Nossa felicidade

As provas finais da Hogwarts Academy foram bem cansativas, mas logo chegaram ao fim. Não demorou muito para vir a formatura e os alunos do último ano não poderiam estar mais felizes, agora a única preocupação deles era a ida para a faculdade daqui há algumas semanas.

- Acho que já está tudo aqui – Halley falou antes de fechar a sua mala – Muito obrigada por me ajudar, Mione.

- Fico feliz em ajudar – respondeu – Não estava fazendo nada lá no meu quarto mesmo. A Nina ainda está dormindo.

- Pelo menos você pode ter um pouco de descanso antes de começar choradeira – lembrou e colocou a mala no chão do quarto – Ainda acho que estou levando muita roupa. Até parece que já estou indo para ficar direto em Oxford, vou voltar daqui há duas semanas.

- Você não está levando roupa demais – garantiu – E, além disso, é melhor que sobrem roupas, do que roupas a menos.

- Acho que só estou um pouco nervosa – começou a andar em círculos – Vai ser a primeira vez que e Draco ficamos, realmente, sozinhos.

- Você e Draco já namoram há alguns meses, além de já se conhecerem desde pequenos – continuou – Tenho certeza de que ele não vai fazer nada que você não queira.

- Sinto como se já tivéssemos tido essa conversa – revirou os olhos – E não gosto nem um pouco da maneira como acaba.

- Foram situações completamente diferentes – a morena disse – E você não vai cometer o mesmo erro que eu.

- Não que eu não queira dar o próximo passo no meu relacionamento com o Draco – estava sentada na beirada da cama – Mas eu tenho medo.

- Como eu te disse antes, o Draco te ama e já deu provas disso, vai saber te esperar – colocou a mão sob o ombro da amiga – Se não acontecer nessas próximas duas semanas vão ter outras oportunidades. Afinal, vão estar morando juntos pleos próximos quatro anos da faculdade.

- Não acredito que estou indo morar junto com o Draco – estava com um sorriso bobo no rosto – Isso também é um grande passo.

- Isso é verdade – a outra concordou, sorrindo também.

Nesse momento a porta do quarto da ruiva foi aberta. Era a senhora Potter, que estava de folga no hospital naquela quinta-feira.

- Oi meninas – ela disse – O Draco acabou de chegar e está te esperando lá embaixo, já está com tudo pronto?

- Está sim – puxou a alça da mala para poder empurrá-la – Você vai descer também, Mione?

- Claro – concordou com a cabeça.

As três desceram as escadas e encontraram o loiro parado na porta da frente. Ele deu um beijo na namorada e cumprimentou as outras também.

- Vou colocar a sua mala no carro – Draco retirou o objeto das mãos da garota – Enquanto isso você pode ir se despedir da sua mãe e da Granger.

Caminhou em direção a carro, que já estava com o porta-malas aberto para não ter trabalho.

- Tchau minha filha – Lilian puxou a ruiva mais baixa a a abraçou com bastante força – Ainda não acredito que meu bebezinho já vai para faculdade.

- Mãe, eu volto antes do meu aniversário – lembrou tentando se afastar – E também já prometi que venho todo o final de semana ver vocês, não vou estar muito longe.

- Eu sei disso, minha filha – passou a mão pelo cabelo dela – E vou estar muito mais grudenta já que o seu irmão vai estar bem mais longe.

- Já imaginava isso - revirou os olhos.

- Seu pai também está muito orgulhoso de você e disse que você vai adorar a Universidade de Oxford – continuou – Ele queria estar aqui, mas tinha uma reunião importante e não podia adiar.

- Tudo bem, eu entendo -concordou com a cabeça – Será que agora eu posso conversar com a Mione uma coisa?

- Claro que sim, tenho mesmo que arrumar algumas coisas lá em cima -avisou enquanto caminhava em direção a escada – Não esqueça de ligar assim que chegarem lá.

Halley concordou com a cabeça e ficou observando a mãe chegar ao andar de cima da casa.

- Você tem certeza de que não vai estar aqui em casa quando eu voltar? - pareceu triste – Pensei que fosse estar no meu aniversário. Minha mãe está fazendo uma grande festa já que vai ser a última vez que terá a mim e ao Harry em casa.

- Já combinei tudo com o meu pai e ele vai vir me buscar amanhã – avisou – E eu vou vir para a sua festa. A senhora Potter faz questão da minha presença aqui, seria uma louca de não aparecer.

