesz aquilo?
As lágrimas escorriam e se misturavam com a chuva que a encharcava
-Eu não beijei! Dyite fez aquilo contra minha vontade, quando eu menos a esperei me encurralou Eve! Não foi culpa minha por favor acredite!
Eu o amava. E acreditava. Mas a razão martelava na minha cabeça. O que fazer? Eu via a verdade nos olhos dele, via seu desespero. Mas eu também vi o beijo. Eu o queria. E muito.
Abaixou a cabeça e simplesmente se virou. Confusa. Voltou a andar, vagamente, pensando.
*Lestat anda rápido entrando na frente da garota*
-Acredite...
- Por favor,...Eu preciso pensar...
Ela tentou andar, mas foi impedida pelo corpo a frente.
-Eve...Por favor....
Ficou quieta. Fitou os olhos azuis. As pernas bambearam, o coração acelerou. Virou de costas. Seguindo na direção oposta.
Lestat a segura pelo braço virando a mesma com uma certa violência.
- Te amo poha...Será que você não percebeu ainda? Faz um mês que eu ando feito um fantasma. Você é meu ar...você...é tudo que eu tenho. Eu já te disse milhões de vezes que a culpa não é minha. Você não pode ser tão burra assim...
E sem esperar uma resposta, ele simplesmente a puxou para si, embriagando-se com um feroz beijo. Um beijo que compensará todo tempo perdido pela sua imaturidade, todo o tempo desperdiçado por causa da cabeça dura dela.
E eu não tive escolha...Eu já o havia perdoado no momento em me olhou pela primeira vez. Incrível. Quando as coisas precisam acontecer, simplesmente acontecem. E não há nada que se possa fazer para modificar isso.
A garota ficou se calou. O encarou. Deu um sorriso. E voltou aos lábios dele entre o beijo, sussurrou em resposta “ Eu te amo seu bobo”.
E os dois ficaram ali, na chuva. Os corpos colados, os lábios entrelaçados. Nada mais importava.
E foi assim. Quando os dois querem, os dois fazem. Não há mais nenhuma dúvida que aquilo era amor.
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