Capítulo Treze



Capitulo Treze.


Estranho. Desde que descobri a paixão, me apaixonava pela pessoa errada. Sempre foi assim. E como tudo é engraçado. A pessoa que valia a pena estava o tempo todo do meu lado e eu não havia percebido. Então se a pessoa certa existe, pra que perder tempo com a pessoa errada?


Simples.Tudo é simples, a vida é simples. Então porque a complicação toda?
Porque se fosse tudo tão simples não teria graça viver, muito menos correr riscos.
Eu nunca obtive segurança em nenhum relacionamento. Tanto romances quanto amizades. E com Lestat era diferente.
Quando me abraçava, eu sabia que estava tudo bem e mesmo que não estivesse, com ele ali, ficaria.
Quando segurava minha mão, sentia meu mundo ficar firme e fazer sentido.
E eu não consegui entender porque.


- Eve! Eu já te expliquei isso mil vezes. Você está distraída demais.

Ele soltou os livro, revoltado e encarou a garota. Ela agora o fitava de olhos arregalados, como se tivesse levado um susto.

- Ahn?? Eu não estou distraída...Eu apenas...okey okey...Eu estava distraída...

- E como você pretende ir bem no teste desse jeito? Se você repetir...

- Meu pai me mata...ou me expulsaria de casa...é..até que não seria uma má idéia...

- Chega. Desisto...

- Mas ainda falta um capítulo...

Ele já estava em pé, e a fitava. A biblioteca já estava vazia. Os dois estavam escondidos entre as ultimas prateleiras. A garota mantinha no olhar um certo ar de sonhadora. Ficou em pé também e o encarou de modo terno.Enroscou carinhosamente os braços no pescoço dele. Este, a puxou pela cintura e colou os dois corpos.

- Eve... – aproximou os lábios da orelha dela, sussurrando – eu já disse que te amo hoje?

- Não...- ela fechou os olhos. A voz dele era algo que realmente mexia com ela. Sentiu um arrepio inevitável subir-lhe a espinha.

- Te amo...

E sem esperar uma resposta ele a beijou.



Depois da nossa briga, ele estava de certa forma diferente. Parecia que os hormônios da idade estavam cada vez mais presentes. Não só do lado dele, claro. Mas ele que sempre demonstrara ser um garoto tímido e pouco entendido até que estava se saindo muito bem. Sem contar que estava cada vez mais carinhoso e a cada dia que passava demonstrava mais e mais que gostava realmente de mim. E isso me alegrava pra caramba! Dyite parecia ter sumido de vista, assim como o irmão dele que sempre nos atazanava. E isso era estranho e de se desconfiar. Mas se as cobras estavam recolhidas, é melhor deixá-las por lá.


- Uou...

Ela sorriu pra ao garoto. Estava meio descabelada e sua gravata estava jogada no chão, assim como a dele. Ela encostada na parede e ele a pressionando contra esta com o corpo. E sem nenhuma desculpa, ele se afastou e a encarou.

- Você é perfeita.

- O que você quer?

- Há...não posso nem elogiar minha namorada mais?

- Namorada? O.o

Ele tirou do bolso dois anéis simples, de prata e se aproximou dele.

- Eve, quer namorar comigo?

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