- Tudo bem então – deu de ombros – Só me promete que vai levar a Nina para me visitar em Oxford sempre que puder?

- Claro que prometo – garantiu – Nunca iria te afastar da sua sobrinha.

- Sabe o que você deveria fazer essas duas semanas em que estou fora? - continuou – Deveria se acertar com o Harry.

- Você vai mesmo começar com isso de novo, Halley? - revirou os olhos, a amiga vem falando a respeito disso desde a formatura.

- Mas eu estou falando sério, Hermione – continuou como se a outra não tivesse falado nada – Essa é a última oportunidade de vocês ficarem juntos, ele está indo embora para Nova York e vai ser muito de verem depois disso.

- Talvez o destino não queira que fiquemos juntos – completou – A prova disso é que ele foi aceito para estudar a milhares de quilômetros de distância, alguma coisa teria conspirado ao nosso favor se fosse assim. Vai ser melhor dessa maneira.

- É por causa do acordo que vocês fizeram? - perguntou – O de que ficariam juntos até a formatura depois ele ia para a faculdade e nunca mais se veriam.

- Como é que você sabe do nosso acordo? - até onde se lembrava ninguém tinha ouvido a conversa naquele dia e não tinha comentado com a amiga nenhuma vez a respeito.

- O Harry comentou comigo a respeito do acordo que vocês dois tinham feito – cruzou os braços e suspirou pesadamente – E quer saber o que foi que ele disse a respeito disso?

- Halley! - Draco a chamou – Se demorarmos muito vamos pegar transito na estrada e vamos acabar chegando muito tarde lá.

- Tudo bem – acenou com a cabeça – A gente conversa melhor sobre isso quando eu voltar, não é o tipo de conversa para ser pelo telefone – ela se despediu da amiga e desceu as escadas da entrada de casa.

Hermione os viu entrar no veículo e depois saírem em direção ao portão da casa. Foi nesse momento que começou a ouvir um choro de bebê vindo do andar de cima, sabia que não teria tempo de pensar em nada, ainda mais no marido.

Na manhã seguinte, o moreno acordou bem cedo e foi até a empresa da família como fazia todos os dias desde o final das aulas. Iria para Nova York logo depois da comemoração do seu aniversário e queria deixar o máximo de dinheiro que pudesse na conta bancaria que tinha aberto para a Nina e seria usado em sua educação futuramente.

- Olá Harry – virou-se e encontrou seu pai, parecia que ele tinha acabado de chegar – Achei estranho não te encontrar na hora do café, mas imaginei que estava dormindo. O que está fazendo aqui?

- Preferi chegar antes de todo mundo – explicou – Assim poderia fazer o que eu tenho de fazer sem interrupções.

- Você já fez tudo tinha para fazer ontem – lembrou – E como metade dos funcionários estão de férias o local está praticamente vazio.

- Então, eu posso fazer um café – sugeriu – O meu café não é tão bom como o que servem aqui, mas acho que eu consigo.

- Tenho uma ideia melhor – continuou – Por que você não tira férias, a partir de hoje. Pode ir embora para casa.

- Mas não tínhamos combinado nada – achou muito estranho – Pensei que fosse ficar trabalhando durante o verão por causa da faculdade.

- Exatamente – falou – Logo você vai estar em um lugar distante, um outro pais, com pessoas que não conhecem. Você merece alguns dias de descanso em casa.

- Tudo bem, então – concordou – Muito obrigado, pai, não sei se eu mereço isso tudo.

- É claro que merece – garantiu – Tem trabalhado bastante desde o dia em começou aqui e posso dizer que estou impressionado o quanto você amadureceu desde então.

- Foram as circunstâncias que me fizeram amadurecer – deu de ombros – E, é claro, a Nina. E, no momento em que vi o rostinho dela percebi a grande responsabilidade que tinha a partir daquele momento.

- Temos muito o que agradecer a Hermione – completou – Ela fez o que eu e a sua mãe estamos tentando a 17 anos.

Quando estava saindo de dentro do prédio seu celular tocou, era Rony o chamando para ir almoçar no shopping juntamente com o restante de seus antigos colegas de time no colégio. Aceitou pois não tinha melhor maneira de comemorar seu primeiro dia de férias.

Foi um almoço bem animado entre amigos. Os que terminaram a escola começaram a falar sobre os planos para o próximo semestre letivo e como estavam animados para isso. Por fim, começaram a ir embora, um de cada vez.

