A Verdade e a ação



A Verdade e a ação


George não acreditava, mas seu irmão estava certo. Ele olhou para Rony, seu uma risada e subiu para o quarto. Viu pela janela, Millene se dirigir para a garagem e pensou em tudo o que Rony acabara de dizer. Era verdade? Ele a amava? Seus pensamentos foram embora quando ela virou-se para trás e deu um “tchauzinho”. Ele correspondeu fazendo o mesmo. Sim, era verdade. Ele a amava. Ela entrou na garagem e ele se jogou na cama com um sorriso no rosto.


- Bom dia gente! – disse ela entrando na garagem. Lá estava Gina, Harry e Arthur. Estavam mexendo nas velharias trouxas.


- Bom dia Mi! Veio trazer o Ollie? - perguntou Gina.


- Sim, ele está brincando com a Hermione e o Rony no jardim.


- Eu vou lá vê-lo, depois eu volto! – disse isso dando um selinho em Harry e um beijo na bochecha do pai.


- E como você está Harry? Vai tomar a mesma iniciativa que Rony? – ela se referia ao pedido de casamento. Harry sorriu e apenas sussurrou.


- Espero. – ela deu uma risada e perguntou da Sra. Weasley, para o Sr. Weasley.


- Ela está lá nos fundos, vá até lá.


Ela caminhou com dificuldade em meios as tralhas que Arthur teimava em guardar. Encontrou Molly agachada mexendo em coisas velhas da família.


- Bom dia Sra. Weasley!


- Ah querida, bom dia! Como você está?


- Estou muito bem, obrigada. Eu queria... pedir um favor para a Sra.


- Claro, pode pedir.


- Não sei se Harry comentou, mas o Ministério está enviando uma maratona de missões, e eu acabei pegando bastantes, meus avôs ainda não chegaram da excursão e eu não tenho com quem deixar o Olliver. Da última vez que eu o deixei com uma babá trouxa, tive que usar o Obliviate e não quero usar novamente. Então, será que ele pode ficar aqui nesse fim de semana, só para eu conseguir fechar essas missões?


- Mas é claro querida, não se preocupe, ele pode sim. Quando vocês vão mesmo?


- Amanha, às onze horas.


- Tudo bem. Não quer passar a noite aqui, para ele ficar mais seguro?


- Hoje eu vou aceitar, porque o Olliver andou deixando as cortinas abertas, e os vizinhos viram coisas que não podem ser vistas a olho trouxa.


Elas riram. Chegou a hora do almoço, George já tinha descido e estava no jardim com todos.  Quando viu Molly e Millene rindo e entrando na Toca. Ela subiu para o quarto de Hermione e Gina, para deixar suas coisas lá. A mesa estava pronta e Arthur mandou George chamá-la. Ele, contrariado por dentro, foi. Passou pelo quarto das meninas, mas ela não estava lá. Passou pelo banheiro e nem sinal dela. Até que passou pelo seu próprio quarto, ela estava lá, de pé, olhando todas as fotos, desenhos de Fred, ela estava de costas para ele, mas mesmo assim ele percebeu que ela estava chorando. Ela limpou as lagrimas, e ele foi de encontro a ela, ficando frente a frente, eles se olharam, ela estava chorando ainda. Então ele a puxou contra si e deu-lhe um forte abraço. Ela soluçava e o apertava. Ele a olhou enxugou as lágrimas que caiam sobre o rosto dela. Ele estava tão perto dela, ele podia sentir-la contra seu corpo. Ele queria mais, estava tão próximo a sua boca, mas ficou paralisado. O tempo parou e a única coisa que ele ouviu foi Molly gritando para desceram almoçar. Ele desceu primeiro, ela foi lavar o rosto para não parecer que estava chorando, e logo depois desceu. Passaram a tarde rindo, mas parece a alegria do dia dela tinha ido embora com Fred. Todos estavam reunidos na sala quando George desceu do banho. Ele olhou a sala, com um olhar de procura e ouviu Rony murmurar – Lá fora – Ele entendeu, agradeceu e foi para o jardim. Viu ela sentada no banco olhando para o nada, foi até lá e sentou-se do lado dela.


- Sabe, podia ser diferente. – disse ela olhando para o horizonte amarelado de fim de tarde.


- O que seria diferente?


- Tudo, ele poderia estar aqui ainda, ele foi teimoso, quis ir para aquele lado sozinho.Eu deveria ter insistido e ido com ela para lá.Ele poderia estar aqui com agente. Bagunçando e rindo. Mas ele não está. – ela abaixou a cabeça e suas lágrimas caiam sobre sua própria roupa


- Ele não está, mas eu estou. – ela ligeiramente virou-se para ele com um olhar pedindo explicações – eu estou aqui Millene, estou aqui para te defender, te proteger. Eu sempre vou estar.


- Promete? – uma lágrima que estava custando para sair de seus olhos, escorreu pelo seu delicado rosto.


- Prometo. – Ele se aproximou, tirou os fios de cabelo do rosto dela, acariciou sua pele. Ela ainda com um olhar choroso, ficou parada, esperando uma ação. Ele entendeu que ela deixaria e então encontrou seus lábios com o dela. Finalmente ele entendeu todos aqueles sentimentos que o perseguiram durante os últimos dias. Estava tudo perfeito, ela havia correspondido, estava segurando seu rosto carinhosamente e delicadamente. Sim, ele realmente a amava. Aquele beijo foi o que o reacendeu novamente. Ele estava vivo, de novo.

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