Confusão
Confusão
George ficou pensando, tentando pelo menos, encontrar o sentindo de ele ter sentido tudo aquilo. Ele se sentia diferente, sentia-se completado, e esse tipo de sentimento havia ido embora junto com sua outra metade. No dia seguinte, ele estava com uma feição mais alegre, e isso animou a família. Na verdade todos estavam. A visita da noite passada havia deixado um pouco de felicidade na casa. Ele estava decidido a ir ao beco, para abrir novamente a loja, mas quando estava se arrumando, deixou cair uma foto, nela estava ele e Fred abrindo as portas da loja pela primeira vez. Novamente a coragem havia o deixado na mão, ele se segurou e não chorou, não estava triste, pelo contrário, estava alegre por rever sua melhor amiga. Sua melhor amiga, a dúvida da noite passada voltou a assombrar seus pensamentos. O que ele ia fazer naquela hora que ela estava indo embora? Eles estavam tão conectados, tão unidos por apenas olhares. O que iria acontecer? Ele estava tão bem, ela brilhava na sua frente, ela era perfeita.
- Não, não pode ser. De novo não! – ele se referia ao passado, lembrou-se que já havia sentido essas sensações por ela antes. Mas não teve coragem de descobrir o que era. Seus pensamentos voltaram para a perfeição de Millene, até que Rony o acordou.
- George! Você está surdo?
- Não, não, o que houve?
- Papai está te chamando na garagem.
- Avise o que estou descendo.
Ele desceu as escadas, foi até a cozinha e comeu os bacons que estavam sobre a mesa. Quando ouviu um barulho de aparatação, deu uma olhada pela janela. Era ela, e mais alguém. Um menino, de no máximo 11 anos. Ela caminhava vagarosamente até a porta e sorrindo, enquanto o garoto corria.
- George, quanto tempo! – o garoto abraçava as pernas do rapaz, era onde conseguia alcançar.
- Olliver, como você está carinha? – Ele se abaixou e o abraçou com saudade. Eles e Fred sempre estavam juntos testando as Gemialidades, e não se viam há dois anos. Quando se soltaram, viu Millene encostada na porta, sorrindo ao ver a cena dos dois. Ela estava mais bonita ainda do que no dia anterior, o dia estava mais frio, então ela vestia uma calça colada preta, um sobretudo vermelho, botas pretas por cima da calça e um Rabo de cavalo bem preso com uns fios da franja soltos. Ela estava novamente brilhando, ele apreciou a beleza dela por alguns segundos.
- Ollie! – Hermione vinha correndo abraçar o primo que não via há mais tempo que George. – Que saudades de você me anjinho!
- Mione, que saudades!- dizia ele, apertando a prima contra si.
Ela admirou a cena também, e ele por sua vez, a admirava. Até que ela foi de encontro a ele.
- Prometi a ela que o traria hoje para ela o ver. – disse ela, olhando para a prima junto a seu irmão. Ele não prestou muito atenção, ela roubava isso dele. Ele estava hipnotizado.
- Não acha? – disse ela voltando o olha para ele.
- Desculpe. O que você disse mesmo? – ela deu uma risada abaixando a cabeça.
- O mesmo distraído de sempre. Eu perguntei se você não os acha parecidos.
- Ah, sim. Vocês três são bem parecidos! – ele a olhou nos olhos.
- Vocês Weasleys são bem parecidos também! Falando nisso, sua mãe está? Preciso falar com ela!
- Sim, acho que está na garagem.
- Obrigada! – Disse ela sorrindo para ele. Aquele sorriso perfeito, o despertava fogos de artifício no peito. Ficou confuso, sentou-se em frente à lareira e colocou as mãos no rosto. Percebeu a presença de alguém e olhou para frente, Rony estava na sua frente.
- Você está bem?
- Não sei, faz tempo que não sinto isso, eu estou confuso.
- Por causa dela, não é? – George o olhou pensando se ele havia comido as balas que lêem pensamento. Sim, era por causa dela.
- Não sei... você acha que é?
- Isso é você quem tem que dizer. Me diga, o que você está sentindo?
- Não sei explicar direito, antes de reencontrá-la eu estava tão triste, tão para baixo, mas quando eu a vi lá no Beco, parece que veio uma luz, iluminou tudo novamente. Quando eu a vejo, parece que ela brilha, de tão perfeita.
- Vou lhe contar uma história, a primeira vez que eu vi a Mione, a arrogância dela, e seu ego me chamaram muito a atenção. Mas eu não deixava que isso fosse notado. Até que começou a ficar impossível ignorar tudo o que eu sentia. Até que um dia eu não aguentei e disse a ela.
- Disse o que?
- Que eu a amava. George, você ama a Millene!
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