- Você já tem que ir para casa agora? - o ruivo perguntou quando só restavam os dois no local.

- Na verdade não – deu de ombros – Eu ia para casa procurar algum filme bom para assistir.

- Não estava querendo ir para casa agora também – o outro reclamou – Com a minha irmã de castigo fazendo um monte de tarefas e com a minha mãe reclamando de todo o comportante ela, o local está insuportável.

Todos foram surpreendidos quando a caçula da família confessou que tinha empurrado Hermione da escada. Os pais e colocaram de castigo e ainda contaram para o diretor Dumbledore, que a retirou da equipe de torcida, ela não participou da final da competição.

- Fiquei mesmo surpreso por ela ter contado a verdade a respeito do que aconteceu com a Mione – o moreno comentou – Ainda mais agora que o assunto já tinha sido esquecido.

- Também foi uma surpresa para mim – o outro concordou – A minha irmãzinha sabe como ser o centro das atenções.

- O importante é que agora ela está pagando pelo que fez – completou – Imagina se tivesse acontecido alguma coisa com a Nina.

- Nem me fala – completou com uma careta – Eu me apeguei a ela, ainda mais por vocês terem me convidado para ser o padrinho dela.

Harry não pode deixar de sorrir nesse momento, pelo jeito a filha não tinha mudado somente ele.

- O que acha de irmos até o fliperama? - o ruivo sugeriu, por fim – Faz muito tempo que não vamos até lá jogar.

- Está falando sério? - revirou os olhos – Você está muito carente, meu amigo. Aonde está a Luna para resolver o seu problema?

- Foi passar uns dias na casa da avó – explicou – Mas não é esse um problema, só estava querendo passar um tempo com o meu melhor amigo. Isso agora é crime?

- Mas no fliperama? - reclamou, mais uma vez -Estamos com 17 anos, somos pais e contando os dias para começar a faculdade. Tem que concordar que somos um pouco velhos demais para isso.

- Exatamente pelo fato de estarmos quase na faculdade – explicou – Eu vou continuar aqui em Londres e você vai para Nova York, quase não vamos nos ver, temos que aproveitar as semanas que ainda nos restam.

Foi então que Harry percebeu uma coisa que era totalmente óbvia. Ele e Rony estariam a milhares de quilômetros de distancia, o que significa que só veria seu melhor amigo de infância durante as férias.

- Acho que você tem razão – concordou, por fim – Temos que aproveitar o pouco tempo que nos resta.

- Ótimo – comentou andar – Faz muito tempo que não jogo Hóquei de mesa, o que acha de uma partida?

Jogaram três partidas de hóquei de mesa, Harry venceu a primeira e o outro venceu as outras duas, algo que, com certeza, nunca deixaria o amigo esquecer. Depois, foram em outros brinquedos, até conseguiram trocar os tíquetes por um conjunto de borrachas coloridas.

- Vou dar de presente para a Nina – Harry avisou guardando no bolso da calça – Ela não vai usar agora, mas, quem sabe daqui há alguns anos.

- Já que você tocou no assunto – Rony continuou – Como estão as coisas entre você e a Hermione?

- Ela vai voltar para a casa dos pai hoje – deu um suspiro triste – Acho que é por isso que estou relutando tanto para ir para casa também. Não quero vê-la arrumando as coisas, será melhor que ela já tenha ido embora quando eu chegar.

- Harry, para mim está muito claro que você não quer que ela vá embora e está sofrendo muito por isso – o garoto estava bem sério – Por que, em vez de ficar se lamentando e fugindo, não vai lá falar com ela?

- Se as coisas fosse simples assim – deu um suspiro triste – Mas eu não posso, simplesmente, chegar para ela e dizer que a quero do meu lado.

- É só você pegar o seu carro, dirigir até em casa e falar com ela – deu de ombros – Para mim estar parecendo muito simples.

- Seria egoismo da minha parte – continuou – Ela já planejou toda a vida para o próximo e não posso simplesmente pedir que mude tudo por minha causa.

- Você nunca vai saber se não arriscar. Se ela disser não, tudo bem, mas, se ela te amar, vai dizer sim – completou – É melhor você ir logo ou não vai pegá-la em casa.

- Tem toda razão – o moreno estava totalmente decidido agora – Espero que não fique triste comigo por ir embora cedo.

- Tudo bem, cara – garantiu – Boa sorte, com tudo. Você e Hermione merecem toda a felicidade do mundo.

- Obrigado – acenou, enquanto corria em direção ao estacionamento do shopping.

Não demorou muito para o moreno chegar em casa, abriu a porta da sala e viu que o local estava totalmente vazio. Por um momento pensou que tinha chegado tarde demais e que Hermione já tinha ido embora, mas então ouviu um choro de bebê vindo do andar de cima, elas ainda estavam em casa.

Quando chegou na porta do quarto viu que a morena estava com a filha no colo e a balançando levemente. Havia duas malas e uma caixa de papelão em cima da cama.

- Oi Mione – disse meio incerto, fazendo com que ela se virasse na sua direção – Acabei de chegar e ouvi a Nina chorando, queria saber se estava tudo bem?

- Está tudo bem sim – respondeu – Só preciso trocar a fralda dela, mas isso eu faço bem rápido.

- Se você quiser, eu posso trocar a fralda dela – sugeriu – Assim não te atrapalha na sua arrumação.

- Não precisa se incomodar, Harry – garantiu – Você deve estar cheio de coisas para fazer e não quero te atrapalhar.

- Eu não tenho nada para fazer agora – disse – E, você sabe, que eu fico feliz em te ajudar com a nossa filha.

- Já que você insiste -deu de ombros entregando o bebê, delicadamente, para ele – Pode trocar a fralda dela.

A primeira vez que Harry trocou a fralda da filha, pensou que essa seria a coisa mais nojenta do mundo. Aos poucos foi se acostumando e hoje faz isso com a maior facilidade.

- Estou vendo que já está quase tudo pronto para você ir embora – comentou enquanto desabotoava a parte debaixo do macacão de Nina, tentou não demonstrar o tom de tristeza na voz.

- Já está quase tudo pronto – dobrou mais uma roupa e colocou dentro da mala – Mas o meu pai só vem me buscar depois do trabalho, então eu tenho tempo.

- Pensei que você fosse com o seu carro – estranhou – Ele ainda está parado aqui na garagem, não é mesmo?

- Eu até queria ir com o meu carro – suspirou pesadamente – Mas meu pai acha que não é seguro eu dirigir sozinha com a Nina, então vou ter que esperá-lo aqui.

- Isso é muito bom – disse bem baixinho, mas não o suficiente para ela não ouvir –Isso vai me dar tempo.

- Tempo? - virou-se para ele – Você quer ter tempo para fazer o que?

- Na verdade, o tempo e para você – apressou-se em corrigir – Para você terminar de arrumar tudo com calma.

- Entendi – completou, mesmo não parecendo muito convencida disso. Voltou para o seu armário e continuou a dobrar as suas roupas – Não tinha imaginado que tinha trazido tanta coisa para cá, ainda ficou tanta coisa na casa do meu pai.

- A gente não tem noção de quanto coisa temos até precisarmos arrumá-las – comentou enquanto pegava a filha no colo – Agora está na hora de fazer essa menininha dormir.

Não demorou muito para ela estar dormindo com a cabecinha encostada no ombro do pai. Hermione não conseguia entender como o marido a fazia dormir com tanta facilidade quando ela demora horas para fazer isso.

- Deixa eu colocá-la no berço antes que acorde de novo – disse indo até o berço que ficava do outro lado do quarto – O que acha de fazermos um lanche lá embaixo?

- Eu estou mesmo com fome – admitiu – Mas ainda tenho que terminar de arrumar as minhas coisas.

- Ainda faltam horas para o seu pai vir te buscar, 15 minutos não vão fazer diferenças - lembrou – E assim podemos conversar um pouco, esse é o último dia em que vamos morar na mesma casa.

- Então está bem – acabou concordando, por fim – Deixe-me, apenas, pegar a babá eletrônica para o caso da Nina acordar e começar a chorar de novo.

Harry a fez esperar na mesa que ficava perto da piscina enquanto fazia o lanche. Voltou alguns minutos depois com dois sanduíches, dois copos de suco e alguns biscoitos de chocolate. Começaram a comer em total silêncio.

- Eu imagino o quanto você deve estar empolgado para ir logo para Nova York – a morena decidiu comentar, depois de algum tempo – Não é mesmo?

- Sem dúvida, mal posso esperar para chegar lá – respondeu – De qualquer maneira, também estou um pouco Apreensivo, nunca morei sozinho.

- Deve ser mesmo assustador morar sozinho – a morena concordou – Mas acho que com o tempo você vai se acostumar.

- Seria muito mais fácil se tivesse alguém lá junto comigo – deu de ombros tentando parecer indiferente – Você não acha?

- Isso é verdade – concordou – É uma pena que mais ninguém da nossa sala está indo estudar em Nova York, assim vocês poderiam dividir um apartamento.

- Tudo bem, Mione, eu vou ser bem direto com você agora – decidiu falar, por fim – É sobre esse acordo que fizemos logo que descobrimos que você estava grávida.

Ela tomou um gole do seu suco e ficou esperando que o garoto terminasse de falar, não queria interromper no meio.

- Na época eu achei mesmo que era melhor solução pois não queria esse bebê e faria qualquer coisa para me afastar de vocês duas, até ter que te aturar até o fim das aulas – deu um suspiro pesado antes de terminar de falar – Mas, a medida que a gravidez ia avançando e eu ia participando de tudo, percebi que não era tão ruim assim ter um bebê. E quando a Nina nasceu, fui me apegando cada dia mais a ela e não posso viver longe da minha filha.

- Eu já imagina que isso fosse acontecer, deveria ter previsto na época em fizemos o acordo – deu um fraco sorriso – Seria uma péssima mãe se eu te afastasse da Nina, é claro que vou deixar você participar da vida dela.

- Obrigado, Mione – respondeu, por fim – Pensei que você não fosse querer por causa do acordo que fizemos.

- Nuca faria uma coisa dessas com você, vejo o jeito que trata a nossa filha – completou – Infelizmente você só vai poder vê-la durante as férias de natal e de verão, mas nós duas podemos passar alguns dias aqui. E, quando ela for um pouco mais velha, posso mandá-la para passar alguns dias em Nova York.

- Não concordo com isso – falou, a deixando totalmente surpresa – Eu tenho uma outra proposta para te fazer.

- Pode falar – deu de ombros – Então vamos saber qual vai ser a melhor maneira de nós três convivermos.

- Você sabe que meu pai comprou um apartamento para mim em Nova York da mesma maneira que comprou um para a Halley em Oxford – ela concordou com a cabeça – Me mandaram uma foto do apartamento por e-mail. É um pouco pequeno, só tem dois quartos, mas dá perfeitamente para a gente.

Hermione ficou em silêncio nesse momento, já estava imaginando aonde ele queria chegar com essa conversa, mas o esperou terminar antes.

- Venha morar comigo em Nova York, Mione – segurou a mão dela, delicadamente – Assim eu, você e a Nina seremos uma família, uma família de verdade.

- Não tenho certeza se essa é uma boa ideia – afastou a mão delicadamente de perto do marido.

- Mas é uma ideia perfeita – continuou – Você decidiu mesmo parar durante um ano para ficar tomando conta da Nina e pode fazer isso lá. Quando estiver na época das inscrições para a faculdade você se candidata para a Colúmbia ou até para a Universidade de Nova York.

- Não é isso, até que seria legal estudar nos Estados Unidos mesmo – deu de ombros – Mas não acho que você tenha que fazer isso somente para ficar perto da Nina. Não vai ser bom para nós dois nem para a Nina mantermos esse casamento.

- Espera, Mione – tentou corrigi-la – Você está entendendo tudo errado, eu...

- Sei que você não me ama, Harry, nunca me amou – o interrompeu – E só está achando que seria melhor continuarmos a morar juntos para criarmos a nossa filha, mas essa não é a melhor solução.

Harry não disse mais nada, apenas se levantou e foi até aonde a morena estava e deu um selinho rápido nela, a pegando totalmente de surpresa.

- Eu não estou te convidando para morar comigo só por causa da Nina – segurou o rosto dela com as duas mãos – Estou fazendo isso por nós dois, merecemos essa chance.

Como a garota não disse nada, a beijou de novo, dessa vez mais profundamente. Se afastou quando precisavam de ar e colou a testa na dela.

- Eu te amo, Mione – continuou – Demorei um pouco para perceber isso, pois achava que não pudesse acontecer. Mas esse meses de convivência me fizeram ver o quanto você é uma pessoa excepcional, uma mãe incrível e uma esposa maravilhosa, é impossível não se apaixonar por você, se os garotos da escola soubessem disso teria uma fila de concorrentes atrás de mim.

- Você está mesmo falando sério? - perguntou – Por favor, não brique comigo de novo, dessa vez não terei capacidade de te perdoar.

- Nunca falei tão sério em toda a minha vida – garantiu - E espero que eu seja correspondido nesse sentimento.

- Eu temo desde antes de ficarmos juntos pela primeira vez – explicou – Foi por isso que fiquei tão feliz quando pensei que você me queria.

- Mas dessa vez não tem mentiras – passou a mão pelas bochechas dela – Vamos viver esse amor, Mione, já estamos esperando por isso há muito tempo.

Dessa vez foi Hermione quem o beijou. O moreno a pegou no colo e deu um giro em torno do próprio corpo.

- O que acha de irmos para um lugar mais sossegado? - sugeriu – Aproveitando que os meus pais ainda não chegaram?

- Adorei a ideia – sorriu antes de unirem seus lábios novamente.

Sem nunca perder o contato eles foram subindo a escada. Chegaram ao quarto do garoto e entraram, trancando a porta em seguida. Se jogaram na cama, com Harry ficando por cima da esposa.

- É tão estranho – disse, sua respiração estava ofegante nesse momento – Sei que já fizemos isso antes, mas parece que diferente dessa vez.

- Também sinto isso – concordou – É só você relaxar que vai dar tudo certo. Nós nos amamos e é o que importa.

Voltou a beijá-la e puxou a barra da blusa para poder tirá-la, logo foi a vez do short e quando já estava totalmente nua, foi a vez dele retirar a roupa. Foi nesse momento que o moreno se afastou e levantou da cama.

- O que foi, Harry? - se sentou e viu que ele mexia em uma das gavetas da cômoda – Não vai me dizer que desistiu.

- Esqueci da camisinha – mostrou a embalagem que estava nas suas mãos – Tenho certeza de que concorda comigo que ainda não é a hora de termos um outro filho.

- Sem dúvida, ainda não é hora – não pode deixar de sorrir pois ele estava pesando na possibilidade de terem mais filhos.

Fazerem amor agora sabendo o que o outro era totalmente diferente, tudo era mais intenso e mais maravilhoso. Depois de chegarem o clímax juntos, continuaram abraçados, juntinhos só curtindo aquele momento.

- Você ainda não respondeu a minha pergunta – Harry voltou a falar passando a mão no cabelo dela – Aceita morar comigo em Nova York.

- Sabe que nada me deixaria mais feliz – suspirou pesadamente – Morarmos juntos é um grande passo e se não der certo?

- Rony e Luna estão se preparando para morarem juntos – lembrou – Tenho certeza de que vai funcionar para nós dois também.

- Mas sempre existe a possibilidade de não dar certo – deu de ombros – E isso iria destruir o nosso relacionamento para sempre, não sei se sou capaz de aguentar isso.

Como você disse agora pouco: nós nos amamos e é isso que importa – lembrou – E isso basta para irmos morar juntos também.

Ela baixou os olhos e moreno a puxou, delicadamente, pelo queixo antes de lhe dar mais um selinho.

- Pode não dar certo, mas pode dar certo também – estava bem sério nesse momento – Eu estou disposto a arriscar, você também não está?

- Acho que você tem razão, é bobagem minha ser tão pessimista – revirou os olhos – Eu aceito ir morar com você.

- Voltaram a se beijar, a medida que passava as carícias iam ficando mais urgentes. Até que Hermione se separou, afastando o marido, lentamente.

- O meu pai deve estar chegando daqui a pouco – comentou, olhando o relógio que estava na mesinha – Não vai ser legal se ele nos encontre assim.

- Tem razão, vamos nos vestir e esperar por ele lá embaixo – se sentou na cama e, então, se virou para a garota – Você ainda vai voltar para a casa do seu pai.

- Tenho certeza de que meu pai ficaria feliz se eu passasse uns dia na casa dele antes de eu ir para Nova York – comentou – Mas acabamos de voltar e não posso ficar longe de você.

Ela puxou para mais um beijo. Tinha certeza de que nunca iria se cansar de fazer isso, gostava da cara de surpresa que a garota fazia.

- Quem sabe você pode passar um dia na casa dos seu pai e levar a Nina com você – sugeriu.

- É uma boa ideia – concordou.

Cinco minutos depois de terem chegado a sala da casa a campainha tocou. A morena ficou levemente nervosa, mas Harry foi abrir a porta para o senhora Granger.

- Olá, Harry! Oi, minha filha – percebeu que ela estava com as mãos vazias – Aonde estão as suas malas? E a Nina.

- Está tudo lá em cima – não estava conseguindo encarar o homem na sua frente – Eu não vou voltar para a sua casa.

- Como assim, não vai? -olhou para os dois garotos, de um para outro, lentamente – Harry, você pode me explicar o que está acontecendo?

- Claro que posso explicar, senhora Granger – garantiu, balançando a cabeça afirmativamente – Eu convidei a Mione para ir comigo para Nova York.

- E eu disse sim – ela completou.

- Vocês vão morar juntos? - disse um pouco mais alto do que estava planejando – Mas ainda está muito cedo para isso, não acham?

- Eu e Harry somos casados e temos uma filha juntos – lembrou – Tenho certeza de que não está cedo para isso.

- Vocês ainda nem tem 18 anos – continuou – É claro que estou feliz por vocês terem se acertado, mas tem a vida toda pela frente e muito o que fazer antes de irem viver juntos.

Hermione se aproximou e abraçou o pai encostando a cabeça no seu ombro, como fazia quando era pequena.

- Sei que é difícil por eu estar indo morar em outro pais, outro continente, mas vamos vir para a Inglaterra sem que pudermos – completou – Vamos ficar muito bem.

- Isso é verdade, senhor Granger – foi a vez do moreno falar – Vou cuidar muito bem da Mione, pode ter certeza disso.

- Como nada do que eu falar agora vai mudar a opinião de vocês a respeito disso – suspirou pesadamente – Tudo que posso desejar é, bom sorte.

- Obrigada, pai – o abraçou mais uma vez – É muito importante saber que tenho o seu apoio. Acredite,eu e a Nina nunca estivemos tão feliz, vamos estar junto com o Harry, que é o melhor para nós duas.

O homem despediu-se do jovem casal dizendo que tinha que resolver algumas coisas em casa. Foi embora deixando os dois sozinhos novamente,

- Enfim sós – a pegou no colo, mais uma vez, dando uma volta completa e beijando nos lábios – O que você quer fazer agora? Tenho uma coisa em mente.

- Nós vamos esperar os seus pais chegarem em casa e vamos contar a novidade para eles – o afastou com a mão em seu peito.

- Tudo bem, você venceu – revirou os olhos – Mas, de noite, você não me escapa, vamos recuperar todo o tempo perdido dos últimos meses – sussurrou de maneira sedutora.

- Como será que os seus pais vão reagir sabendo que estamos juntos? - quis saber, fingindo ignorar a última fala dele, mas, na verdade, estava tremendo por dentro – Não acho que eles estejam pensando que isso fosse acontecer.

- Tenho certeza de que vão ficar felizes – garantiu – Principalmente a minha mãe, ela sempre gostou de você. Desde quando você só era a amiguinha da Halley que vinha aqui brincar.

- Isso me lembra que a sua irmã vai ter um verdadeiro ataque – revirou os olhos – Acho que melhor contar pelo telefone, pelo computador vai permitir que ela me mande aquele olhar de eu te avisei.

- A Halley foi a pessoa que mais acreditou no nosso relacionamento todos esses meses – Harry começou a rir – Talvez seja melhor esperarmos ela voltar. Afinal, teremos duas semanas de preparação.

- Acho que concordo com você – colocou as duas mãos atrás da nuca do marido, o puxando para mais perto de si.

No momento em que os lábios deles se encostaram um no outro, ouviram um choro de bebê. Isso fez com que se afastassem, imediatamente.

- É melhor eu ir ver o que ela quer – Hermione disse indo direção as escadas – Você sabe que ela não pode esperar.

- Vou te ajudar – a seguiu – Somos uma boa equipe, isso é, se eu puder ajudar em alguma coisa.

Deram as mãos e subiram as escadas em direção ao quarto da filha. Aquele era o inicio de uma nova etapa na vida dos dois e isso iria proporcionar várias surpresas, para ambos.

***
N/A: Ta ai o último cap da fic.
Demorou, mas, finalmente, o Harry e a Mione conseguiram se acertar.
Como vocês acham que vai ser a vida do novo casal, agora em Nova York?
Aguardem o epilogo no sábado, tenho certeza de que vocês vão gostar muito.
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